Número 043 - nova fase
Editorial
Dia 5 de junho foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente. E a ONU aproveitou a deixa para lançar ao mundo todo o aviso de que a desertificação está aumentando em todo o mundo, contribuindo para aumentar a pobreza. E, no limite, torna-se uma ameaça à paz. Segundo os dados daquele organismo, um quarto da superfície de terra do globo já se transformou em deserto e essa parcela está aumentando.
"Em todo o planeta, a pobreza, a exploração insustentável das terras e as mudanças climáticas estão transformando as terras secas em desertos. E a desertificação, em troca, aumenta e alimenta a pobreza", disse o secretário-geral da ONU, Kofi Annan.
"Também há evidências crescentes de que a degradação das terras secas e a competição pelos recursos cada vez mais escassos podem colocar comunidades em conflito."
A ONU afirmou que a degradação das terras provoca perdas de, segundo estimativas, 42 bilhões de dólares anuais na produção agrícola -- sem contar o sofrimento humano decorrente da falta de alimentos.
Muitas das terras do globo usadas para o cultivo são terras secas -- esse tipo de superfície responde por 41 por cento das terras do planeta e abriga 2 bilhões de pessoas.
"Estima-se que entre 10 e 20 por cento das terras secas já estejam degradadas", afirmou Annan. "O problema é particularmente grave na África subsaariana e no sul da Ásia."
Grande parte das pressões sobre a qualidade das terras decorre do crescimento da população mundial, que passou de 2,5 bilhões de pessoas em 1950 para 6,5 bilhões agora.
E muitos cientistas afirmam que um dos efeitos do aquecimento global ligado à crescente emissão de gases produzidos na queima de combustíveis fósseis será o aumento das áreas desérticas. (noticia adaptada e sintetizada do site do Yahoo!)
No entanto, na mesma semana, o Canadá dá um péssimo exemplo:
EFEITO ESTUFA
Canadá começa a se afastar do Protocolo de Kyoto
País que sempre se empenhou na defesa do acordo sobre assuntos climáticos agora se posiciona contra as metas de redução de emissão de gases causadores do efeito estufa. A mudança de rumos teve início desde que o Partido Conservador assumiu o governo este ano e anunciou que não iria mais cumprir os compromissos firmados pelo Protocolo. > LEIA MAIS Meio Ambiente 03/06/2006
O professor Jaime Pinsky concedeu entrevista a um pool de jornais de São Paulo, falando sobre a questão da educação no Brasil. Vale a pena ler: Acessem http://www.apj.inf.br/
Do portal Terra, uma notícia interessante sobre novos estudos enfocando a origem dos seres humanos. Os homens de Neanderthal, colocados sempre como ancestrais dos humanos, parece que não são. Verifiquem:
O Homem de Neanderthal é um primo distante e não o antepassado direto do homem moderno, afirma um grupo de cientistas franceses com base na análise genética de um fóssil de criança de 100 mil anos, em um artigo publicado na edição de quarta-feira da revista Current Biology.
Os cientistas compararam o DNA mitocondrial (transmitido essencialmente pela mãe), extraído deste menino encontrado na gruta de Scladina, na Bélgica, com o de outros nove especímes analisados desde 1997, data do primeiro estudo genético deste tipo.
Os dados genéticos conhecidos até então correspondiam ao período em que os neanderthais coexistiam com os humanos modernos.
A informação obtida a partir do estudo de um exemplar tão arcaico, que remonta a uma época na qual apenas os neanderthais viviam na Europa, permite ter uma idéia de sua diversidade genética antes de entrar em contato com o homem moderno, garantem os cientistas.
Segundo esta análise, os neanderthais eram mais parentes entre eles do que em relação ao homem moderno.
"Não há rastro algum de uma suposta miscigenação", resumem os autores do estudo.
Disto se deduz que os neanderthais são nossos primos distantes e desapareceram da face da Terra sem deixar descendência.
Falam amigos e amigas
Recebi um email de uma amiga, reproduzindo uma carta enviada à jornalista Miriam Leitão. Pesquisei e encontrei um site que mostra a veracidade do documento. Leiam a carta e depois vejam uma entrevista no site: http://www.sindipetro.org.br/101/b1072/s-1072p4.htm
A carta é essa:
Resposta de uma petroleira à Miriam Leitão.
Um depoimento esclarecedor. A pessoa existe e o telefone é verdadeiro.
"Minha querida Míriam,
O culpado disso tudo se chama Fernando Henrique Cardoso que deslanchou o famigerado Projeto Gasoduto Bolívia-Brasil, que vinha sendo postergado pelos militares a décadas, não sem razão, pois o risco país, queé o que estamos vivendo hoje, era muito alto.
