Numero 033 - nova fase
Abro o boletim desta semana com duas fotografias da noite de autógrafos do livro História de Minas Gerais, escrito por Helena e por mim. Dessa vez, o local foi a cidade de Sabará. Na espaçosa sala do prédio da antiga Casa da Câmara e Cadeia, totalmente restaurado, e onde funciona hoje a Secretaria de Cultura e Turismo, fizemos uma breve exposição para os presentes a respeito da obra. E tivemos a satisfação de reencontrar duas ex-alunas sabarenses, a Márcia Karine, que está concluindo sua pós-graduação e a Cleonice, que leciona em Sabará.
Em breve iremos a outras cidades. Nova Lima, Itabirito, Dores do Indaiá, Juiz de Fora e Diamantina já estão sendo contactadas. Na ocasião, avisaremos por intermédio do boletim e também por email.
De palhaços e palhaçadas
A quarta feira começou com uma notícia triste para aqueles, como eu, que vimos essa personagem nas tardes da televisão. O famoso palhaço Carequinha (nome artístico de George Savalla Gomes), faleceu em sua casa, no Rio de Janeiro, aos 90 anos.
Os mais novos talvez não se lembrem dele, mas os mais velhos sentirão saudades das cambalhotas que divertiam tanto as crianças, assim como as músicas que ele cantava e que foram gravadas em LPs (do tempo do vinil, alguém ainda se lembra disso???).
Fica a saudade. E fica, principalmente, a certeza de que os tempos em que o Carequinha nos visitava, quase diariamente, pela televisão, eram bons tempos. Pelo menos, as palhaçadas só aconteciam nos picadeiros.
Ao contrário de hoje, quando as palhaçadas ocorrem no Congresso Nacional, envergonhando a todos os cidadãos deste país. Fica a dúvida: os palhaços são eles ou somos nós?
Veja-se, por exemplo, o resultado da CPMI dos Correios. É impossível entender o que o relator pretendeu dizer. Afinal, ele fala que o mensalão existiu, mas ao procurar indiciar apenas 18 deputados (sendo que boa parte é do PT), ele está afirmando que não existiu... Dez votos não podem significar nada num congresso de mais de 500 deputados...
E, como afirma Nelson Breve, da Agência Carta Maior:
Os deputados que receberam o chamado "mensalão" não foram indiciados por corrupção passiva no relatório final da CPMI dos Correios. Apenas por crimes eleitoral e fiscal. Se não foram subornados, como pode alguém ser acusado de subornar? (leia mais)
• Relatório de Serraglio na CPMI dos Correios isenta Lula
O mesmo Nelson fala aquilo que pode parecer o óbvio ululante:
O sistema está podre
Não adianta trocar as frutas, porque o foco de contaminação está no cesto. As campanhas eleitorais são financiadas por quem tem interesse em negócios que os governos podem prejudicar ou favorecer. A solução passa por uma reforma política ampla e séria. (leia mais)
O Ministério Publico de São Paulo abriu, dia 04, processo para apurar o gasto de UM MILHÃO DE REAIS feito por Geraldo Alckmin, com o projeto de MEDITAÇÃO PARA PROFESSORES, em parceria com uma entidade presidida pelo acupunturista do ex-governador. Este acupunturista é o mesmo que tem uma revista patrocinada com dinheiro público, isto é, com anúncios do governo de Alckmin e que no ultimo numero trouxe uma entrevista com o candidato do PSDB à presidência. (leia mais abaixo) E o Chuchu quer nos fazer acreditar que é uma pessoa ÉTICA!!!! Isso sem contar os 400 vestidos da primeira-dama... presentes inexplicáveis... CAREQUINHA....ONDE ESTÁ VOCÊ????
