Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

3.9.08

Número 154





Voltamos hoje a discutir as críticas da Veja aos professores e aos livros de História, considerados como esquerdistas, comunistas, anti-capitalistas. Em tempo, só os livros da Abril é que devem ser bons, honestos, “imparciais”. O primeiro artigo é de um diretor editorial da editora Atica que, pasmem, é da Abril!.
O segundo é do jornalista e advogado Rui Falcão. E, após o segundo texto, há um link para uma série de outros artigos.

Do Blog http://historiaemprojetos.blogspot.com/2008/08/tecnocracia-desvairada-de-veja.html
É um fato deplorável, mas real, que os professores, em sua maioria, são mal preparados, e regurgitam em suas aulas os mesmos chavões que ouviram um dia (apenas ouviram, já que, como seus alunos, pouco lêem).
Mas será verdade que devemos nos curvar às formas de capitalismo neoliberal da atualidade? Será que as chocadeiras robotizadas são a solução para as angústias que a população mundial - ricos ou pobres, capitalistas ou socialistas - vivem?
Parece que a Veja quer nos impedir de discutir como o trabalhador deve usar a máquina a seu favor. Quer desclassificar aulas brilhantes como a do Colégio Dom Bosco de Goiânia, conduzidas por professores ativos como Marcos Santos, com os alunos democraticamente colocados em roda, experimentando ares diferentes das quatro paredes de uma sala de aula, e ilustradas por músicas emblemáticas como a dos Titãs. Quer que nos curvemos à tecnologia como o único deus verdadeiro, e que aceitemos, conformados, nossa posição na sociedade, gratos por poder comer um frango de R$ 5,00.
Mas será que a produção agropecuária enormemente acrescida pelo deus-tecnologia está servindo ao propósito básico de manter a humanidade alimentada? Será que essa divindade nos tornou mais fraternos? Não é o que vemos nos noticiários, sob as pontes ou nos faróis.
Veja se lamenta pela derrota de Einstein imposta por Freire. Eu regozijo! Não vamos falar do absurdo da comparação infantil, nem dos erros crassos em livros didáticos, confundidos por Veja com manipulação ideológica, mas por que a estranheza? Claro, a suposta superioridade das Exatas sobre as Humanas (note-se: ambas, ciências). Esse lamento traz o ranço dos anos do pós-guerra, quando se acreditou que a tecnologia faria a humanidade mais feliz e igualitária. Será que conseguimos?
Conheci tão poucos pais que ficaram satisfeitos com a opção de um filho pela pedagogia, no lugar da engenharia que sequer apareceriam numa estatística. Nenhuma escola que tenha equiparado a carga horária de Arte à de Matemática. O número de aulas de que dispõem os professores de geografia e história tão covardemente atacados pela Veja é tão ínfimo que certamente não seria capaz de abalar os alicerces do capitalismo (se assim o quisessem). Ao contrário, as aulas de Exatas, preparadas para manter a ciência em seu status de suprema sabedoria (através da linguagem inacessível e distância do cotidiano que muitos professores insistem em manter, para segurança de sua própria incompetência) e exaltar a sociedade tecnocrata, abarrotam a grade horária, para desespero dos alunos. Não é de se espantar que livros de Exatas, com todos os seus preconceitos, não tenham sido alvo dos ataques de Veja. Em tempo: este que vos escreve é um convicto professor de química.
Convenhamos: certamente preferimos o estereótipo do "velho descabelado" inspirado em Einstein do que o do "velho barbudo", como tão desrespeitosamente Marx é referido na reportagem.
Veja diz que ensinamos para um mundo que acabou. Digo que ainda não conseguimos fazer esse mundo sequer acontecer. Nunca, em mais de dez anos nas salas de aula, consegui me despir das coisas em que acredito. Muitas vezes estava errado (muitas vezes cheguei ao certo pelos meus alunos), mas isso é o que nos faz humanos.
A ciência não é isenta! Não foi a luta da suposta democracia contra o nazismo que criou a bomba atômica? Einstein nem teria tido participação nisso se seu colega Szilard, tão politicamente engajado, não o tivesse convencido a apor sua renomada assinatura na famosa carta entregue a Roosevelt. Foi também a disputa entre capitalismo e socialismo pela hegemonia que lançou homens ao espaço. É nossa obrigação, professores, discutir isso! A neutralidade é tão perigosa quando a ditadura ideológica.
A Veja, citando Arendt, diz que a figura adulta do professor impõe sua ideologia. Se esquece que, passados 50 anos, gradativamente estamos conseguindo que o professor deixe seu pedestal de mestre e conviva como parceiro dos educandos. O mesmo vem acontecendo, timidamente, com outros profissionais, mas muito pouco ainda com os cientistas, os deuses da nossa sociedade capenga. Importante notar que a maioria dos cientistas não quer esse papel: nós é que os entronizamos.
É verdade, os professores pouco sabem a respeito de Marx, Guevara e Freire. Eu mesmo, dos dois primeiros, nada li. Mas também nada sabem sobre Einstein, criando uma visão unilateral e falsa do trabalho dos cientistas: a de que seu único objetivo é o bem da humanidade. É mais fácil para mim acreditar que a única finalidade de Che era libertar os oprimidos da miséria. Não temos que nos perguntar sobre como esses objetivos pretendem ser atingidos, ou o fim justificará os meios?
O desemprego não é alto em "países com baixa inserção tecnológica" pela falta de robôs, mas sim pela falta de qualificação profissional. Daí o importante papel da educação básica, que deve envolver toda a sociedade. Mas a maioria está ausente desse processo, bem como os pais - talvez trabalhando nas chocadeiras robotizadas que garantem nosso frango a R$ 5,00.
Eu gostava de discutir com meus alunos, nas primeiras aulas, que não há uma verdade, mas várias, que dependem das experiências pessoais de cada ser humano. Do ser humano, e não da tecnologia. Esta deve ser mantida em seu lugar, como ferramenta. E a "verdade científica" passa a ser a grande mentira.
Marcelo Dias PulidoEditor Assistente - Editorial Didáticos Ática Ciências, Biologia e Química