O corpo técnico da Petrobrás se opunha a este projeto. Na época, vocês da Globo, de braços dados com o corrupto do Collor, chamavam a Petrobrás de corporativista, reduto de marajás, etc. Mas a empresa tinha razão. Não precisávamos deste gás caro. Tínhamos e temos excesso de óleo combustível BTE (baixo teor de enxofre), o melhor do mundo! Mas tivemos que criar artificialmente mercado para este gás natural importado a preços altíssimos, já na época da assinatura dos contratos (1997).
O projeto foi desenvolvido na subsidiária Petrofértil (empresa de fertilizantes destruída pelo Collor), que então passou a se chamar Gaspetro. Seu Vice-Presidente Menezes (posteriormente veio a ser Diretor da Petrobrás por seus "serviços prestados" ao Governo FHC) tinha linha direta com o Presidente da República (FHC), pois este projeto era um dos constantes no programa Brasil em Ação, e onde Menezes tinha carta branca para assinar compromissos em nome da Petrobrás.
Quando este projeto, já com todos os compromissos sacramentados, foi transferido para a Petrobrás, eu tive a infelicidade de ser a técnica designada, pela recém-criada Gerência de Gás (GEGAS), no Abastecimento, para avaliar o projeto. Na época o nosso Gerente era o Paulo Roberto Costa, hoje Diretor de Abastecimento, de quem tive a honra de ser Assistente Chefe de Gabinete até minha aposentadoria. A minha avaliação apontava para riscos que levariam a perdas enormes pela Petrobrás, coisa de alguns bilhões dedólares. Para se ter apenas uma idéia, a Petrobrás, através da Gaspetro, que agia em nome da Petrobrás, assumiu 84% dos investimentos na transportadora do lado boliviano, GTB, para ter APENAS 9% de participação acionária naquela transportadora, onde fui posteriormente membro do Conselho de Administração por dois anos.
Ora, não se precisa ser nenhum gênio para verificar que aí tem maracutaia. Como se coloca 84% dos investimentos em troca apenas de 9% de participação acionária??
Quem ganhou com isso? Resp: Empresas "pobrecitas" como Enron, Shell e BG.
Em 1999, fiz um relatório expondo, à então Diretoria da Gaspetro, os riscos que estávamos correndo, pois as antigas exploradoras, como Chaco, BG, Amaco, estavam fazendo uma verdadeira campanha, através da mídia, contra a Petrobrás, que só entrou na exploração de gás e condensado na Bolívia, após a lei modificando os "royalties". A Bolívia reduziu, por lei, os royalties, de 51% para 18% para novas explorações. Isto porque, quando a Petrobrás, forçada pelo governo FHC, através da subsidiária Gaspetro (note-se que a Gaspetro podia assinar qualquer coisa em nome da Petrobrás relacionada a este projeto sem passar pelo crivo da Diretoria daPetrobrás), assinou os contratos de compra de até 30 milhões de metros cúbicos de gás por dia, era sabido que a Bolívia, até então, só tinha reservas descobertas que garantiam 16 milhões de metros cúbicos por dia.
Ou seja, o inconseqüente do FHC fez com que nossa maior empresa se comprometesse a comprar 30 milhões de metros cúbicos de onde não havia reservas e para onde não havia mercado!!!
Espero que vocês, como seres humanos, possam avaliar, a despeito de ideologias políticas e de uma forma justa, o que representaram as decisões tomadas inconseqüentemente no governo FHC. Considero a empresa em que trabalham corrupta e a serviço do grande capital.
Espero que vocês, como pessoas, possam ser mais grandiosas que isso.
Coloco-me a seu dispor para esclarecimentos adicional e apresentação de provas do que digo. Meu telefone: 21 22752536.
Por um Brasil melhor e para todos!
Cordialmente,Carmen Barreto"
2. Olá amigos mineiros,
estou fazendo um quadro sobre eventos culturais e assuntos afins no Programa Diário do Rádio da Rádio Inconfidência, toda manhã. Conto com vocês para me enviarem pautas interessantes a serem divulgadas. Tudo assunto é bem vindo, desde shows a palestras, exibição de vídeos, peças de teatro, lançamento de livros e tudo mais que for interessante. Bem, é melhor que seja evento gratuito ou que o preço do ingresso seja baixo ou simbólico. Se tiverem ingressos para sortear melhor ainda...Meu e-mail para contato é lilaredo@yahoo.com.br
Brasil
Três artigos. O primeiro aborda a X Conferência de Direitos Humanos e algumas de suas conclusões, nada otimistas. No segundo, Altamiro Borges fala sobre a classe média, esse grupo tão difícil de ser conceituado como compreendido. E no terceiro, lamentavelmente um balanço de uma década de novas perseguições a grupos indígenas brasileiros.