MÔNICA BERGAMO
Colunista da Folha S.Paulo
A Assembléia Legislativa de São Paulo vai investigar as doações de roupas que foram feitas pelo estilista Rogério Figueiredo para a primeira-dama do Estado, Lu Alckmin. O estilista revelou à Folha que já doou 400 peças de alta-costura para a primeira-dama.Em carta enviada anteontem ao jornal e publicada ontem, a assessora de Lu Alckmin, Cristina Macedo, afirmou que "a senhora Lu Alckmin não recebeu 400 peças" de Rogério Figueiredo e que "as poucas peças" entregues foram doadas para "a entidade social Fraternidade Irmã Clara".
Ao jornal "O Estado de S. Paulo", Lu Alckmin afirmou que recebeu 40 peças do estilista e que todas foram doadas à Fraternidade Irmã Clara "em três lotes, em anos consecutivos". A entidade não confirma tais doações. Já o estilista reafirmou à Folha que doou 400 peças, ou cerca de 200 modelos completos, a ela."
Quarenta roupas ou 400 não muda absolutamente nada. Então quer dizer que ela ganhou R$ 200 mil em presentes e não R$ 2 milhões? É improbidade administrativa do mesmo jeito", diz o deputado Romeu Tuma Jr. (PMDB-SP), autor do requerimento que pede explicações ao governador Geraldo Alckmin pelos "confortos proporcionados de graça à sua esposa". Os vestidos de Figueiredo custam de R$ 3.000 a R$ 5.000
Falam amigos e amigas
1. Ricardo e Helena:
Vocês mais do que merecem a aprovação do livro de vocês pelo MEC. Afinal, competência e compromisso é o que não falta a esta dupla. Muitas vezes parabéns e muito sucesso com a grande aceitação que o livro certamente terá.
Abraços. professora Laura Nogueira
2. Olá prof. Ricardo ! Tudo bem ? Parabéns pela conquista, fico muito feliz em ter realizado esse projeto, que é o livro, muito sucesso !!!Vi a foto da Bienal no seu blog, vc esteve lá ? Eu fui no dia 12, domingo. Abraços e felicidades sempre !!!Com carinho,Melina.
3. Oi, Ricardo,
Parabéns pela aprovação do seu livro pelo MEC.
Sucesso!!!
Lucila
4. Parabéns Ricardo, mostra da sua competência.
Leandro Karnal (coordenador do curso de História da UNICAMP)
5. Parabéns, Ricardo!!!Fico feliz por você, companheiro. Penso que não há nada comparado ao sentimento de realização.Você já escreveu um livro (bom, pelo que tudo indica) e, como diz o provérbio, só falta plantar uma árvore e ter um filho. = )Parabéns!!!
Eduardo Rodrigues Tá danado.... já plantei uma árvore e já tive 3 filhos....
6. Parabéns, Ricardo!! Absolutamente merecido...
Pedro Cunha (professor do Rio Grande do Sul)
7. Parabéns Ricardo, pelo reconhecimento do bom trabalho feito
Carlos Roberto Lucena
8. Parabéns pelo livro, Ricardo!!
João Carvalho
9. Parabéns, Ricardo!!!Esse livro em específico eu não tenho acesso aqui. Mas os seus outros livros eu tenho usado bastante para elaborar minhas aulas do estágio e sei como são bons!Reconhecimento merecido!
Cinthia Rocha
10. Parabéns, capitão, por mais essa conquista, pode contar com o amigo pra divulgar.
Prof. Luiz Antônio Carvalho
11. Ricardo Fico muito feliz com mais esta realização sua...que certamente vai ajudar a melhorar a qualidade dos livros didáticosparabéns..um forte abraço