A Revista Veja e a educação como mercadoria
http://historiaemprojetos.blogspot.com/2008/08/revista-veja-e-educao-como-mercadoria.html

Os meios de comunicação em geral têm dado uma contribuição relevante ao debate sobre o processo de melhoria da qualidade do ensino. Ao apontar falhas e mazelas no sistema de ensino e mostrar o que resultou de positivo nas mudanças que têm sido introduzidas nos últimos tempos, eles participam, de algum modo, do mutirão nacional que empolga a todos.
À onda de boas notícias parece à primeira vista ter-se juntado também a revista Veja, que dedica uma matéria de capa ao tema (edição de 20/08/2008), a pretexto de chamar atenção para os “primeiros sinais de inflexão para cima na curva da qualidade”. Na verdade, o objetivo da matéria é denunciar, com base em pesquisa realizada pela CNT/Sensus, “a mediocridade que se perpetua”, mediocridade que a revista vai identificar na orientação pedagógica atual, de que estaria imbuída a maioria dos professores, e em alguns textos de livros didáticos, de reconhecida inadequação.
A matéria de Veja não mereceria nossa atenção não fosse o fato de que ela não se inscreve na linha de melhoria da qualidade que tem orientado os analistas da educação. A revista Veja não pretende melhorar o que está aí. Muito longe disso, o que pretende é demolir em seus fundamentos o sistema de educação brasileiro, ao agredir frontalmente o conceito de educação pública, nos termos em que esta é concebida na Constituição Federal, assim como nos inúmeros documentos da UNESCO, sem falar das várias declarações sobre direitos humanos firmadas ao longo das décadas pelo conjunto das nações. Veja vai ainda mais longe: investe contra o conceito de educação que acompanha a história humana desde os primórdios civilizatórios até aos mais recentes documentos da ONU, a saber, a educação como capacitação para a vida em sociedade.
De forma oportunista, a matéria não investe diretamente contra os resultados educacionais obtidos no governo Lula, amplamente aprovados pelos pais. Ela visa, na empreitada de sua desqualificação, a fulminar o conceito de educação como tal, ou seja, educação como construção da cidadania e como escola da democracia - conceitos que se constituem em fundamento de todos os sistemas defendidos pelos grandes pensadores da Educação - de Platão a Rousseau, de John Dewey a Pestalozzi, de Rudolf Steiner a Paulo Freire.
Inspirada na proposta educacional do economista Milton Friedman - cujas idéias estão na base do pensamento neoliberal e do projeto tucano de educação para o Brasil, assim como praticado no governo FHC - a revista Veja, desta vez, parece ter conseguido superar-se a si mesma no desserviço que tem prestado aos leitores brasileiros, ao se alinhar à mais tosca, individualista e perniciosa proposta de organização da sociedade, se é que à “educação para o mercado” corresponde algo dotado dos atributos da “educação”, “organização” ou “sociedade”.
Em lugar de escola para a construção da cidadania, Veja propõe a educação como mercadoria, que exigiria como ambiente para a realização das transações apenas o mercado, a única ‘disciplina social” reconhecida. Nada além disso. Somente o mercado seria capaz de assegurar a liberdade, para o desempenho individual e profissional dos indivíduos, além de se apresentar como única medida da eficiência e garantia da eficácia.
Nenhuma referência à sociedade, instituição desprovida de sentido, no dizer de Margaret Thatcher, ex-primeira ministra da Grã-Bretanha e prócer do oportunismo neoliberal. A referência à sociedade, como princípio e diretriz do ensino, segundo sugere a matéria de Veja presta-se apenas a desviar a atenção dos alunos do essencial (que seria o acúmulo quantitativo de conhecimento e a submissão à ordem instituída), doutriná-los com ideologias retrógradas e tornar a escola dependente do Estado, instituição inimiga da liberdade individual.
Por isso, o Estado precisa ser reduzido à impotência, como condição para que possam florescer - em lugar das virtudes cívicas, inúteis e prejudiciais ao curriculum produtivista - as virtudes mercantis de compradores e vendedores. Assim, a revista Veja sonha com alunos desprovidos da mais leve nesga de consciência social, dispostos a aprender somente português e matemática, deixando-se aos cuidados dos proprietários da revista - e, por extensão, dos demais proprietários dos meios de produção em geral - a questão de dispor sobre o que fazer deles. O aluno como objeto, ou como produto, eis o ideal de Veja para a educação. Ou, como mostrava o diálogo entre pai e filho numa charge de jornal: O pai pergunta: “Filho, o que você vai ser quando crescer?” O filho responde: “O que a televisão quiser”.
A revista Veja ignora que, divorciada da referência à sociedade, a escola deixaria de existir, ao sucumbir sob os efeitos devastadores do mercado, que tem como única referência a vitória sobre o concorrente numa disputa encarniçada, desprovida de qualquer consideração moral. Nisso, a publicação peca por falta de originalidade. Joseph Townsend, um político inglês do século dezoito, ao argumentar contra a Lei dos Pobres, apontava como exemplo a ser seguido pela sociedade humana (que identificava com o mercado) o “equilíbrio natural” resultante da luta pela sobrevivência entre espécies animais. Por “equilíbrio natural”, Townsend entendia o espetáculo de carnificina universal oferecido por hienas contra zebras, cães contra ovelhas, chacais contra antílopes e cascavéis contra ratos e assim por diante.
É dizer que o ideal de educação pelo mercado preconizado por Veja faz-nos recuar para aquém do Humanismo Renascentista ou do Iluminismo, atirando-nos a todos numa nova idade das trevas, da qual se tenham abolido - em nome do individualismo autista do “homo oeconomicus”, - as regras da convivência humana, tão penosamente construídas ao longo de milênios. Lança-nos a todos num estado de primitivismo que não é próprio sequer dos animais. Como afirma o grande educador norte-americano John Dewey, “mesmo os cães e os cavalos têm o seu comportamento modificado em contato com seres humanos”. Por que, então, não fazer da educação um instrumento de mudança social? - sugere Dewey.
É nesse contexto que precisa ser compreendida a investida contra Paulo Freire, educador de renome internacional, reduzido por Veja ao “autor de um método de doutrinação esquerdista disfarçado de alfabetização”. Veja desrespeita a inteligência do leitor, ao fazer questão de ignorar que Paulo Freire, ao lado de Josué de Castro e de Milton Santos encontra-se entre os brasileiros acadêmicos mais conhecidos no exterior. O sistema de busca do Google registra 1,65 milhão de ocorrências de Paulo Freire, número somente comparável, entre os grandes nomes de educação no Ocidente, a John Dewey, com 1,63 milhão; Pestalozzi, com 1,75 milhão; e Rudolf Steiner, com 2,52 milhões.
Na Wikipédia, Paulo Freire recebe o mesmo tratamento. É considerado “um dos pensadores mais notáveis na história da pedagogia mundial”, segundo informa a versão em espanhol da enciclopédia eletrônica; ou como “um dos mais influentes pensadores da educação do século vinte”, segundo a versão em inglês. Aí pode ler-se que a Pedagogia Crítica de Paulo Freire inspirou a criação de dois institutos de educação na América do Norte: um no departamento de Educação na Universidade da Califórnia, um dos mais prestigiados no ranking da revista US News & World Report, e outro na Universidade McGill no Canadá. O verbete Paulo Freire ocorre no Wikipédia nas versões francesa, italiana, inglesa e espanhola entre outras, destacando-se a extensão de sua ocorrência na versão alemã, que lhe reserva um artigo de 21.400 caracteres, o dobro destinado ao cientista e político norte-americano Benjamin Franklin.
A Paulo Freire atribui-se o mérito - universalmente reconhecido pelos vários prêmios internacionais que recebeu, entre os quais o de Educação para a Paz, da UNESCO - de avançar no pensamento educacional, ao promover uma síntese das idéias de seus predecessores, como John Dewey. Para todos eles, o aluno está longe de ser um recipiente passivo no qual os professores depositam o seu estoque de conhecimento. Os alunos são os sujeitos ativos da educação - e o que deles se espera é que comecem por fazer as perguntas, que certamente lhes ocorrem da experiência de sua imersão no ambiente familiar e social. As respostas serão procuradas num exercício de imersão social semelhante, exercício praticado pela humanidade desde que se constitui em sociedade organizada, responsável pelas conquistas da cultura e civilização.
Isso significa dizer que a pedagogia de Paulo Freire - ou de Dewey, a quem Veja covardemente não ousa desqualificar - define a educação como o lugar onde indivíduo e sociedade se constroem, capacitando-se mutuamente para a mudança social, nos termos também definidos no “Relatório da UNESCO sobre Educação para o Século XXI” (1996), onde se assinala que a educação não somente deve promover as competências básicas tradicionais, mas também proporcionar os elementos necessários para se exercer plenamente a cidadania, contribuir para uma cultura de paz e para a transformação da sociedade, para o que se propõem quatro pilares para a aprendizagem: “aprender a conhecer, a fazer, a ser e a viver juntos”.
A escola não pode reduzir-se a um adestramento para a conversão do aluno em mercadoria. O desenvolvimento humano não é sinônimo de mercado nem de crescimento econômico. O mercado ou o crescimento, por si só, não promovem a equidade nem reduzem a pobreza. Desenvolvimento implica eqüidade como resultado do exercício dos direitos sociais - e a promoção da eqüidade é uma tarefa pública, por excelência. Não é possível promover a equidade sem a democracia - e a democracia, longe de ser apenas um método de eleger os governantes, é o modo de se construir e exercitar a vida em comum, em proveito recíproco, a despeito das diferenças. Por isso, como dizia Paulo Freire, “estudar não é um ato de consumir idéias”. A democracia exige cidadãos capazes de criá-las e recriá-las.
Rui Falcão, jornalista e advogado, é deputado estadual pelo Partido dos Trabalhadores. Foi deputado federal, presidente do PT e secretário de governo na gestão Marta Suplicy.
Mais comentários e críticas à “reportagem” podem ser lidas em Resposta à Veja, no site do Instituto Paulo Freire: http://www.paulofreire.org/Noticias/NoticiaRespostaARevistaVeja