1. X CONFERÊNCIA DE DIREITOS HUMANOSNovo modelo econômico é condição para garantir direitos
O processo de defesa dos direitos humanos conquistou espaço no espectro das políticas de Estado, mas está diante de uma “muralha” que confere prioridade à concentração de riquezas materiais em detrimento dos direitos universais do povo. > LEIA MAIS Direitos Humanos 02/06/2006
2. As oscilações da classe média
Altamiro Borges
Leia:http://www.novae.inf.br/pensadores/classe_media.htm
3. DÉCADA DE VIOLÊNCIA
Indígenas sofrem com escalada de discriminação e mortes
Relatório sobre a violência contra os povos indígenas nos últimos dez anos retrata o agravamento de assassinatos e outras formas de agressão, acompanhadas de uma ação organizada crescente de discriminação na sociedade.
> LEIA MAIS Movimentos Sociais 31/05/2006
Nuestra América
Os artigos 2 e 3 abordam as relações entre União Européia e América do Sul. Face aos últimos acontecimentos, a eleição domingo de Alan Garcia no Peru, a greve dos estudantes no Chile, a agressão do MLST ontem no Congresso, são assuntos bem importantes. Na entrevista, Marco Aurélio Garcia procura demonstrar que é preciso reforçar o Mercosu, enquanto Emir Sader mostra que o que ocorreu na Bolívia pode e deve ocorrer em mais países.
1. ENTREVISTA: MARCO AURÉLIO GARCIA´
Nosso principal objetivo internacional era integrar a América do Sul. E conseguimos´
Assessor especial de Política Externa avalia o setor e defende que Mercosul seja mais do que uma união comercial. “É preciso que a integração se dê no terreno político, social, econômico e cultural”, diz ele. > LEIA MAIS Política 01/06/2006
• ´A Alca seria um desastre para o Brasil´ (segunda parte da entrevista)
2. EUROPA - AMÉRICA DO SUL (I)
O debate da integração e os espelhos quebrados das esquerdas
Conferência sobre processos de integração, que reuniu representantes de fundações e partidos da União Européia e da América do Sul, foi marcada por um debate franco e aberto que definiu alguns consensos e evidenciou diferenças de percepção. Diferenças que ajudam a entender os obstáculos no caminho da integração. > LEIA MAIS Internacional 04/06/2006
• Conferência debate relações entre União Européia e América do Sul
3. EUROPA – AMÉRICA DO SUL (II)
Ampliação da União Européia vive período de impasses
Na recente Cúpula de Viena, delegados europeus manifestaram espanto pelas divisões vividas na América do Sul. Mas processo de integração da União Européia vive um período marcado por desequilíbrios regionais, desconfiança em relação à globalização e crise do estado de bem-estar social. > LEIA MAIS Internacional 05/06/2006
4. Emir Sader
Pelas sendas de Evo
Depois de terem sido os principais protagonistas na resistência às políticas neoliberais, ao longo de duas décadas, na América Latina, os movimentos sociais enfim decidiram lançar candidatos próprios às eleições nacionais: foi assim na Bolívia, e será assim no Equador e na Argentina. - 31/05/2006
Internacional
Duas notícias vindas da Inglaterra, a primeira ainda sobre a morte do brasileiro em Londres e a segunda – preocupante – revela uma tendência que não é só britânica, infelizmente...
1. A Promotoria da Coroa Britânica está considerando apresentar acusações legais contra a mais alta autoridade policial do país por causa da morte do brasileiro Jean Charles de Menezes, de acordo com uma reportagem publicada pelo jornal Observer.
Segundo fontes legais ouvidas pelo jornal, após quatro meses de análise do relatório da Comissão Independente de Queixas contra a Polícia (IPCC, na sigla em inglês), os procuradores estão analisando se há responsabilidade do comando na morte de Menezes.Caso isso seja confirmado, Ian Blair e os dois comandantes que controlavam a operação poderiam ser acusados de homicídio culposo e de violar as leis de segurança e saúde ocupacional, ainda segundo o Observer.Leia mais no site da BBC
2. Baby-gangs
Segunda, 5 de junho de 2006, 08h04
*Walter Fanganiello Maierovitch
Com relação à violência, nossos ouvidos já se acostumaram com vários termos: máfias, cartéis, Al Qaeda, torcidas organizadas, PCC etc.
A expressão da hora é baby-gang, como começa a ser empregada na Europa. O baby decorre da grande quantidade de meninos na faixa etária entre 10 e 15 anos.
Na terra que produziu os violentos hooligans, proliferaram as baby-gangs. Cerca de 500 mil crianças e adolescentes integram, na Grã Bretanha, essas novas gangues, que violam sistematicamente as leis e apavoram os cidadãos nas ruas e nas residências.
Aquela visão romântica de grupos de bagunceiros que queriam apenas se divertir já não mais existe na Europa. Uma baby-gang não mira no divertimento, mas em lesionar pessoas e patrimônios, ou seja, prática de ilícitos criminais pesados.
De cada baby-gang participam até quinze crianças e 1/3 dos integrantes já se envolveram com crimes graves, como roubo de automóvel, estupro, invasão de domicílio, tráfico de drogas ilícitas, etc.
Um levantamento realizado pelo Ministério do Interior inglês revelou que numa baby-gang armas de fogo e brancas (facas, porretes, soco-inglês) são freqüentemente empregadas nas agressões às vítimas.