Valquiria Gomes
Brasil
1. Sem maiores comentários... o artigo é delicioso!!!
Emir Sader
Nem veja. Nem leia
Se você quiser saber tudo sobre o governo FHC, não leia o livro de auto-ajuda “A arte da política”, assinado pelo ex-presidente. Não leia, porque ali nada se explica sobre as privatizações, conluio com a grande mídia, a explosão da dívida pública e aprovação da emenda da reeleição. (leia mais)
2. A questão da TV Digital novamente observada pelo Correio Caros Amigos:
TV Digital - A desinformação e a pressa
por Carolina Ribeiro, Edison Lima e Gustavo Gindre
Impressiona a quantidade de informações equivocadas que circulam pela mídia em relação à implantação da TV Digital no Brasil. Assusta também a quase inexistência de informações sobre o que foi desenvolvido no país. Fala-se bastante de uma briga “do quem dá mais” entre europeus e japoneses. Fala-se, geralmente em aspas atribuídas ao ministro das comunicações, que o Brasil tem muita pressa para a definição do modelo, pois se tudo não for resolvido agora perderemos uma oportunidade histórica. Qual? A de ver a Copa do Mundo em TV Digital ? Claro.
A primeira grande questão que merece esclarecimento é o argumento da pressa. O Brasil tem algumas opções para implementar um sistema complexo como a TV Digital: ou constrói algumas coisas e compra outras, ou compra um elefante e tenta adaptá-lo para que ele trabalhe como um cavalo. A proposta do Sistema Brasileiro de TV Digital (SBTVD), que reuniu 80 grupos de pesquisa e recebeu um investimento de R$ 50 milhões do governo (muito pouco dinheiro se comparado à grande quantidade e qualidade dos resultados obtidos), era justamente a primeira. Construir parte do sistema e pegar algumas coisas prontas. A proposta que vem sendo defendida pelo Ministro das Comunicações é adotar o padrão japonês (ISDB) e talvez fazer adaptações para que ele funcione no Brasil.
Por que ninguém explica nada direito e não assume que o melhor padrão é o brasileiro?
Entre as tecnologias desenvolvidas por aqui, uma delas é justamente a modulação, que equivale ao que a mídia chama de “padrão”. O japonês (ISDB) e o europeu (DVB) já são bem conhecidos de nome, mas pouco explicados em relação às diferenças entre eles. Em 2000, o sistema japonês permitia a transmissão de sinais independentes para a TV e para receptores móveis (como o celular), enquanto o europeu era mais limitado. Isso levou a Associação Brasileira de Rádios e TVs (Abert) a usar o argumento da "recepção móvel" como mote para a defesa do ISDB.A partir de 2004, com a introdução do DVB-H, essa diferença deixou de existir. Mas a retórica continuou, e agora embolaram a discussão, com as emissoras defendendo o ISDB porque isso manteria o canal na mão deles, e as empresas de telefonia defendendo o DVB porque isso daria a abertura para elas participarem desse mercado. Na verdade, ambos os argumentos são furados. Tanto o DVB quanto o ISDB permitem a transmissão de sinais para celulares e, se as teles vão ou não participar desse mercado, é uma coisa que depende da regulamentação, não da tecnologia.
Um ponto em que tanto o DVB quanto o ISDB deixam a desejar é que, nos testes realizados em São Paulo no ano 2000, nenhum dos dois conseguiu ser recebido em 100% dos pontos de teste – e eram pontos localizados em bairros próximos ao centro. Foi isso que levou o Brasil a pesquisar novas alternativas, com os trabalhos do Mackenzie (SP), INATEL (MG) e PUC (RS). Os dois primeiros trabalham com melhorias baseadas no sistemas existentes, enquanto que o último parte de uma abordagem radical – usa um equalizador baseado em inteligência artificial, coisa que não existe em nenhum dos sistemas atuais (ATSC, DVB, ISDB). Isso dá mais robustez, ou seja, permite levar mais informação, tanto para programas em alta definição quanto para ser recebido em veículos a 120 km/h .
A obsessão da Globo e do ministro Hélio Costa pelo padrão japonês é incompreensível. Se a questão é um sistema que permite levar alta definição para a TV e um programa para celulares ao mesmo tempo, com a maior qualidade possível, por que então não defendem o Sorcer, modulação desenvolvida pela PUC/RS, que é melhor, atende às demandas dela e é nacional, assim como o conteúdo global e a bandeira que eles tanto levantam na mídia? Fica claro que há muito mais por trás dessa preferência do que a lógica acima exposta.