Outro fato relevante da semana foi o relatório do ministro do SFT Carlos Ayres Britto a respeito da ação que tramita naquela Corte sobre a demarcação das terras da reserva indígena Raposa/Serra do Sol. Artigo da Folha de São Paulo destaca o relatório.

Dia do Índio no Supremo
MARCELO LEITE
COLUNISTA DA FOLHA
ONTEM FOI Dia do Índio no Supremo Tribunal Federal (STF). Nada impede que mais à frente o julgamento da demarcação da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol (TIRSS) acabe num Dia do Arrozeiro, mas tal desfecho parece agora menos provável.
O voto do relator Carlos Ayres Britto veio com ímpeto demolidor. Britto não se limitou a declarar a improcedência da ação popular. Tratorou, um por um, os débeis argumentos alinhavados na ação movida no interesse de meia dúzia de fazendeiros de arroz.
Para o relator, não faz sentido falar em subtração de áreas a uma unidade da Federação, pois os índios já estavam lá antes da criação do Estado de Roraima. Seu direito à terra é originário, reza a Constituição. Os rizicultores só multiplicaram plantações depois de 1992, mas o processo de demarcação começou em 1977. Os índios foram enxotados e escorraçados, no que descreveu como "espremedura topográfica".
Terras indígenas não são territórios, deixa claro a Constituição. Ela é que garante seu usufruto pelos índios brasileiros, que não precisam de uma Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas. Demarcação e homologação são meros atos declaratórios, reconhecimento de um direito preexistente.
O laudo antropológico que atesta a ocupação contínua e pacífica pelas cinco etnias não merece ser qualificado como fraude ou generalidade. Toda a metodologia prescrita na legislação foi seguida. O contraditório e o direito de defesa foram amplamente exercidos.
Índios não atrapalham o desenvolvimento. Não impedem a defesa de fronteiras -ao contrário. E por aí foi...
O ponto alto do relatório, porém, foi o reiterado elogio à generosidade da Constituição de 1988 com os índios. Britto afirmou que ela se encontra na vanguarda mundial por "não antagonizar colonização e indigenato" e pautar-se por um espírito fraternal e solidário, contra o "ignominioso preconceito" antiindígena.
Encarando de frente aqueles que vêem nos índios um sinônimo de atraso, disse que a Constituição nos redime perante nós mesmos de uma insensatez histórica, só comparável à escravidão. Disse mais: que nos índios está o primeiro elo da identidade nacional. E que o "doravante" de Roraima não apaga o seu "desde sempre".
Era tudo que os "civilizados com aspas" não queriam ouvir. Carlos Alberto Menezes Direito pediu vistas. O Dia do Arrozeiro fica adiado, e pode talvez nunca chegar.