Aterrorizar pedestres e invadir residências para danificar são atos rotineiros de uma baby-gang.
No momento, a preocupação maior das autoridades é de uma baby-gang acabar sendo atraída por associação delinqüencial formada por adultos e, aí, passar a agir sob suas ordens.
Em São Paulo e no Rio de Janeiro, e está o documentário Falcão, as baby-gangs já são realidade. Na capital paulista, crianças de 10 anos, em grupos, subtraem bolsas e celulares ameaçando, com um caco de vidro, cortar faces e deixar cicatrizes.
* o autor é colunista da revista Carta Capital e presidente do Instituto Giovanni Falcone (www.ibgf.org.br).
O jovem país Timor Leste ainda não conseguiu a tranquilidade necessária para se efetivar como nação independente. Leonardo Sakamoto, do site Carta Maior, nos explica o que está acontecendo por lá.
3. Leonardo Sakamoto
Timor Leste
Quem reduz a atual crise timorense a conflitos étnicos, regionais ou religiosos esquece o difícil processo político que tem sido a fundação do Estado nacional e a miséria que atinge a maioria da população. - 01/06/2006
Os Estados Unidos repetem o Vietnã? É claro que são situações bem diferentes, contextos diversos, mas há semelhanças assustadoras. É o que nos mostram o blog do Josias e o Pedro Dória, do site Nominimo.
4. EUA matam civis no Iraque diariamente, diz premiê (do blog do Josias - http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com.br/index.html
Nas pegadas do noticiário acerca da execução de 24 civis –incluindo mulheres e crianças—por marines dos EUA na cidade iraquiana de Haditha, o premiê do Iraque, Nouri al Maliki, disse nesta sexta-feira o seguinte: ataques de soldados norte-americanos contra civis tornaram-se um fenômeno diário. Segundo ele, a soldadesca de George Bush "não tem nenhum respeito pelo povo iraquiano"."Eles os massacram (civis) com veículos militares e os matam apenas por uma pequena suspeita", disse Maliki. "Ataques contra civis serão uma peça-chave na decisão sobre o período que as forças americanas ainda continuarão no Iraque". Abriram-se dois inquéritos militares para investigar o massacre de Haditha. Oficiais norte-americanos e líderes do Congresso dos EUA suspeitam que os civis foram mortos sem nenhuma justificativa plausível. Nesta sexta, uma das sindicâncias concluiu pela inocência dos soldados (clica). A conclusão contrasta com os relatos de sobreviventes. Quem viu diz que homens, mulheres e crianças foram alvejados na cabeça e no peito a uma curta distância (leia).
Escrito por Josias de Souza às 18h11
5. Pedro Doria (http://www.pedrodoria.nominimo.com.br/)
Virou Vietnã
Primeiro, uma bomba particularmente bem colocada fez explodir pelos ares um Humvee militar norte-americano. Era 19 de novembro passado, a cidade chamava-se Haditha, à beira do rio Eufrates, um dos redutos sunitas envoltos na dura guerra civil iraquiana. Então começou.
Para quem via, os marines ao redor do Humvee em chamas pareciam em choque. De acordo com as testemunhas, um deles repentinamente gritou algo para o grupo que disparou a ação.
Eles passaram as quatro horas seguintes aterrorizando Haditha, matando aleatoriamente qualquer um desafortunado para cruzar seus caminhos. É assim, ao menos, que a revista Time reconstruiu os incidentes.
Primeiro, os marines forçaram a entrada na casa de Abd al-Hamid Hassan Ali, um diabético confinado a sua cadeira de rodas desde a amputação de sua perna. Outros na casa incluíam sua mulher de 66 anos, dois homens de meia idade, sua nora e quatro crianças que tinham entre dois meses e oito anos. A nora conseguiu fugir com o bebê. O velho foi encontrado com nove tiros no peito e abdômen, suas entranhas escorrendo pela ferida em suas costas.
O massacre de Haditha, descoberto pela Time, terminou com 24 pessoas desarmadas e mortas aleatoriamente. Não é pouco: trata-se do maior massacre cometido por militares norte-americanos desde My Lai, no Vietnã. Ou, ao menos, do maior conhecido.
Haditha é daqueles nomes que terminará lembrado nos dias e meses à frente como símbolo dos equívocos e do despreparo norte-americano nesta guerra. O Iraque já é um Vietnã.
E por falar em guerras, vejam que interessante este artigo, que saiu no site da revista Ciência Hoje. Refere-se a uma dissertação de mestrado da UNB, em que Denise Galvão mostra uma nova realidade das guerras do final do século XX e início do XXI.
6. A nova face das guerras
A briga por recursos naturais é um fator cada vez mais presente nos conflitos armados na África
As guerras estão adquirindo características diferentes nos últimos anos. Elas podem ser internas ou externas, mas na maioria das vezes envolvem organizações armadas sem poder político legítimo. Entre 1989 e 2003, dos 116 conflitos que aconteceram em 78 países, apenas sete eram entre Estados, ou seja, as guerras civis são cada vez mais comuns. “Novas guerras” é o termo que os especialistas têm usado para designar os conflitos contemporâneos, cada vez mais centrados nos aspectos econômicos do que nos políticos – briga pelo controle estatal ou por terras nas fronteiras. Na África, por exemplo, a disputa por recursos naturais tem papel preponderante nas guerras que ali eclodiram desde os anos 1990. Essa é a idéia central de uma dissertação de mestrado recém-defendida na Universidade de Brasília (UnB) por Denise Galvão. “Nessas ‘novas guerras’ é difícil distinguir os combatentes dos não-combatentes”, explica Galvão. “O conflito se torna lucrativo a ponto de tornar a agenda econômica das organizações armadas mais importante que a agenda política. Outra característica desse tipo de guerra é a falta de clareza entre a situação de guerra e a situação de paz.” Após analisar os casos do Congo, de Serra Leoa e de Angola, a pesquisadora concluiu que a disputa por recursos naturais é um fator fundamental para entender as guerras. “Assim como os conflitos armados intensificam as disputas por recursos naturais, essa disputa intensifica e prolonga os combates”, diz. Ela ressalta ainda que essas características não são exclusivas da realidade africana e podem ser observadas em países como a Indonésia.
Por isso, Galvão identifica um novo padrão de conflito: a “guerra por recursos”. Nesses casos a disputa pelas reservas de riquezas naturais é a força motriz da formação e dos embates dos grupos armados que atuam nesses países. Nos três casos analisados há recursos naturais abundantes, cujo controle é disputado pelo Estado e por grupos armados. Em Angola, que é rica em diamantes e petróleo, a guerra acabou em 2002; em Serra Leoa, que possui reservas diamantíferas, os conflitos cessaram em 2001 após a intervenção da Organização das Nações Unidas (ONU). A falência das instituições públicas é uma das características que a autora identifica nos países onde ocorre esse tipo de conflito. “Os governos dos Estados africanos, logo após a descolonização, foram baseados no neopatrimonialismo, ou seja, o patrimônio público era utilizado pelos governantes como se fosse um bem privado.” Ela identificou a existência de “senhores de guerra” – formas de poder locais sustentadas no uso da força e ilegítimas, que negociam com empresas estrangeiras como se fossem o próprio Estado. “A informalidade econômica foi se tornando política”, explica. “No caso de Serra Leoa o Estado faliu em 1995. No Congo, ele está em colapso desde 1997.” Embora as guerras civis tenham sido controladas, a situação de violência ainda é muito complexa. Em janeiro deste ano, oito soldados de uma missão de paz da ONU foram mortos no Congo. Além da intervenção das Nações Unidas – que tem papel indispensável na resolução desses conflitos –, Denise Galvão aponta outras estratégias possíveis para evitá-los. “A ilegitimidade de alguns Estados africanos deveria ser tratada de maneira preventiva”, sugere. “Ainda que haja democracia, ela não é totalmente legítima, o que pode provocar a formação de grupos armados e de guerras civis no futuro.”
Conheça os conflitos analisados no estudo:
Serra Leoa – Palco de uma guerra civil que durou de 1991 até 2002. O conflito só terminou após a intervenção de 17 mil soldados da ONU. A situação gerou ao menos 50 mil mortos e 300 mil refugiados. O governo e a organização armada Frente Revolucionária Unida disputavam as reservas de diamantes.
Angola – O conflito no país envolve duas organizações armadas que disputavam o poder: o Movimento para a Libertação de Angola (MPLA) e a União para a Independência Total de Angola (Unita). O país possui diamante e petróleo, recursos muito valorizados no mercado. O MPLA, que atualmente representa o Estado, detém as reservas petrolíferas e a Unita controlava o mercado de diamantes. Desde a década de 1970 o país está em guerra civil, mas a partir dos anos 1990 o conflito adquiriu características das “novas guerras”. Mesmo após o fim dos embates em 2002, com a eleição de um presidente, ainda há 10 milhões de minas espalhadas pelo país, que colocam grande parte da população em risco mesmo durante a paz.
Congo – Os conflitos envolvem o Estado e a Aliança de Forças Democráticas para a Libertação do Congo (1996-1997) e entre o Estado e a Liga Congolesa para a Democracia e o Movimento pela Libertação do Congo (1998-2003). Essas organizações tiveram apoio externo, tanto de países como de empresas, para desestabilizar o governo. Uma multinacional forneceu US$ 50 milhões, interessada em contratos de mineração de cobalto e cobre. O último período de guerra foi entre 1998 a 2002, mas a situação é bastante instável, mesmo com a presença de soldados da ONU.