Para o elefante virar cavalo
Além do Sorcer, outros componentes inovadores desenvolvidos pelos pesquisadores brasileiros devem sofrer com a adoção de um padrão estrangeiro goela abaixo. As pesquisas que desenvolveram o FlexTV (UFPB), um middleware brasileiro, tomaram como base o MHP (o middleware do padrão europeu – DVB), mas evoluíram consideravelmente, sendo elogiados inclusive por pesquisadores europeus. O middleware japonês é bem mais limitado.
A nação tupiniquim desenvolveu ainda o Maestro (PUC Rio), um mecanismo de sincronização de mídias para a reprodução de programas multimídia interativos, que não existe em lugar algum no mundo. Desenvolveu aplicativos como o TVgrama (UnB), que é um e-mail que não precisa de canal de retorno, importantíssimo para a imensa parcela da população que não tem linha telefônica. Desenvolveu aplicativos como o museu virtual (UFPR), que apresenta imagens em 3-D, que podem ser manipuladas pelo usuário. É um aplicativo muito útil para finalidades educativas, pra recriar ambientes em aulas de geografia, história, biologia. Há também aplicativos nas áreas de saúde (UFSC), governo eletrônico (UFC, BRISA), segurança da informação (Genius, CESAR, FITEC) e muitos outros.
Uma outra questão importante que diz respeito à tecnologia é como ela interfere no modelo de serviços. O modelo de serviços é a definição de como funcionará a nova televisão brasileira. Se ela trará novos canais, se oferecerá mobilidade, como será a interatividade, se haverá serviços de governo eletrônico e educação à distância, se terá uma alta definição que só será possível ver com televisores de 10 mil reais ou se trará uma programação com qualidade de imagem de DVD, mas acessível a todo mundo. Essas questões não dependem tanto da tecnologia, mas sim da forma como ela é combinada. Logo, é uma bobagem dizer que só japoneses poderão oferecer alta definição. Ou que só europeus oferecerão novos canais. A tecnologia, tanto a desenvolvida lá fora, quanto a desenvolvida aqui, no que toca a essas questões, pode fazer qualquer coisa. É verdade que algumas tecnologias são mais adequadas que outras para as finalidades desejadas. Não dá para rodar os aplicativos desenvolvidos no Brasil usando o middleware japonês, por exemplo. Mas há outro detalhe fundamental.
Para que possamos modelar a tecnologia às demandas da sociedade, é preciso ter pleno acesso a ela. No caso do SBTVD, toda a parte de software (e até um dos itens de hardware) foi feito em software livre. No caso dos outros sistemas, muitos componentes estão patenteados, até com uma patente da Microsoft. Isso mostra limitações para adequarmos ao que queremos – o que reforça a necessidade de termos mais tempo para definir modelo de serviços antes –, para o desenvolvimento futuro de acordo com as demandas que surgirem e ainda nos impõe o pagamento de royalties altíssimos, o que a longo prazo é um rombo no orçamento da União.
A mídia e o governo deveriam estar atentos a essas questões para esclarecer à população do que realmente se trata a definição, mas também para perceber que a pressa não é inimiga somente da perfeição, mas também da democracia, do bom-senso, do desenvolvimento nacional e do interesse público.
Carolina Ribeiro é jornalista e integrante do Coletivo Intervozes. Gustavo Gindre é jornalista, mestre em Comunicação, coordenador-geral do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs) e integrante do Coletivo Intervozes. Edison Lima é diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Pesquisa, Ciência e Tecnologia-SP (Sintpq).
3. O sociólogo Gilson Caroni Filho publicou na Seção Opinião, do Jornal do Brasil de domingo, 2 de abril, este artigo, em que confirma aquilo que eu sugeri no boletim passado, sobre a violência que irá caracterizar a próxima campanha presidencial.