E, como não podia passar em branco, a questão dos grampos. Dois artigos da Folha de São Paulo lançam algumas dúvidas sobre o assunto. E, ao final, o Blog do Mello tem um questionamento mais complexo a respeito.

FERNANDO DE BARROS E SILVA
Muito além dos grampos
SÃO PAULO - Eu desconfio muito dos veementes, dizia Nelson Rodrigues, ele próprio o mais hiperbólico dos nossos escritores, a quem nunca faltou, como tempero da vocação trágica, o veneno da ironia. E como toda unanimidade não é apenas burra mas sobretudo perigosa, desconfiemos dos veementes.
No caso, dos que estufam o peito para nos alertar que o Estado de Direito está sob ameaça, o que tem ocorrido sempre que alguém da turma da cobertura vai preso.
Quantos condenados existem hoje no país que já cumpriram sentença, mas seguem em cana? Alguns milhares. E quantos mofam no xilindró à espera de julgamento, em prisão temporária ou preventiva? Estima-se que 30% da população carcerária, algo como 150 mil pessoas. Quem se escandaliza?
Nem todos têm a mesma opportunity perante o STF. Foi preciso que os arbítrios da polícia chegassem ao topo do edifício social para que os arautos da legalidade começassem a se movimentar, veementes, indignados. Em pulso de preto, algema nunca foi abuso, mas pulseira de luxo. Está certo Joaquim Barbosa quando diz que certa elite monopoliza a agenda do Supremo.
Sim, é grave, é gravíssimo o grampo contra Gilmar Mendes. E também muito estranho: é a primeira vez que a revelação do conteúdo de uma escuta telefônica ilegal é boa para os dois grampeados. (grifo meu)
Muito se falará ainda desse caso. Por ora, há coisas nebulosas e muitos interesses em jogo a serem esclarecidos. A Abin terá de se explicar. É provável que rolem cabeças.
Sobre o delegado Protógenes e seus métodos, vale repetir: o inquérito que comandou é obtuso, leviano e flerta com a delinqüência em várias das suas conclusões.Tenhamos isso sempre em mente. Mas sem permitir que, em nome da boa causa contra as ilegalidades da polícia, os veementes invoquem uma hipotética ameaça institucional para preservar privilégios e perpetuar a impunidade de uma casta que vive zombeteira acima da lei, como é óbvio ululante há 500 anos.
Governo suspeita de participação de Abin, PF e iniciativa privada
Avaliação do Planalto é de que escuta ilegal no STF seria tentativa de atingir a agência e o próprio presidente Lula
Paulo Lacerda, diretor-geral da agência, disse que não acredita no envolvimento de servidores da Abin, mas não descarta a possibilidade
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo trabalha com a hipótese de envolvimento de funcionários da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) e da Polícia Federal na escuta ilegal do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes. No entanto, por ora, descarta o envolvimento do diretor-geral da agência, Paulo Lacerda, e da cúpula da PF com tal escuta ilegal.
Nas avaliações iniciais do Palácio do Planalto sobre o caso, três hipóteses principais são cogitadas. Na primeira delas, as escutas foram feitas -e vazadas- por servidores da Abin que resistem a Lacerda.
Na segunda, seriam fruto de disputa entre os grupos pró e anti-Lacerda, ex-diretor-geral da PF. O grupo de Lacerda tem entre os integrantes o delegado Protógenes Queiroz, responsável pela Operação Satiagraha.
A terceira hipótese avalia a participação da iniciativa privada. Não se descarta a possibilidade da ação de alguém interessado em desacreditar Lacerda e a PF, além de reforçar em Mendes a suspeita de ser monitorado por setores do governo.
Recentemente, Lacerda e o presidente do STF estiveram envolvidos em aspectos polêmicos da Satiagraha -investigação da PF sobre um suposto esquema de corrupção comandado pelo banqueiro Daniel Dantas. O diálogo telefônico de pouco mais de dois minutos entre Mendes e o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) foi gravado no fim da tarde de 15 de julho, uma semana depois da deflagração da Satiagraha.
"Não se pode descartar as disputas internas [na Abin e na PF]", disse o ministro Nelson Jobim (Defesa), ao ser questionado sobre a possibilidade de armação uma vez que a Abin não tem prerrogativa legal de interceptar conversas.
Lacerda disse a assessores que não acredita no envolvimento de servidores da Abin, mas não descarta a possibilidade. Afirmou que a agência não tem equipamentos nem funcionários para monitorar e elaborar relatórios sobre as conversas de tantas autoridades.Todas as hipóteses para os grampos são consideradas graves pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E o vazamento desse diálogo, acredita o governo, teria o objetivo de atingir Lacerda e o próprio presidente.
Segundo um ministro, Lula não recebe relatórios da Abin sobre escutas, informação publicada pela revista "Veja". Por lei, a agência é proibida de fazer grampos. Se os fizesse e apresentasse relatórios a Lula, o presidente cometeria crime de responsabilidade ao recebê-los. Por isso, avalia o auxiliar de Lula, um dos objetivos do vazamento seria atingir o Planalto.
A revista "Veja" relatou que a Abin grampearia ministros, ex-ministros e auxiliares de Lula. Relatórios dessas conversas, segundo a revista, eram enviados para o próprio presidente. Por serem ilegais, as gravações seriam destruídas.
Em conversas reservadas, auxiliares de Lula dizem que o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu sempre se considerou perseguido por Abin e PF. Mas não acreditam que Lacerda e a cúpula da PF tenham grampeado Dirceu ilegalmente.
(KENNEDY ALENCAR, ALAN GRIPP E FERNANDA ODILLA)
BLOG DO MELLO