Franciane LovatiCiência Hoje On-line30/05/2006
Ainda sobre guerra, o historiador fluminense Francisco Carlos Teixeira demonstra que a Rússia, liberta daquela euforia da época do Ieltsin, começa agora a pensar sobre seus próprios destinos e afasta-se um pouco dos Estados Unidos para se aproximar da Índia e da China.
7. Francisco Carlos Teixeira
Repensando a Guerra e a Paz no século XXI: a nova estratégia da Rússia
A aproximação da Rússia com potências emergentes da Ásia, como China e Índia, enquadra-se perfeitamente na emergência de uma nova política externa russa, já sem as ingenuidades da Era Yeltsin de uma parceria igualitária com os EUA. - 05/06/2006
Cinema
ARTE & HISTÓRIA
“Vale a pena sonhar”: a trajetória de um libertário
Assistir ao filme “Vale a pena sonhar” inspira a reflexão e a construção de um sujeito contemporâneo munido de sonhos para prosseguir a luta pelos ideais que surgem renovados nos horizontes cotidianos. - 02/06/2006
Livros e revistas
1. Nas bancas o número 09 da Revista de História da Biblioteca Nacional. Traz um dossiê sobre a Revolta dos marinheiros (Revolta da Chibata). Entrevista com Francisco Falcon e artigos sobre o trabalho do fotografo Sebastião Salgado, os rituais de exorcismo na colônia, os Sermões do Padre Vieira, biografia de Hipólito da Costa, entre outros. Na parte Educação temos comentários sobre a introdução do ensino da cultura africana no Brasil.
2. Nas bancas o número 032 da Revista Nossa História, com um dossiê sobre a Inquisição e artigos sobre o presidente Hermes da Fonseca, o futebol no Brasil, Chiquinha Gonzaga, entre outros. Também uma entrevista com o jornalista Ruy Mesquita.
Literatura
O Grande Sertão já é menor do que o de Guimarães Rosa
Marcos Sá Correa, do site http://www.nominimo.ibest.com.br/
Nos 50 anos de Grande Sertão: Veredas, não custa lembrar que ele não é só o monumental romance de Guimarães Rosa, mas também um parque nacional que, não por acaso, tem seu nome. Mas cuidado para não estragar a festa, comparando o parque com o Grande Sertão do livro, o “sem tamanho”, o que estava “em toda parte” de Minas Gerais a Mato Grosso, de Goiás à Bahia, o que ficava “onde os pastos carecem de fechos”e onde “um pode torar dez, quinze léguas, sem topar com uma casa”.
Tão desmedido ele era em sua imensidão agreste que nele criminoso vivia “arredado do arrocho da autoridade”. Mas o país mudou demais nesse meio século. E, hoje, os criminosos não dispensam o sertão. Arredados do arrocho da autoridade eles vivem mesmo no meio das grandes cidades brasileiras. No mapa, o Grande Sertão oficial cabe na modesta mancha verde que se encravou como parque entre Minas Gerais e a Bahia. Visto assim, encravado na fronteira dos dois estados, como se um estivesse tentando empurrá-lo para dentro do outro, ele parece mofino.Está entregue no momento a dois funcionários do Ibama. Mas criá-lo foi uma luta histórica, como as de Riobaldo Tatarana. Entre valentias e negaças, levou pelo menos três anos até o primeiro decreto. Foi obra do governo, mas trabalho de ONG. A Funatura, ou Fundação Pró-Natureza, teve que providenciar seus argumentos, sua localização e até suas verbas, tiradas de um projeto então inédito de conversão da dívida externa em investimentos ambientais. Foi dela também a iniciativa de batizá-lo com um título de obra literária.Parque e livro. O parque é de 1989. Portanto, 23 anos mais jovem do que o livro. Na ocasião, presidia a Funatura a engenheira agrônoma (e, modéstia à parte, atualmente colunista do site O Eco) Maria Tereza Pádua, trazendo do serviço público um saldo reservas naturais que somaram oito milhões de hectares só na Amazônia, das muitas que leva em seu currículo. Para a equipe técnica da ONG, Maria Tereza só contratava quem tivesse atravessado, com gosto, as 538 páginas do Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa.
A leitura obrigatória orientava a corrida para chegar antes da soja, dos fornos de carvão vegetal e dos eucaliptais aos últimos cenários onde as paisagens do livro continuavam reconhecíveis. Um dia, Maria Tereza perdeu-se na exploração do parque. Dormiu ao relento. Para comer, nada. De beber, só o cantil. E no cantil havia cachaça para passar a noite a céu aberto, vendo como teria visto Riobaldo “aquelas estrelas sem cair. As Três-Marias, o Carretão, O Cruzeiro, o Rabo-de-Tatu, o Carreiro-de-São-Tiago”.Tratava-se de fazer a primeira unidade de conservação nos Gerais. Ou seja, nos confins do Cerrado onde Guimarães Rosa catara anos antes o arsenal de palavras mágicas que davam ao Brasil de suas histórias uma toponímia de país imaginário – Urucuia, Liso do Suçuarão, Andrequicé, Traçadal.
Não faz muito tempo, Dieter Heidemann, um alemão que se fez sertanejo como professor de Geografia da USP, bateu os mesmos ermos trilhados pelo escritor em 1952 com o vaqueiro Manuelzão. Onde um encontrara veredas de “belo verde-claro, aprazível, macio”, o outro topou com cupinzeiros, anunciando “veredas mortas” e a “secagem dos buritizais”.Perdas incalculáveis.
A viagem de Guimarães Rosa com Manuealzão teceu o fio das cavalgadas que ele começara a puxar dez anos, palmilhando numa sela o Pantanal matogrossense com o vaqueiro Mariano. Ele foi “o descobridor do paraíso ecológico do Brasil Central”, escreveu o jornalista Franklin de Oliveira, numa época em que “ecológico” ainda era um adjetivo que a imprensa não gastava com pouca coisa e o país ainda não se esquecera de que o Grande Sertão de Guimarães Rosa ia “do estitamente mesológico ao simbólico”. O crítico Paulo Rónai insistiu nisso, ao fazer o prefácio para a primeira edição de Grande Sertão: Veredas. Meio século depois, o concreto diluiu-se na ficção. O “A ‘mãe das águas’ sofre perdas irreparáveis”, concluiu Heidemann, de sua viagem pelos caminhos de Guimarães Rosa. “Aliás, a morte dos riachinhos acompanha o viajante”. Em suas estradas, contou recentemente no jornal O Estado de S. Paulo o repórter Daniel Piza, “se vêem mais caminhões transportando sacos de carvão, empilhados como um trapézio invertido, do que bois. O carvão é feito a partir da madeira do eucalipto, queimada em amplas carvoarias que são como ilhas terrosas no meio de um mar de árvores, por funcionários que um dia foram ou seriam vaqueiros”.De onde Guimarães Rosa tiraria atualmente a obra-prima, se o pouco que sobrou dos Gerais está mais ou menos guardado, como relíquia, num parque nacional que mal saiu do papel, nasceu com 84 mil hectares e em 2004 chegou aos 230 mil hectares atuais a duras penas. Sua expansão quase se perde para sempre dois anos atrás na Casa Civil do ministro José Dirceu, que andava ocupado demais administrando o mensalão para pensar nesse tipo de bobagens. Ampliado, menos de 20% de suas terras pertencem ao governo. Falta-lhe estrutura para receber visitantes. Sua folha de arrecadação nunca passou de um renque de colunas vazias, como um buritizal seco.
Só no livro
No entanto, ele é parte inseparável do Brasil que Guimarães Rosa conservou para sempre. Aquele onde “se viam bandos tão compridos de araras, no ar, que pareciam um pano azul ou vermelho, desenrolado, esfiapado nos lombos do vento quente”. Onde, “de repente, com a gente se afastando, os pássaros todos voltavam do céu, que desciam para seus lugares, em ponto, nas frescas beiras da lagoa”. E onde “as pessoas não são sempre iguais, ainda não foram terminadas”.
Ele existia de fato, meio século atrás, quando Riobaldo Tatarana já avisava que, dos Gerais, “de legítimo leal, pouco sobra, nem não sobra mais nada”? Vá lá, no Grande Sertão de Guimarães Rosa misturava-se “o conteúdo geográfico bem nítido” com “outros conteúdos vagos e simbólicos”, avisou Paulo Rónai. Mas há 50 anos todos eles pareciam igualmente verossímeis. Hoje, Grande Sertão mesmo só no livro. O outro virou saudade. E, como disse Riobaldo Tatarana, “toda saudade é uma espécie de velhice”.Publicado também em "O Estado de S. Paulo".
INFORME 009/2006 DA ANPUH
1. EVENTOS
(b) Estarão abertas, entre 1° de junho e 15 de julho de 2006, as inscrições de trabalhos para o I Encontro Nordestino de História Colonial: Territorialidades, Poder e Identidades na América Portuguesa (séculos XVI a XVIII), que acontecerá de 7 a 10 de setembro de 2006, na Universidade Federal da Paraíba, em João Pessoa. Acesse o sítio eletrônico para maiores informações: http://cchla.ufpb.br/enhc2006/
2. CONCURSOS
Abertas inscrições para Concurso Público para Professor de História Antiga da Universidade Federal da Paraíba. O prazo de inscrição se estenderá por um período de quinze dias úteis a contar de 19 de maio de 2006, data de publicação do Edital, que está disponível em: http://www.ufpb.br/concurso2006/edital16cchla.rtf
3. CURSOS DE MESTRADO/DOUTORADO
O Programa de Pós-graduação em História da UFRPE - Universidade Federal Rural de Pernambuco informa que estão abertas as inscrições para a seleção de Mestrado em História nos dias 22 de maio a 09 de junho de 2006. O Programa com Área de Concentração em História Social da Cultural Regional contempla duas Linhas de Pesquisa: 1. Sociedade, Cultura, Memória e Patrimônio; e 2. Política Cultural, Discursos e Identidades. Mais informações encontram-se no site http://www.prpqpg.ufrpe.br/historia/index.htm
4. LANÇAMENTO DE REVISTAS
(a) Foi lançada a edição n.º 11 de ArtCultura, revista do Instituto de História, vinculada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia. História, teatro, cidade, música e artes visuais são os seus destaques. Em sintonia com sua proposta de caráter transdisciplinar, que privilegia os cruzamentos entre História, as Artes e a Cultura em geral, este número abriga, ao longo de suas 246 páginas, 14 artigos (8 deles em torno do dossiê História & Teatro, além de uma tradução) e duas resenhas. Maiores informações, entre as quais a capa, os resumos e abstracts dos textos que compõem não só ArtCultura n.º 11 como igualmente as edições anteriores, podem ser encontradas no site http://www.artcultura.inhis.ufu.br/. Para falar conosco, usem o e-mail artcultura@inhis.ufu.com.br. A revista está disponível ao preço de R$ 15,00 (já incluído o frete). Para os que desejarem assiná-la, passando, assim, a ter direito também ao recebimento da edição n.º 12 (a sair no segundo semestre de 2006), o valor é acrescido de mais R$ 5,00, totalizando, portanto, R$ 20,00.
(b) A equipe editorial da Revista Em Tempo de Histórias, periódico que divulga a produção dos alunos da Pós-Graduação em História da Universidade de Brasília, tem o prazer de anunciar o lançamento da oitava edição (2004). Editada agora em meio eletrônico, a revista pode ser acessada no endereço http://www.unb.br/ih/his/posgrad/revista . Além do número recém-lançado, estão disponíveis no site as edições da revista respectivas aos anos de 2001, 2002 e 2003.
5. LANÇAMENTO DE LIVROS
(a) Foi lançado o livro “Boticas & Pharmacias: uma história ilustrada da farmácia no Brasil”, de Flavio Coelho Edler - Editora Casa da Palavra - 2006. Este livro põe em foco a história do ofício e das práticas farmacêuticas, articulando-a aos contextos sociais e culturais específicos. Para conduzir o leitor através do longo itinerário que parte das primeiras caixas de botica, carregadas em lombo de burro ou de escravo, até as atuais drogarias e farmácias de manipulação, divide-se a exposição em períodos que apenas parcialmente se confundem com a periodização de história política brasileira. Em cada um dos três períodos apresentados, o boticário, o droguista, o prático ou o farmacêutico diplomado tem suas respectiva história enlaçada ao estudo das doenças prevalentes e da legislação sanitária; à história da terapêutica, das formas farmacêuticas e dos medicamentos; das ciências médicas e farmacêuticas; à história da profissão farmacêutica e de suas relações com a medicina e demais agentes de cura.
(b) Foi lançado no dia 06 de junho, o livro “Democracia e Ditadura no Brasil”, organizado pelo Prof. Francisco Carlos Palomares Martinho, e editado pelo Arquivo da Cidade e EdUERJ. O lançamento acontece no Auditório Noronha Santos - Arquivo da Cidade - Rua Amoroso Lima, 15 - Cidade Nova (próximo ao Metrô Praça 11), na cidade do Rio de Janeiro.
(c) A História da Presença Judaica em Pernambuco Transformada em Quadrinhos. Baseado em uma série de estudos iconográficos do Recife dos anos que se seguiram a partir de 1900, a equipe do Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco (AHJPE) está recriando os cenários de como eram os bairros da Boa Vista, Praça Maciel Pinheiro e a Rua da Imperatriz, entre outros lugares que marcaram a história da cidade, e da presença judaica no Estado, para ilustrar o álbum em quadrinhos: "Passos Perdidos, História Desenhada: A Presença Judaica em Pernambuco no Século XX". A publicação é uma versão em quadrinhos do livro "Passos Perdidos, História Recuperada: A Presença Judaica em Pernambuco", de Tânia Kaufman,professora da UFPE. A produção consta de 71 páginas ilustradas pelas desenhistas Danielle Jaimes e Roberta Cirne, com adaptação de roteiro, direção de arte e quadrinização do sociólogo Amaro Braga, também professor da UFPE, contando a história da presença judaica em Pernambuco no século XX, com produção executiva da Publikimagem Comunicação e financiado pelo FUNCULTURA do Estado de Pernambuco. O lançamento ocorreu no último dia 17 de maio de 2006, às 19h00, na Livraria Cultura, no Shopping Paço Alfândega em Recife. Na ocasião houve uma apresentado um recital de música Klezmer, uma t radicional música instrumental dos Judeus da Europa Oriental que reflete o estilo do judaísmo europeu, especialmente nas Festas. Para outras informações, acesse: Arquivo Histórico Judaico de Pernambuco (81) 32248351 - 32247376 mailto:32247376faleconosco@arquivojudaicope.org.br e http://www.arquivojudaicope.org.br/
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