O chuchu do Opus Dei
Gilson Caroni Filho Sociólogo
Moralismo udenista conjugado com princípios neoliberais de minimização do Estado. O começo da campanha de Geraldo Alckmin, antes mesmo dos arremates para o fechamento da aliança nacional com o PFL, não deixa dúvidas. Viveremos nos próximos meses a mais sangrenta corrida sucessória da história republicana. A proclamada desconstrução da imagem do presidente Lula não medirá esforços nem conhecerá limites. O “banho de ética na política brasileira”, prometido pelo governador paulista, certamente mobilizará parcela expressiva da grande imprensa. Articulistas e blogueiros já operam com ardor militante. Transformar-se em house organ do tucanato não é, para muitos veículos, experiência inédita. O baronato midiático, ao contrário do caseiro que contradisse Palocci, nunca teve problemas de reconhecimento paterno. Sempre foi o filho pródigo que tece loas aos desmandos do andar de cima.
Se as oficinas de consenso tiveram papel de destaque na reeleição de FHC, o “príncipe” tardiamente convertido ao catolicismo da Contra-Reforma, não há como negar apoio ao projeto político do chuchu do Opus Dei. Que o distinto leitor não duvide. Entre a prelazia pessoal do papa e os ditames do mercado pode haver mudanças quanto ao deus cultuado, mas as liturgias se assemelham. Ao optar por Alckmin, o núcleo duro do neoliberalismo brasileiro desfez castelos de areia. Ruíram as teses da polarização falsa e o mito do fim das clivagens políticas entre campos ideologicamente opostos. O que temos como expressão maior de oposição ao atual governo é a direita sem retoques. Aquela que não hesita em usar jargões do mais extremado conservadorismo ao defender família, religião e tradição.
A tática escolhida não é segredo de Polichinelo. Alckmin será vendido, segundo relata o jornalista Kennedy Alencar, como o bom administrador, herdeiro político de Mário Covas. Na medida do possível, a imagem do governador paulista será descolada de FHC. Sua presença no processo sucessório personificará a vitória da perseverança sobre os desejos da cúpula partidária. Adotando o discurso da competência, defenderá a redução de gastos públicos e a retomada das reformas neoliberais. Caberá ao PFL intensificar os ataques ao governo Lula, tentando jogá-lo no aparente limbo ético em que estava no ano passado. O jogo sujo tem sangue nobre. FHC avalizou o método: “A hora é de sangrar o adversário”.
O morador de São Paulo conhece bem os “banhos de ética” promovidos por Alckmin. O Banespa deixou de existir como banco de fomento. Além disso, o Estado perdeu a Eletropaulo, a Ceagesp, a Companhia Paulista de Força e Luz, a Comgás e a Fepasa, todos privatizados a pretexto de continuar o ajuste fiscal iniciado por Covas. As vendas de ações da Sabesp e do banco Nossa Caixa a preços aviltantes são exemplos da ação “saneadora” do anestesista de recursos públicos. Os resultado foi assustador. Segundo Márcio Pochmann , “em janeiro de 1995, no início do primeiro governo tucano, a dívida pública era de R$ 34 bilhões; hoje, ela é de R$ 123 bilhões”. Em termos de saúde, educação e segurança pública, a política adotada na mais importante unidade federativa do país foi a de terra arrasada. Os que se chocam com a violência urbana deveriam se informar sobre o terror da Febem no governo paulista. CPIs, como mostrou reportagem do JB, são abortadas em plenário. O chuchu é probo por abafamento.
Pois bem, é isso que está em jogo. Uma agenda que pretende, entre outras coisas, retomar a privatização de patrimônio público transferindo recursos para o setor financeiro. De acordo com a revista Carta Capital, o programa de Alckmin contempla a elevação da Desvinculação de Receita da União (DRU) de 20 para 30% do orçamento.