O pretenso grampo da ABIN no gabinete do presidente do STF
Posted: 31 Aug 2008 09:02 AM CDT
Por que a ABIN grampearia Mendes, se por mais que descobrissem algo gravíssimo sobre ele, não seria nada, comparado ao fato de ter sido grampeado o presidente de um dos Três Poderes que são os pilares de nossa democracia? Se descobrissem, por exemplo (e não estou insinuando nada), que o ministro é pedófilo, gay e pratica um canibalismo estilo Bokassa, ainda assim ficaria pior o governo por tê-lo grampeado. A revelação do grampo encobriria o conteúdo do que viesse a ser divulgado.
Admitindo-se que o governo grampeasse o ministro apenas para obter informações de seu interesse, sem divulgá-las, vem a seguinte pergunta: Precisaria o governo grampear o presidente do STF para saber o que ele pensa, que apito toca, que camisa veste, se isso está claro, claríssimo, em toda a trajetória de Gilmar Mendes, desde antes de ser ministro do Supremo, quando foi advogado-geral da União no governo FHC e defendeu tudo aquilo que foi praticado no
“limite da irresponsabilidade”? O que descobriria de novidade, que não estivesse contido no já famoso artigo do jurista Dalmo Dallari?
Pra finalizar: que diabo de grampo é esse que, ao final, vaza para a Veja um diálogo entre Mendes e Demóstenes Torres, um dos principais senadores oposicionistas (ambos recentemente envolvidos até o pescoço com o caso Daniel Dantas), onde os dois saem na fita de tal modo puros, pios, honestos e angelicais, como se fosse um copy & paste de um diálogo entre o papa e madre Teresa de Calcutá?...
No entanto, como era de se esperar, no dia de hoje nossa mídia corporativa só trata disso, aparentando surpresa e indignação, quando está apenas repetindo o velho esquema: a Veja solta a pretensa bomba, o JN repercute, os jornalões reproduzem no domingo e durante a semana suítam. Depois o assunto vai sumindo para as páginas internas, até cair no esquecimento, cumprindo assim sua motivação essencial, que não é buscar a verdade, nem ao menos esclarecer algo, mas apenas vender jornal, revista e espaço publicitário - aquilo que
Ali Kamel chama de “jornalismo independente”.

E na Folha de ontem, já temos uma novidade, das mais previsíveis. É só pensar a quem mais interessava essa confusão toda, que pode ajudar em muito a esquecerem dele...não é, ilustre senhor Daniel Dantas???

General Felix vê envolvimento de Dantas em grampo ilegal
Em reuniões, ministro disse que agentes da Abin teriam sido contratados pelo banqueiroAdvogado de Dantas, Nélio Machado afirmou que o ministro-chefe do GSI tinha que "esperar a conclusão das investigações" do caso.

KENNEDY ALENCAR - ADRIANO CEOLIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro-chefe do GSI (Gabinete da Segurança Institucional), general Jorge Armando Felix, disse em reuniões ontem no Planalto que a hipótese principal para a escuta ilegal do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Gilmar Mendes, era a seguinte: um ou mais agentes da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) teriam sido contratados pelo banqueiro Daniel Dantas para fazer e divulgar o grampo.
Ao longo do dia de ontem, Felix também colocou o seu cargo à disposição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que não aceitou. A Abin é subordinada à pasta de Felix. Lacerda também colocou o cargo à disposição. Lula não aceitou, mas afastou temporariamente o diretor-geral da Abin de suas funções enquanto durar a investigação da PF sobre o grampo.
Em reunião à tarde no Planalto, Lula recebeu o presidente do Congresso, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN). Nessa reunião, Lula assentiu com a cabeça quando o general expôs sua principal hipótese aos presentes. Também participaram desse encontro os ministros José Múcio (Relações Institucionais), Tarso Genro (Justiça) e o vice-presidente José Alencar. Entre os congressistas, estavam Garibaldi e os senadores Tião Viana (PT-AC) e Demóstenes Torres (DEM-GO).
Grampeado na conversa com Mendes, o senador Demóstenes disse que Dantas foi citado pelo prenome na reunião. "Ele [general Felix] disse: "o Daniel pode estar por trás disso [grampo]'", afirmou o senador. "O general afirmou ainda que, no fim da investigação, vai aparecer muito jornalista que recebeu do Opportunity", completou.
O advogado de Dantas, Nélio Machado, afirmou que Felix deu uma declaração descabida e infeliz. "O que ele disse me faz lembrar o atentado do Rio-Centro no fim da ditadura, quando quiseram transformar o principal envolvido em vítima", disse Machado. "É de extrema leviandade. Ele deveria esperar a conclusão das investigações", disse o advogado.
Ainda segundo Demóstenes, Naji Nahas, preso com Dantas na operação da PF, também foi citado por Felix nesse contexto.



VALE A PENA LER

1. Revista Historia Viva n.59, já nas bancas.
Dossiê sobre os Templários. Biografia de Bismarck.
Artigos: A invenção do 7 de setembro – A corrida entre nazistas e aliados pela bomba atômica – Sete Povos das Missões - famílias romanas, nada tradicionais.