A alegria dos banqueiros, como sabemos, é inversamente proporcional às perdas impostas aos setores de saúde e educação. A ética de algibeira da oposição servirá para ocultar o horror planejado. Será um espetáculo proibido para estômagos sensíveis.
É interessante mesmo observar como a coisa já começou a funcionar. Apesar de a Folha de São Paulo ter noticiado duas irregularidades graves que mostram o estilo de Alckmin, ninguém mais levantou a lebre. É como se as coisas irregulares do PSDB e do PFL fossem normais, mas, se forem feitas pelo PT... sai de baixo!!!
4. Estatal banca revista que promove Alckmin
CHICO DE GOIS da Folha de S.Paulo
A Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (Cteep), empresa do governo de São Paulo, pagou R$ 60 mil a título de "patrocínio institucional" à revista Ch'an Tao, da Associação de Medicina Tradicional Chinesa do Brasil, presidida pelo médico Jou Eel Jia, acupunturista do pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin.
Em janeiro deste ano, ao encaminhar o pedido de um novo patrocínio para o presidente da Cteep, José Sidnei Colombo Martini, a associação informou que "em contrapartida, o patrocinador terá espaço para matéria de cunho editorial do assunto que achar interessante".
A publicação deste mês traz na capa o ex-governador Geraldo Alckmin, que concedeu entrevista exclusiva para a revista, de propriedade do acupunturista do tucano. Das 48 páginas da revista, Alckmin aparece em nove, em fotos ou em entrevista. Além disso, na página 10 há uma resenha do livro "Seis Lições de Solidariedade", sobre a ex-primeira-dama Lu Alckmin, escrito pelo ex-secretário de Educação Gabriel Chalita.
Na edição deste mês, o patrocinador é a Sabesp, outra estatal paulista, que não quis informar quanto pagou por uma página de anúncio. A publicação tem, ao todo, oito páginas de propaganda. Os demais anunciantes são da iniciativa privada, incluindo o spa do dono da revista.
Antecedentes
Na semana passada, a Folha noticiou que outra estatal, a Nossa Caixa, direcionava propaganda para publicações e programas de aliados de Alckmin. O PT tentou, sem sucesso, aprovar na Assembléia Legislativa uma CPI para investigar o assunto.
A Ch'an Tao está em sua quinta edição --a primeira foi feita por outra editora. A publicação é bimestral e tem tiragem de 40 mil exemplares, segundo Kleber Leme Dutra, assessor de Lou Eel Jia.
Ainda segundo a justificativa para o patrocínio, a distribuição da revista se daria "nas secretarias e para toda a rede de ensino do Estado e nos eventos em que lhe for mais útil [para a Cteep]".
Júlio Siqueira, chefe da assessoria de comunicação da Cteep, confirmou que a estatal, vinculada à Secretaria de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, fez anúncio na "Ch'an Tao" e informou que a empresa "poderia sugerir matéria, mas somente publicou anúncio institucional".
Já o assessor do acupunturista de Alckmin disse que a informação de que "o patrocinador terá matéria de cunho editorial do assunto que achar importante" foi "uma infelicidade do texto".
Em julho do ano passado, quando a Cteep concedeu o primeiro patrocínio de R$ 60 mil à revista, o ofício de solicitação de propaganda dizia que "em contrapartida, o patrocinador terá espaço de uma página de cunho institucional e 3.000 exemplares para distribuição exclusiva". Não havia referência a cessão de espaço editorial.
A Cteep aprovou a concessão de mais R$ 60 mil para a próxima edição, que deverá circular em maio. A empresa foi criada a partir da cisão da Cesp (Companhia Energética de São Paulo) e iniciou suas operações em 1º de abril de 1999 e, em novembro de 2001, incorporou a EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia Elétrica S.A.), oriunda da cisão da Eletropaulo.
5. Afinal, o que é Opus Dei?
Leia aqui: http://www.anovademocracia.com.br/29/28.htm
6. Mauro Santayana
Os tucanos contra Lula
Quem imagina, como os tucanos da OAB, obter o impeachment do presidente, que se prepare para confrontar-se com a reação dos trabalhadores. Lula pode ter todos os defeitos que lhe atribuem. Se os tiver, não estará sendo diferente de muitos de seus antecessores. A diferença é que ele não é do grupo dos que sempre mandaram no Brasil. (leia mais
Nuestra América
Como sempre, aqui no Brasil se fala muito e se faz pouco. Falando bem menos, o presidente argentino vai recolocando nosso vizinho nos trilhos. A era Menem foi o desastre neoliberal que todos sabemos. Agora Kirchner cancela uma das mais polêmicas privatizações e reassume o controle sobre uma empresa de vital importância.
A rescisão do contrato com a Águas Argentinas S.A., anunciada pelo presidente Néstor Kirchner foi um final anunciado para uma das concessões mais polêmicas da era Menem. Privatizada em 1993, com a promessa de redução de tarifas e investimentos milionários, empresa fez o contrário. Decisão do governo argentino mostra que reestatização é possível. (leia mais)
Noticias
1. Divulgado Edital para Concurso Público na FBN
O Ministério da Cultura (Minc) publicou dia 13 de março no *Diário Oficial da União o Edital nº 1/2006* para concurso público em diversos órgãos, com o total de 215 vagas. Para a Fundação Biblioteca Nacional (FBN) são 84 vagas de nível superior, com salário inicial de R$ 1.768,86. Há mais 51 vagas para o próprio Minc, 68 para a Funarte e 12 para a Fundação Palmares. Os cargos são de analista de economia e finanças/contador (02), analista de administração (03), analista de recursos humanos (01), analista de sistemas (02), assistente em documentação (12), técnico em documentação (30), bibliotecário (22, sendo dois para a Biblioteca Demonstrativa de Brasília), restaurador (03), técnico em promoção e divulgação cultural (05), técnico em pesquisa (04).O período de inscrição vai de 29 de março a 19 de abril de 2006.
2. Concurso público para pesquisador
FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO
http://www.eg.fjp.mg.gov.br/concurso2006/index2.html
3. Uma vaga para Professor, Classe Adjunto, na Área de História de Minas Gerais e Prática em Pesquisa Histórica para o Departamento de História (ICHS). Veja o Edital 37/2006. UFOP
5. II Mostra de Literatura Afro-Brasileira
De 02 a 06 de maio de 2006, a Secretaria Municipal de Educação de Belo Horizonte estará realizando a II mostra de Literatura Afro-Brasileira.
A mesma tem como objetivo divulgar a literatura de autores/as negros/as bem como de literaturas voltadas para a temática das relações étnico-raciais, cultura e história afro-brasileira e africana. As atividades estarão destinadas aos profissionais da educação, estudantes da educação infantil ao ensino superior, comunidade em geral.
As inscrições estarão abertas a partir do dia 05 de abril de 2005
6. Uma viagem há mais de 10 mil anos.
Será inaugurado, nesta sexta-feira, no Museu de Ciências Naturais da PUC Minas, a exposição “Grande Extinção – 11 mil anos”, que apresenta aos visitantes uma retrospectiva dos animais existentes no Brasil no período conhecido como Pleistoceno. O acervo inédito reúne animais que já foram extintos, como preguiças-gigantes, mastodonte, toxodonte, tigre dente-de-sabre, e espécies atuais, como tatus, tamanduás e onças. Painéis, vitrines e fósseis também vão recompor o ambiente, que é equivalente ao atual cerrado. Especialmente neste fim de semana, o museu vai estar aberto no domingo, dia 09, das 10h às 19h.