2. Arquivos Historia Viva n.2 – Os melhores textos sobre a Segunda Guerra Mundial.
Ascensão dos nazistas – o pacto entre Stalin e Hitler – Invasão da França – A espionagem soviética – Aventura naval do Atlantis – Os kamikazes – Resistência alemã – Schindler e o holocausto – A queda de Berlim – O mistério do cadáver de Hitler – A luta dos pracinhas – Nazistas e fascistas no Brasil.

3. Foi lançado o livro Mutações. Ensaios sobre as novas configurações do mundo, organizado por Adauto Novaes. O livro discute novos roteiros de pensamento para áreas como a política, as mentalidades, as artes, os costumes, a filosofia e a psicanálise.


VALE A PENA NAVEGAR POR AQUI

1. site da revista Ciência Hoje
NANOTECNOLOGIA
Ameaça invisível ou panacéia universal?
2. Site do jornal Brasil de Fatowww.brasildefato.com.br
Bolívia
Respaldado por movimentos sociais e votação obtida em pleito revogatório, presidente boliviano marca consulta para 7 de dezembro
Paraguai
O presidente paraguaio reconheceu os anos de terror que o país viveu durante a ditadura de Alfredo Stroessner, e pediu perdão às vítimas e familiares
México
Resultados finais da consulta popular sobre a privatização da Pemex são entregues à Comissão Permanente, que já iniciou trabalhos em torno da reforma energética.
Damien Millet e Eric Toussaint
Com os enormes erros em seus cálculos sobre a pobreza, toda a estrutura das políticas internacionais atuais contra a pobreza cae por terra
3. Blog da Revista Forum
República: Mendes, Veja e a degradação institucional
Por Redação Fórum [Segunda-Feira, 1 de Setembro de 2008 às 14:55hs]
Qual terá sido o objetivo da reportagem de capa da revista Veja em sua edição de 03/09/2008? "Denunciar" que a Abin teria feito grampos ilegais nos telefones do ministro Gilmar Mendes e outras autoridades e, com isso, alertar à sociedade sobre a existência de um Estado Policial que ameaça as instituições democráticas? Ou, como alertou conhecido blog “paralisar as investigações da agência sobre conspirações deflagradas contra o Estado de Direito, inclusive aquelas perpetradas nas páginas da Veja, sobretudo durante a campanha eleitoral de 2006, mas também com evidências no caso do "dossiê anti-FHC" para derrubar a ministra Dilma?”.
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/ColunistasIntegra.asp?id_artigo=4166
A elite branca da Bolívia é ainda pior que a nossa leia
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/default.asp#4130
4. Blog do Nassif - http://www.projetobr.com.br/web/blog?entryId=8745

As avaliações escolares Entrevista da Folha com José Francisco Soares, do Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) sobre um tema relevante. A educação precisa de indicadores. Mas precisa também de educadores que saibam avaliar os índices e tirar lições para a melhoria do ensino.


NOTICIAS

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Reconhecimento – Ministério da Educação – Portaria nº 554 de 12/3/2004
Certificado conferido pelo Senac Nacional.
Objetivo - Criar condições para elaboração e desenvolvimento de estratégias de gerenciamento de processos e pessoas, propiciando o alcance dos objetivos sociais e econômicos de organizações privadas de ensino básico, superior e profissionalizante.
Público Alvo - Profissionais de nível superior, gestores de organizações privadas de ensino básico, superior e profissionalizante, seus diretores e coordenadores e demais interessados em desenvolver competências adequadas para enfrentar situações de competitividade crescente nesse mercado.
Programação
Gestão Estratégica
Construção de Cenário Educacional
Gestor do século XXI
Planejamento Estratégico
Modelagem de Gestão
Início das aulas: 20 de setembro de 2008
Carga horária total: 360 h Distribuídas em 12 meses: 300h correspondem à carga de leitura (textos, programas radiofônicos e vídeo) e à realização das atividades propostas e 60h correspondem à participação nos três momentos presenciais e tempo de tutoria dedicado à orientação na elaboração do projeto final.
Momentos Presenciais
O curso tem três momentos presenciais obrigatórios: aula inaugural, prova final e defesa do projeto de pesquisa.

2.Para quem se interessar, estão abertas as inscrições para o mini-curso que se realizará no Congresso da ANPUH-SPUSP-SP de 8 a 12 de setembro
TRAUMAS NA ALEMANHA NO PÓS-GUERRA.
Ministrado por Ana Maria DietrichSerá discutido o contexto do pós-guerra europeu traçando relações com a memória dos eventos relacionados às atrocidades do nazismo.
No mesmo congresso, haverá o lançamento da ORALIDADES-REVISTA DE HISTÓRIA ORAL nr. 3 - Editores: Ana Maria Dietrich / Ricardo Santhiago
Os exemplares já se encontram a venda pelo site www.oralidades.com.br

3.SIMPÓSIO A GLOBALIZAÇÃO DOS PENSAMENTOS LIBERTÁRIOS DE GARIBALDI
10 A 12 DE SETEMBRO NA PUCRS.
AUDITÓRIO DO PRÉDIO 9.
Maiores informações: www.pucrs.br/eventos/garibaldi
4.4º Colóquio: 'Relações Luso-Brasileiras: D. João VI e o Oitocentismo'
É com renovada alegria que o Pólo de Pesquisa sobre Relações Luso-Brasileiras - PPRLB, sediado no Real Gabinete Português de Leitura, convida a todos os interessados para participarem do seu 4º Colóquio: 'Relações Luso-Brasileiras: D. João VI e o Oitocentismo', no próximo mês de setembro, de 17 a 19.
•O evento reúne mais de 80 professores e pesquisadores de oito estados brasileiros e de Portugal que apresentarão trabalhos abordando múltiplos aspectos da transferência da Corte para o Brasil. Economia, escravidão, Imprensa Régia, livros, leituras, historiografia, ciência, História Natural, Real Biblioteca, bens de luxo, arquitetura e pintura são alguns dos temas em foco.
•Será certamente, a partir da contribuição destes especialistas brasileiros e portugueses e múltiplos pontos de vista, um momento especial de reflexão sobre a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil.
Inscrições na Secretaria do Real Gabinete Português de Leitura R. Luís de Camões, 30 - Rio de Janeiro Tel.: 21 2221-3138 / 2221-2960 A programação pode ser encontrada no site do Real Gabinete: www.realgabinete.com.br

5. Ciclo de Palestras Leslie Bethell/CPDOC-FGV
O Programa de pós-graduação em Historia, Política e Bens Culturais do CPDOC/FGV convida para o Ciclo de Palestras intitulado "Brasil na historia global dos séculos XIX e XX", ministrado por Leslie Bethell. Os encontros acontecerão nos dias 3/9, 17/9, 8/10, 22/10, 5/11 e 19/11 (quartas-feiras), das 17 horas 'as 18h30min.
Mais informações em http://www.cpdoc.fgv.br.
6. Seleção para Mestrado e Doutorado/CPDOC-FGV, UNICAMP e UFMT- O Programa de pós-graduação em Historia, Política e Bens Culturais, do Centro de Pesquisa e Documentação de Historia Contemporânea do Brasil (CPDOC) da FGV, abre edital de exame do seleção para Mestrado Acadêmico e Profissional e Doutorado em Historia, Política e Bens Culturais. As inscrições vão ate' 15/10/2008.
Mais informações em http://www.cpdoc.fgv.br.
- O período de inscrições para Mestrado e Doutorado em Historia pela UNICAMP vai ate' 22/9/2008, na Secretaria de Pós-graduação do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas/UNICAMP. Mais informações em http://www.ifch.unicamp.br/pos/historia/selecao/2009/insc_historia.php.
- O Instituto de Educação da Universidade Federal de Mato Grosso abre inscrições, a partir de 1/10/2008, para 55 vagas de Mestrado e 10 de Doutorado, distribuídas conforme as linhas de pesquisa. São algumas das linhas de pesquisa: Culturas escolares e linguagens; Cultura, memória e teoria em Educação; Movimentos sociais, política e educação popular.
Mais informações em http://www.ufmt.br.
7. Seminário Internacional "Do Atlântico ao Pacifico"/UFRJ
O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ realiza o Seminário Internacional "Do Atlântico ao Pacifico", em comemoração aos 200 Anos da chegada da Família Real e aos 100 Anos da Imigração Japonesa nos dias 17, 18 e 19/9/2008. O evento terá lugar no Salão Dourado do Fórum de Ciência e Cultura, que se localiza na Av. Pasteur, 250, 2o. andar, Campus Praia Vermelha. Mais informações em http://www.forum.ufrj.br/news/170908.html.
8. II Colóquio do LAHES: Micro Historia e os caminhos da Historia Social/UFJF
Estão abertas, ate' 19/9/2008, as inscrições on-line para O II Colóquio do Laboratório de Historia Econômica e Social: Micro Historia e os caminhos da Historia Social, que se realizara' entre os dias 30/9 e 2/10/2008, na Universidade de Juiz de Fora (MG). Mais informações em http://www.lahes.ufjf.br/eventos.
9. Congresso Uma Corte Européia nos Trópicos/UFGA Universidade Federal de Goiás promove, concomitantemente, o I Congresso Nacional e o II Regional do Curso de Historia da UFG-Jatai' e o I Simpósio do GT de Historia Cultural da Anpuh entre os dias 23 e 26/9/2008, cujo tema comum e' "Uma Corte Européia nos Trópicos". As inscrições para ouvintes vão ate' o dia de abertura do evento. Mais informações em http://congressohistoriajatai.org.
10. II Encontro Internacional de Historia Colonial/UFRN
Estão abertas as inscrições para os mini-cursos do II Encontro Internacional de Historia Colonial - A experiência colonial no Novo Mundo - séculos XVI a XVII, a ser realizado entre os dias 16 e 19/9/2008, em Natal (RN). Mais informações em http://www.cchla.ufrn.br/eihc2008/index2.html.
11. Palestra
- "Em defesa da moral e dos bons costumes: transformações comportamentais e censura de periódicos no regime militar (1964-1985)" e' o titulo da palestra de Adrianna Cristina Lopes Setemy, a realizar-se dia 10/10/2008, 'as 15 horas, no Arquivo Geral da Cidade do RJ (Rua Amoroso Lima, 15, Cidade Nova). Mais informações em http://www.rio.rj.gov.br/arquivo/.

12. Revista/Chamada para artigos
- A Sæculum - Revista de Historia (UFPB) recebera' artigos ate' 30/1/2009 para o dossiê "Historia e Literatura", edição de nº 20 (jan./ jun. 2009). Mais informações em http://www.cchla.ufpb.br/saeculum/.
- A "Recorde: Revista de Historia do Esporte", uma edição do "Sport": Laboratório de Historia do Esporte e do Lazer e do Programa de pós-graduação em Historia Comparada do IFCS/UFRJ, recebe artigos continuamente para seus próximos números. Mais informações em http://www.sport.ifcs.ufrj.br/recorde/home.asp.

13. Concurso para Pesquisador Adjunto I - Antropologia/MPEG
O Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG), unidade de pesquisa do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT), promove concurso para o cargo de Pesquisador Adjunto I do Plano de Carreiras para a área de Ciência e Tecnologia. As áreas de atuação são em Antropologia Social (Etnologia Indígena) e Botânica. A remuneração total e' de R$5.247,10 e o período de inscrições e' de 02/10/2008 a 31/10/2008. Mais informações em http://www.museu-goeldi.br/concursos.html.
14. Premio Territórios Quilombolas
O Ministério do Desenvolvimento Agrário lançou a edição 2008 do Premio Territórios Quilombolas. São 15 prêmios, de ate' R$3.000, para a produção de ensaios e redações em três categorias: ensaios acadêmicos (para pesquisadores das áreas de Ciências Humanas, Sociais, Jurídicas, Agrárias e afins), ensaios para técnicos que trabalham com as comunidades quilombolas e redação com relatos de experiências e memórias. Os textos deverão ser inéditos e devem ser entregues ate' 15/1/2009. Mais informações e formulários de inscrições são encontrados nos sites do Ministério do Desenvolvimento Agrário (http://www.mda.gov.br), do Programa de Promoção de Igualdade de Gênero Raça e Etnia ( http://www.mda.gov.br/aegre), no Portal NEAD (http://www.nead.gov.br) e das instituições parceiras (http://www.abant.org.br; http://www.anpocs.org.br; e http://www.mulheresnegras.org/abpn).

15. III Seminário Políticas Culturais: reflexões e ações/Casa de Rui Barbosa
A Fundação Casa de Rui Barbosa convida para o III Seminário Políticas Culturais: reflexões e ações, a realizar-se nos dias 24, 25 e 26/9/2008. As inscrições são gratuitas e haverá certificado de participação. Mais informações em http://www.casaruibarbosa.gov.br.
16. Seminário Religião e Sexualidade na Contemporaneidade/UFRJ
O "Seminário Religião e Sexualidade na Contemporaneidade" faz parte do projeto de pesquisa "Homofobia e violência: um estudo sobre os discursos e ações de lideranças religiosas em relação aos GLTB", implementado pela Escola de serviço Social, e será realizado no Salão Dourado do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, Campus Praia Vermelha, das 9 horas 'as 17 horas dos dias 24 e 24/9/2008. As inscrições para o seminário poderão ser feitas ate' o dia 20/9/2008 pelo e-mail diversidadesexual@ess.ufrj.br. Mais informações pelo mesmo e-mail ou pelo tel.: 3873-5401.
17. II Seminário Políticas Sociais e Cidadania/Salvador, BA
Estudantes de pós-graduação, mestres e doutores interessados em apresentar pesquisa na área de políticas sociais, novas conformações da proteção social, políticas e gestão de saúde e de educação, o desafio do envelhecimento da população para as políticas sociais, juventudes, gênero e participação política, participação social e democracia no II Seminário Políticas Sociais e Cidadania, a ser realizado de 19 a 21/11/2008, tem ate' o dia 15/9/2008 para enviar seus trabalhos. O evento esta' sendo organizado pela Universidade Católica de Salvador (UCSal). Mais informações em http://pos.ucsal.br/politicas
18. I Seminário Sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica na América Latina/UFAM
O "I Seminário Sobre Povos Tradicionais, Fronteiras e Geopolítica na América Latina: uma proposta para Amazônia" será realizado no período de 23 a 26/9/2008, no auditório Rio Solimões/ICHL da Universidade Federal do Amazonas. As inscrições para participar do evento encerrarão no dia 10/9 e devem ser efetuadas pelo e-mail dan@ufam.edu.br. Mais informações em http://www.ufam.edu.br.
19. Seminário Democracia e Debate/UFRGS
O Programa de pós-graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, promove o Seminário Nacional de Ciência Política da UFRGS - Democracia em Debate entre os dias 3 e 5/9/2008. Inscrições e programação no site http://www6.ufrgs.br/cienciapolitica/democraciaemdebate/index.php.
20. Seminário Homens, Gênero e Políticas Publicas/Recife, PE
Estão abertas as inscrições de trabalhos, ate' dia 5/9/2008, para o "Seminário Homens, Gênero e Políticas Publicas". O Instituto PAPAI, Núcleo de Pesquisas em Gênero e Masculinidades (Gema/UFPE), Instituto Promundo, Núcleo Margens/UFSC são os responsáveis pela organização do seminário. Não há necessidade de que os trabalhos sejam inéditos. Mais informações em http://www.papai.org.br/homens.
21. Seminário Juventude e Movimento Estudantil em 1968/UFPE
O Seminário Juventude e Movimento Estudantil em 1968 acontecera' dias 4 e 5/9/2008, no Auditório do Programa de pós-graduação em Ciência Política, 14º andar, CFCH/Universidade Federal de Pernambuco. Mais informações em http://sejarealistapecaoimpossivel.blogspot.com/2008/08/seminrio-juventude-e-movimento.html.
22. Congresso Internacional Estudos sobre o Imaginário/UFPE
O XV Ciclo de Estudos sobre o Imaginário - Congresso Internacional tem como tema o "Imaginário do Envolvimento / Desenvolvimento" e será realizado de 7 a 10/10/2008, em Recife, na Universidade Federal de Pernambuco. Segundo a organização do evento, " o objetivo geral deste Ciclo de Estudos sobre o Imaginário e' discutir, a partir das dimensões simbólicas, arquetipicas e míticas, as relações entre estes dois termos relativos 'as diversas alternativas de organização socioeconômicas ambientais". Mais informações em http://www.ufpe.br/imaginario/ciclo2008/br/tema-br.html.
23. Congresso Sociedade Civil Global: Encontros e Confrontos/UCAM
A Universidade Candido Mendes organiza o "IX Congresso da Associação Latino Americana de Estudos Africanos e Asiáticos no Brasil (ALADAA-B) - Sociedade Civil Global: Encontros e Confrontos" entre os dias 25 e 27/9/2008. A UCAM se localiza na Praça Pio X, 7, Candelária - Centro ¿ Rio de Janeiro. Mais informações em http://www.aladaab.com.br/.
24. XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais/Caxambu, MG
A Associação Brasileira de Estudos Populacionais promove o XVI Encontro Nacional de Estudos Populacionais, que tem como tema "As Desigualdades Socio-Demograficas e os Direitos Humanos no Brasil". O evento será realizado em Caxambu, Minas Gerais, entre os dias 29/9 e 3/10/2008. Mais informações em http://www.abep.org.br.
25. II Colóquio Festas e Sociabilidades/UFRN
O CEFET-RN e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte convidam para o II Colóquio de Festas e Sociabilidades, que será realizado entre os dias 10 e 12/9/2008, no Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA) da UFRN. O evento contara' com mesas redondas, video-conferencias, grupos de trabalho, conferencias e mostra de documentários. Mais informações em http://www.cchla.ufrn.br/2festas/.






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