O Museu de Ciências Naturais da PUC Minas funciona durante a semana, de segunda a quarta-feira, das 8h30 às 17h, na quinta-feira, das 13h às 21h e no sábado das 10h às 19h. O endereço é Avenida Dom José Gaspar, 500, bairro Coração Eucarístico. O ingresso custa R$ 3. Para agendamento de visitas e outras informações, o telefone é (31) 3319-4152.
7. Encontro de Corais na Praça da Liberdade. O programa Quatro Cantos terá início dia 6 de abril, às 19:30 horas no Coreto da Praça. Demais espetáculos serão apresentados em 4 de maio, 1º de junho, 6 de julho, 3 de agosto e 14 de setembro. Em cada noite, 4 corais se apresentarão.
Livros e revistas
1. Revista PONTES
http://www.revistapontes.cjb.net/
CIÊNCIAS HUMANAS, LETRAS E ARTES
NESTA EDIÇÃO, nº 9 :
- É negocio casar: O samba no tempo que o malandro casou com o Estado Novo e Getulio jogou o arroz
- "O coração de seu Antônio"- Resenha do livro "Violência e racismo no Rio de Janeiro" de Jorge da Silva- Fotos & ChoppsAcesse e envie o seu artigo!Nas edições seguintes, um deles pode ser o seu.
2. América Latina no século XIX – Tramas, Telas e Textos. Maria Lígia Coelho Prado, Ed.Edusp, 232 p.
Esta obra oferece excelente oportunidade para o leitor conhecer melhor alguns temas da história da cultura e das idéias políticas latino-americanas do século XIX.
Em sete ensaios instigantes, a autora foge ao estereótipo da América Latina como espaço do “atraso cultural”, lugar da “desordem e do caos político” e região “congenitamente inferior”, apresentando uma América Latina culturalmente rica e politicamente desafiadora. A historiadora percorre as tramas da participação política das mulheres nas lutas pela independência, a produção de telas que contribuíram para a construção de identidades nacionais na Argentina e nos Estados Unidos, os textos que compunham as leituras no Brasil joanino e, ainda, os discursos que conceberam a criação da Universidade no Brasil, no Chile e no México.
3. Uma fábula sobre a vida, um mito que aborda os mais profundos sentimentos humanos, uma lenda sobre o que somos ou poderíamos ser, uma forma de discutir os limites da verdade, o poder da linguagem e as inúmeras formas de intolerância que a humanidade já experimentou. Todas essas definições explicam o novo livro da escritora espanhola Rosa Montero, que acaba de vir ao Brasil lançar “História do rei transparente” (Ediouro, R$ 44, 372 págs.). A saga de Leola, uma mulher que se traveste de cavaleiro depois da morte da família e que, ajudada por uma espécie de bruxa, Nivene, caminha errante pela Europa dos séculos 12 e 13, período em que as cruzadas do papa Gregório avançavam sob os que não se declaravam cristãos. Como Rosa explica nessa entrevista, qualquer semelhança com os difíceis tempos que correm não é mera coincidência.--
4. Revista Nossa História nº 30. Dossiê: Movimentos messiânicos. Artigos principais: O casamento de Dom Pedro I – Estradas Reais: a rota da fortuna – O presidente Afonso Pena – O Manifesto dos mineiros – O golpe de Lott para garantir a legalidade – Bertha Lutz, a cientista – entrevista com Peter Burke.
5. O Arquivo Geral da Cidade do RJ convida para o lançamento dos livros:
IMAGENS DA REVOLUÇÃO, Daniel Aarão Reis Filho e Jair Ferreira
O GOLPE DE 1964 E O REGIME MILITAR, (org.), João Roberto Martins
Dia 11/4, a partir das 17h, palestra com os autores.
Arquivo Geral da Cidade do Rio de Janeiro
Rua Amoroso Lima, 15 - Cidade Nova(Metrô Praça Onze) arquivog@pcrj.rj.gov.br
Sites
http://www.revistahonoriscausa.org/
já está no ar o numero 4, com vários artigos, entrevistas. Tudo sobre educação. Não deixe de visitar!
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial