Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

1.5.06

Número 037 - nova fase



Você que não pôde comparecer à Livraria da Travessa e tampouco esteve em Sabará, tem agora mais uma chance, a última em Belo Horizonte: dia 8, segunda feira, às 20 horas, estarei em mais uma noite de autógrafos do livro HISTORIA DE MINAS GERAIS. Será no Espaço Cultural da Assembléia Legislativa, à rua Rodrigues Caldas, 30. Aproveite a chance e compareça!

Editorial

O Informe da Anpuh que recebi esta semana (e que está ao final) veio acompanhado de uma carta que interessa muito aos historiadores mineiros – e não apenas a eles. Com efeito, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais firmou contrato com uma empresa privada para guarda de todo acervo do judiciário em nosso Estado. A questão preocupa, como se pode ver na carta que reproduzo para que todos possam tomar conhecimento. Por minha parte, procurei me inteirar do que se tratava e fui informado de que o contrato é unicamente para que a empresa possa organizar e guardar os cerca de 10 milhões de processos, que o poder judiciário não tem como manter.

Creio que a forma para evitar isso poderia ser por intermédio de convênios feitos com os cursos universitários de História (um exemplo disso foi a organização do arquivo judiciário de Nova Lima por estagiários do curso de História do UNI-BH coordenado pelo prof. Dr. Ciro Bandeira de Melo. O arquivo está, hoje, organizado, catalogado, digitalizado e aberto aos pesquisadores). Fica a sugestão para que outras faculdades façam o mesmo em outras comarcas e contribuam para a preservação de ricas fontes para o trabalho dos historiadores.

Caros colegas pesquisadores,

Recentemente tomamos conhecimento de que toda a documentação sob a guarda dos fóruns de justiça do estado de Minas Gerais está sendo transferida para a guarda de uma empresa privada denominada Recall. Isso inclui os acervos documentais históricos cíveis e criminais, referentes aos séculos XVIII e XIX. Através de correspondência enviada pelo Juiz de Direito de Itapecerica, Dr.Guilherme Lima Nogueira da Silva, com o qual estabelecemos contato visando à pesquisa do acervo lá existente, fomos informados que o Tribunal de Justiça havia firmado contrato com a empresa Recall para guarda de todo acervo processual e documental daquela comarca e dos demais arquivos do Estado de Minas Gerais, já tendo se iniciado o processo de transferência de toda a documentação.

No site internacional da empresa encontramos a seguinte notícia:
“Recall vence licitação em MG. A empresa será responsável pela gestão dos arquivos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais. A líder nacional em terceirização de gestão de arquivos venceu a licitação em Belo Horizonte (MG), para gerir os arquivos do Tribunal de Justiça de Minas Gerais tanto da capital como do interior. O contrato terá duração de cinco anos e prevê o gerenciamento de 1,8 milhão de caixas contendo processos findos de todo o estado (...) Os processos serão coletados em 53 comarcas em todo o Estado de Minas Gerais e serão cadastrados no sistema Request, os atendimentos serão feitos via web”.

Em contatos com o representante do Tribunal de Justiça e gestor do contrato com a Recall, Sr. Bernardo Cambraia, fomos informados que o contrato firmado define que não haverá descarte de documentos e a empresa se compromete a conservar os acervos, e ainda que será definida instrução em circular para regulamentar o acesso de pesquisadores aos documentos.

Nossa preocupação se prende a dois aspectos fundamentalmente: em primeiro lugar, a transferência da documentação histórica para uma empresa de gerenciamento de arquivos, e não para um arquivo público, deixa dúvidas no que diz respeito ao livre acesso e consulta desses acervos em condições adequadas às rotinas de pesquisa; em segundo lugar, o inestimável valor dessa documentação, composta por inventários, processos criminais, cíveis e testamentos, entre outros, é, pelo menos em tese, inversamente proporcional a seu valor na lógica de gerenciamento de documentos ativos, o que, salvo a garantia de condições específicas, comporta riscos para sua preservação.

Por essas razões, creio ser necessário que a comunidade de pesquisadores, através de suas instituições, mobilize-se no sentido de garantir 1) a total transparência pública do processo de transferência dessa documentação; 2) a garantia de que os acervos históricos continuarão sendo acessíveis aos pesquisadores de forma compatível com a rotina que as pesquisas de fontes exigem.
Prof. Ivan Vellasco
Coordenador do Laboratório de Conservação e Restauração de Documentos e Obras Raras LABDOC Departamento de Ciências Sociais UFSJ


Uma notícia: sábado passado, dia 28 de abril, faleceu, aos 97 anos, o economista John Kenneth Galbraith, que se dedicou a pesquisar temas como a distribuição da riqueza na sociedade. Além de mais de três dezenas de livros publicados, Galbraith desempenhou importantes funções públicas, tendo sido conselheiro do presidente Kennedy e embaixador dos Estados Unidos junto à Índia. Importante ressaltar que, ao contrário dos neoliberais de plantão, Galbraith sempre foi adepto do keynesianismo.

Outra notícia: na Carta Capital desta semana, Mino Carta diz que o diretor do Ibope, em palestra para empresários, afirmou que suas pesquisas levam a crer que Lula pode ser reeleito já no primeiro turno. E que esta eleição será, mais do que qualquer outra, a manifestação dos pobres contra os ricos.

Noticia três: no blog da minha amiga Cristina
http://www.tamoscomraiva.blogger.com.br/ uma matéria muito boa intitulada Casa Grande e Senzala, sobre o trabalho doméstico no Brasil. Não deixe de ler!!!

Notícia quatro – Reportagem do jornal O Globo, de domingo passado, mostra que o problema da violência nas escolas não é coisa de país de terceiro mundo, não... Na Inglaterra e na Alemanha a questão está produzindo situações escabrosas. Em Londres uma professora de escola pública foi violentada por um aluno. A cada 7 minutos, um professor é agredido verbal ou fisicamente. O que está acontecendo? Não deixe de comentar este assunto, principalmente você que leciona em escola pública! Mande seus comentários para
rimofa@terra.com.br



Brasil

E o “menino do Rio”, hem??? Resolveu fazer greve de fome porque alega que a imprensa não o escuta, só publica aquilo que é contra ele...como se tivesse explicação o fato de ele receber doações de empresas dirigidas por detentos associados a ONGs familiares...
O tema da greve de fome está sendo discutido com muita paixão nas comunidades do orkut. Numa delas, uma amiga minha fez um comentário sarcástico: Espero que desta vez ele cumpra a palavra e vá até o fim!!! Hehehe...



1. Já vimos este filme - depois

A Veja perdeu uma parada na Justiça – e não foi para o governo Lula ou para algum petista.
O Estado informa hoje, citando o site Consultor Jurídico, que a quarta turma do Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou a revista na ação aberta contra ela pelo então secretário-geral do Planalto no governo Fernando Henrique, Eduardo Jorge Caldas Pereira.
Se a decisão for mantida em instância superior, a Veja terá de pagar a Eduardo Jorge R$ 50 mil por danos morais e publicar a sentença na íntegra.
Entre 1999 e 2001 a revista publicou reportagens em nove edições associando o secretário ao juiz Nicolau dos Santos Neto e ao senador Luiz Estevão, envolvidos no escândalo do Fórum Trabalhista de São Paulo.
O tribunal brasiliense concluiu que a associação não foi comprovada.
Além de acusar sem provas, avaliaram os desembargadores, Veja cometeu "excessos de linguagem".
A tese vencedora é a de que a imprensa é livre para informar, mas não para desrespeitar a intimidade, a honra e a vida privada das pessoas. Uma coisa e outra são garantias constitucionais.
Eduardo Jorge se considerou vítima de uma campanha "truculenta e desmedida".
Soa familiar, pois não?
É. Já vimos este filme – depois.

Luiz Weiss, do Observatorio da Imprensa

2. Ignorância política Quando a mídia ajuda a desinformar
Muniz Sodré (*)

"Ignorância política" foi o diagnóstico feito por Gilberto Dimenstein na Folha de S.Paulo (16/4/2006) a propósito do desconhecimento da vida pública por parte dos brasileiros, detectado em pesquisas recentes. Dois exemplos:

1. "Apenas 16% dos eleitores recordam-se do mensalão, um tema que não sai do noticiário desde o final de junho de 2005;
2. "Apenas 20% dos brasileiros, segundo pesquisa CNT/Sensus, conhecem a norma da verticalização (...) fundamental para entender as chances dos candidatos a presidente e governador".

O jornalista tem razão, trata-se mesmo de ignorância política, principalmente quando se leva em conta a melhoria da taxa de escolaridade nos últimos 20 anos, assim como o fato de que direitos políticos e eleições livres fazem hoje parte da rotina social. Vale acrescentar a estas ponderações outras, constantemente dadas à luz por analistas europeus: as massas deixaram de prestar atenção à política, a não ser em suas formas delituosas – e mesmo assim, em índices reduzidos, como bem atestam os 16% que se lembram do mensalão.

A questão não pára aí, porém. O filósofo francês Alain Badiou – que, aliás, conhece razoavelmente bem a situação política brasileira – introduz a variável do "afeto público" na análise do fenômeno político. Levando-se em conta o estado emocional das massas é, para Badiou, simplesmente falso que o voto seja a expressão da liberdade das opiniões. O voto, na realidade, seria sufocado pelo que ele chama de "princípio do homogêneo", isto é, todo mundo pode ser candidato, mas só podem chegar aos lugares "precodificados" do poder possível aqueles que se encaixam, homogenicamente, em uma norma determinada. Em termos mais claros, ocupam os postos do "poder possível" (a margem de mando político permitida pelo poder econômico) aqueles que não vão fazer nada essencialmente diferente de seus antecessores.

Manifesto de paixão

O "princípio do homogêneo" garantiria o conservadorismo do voto. Isto bem se traduz na frase do político francês Alain Peyrefitte dirigida aos socialistas e comunistas, em 1981: "Vocês foram eleitos para mudar o governo, e não para mudar a sociedade".

O exemplo pode ser francês, mas o princípio é global. Até um certo limite, direita e esquerda podem ser homogêneas ao sistema jurídico-parlamentar, o que faz da alternância político-partidária no poder uma mera estratégia espontânea de conservação do sistema tal e qual se apresenta. Entre a alternância do entusiasmo e da rejeição, o afeto público balança como uma gangorra e, para se defender das violentas emoções, é capaz de bloquear a atenção e a memória coletivas.

Esta é, claro, apenas uma interpretação, entre outras também possíveis, para o fenômeno da desafeição da política. Contra isto, nada tem conseguido fazer a imprensa – à qual Hipólito da Costa, nosso primeiro jornalista, atribuía a função de instruir politicamente o povo.

A nossa imprensa arrisca-se a perder o horizonte cívico em meio ao excesso de detalhes negativistas do real. O jornal de cada dia está-se convertendo num manifesto de paixão à celebridade, seja a incensada, seja a desprezada. A fama é a ponte entre o bem e o mal, a cada dia atravessada industrialmente pela mídia. Numa conjuntura dessas, o que em política pode haver de positivo e de heterogêneo deixa de interessar e, certamente, de formar espírito público. (*) Jornalista, escritor, professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro

Algumas análises do governo Lula. Francisco Carlos Teixeira e José Luis Fiori discutem aspectos da política externa, mostrando, entre outras coisas, as inovações do atual governo e a quem elas incomodam. Face aos últimos acontecimentos na Bolívia, é interessante confrontar essas idéias com os interesses expressados pelo presidente Evo Morales. Gilson Caroni mostra que, apesar de todas as controvérsias a respeito da política econômica, o rendimento médio da população cresceu. E Mauro Santayana nos mostra o “eterno retorno” do udenismo.


Francisco Carlos Teixeira

Nossos amigos e nossos interesses

O Gasoduto Venezuela/Brasil/Argentina, agora incluindo a Bolívia, desperta o mais completo horror nos nossos recentes especialistas em Relações Internacionais. Isso é estar na mais completa contra-mão da história. - 27/04/2006

José Luís Fiori

Desenvolvimento e política externa

Na política externa do governo Lula, o mais importante vem sendo a posição de destaque e de sustentação que o Brasil acabou ocupando no debate cada vez mais intenso e generalizado travado em toda a América do Sul sobre uma nova posição internacional do continente, e em particular, sobre a redefinição da hegemonia hemisférica dos EUA. - 26/04/2006

Gilson Caroni Filho

Em favor de Lula

Se conceitualmente a política macroeconômica guarda continuidade com a dos tucanos, são inegáveis a reestruturação do Estado e sua revitalização regulatória. Salta aos olhos, que, mesmo com o pé no freio, Lula elevou o rendimento médio da população, em queda desde 1977. - 28/04/2006

Mauro Santayana

Os outros nomes da UDN

Mais uma vez os golpistas se reúnem. Quando um governo começa a distribuir renda, como no sistema escandinavo, a fim de sustentar um tímido “welfare state”, como faz Lula com o Bolsa-Família, contra ele se reúnem bacharéis e banqueiros, políticos, jornalistas e inocentes úteis. - 25/04/2006

A questão da cotas nas universidades para alunos egressos das escolas públicas, afrodescendentes e indígenas ainda não está encerrada, conforme se pode ver neste artigo:

Ministros, acadêmicos e entidades defendem aceleração da propostaEm atendimento ao requerimento que solicitava mais debates sobre o tema, as comissões de Direitos Humanos e de Educação e Cultura da Câmara organizaram seminário para colocar frente a frente defensores e opositores da proposta. > LEIA MAIS Educação 27/04/2006

Emir Sader, provocante como sempre, fala hoje sobre educação.

Educação reflete modelo egoísta e aumenta desigualdade social“Houve uma revolução educacional no globo no século XX nos marcos do desenvolvimento do capitalismo no pós-guerra, mas nem por isso o mundo ficou melhor”, provocou o sociólogo Emir Sader, em seminário sobre gestão e participação em educação. > LEIA MAIS Educação

INCENTIVO À CULTURA

Minas deve regionalizar seleção de projetos

O estado de Minas Gerais pode ter sua Lei de Incentivo à Cultura regionalizada. Está em discussão na Assembléia o Projeto de Lei nº 2.880/05, que divide entre dez regiões a concessão de incentivos fiscais. O objetivo é estimular a realização de projetos culturais em todo o estado e favorecer, principalmente, a cultura popular e os pequenos empreendimentos culturais. - 25/04/2006

Nuestra América

Prestem atenção nesta notícia. Não demora muito para que “alguém” venha a considerar que na América Latina está surgindo um novo “eixo do mal”...Aliás, na terça, dia 2, a Miriam Leitão estava quase chegando à histeria no Bom Dia Brasil. Disse que o governo brasileiro tem de chamar o nosso embaixador com urgência e, de quebra, nos informou que o presidente Hugo Chavez trama contra o Brasil nas nossas costas, pois teria sido ele o incentivador da nacionalização do petróleo e do gás bolivianos. Já está sendo criado um clima de terror que, no futuro, poderá justificar qualquer agressão aos vizinhos...Hoje, a Leitão continuava irritadíssima, dizendo que o governo, mais uma vez, errou, porque não reagiu à altura à expropriação feito pelo governo boliviano. O que ela quer? Que o Brasil envie suas tropas, invada a Bolívia e coloque o Evo Morales e os bolivianos “no seu devido lugar”? Que coisa...

Cuba, Venezuela e Bolívia firmam aliança de esquerda
Por Marc Frank

HAVANA (Reuters) - Os presidentes esquerdistas de Cuba, Venezuela e Bolívia se reuniram em Havana neste sábado para finalizar um acordo de integração visto como uma alternativa à proposta dos EUA de livre comércio com a América Latina.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, e o presidente boliviano, Evo Morales, chegaram a Cuba na sexta-feira. Eles planejam assinar o acordo com o presidente cubano, Fidel Castro, no sábado, e participar de um evento à noite na Praça da Revolução, em Havana.
"Esta reunião é um grande encontro de três gerações, de três revoluções", disse Morales, eleito em dezembro, em sua chegada.
Castro tomou o poder na revolução comunista de 1959, Chávez venceu sua primeira eleição em 1998, liderando o que ele chama de "revolução bolivariana".
A cúpula acontece no primeiro aniversário de um amplo acordo de integração econômica, política e social entre Cuba e Venezuela, batizado de Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA), em homenagem ao herói da independência sul-americana Simon Bolívar.
O acordo dá a Cuba financiamento preferencial para o petróleo venezuelano e o pagamento a mais de 20 mil médicos e outros profissionais cubanos trabalhando na Venezuela. O acordo vem ajudando Cuba a superar a crise econômica, após a dissolução da União Soviética, seu antigo benfeitor.
Ao assinar o acordo, a Bolívia ganhará acesso às fontes de energia e ao financiamento venezuelanos, a médicos, professores e outros profissionais cubanos, e a mercados para produtos como a soja.
"A ALBA funcionou muito bem tanto para Cuba quanto para a Venezuela, a união da Bolívia só pode aprimorá-la, conferindo uma nova dimensão", disse o economista cubano Omar Everleny
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AMÉRICA LATINA: DIVISÃO NO FUTURO

O líder revolucionário sandinista da Nicarágua Daniel Ortega, que tomou o poder na década de 1980 e é o mais forte candidato nas eleições presidenciais marcadas para novembro, também foi a Havana, aparentemente como observador.
Chávez e Castro vêem a ALBA como uma alternativa ao incerto projeto dos EUA para a "Área de Livre Comércio das Américas" (ALCA), que eles acusam de ser uma aposta dos Estados Unidos para reforçar sua dominação da América Latina. A mensagem tem eco numa região onde as políticas de livre mercado não conseguiram diminuir a pobreza crônica.
"Até este ano, Castro e Chávez pareciam fadados a permanecer num clube com apenas dois sócios. A adesão de Morales muda essa equação dramaticamente", diz Daniel Erikson, diretor de programas caribenhos no grupo de políticas Inter-American Dialogue, de Washington.
"Ao incluir um país com uma significativa reserva de gás natural, cada vez mais sob controle do governo, a participação da Bolívia expande o potencial econômico da ALBA, que já inclui as enormes reservas de petróleo da Venezuela", disse Erikson.
A América Latina está cada vez mais dividida sobre como formar um bloco econômico competitivo na economia global.
Este mês, Venezuela e Bolívia ameaçaram sair da Comunidade Andina de Nações, que conta com cinco membros, porque Colômbia e Peru assinaram acordos de livre comércio patrocinados pelos EUA. O Equador considera realizar um pacto semelhante com Washington.
Nove países latino-americanos, incluindo México e Chile, têm acordos de livre comércio com Washington. Outros, como os importantes Brasil e Argentina, se recusaram a assiná-los, apesar de ainda manterem distância da ALBA.
"Ainda não se sabe até onde esse modelo econômico alternativo dominará o hemisfério. A maioria dos países não está disposta a adotar políticas restritivas e seletivas contra o investimento estrangeiro ou uma economia voltada para o Estado", diz Phil Peters, vice-presidente do Lexington Institute, um organização conservadora norte-americana.

Rosana me enviou esta matéria da Folha de São Paulo:

FLAVIA MARREIRO RAUL JUSTE LORES - da Folha de S.Paulo

Descobertas recentemente, as fotos da agonia do guerrilheiro argentino Ernesto Che Guevara, ícone mundial da esquerda e um dos líderes da Revolução Cubana, recompõem os seus últimos momentos no interior da Bolívia. Na foto mais conhecida até hoje, ele já estava morto.
O material chegou em um envelope anônimo às mãos do escritor argentino Pacho O'Donnell, ex-secretário da Cultura da Argentina e autor de uma conhecida biografia do Che. Foram publicadas primeiramente em fevereiro no jornal argentino "Clarín", e na semana passada, acompanhados de um ensaio assinado pelo próprio O'Donnell, publicadas na revista semanal "Noticias"."Imagino quem me mandou, mas não posso dizer. Até hoje em La Higuera [Bolívia] há muito medo de falar sobre isso", disse à Folha. Segundo ele, as fotos foram publicadas num livro de pouca circulação escrito por Federico Arana Serrudo, que era, em outubro de 1967, chefe da inteligência militar do Estado-Maior boliviano."O texto era uma defesa dos militares que mataram Che, por isso não teve maior repercussão", especula. Ele não procurou o militar boliviano nem sabe se está vivo. "Como todos os militares envolvidos na época, deve ter quase 80 anos hoje." Quem tirou as fotos, sustenta ele, foi o piloto do helicóptero que levou Che.Foto históricaO'Donnell afirma que uma das fotos, a que ele aparece logo depois de receber os disparos, acaba com a controvérsia sobre a morte do Che. "Ele não morreu em confronto, foi assassinado", explica.
"A foto em que Che olha para cima tem toda sua mística. Ele sabe que vai morrer, mas não há rancor nem ódio. Há serenidade. Essa foto não deve nada às duas que construíram a imagem do mito -a que está espalhada em camisetas pelo mundo e a dele morto. Essa se junta a elas agora."O'Donnell fez dezenas de entrevistas com pessoas que conheceram o guerrilheiro, até sua babá. Conta que, na região onde morreu, na Bolívia, que ele visitou para escrever a biografia, há uma espécie de culto a Che.O escritor acredita que o fato de essas fotos terem ficado guardadas por quase 40 anos demonstra o quanto o personagem Che ainda está presente.

Che pouco estudado

Na Argentina, não houve uma grande repercussão com a publicação das fotos da agonia do Che. "Ao contrário do que muitos podem esperar, o Che ainda não é um herói nacional na Argentina", diz o diretor do Primeiro Museu Histórico Che Guevara, de Buenos Aires, Eladio González."Ele não é estudado nos livros didáticos. Só aparece nas campanhas eleitorais, nas camisetas dos jovens ou nas bandeiras das torcidas de futebol. De resto, ele é um personagem esquecido e pouco estudado no país."Na Bolívia, o governo do presidente Evo Morales engavetou um projeto de lei que blindaria militares bolivianos que participaram da execução do Che, em 1967.O projeto chegou a ser aprovado pelo Congresso boliviano, mas não foi sancionado pelo então presidente Eduardo Rodríguez, que transmitiu o poder a Morales no final de janeiro. Morales é um admirador declarado do guerrilheiro argentino.Pela proposta, os militares seriam declarados eméritos e não poderiam ser afastados de suas funções. O projeto teria, porém, alcance limitado, já que a maioria dos militares que participaram da ação morreu ou passou para a reserva

Internacional

A ilustre Secretária de Estado do Bush realmente merece ser chamada de cara-de-pau. Olha só o que ela declarou a respeito do Conselho de Segurança da ONU, que a administração Bush já reduziu a nada quando da invasão do Iraque.

Secretária cara-de-pau

Há pouco mais de três anos, os Estados Unidos passaram como um trator por cima do Conselho de Segurança (CS) da ONU e invadiram o Iraque.
Agora, a propósito da recusa do Irã de suspender o seu programa de enriquecimento de urânio e da eventualidade de o CS adotar sanções contra o país, a secretária de Estado dos EUA, Condoleezza Rice deixou para a história a seguinte declaração, comentada hoje pela mais cáustica colunista da grande imprensa americana, Maureen Dowd, do New York Times:
"O Conselho de Segurança é a primeira e mais importante instituição para a manutenção da paz, estabilidade e segurança, e não pode ter a sua palavra e a sua vontade simplesmente ignoradas por um Estado-membro".
Mesmo para os padrões de um dos mais cínicos governos da atualidade, que falseia compulsivamente a verdade sobre as origens e os desdobramentos da catástrofe iraquiana, a cara-de-pau da doutora Condoleezza Rice é qualquer coisa de espantoso.
O seu chefe, amigo e admirador George W. Bush deve estar se ralando de inveja.

Luis Weiss, no Observatório da Imprensa


Silvana Felix me enviou esta matéria:

A guerra já começou

Por Omar Nasser Filho

A guerra contra a República Islâmica do Irã já começou e o primeiro território já foi ocupado pelos exércitos invasores. Nos gabinetes da CIA e do M16, o serviço secreto britânico, a produção de press releases fabricados com o objetivo de fabricar a imagem do inimigo e criar um ambiente favorável à volúpia belicista dos falcões de Washington e Downing Street corre a todo vapor. O resultado foi estampado nas capas dos principais jornais brasileiros na manhã do dia 17 de abril: Nova ameaça do Irã: exército de suicidas O Estado de São Paulo ; Irã prepara camicases contra ação do Ocidente Folha de São Paulo ; Irã teria 40 mil homens em pelotão suicida' Gazeta do Povo (de Curitiba).

Derrotar o inimigo nos campos de batalha não é conseqüência, apenas, de uma bem traçada estratégia militar, mas dependente, em grande medida, da mobilização de mentes e corações. Fica muito mais fácil conquistar objetivos militares se o exército invasor tem a simpatia da opinião pública. Por isso, normalmente, a batalha pela informação precede o morticínio dos inocentes. Forjar a imagem negativa do inimigo, desenhando-o como terrível assassino imbuído das mais perversas intenções é parte fundamental do jogo tático.

O noticiário dos principais veículos de comunicação brasileiros é a mais clara demonstração de manipulação da mídia. Assim como, provavelmente, seus congêneres em todo o mundo, nossos jornais reproduziram segunda-feira informações publicadas originalmente no final de semana no londrino The Sunday Times e na agência Reuters , segundo as quais pelotões de homens-bomba, fanáticos e barbudos, estariam sendo armados na República Islâmica para explodir o Ocidente em atentados terroristas, caso o país seja atacado pelos defensores da democracia e da liberdade.

Interessante notar que as informações nunca vêm de fontes facilmente identificáveis, mas são imputadas às impessoais fontes, supostamente indivíduos que estão dentro do círculo de poder e que, para preservar sua segurança, não declinam seus nomes. Ou trata-se de informações simplesmente inventadas com o objetivo puro e simples de criar um clima de comoção e preparar psicologicamente os do lado de cá sobre a urgência e a correção do ato civilizatório do Império nos do lado de lá.

Desta vez, ao lado de funcionários iranianos, tanto o periódico londrino quanto a agência noticiosa citam os nomes de supostas fontes. Vá saber se estas pessoas existem, mesmo, ou se as informações que elas, em sendo seres reais, deram não foram distorcidas de maneiras a caber no esquema difamatório disparado por Washington e Downing Street.

O que mais assombra ou o que pelo menos deveria assombrar as pessoas de bom senso e escrúpulos morais é que nós, habitantes do planeta terra medianamente interessados em saber o que vai pelo mundo, fomos bombardeados há não mais que dois anos por uma avalanche de notícias sensacionalistas sobre o suposto arsenal de WMD de Saddam Hussein. O general Collin Powel inclusive compareceu diante do Conselho de Segurança (?) da ONU ostentando fotos de satélite e organogramas provando a existência de laboratórios de armas químicas e biológicas que colocavam em risco a segurança do Ocidente e de Israel.

O que sobrou de todo este teatro senão, hoje, a certeza de que tudo não passou de fanfarronice, de uma peça de fantasia que teve o único objetivo de convencer a opinião pública sobre a urgência e correção de um ataque fulminante contra o regime iraquiano? Qualquer semelhança com o que se passa hoje com a República Islâmica não é mera coincidência. É preciso criar a imagem de um regime insano, violento, fanático e cheio de ódio contra o Ocidente. O que nos restará, então, se não aplaudir a ação heróica dos bravos defensores da democracia e da liberdade e dar graças a Deus por mais um tirano ter sido varrido da face da Terra, mesmo que para isso milhares de inocentes tenham perdido sua vida e outros tantos carreguem em seus corpos eternamente as marcas da guerra?

Omar Nasser Filho , jornalista, economista e mestrando em História pela Universidade Federal do Paraná. Assessor de Comunicação Social da Sociedade Beneficente Muçulmana do Paraná e co-autor do livro Um diálogo sobre o Islamismo, editado pela Criar, em 2000.

Livros e revistas


1. "Entre América e Europa: a política externa brasileira na década de 1920", de Eugenio Vargas Garcia, editora UNB. O livro analisa as relações internacionais do Brasil entre a primeira Guerra Mundial e a Revolução de 30. Mostra-se como os Estados Unidos suplantaram a Grã-bretanha e impuseram sua hegemonia nas áreas de comercio exterior, investimentos e empréstimos. Mais informações em www.livrariauniversidade.unb.br ou através do e-mail: egarcia@mre.gov.br

2. "O poder da cultura e a cultura no poder. A disputa simbólica da herança cultural negra no Brasil", de Jocélio Telles, editora edufba. Este livro discute as políticas publicas na área de cultura, no período dos anos sessenta aos noventa demonstrando como os símbolos afro-brasileiros foram sendo ressignificados, a partir do estabelecimento de novas demandas, seja pela política institucional ou pelos movimentos negros. Trata-se de um estudo que analisada a dinâmica da sociedade brasileira e as mudanças verificadas na adoção da simbologia de origem africanas por distintos atores. Mais informações pelo e-mail: edufba@ufba.br ou pelo tel.: (71) 3263-6160.

3. "Evolução da sociedade e economia escravista de São Paulo : de 1750 a 1850", de Francisco Vidal Luna; Herbert S. Klein, editora EDUSP. Nesse livro são expostas as linhas básicas do crescimento do estado de São Paulo, examinando os fatores internos e externos que transformaram uma economia de subsistência, marginal e isolada, em uma economia agrícola, exportadora e baseada no trabalho escravo, assim como os impactos das mudanças nos grupos sociais. Mais informações em www.edusp.com.br/detlivro.asp

4. Nas bancas o nº 31 da Revista Nossa História, com artigos sobre Amores lícitos e ilícitos (Mary Del Priore) – o lado oculto da invasão francesa no Rio – Zicartola, o restaurante que deu samba – as Bolsas de Valores no Brasil – Nilo Peçanha, um padeiro na presidência do Brasil - Entrevista com Ralph Appelbaum sobre museus – Guerra do Paraguai: Caxias, Conde d´Eu e Voluntários da Pátria – O avô do Mercosul, na década de 1950 – Isabel, a princesa pioneira – O urbanismo em São Paulo – Cartas Chilenas mostram um Gonzaga fiel à Coroa.

5. Um livro destinado a fazer barulho: Elite da tropa. Leiam uma reportagem-entrevista no site http://www.nominimo.ibest.com.br/ procurem na coluna da esquerda ENTREVISTA e cliquem lá. Comenta-se sobre o livro e há entrevista com o autor.

6. Leituras da Crise - Diálogos sobre o PT, a Democracia Brasileira e o Socialismo

Autores: Marilena Chaui, Leonardo Boff, João Pedro Stedile e Wanderley Guilherme dos Santos, entrevistados por Juarez Guimarães Editora: Fundação Perseu Abramo - R$ 20 (256 págs.)
Petistas, não-petistas e ex-petistas têm muito a aproveitar de "Leituras da Crise - Diálogos sobre o PT, a Democracia Brasileira e o Socialismo".

O volume reúne quatro longas entrevistas concedidas pela filósofa Marilena Chaui, pelo cientista político Wanderley Guilherme dos Santos, pelo teólogo Leonardo Boff e pelo dirigente do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) João Pedro Stedile a Juarez Guimarães, militante petista e professor da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).Figuras, como se sabe, insuspeitas de simpatias pelo PSDB. Críticas ao PT e ao governo Lula, entretanto, não faltam em suas reflexões. Os movimentos sociais e populares passaram a ter lugar subalterno na vida do PT, diz Marilena Chaui. O balanço do governo Lula na questão da agricultura camponesa foi negativo, avalia João Pedro Stedile. Faltou coragem pessoal ao presidente Lula, diz Leonardo Boff, pedindo "gestos proféticos que dariam um novo perfil a seu governo e sustentariam a esperança hoje abalada". Wanderley Guilherme dos Santos é o entrevistado que menos parece se incomodar com a crise do PT.

7. Nas bancas o nº 31 da revista História Viva. Traz um grande dossiê sobre José Bonifácio, mostrando os primeiros resultados de pesquisas que procuram novos documentos em toda a Europa sobre ele e seus irmãos Martim Francisco e Antônio Carlos. A matéria de capa é Inquisição: Galileu, Giordano Bruno e Savonarola. Artigos sobre Henry Ford, Circuncisão, O código da Vinci, ouro nazista em Portugal, a passagem de Darwin pelo Brasil.

8. Nas bancas o nº 110 da Caros Amigos. Entrevista Com Ciro Gomes e as colunas dos articulistas que sempre comparecem com seus textos na revista.

Noticias

1. Evento discute Programa Nacional do Livro Didático

O Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino de História (Labepeh), da FaE, realiza, no dia 11 de maio, às 19h30, no Auditório Luiz Pompeu (FaE), mais uma edição do Labepeh promove Diálogos. A temática desenvolvida nesse semestre é O livro didático de História e seus usos.
O encontro, que tem como tema o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) e a pluralidade cultural, conta com a presença das professoras Alexia Pádua Franco, da Universidade Federal de Uberlândia, e Bianca Rodrigues Corrêa, do Centro Pedagógico da UFMG.
Mais informações sobre o encontro podem ser obtidas pelo telefone 3499-5337 ou na página do Labepeh.

2. Informe da Anpuh regional Minas sobre o próximo Simpósio

INFORMATIVO NO 03/2006 - Diretoria da ANPUH-MG (Gestão 2004/2006) – Abril de 2006

XV ENCONTRO REGIONAL DE HISTÓRIA

São João Del Rei, 10 a 15 de julho de 2006 – UFSJ – Campus Santo Antônio

Com este Informativo, a Seção Minas Gerais da Associação Nacional de História (ANPUH-MG) abre o período de inscrições para mais uma atividade no próximo Encontro Regional. Seguem informações sobre os Mini-cursos e funcionamento das inscrições. A ementa dos cursos aprovados foram editados neste informativo por uma questão de espaço. O texto completo, contendo o programa e bibliografia, estará disponível na página da ANPUH-MG na internet no início do mês de maio, assim como o link para que seja feita as inscrições.

MINI-CURSOS APROVADOS

1. Anticomunismo no Brasil: um Panorama Histórico de 1917 a 1964. O curso tem por objetivo traçar um panorama histórico das idéias e movimentos anticomunistas no Brasil no período compreendido entre os anos de 1917 e 1964. Coordenadora: Heloisa Amélia Greco (Uni-BH).
2. A Foto e o Verbo – a imprensa como braço armado do Golpe de 1964 (Brasília, Rio de Janeiro e Espírito Santo). O minicurso A FOTO E O VERBO: a imprensa como braço armado do Golpe de 1964 (Brasília, Rio de Janeiro e Espírito Santo) propõe-se a discutir a atuação da imprensa periódica no contexto do golpe militar impetrado no Brasil em 1964. Coordenadores: Adriana Hassin Silva (mestre / UFRJ) e Flávio Borgneth (FAESA).
3. A Linguagem do Riso: o Teatro de Revista em Oduvaldo Vianna Filho. Abordar aspectos teórico-metodológicos da discussão História e Teatro, em particular o cômico o teatro de revista no Brasil, é a proposta deste mini-curso. Coordenadora: Thaís Leão Vieira (UFMS).
4. Atuação das câmaras: a questão da autonomia (Brasil / século XIX). Análise da administração pública local no Brasil do século XIX – exercida pelas câmaras – com enfoque para as finanças e a administração da justiça. Reflexão sobre a dimensão dos poderes públicos e a vivência do cotidiano a partir da localidade de Rio Pardo, norte da província mineira. Coordenadora: Edneila Rodrigues Chaves (mestranda UFMG / Profa. da Rede Pública Municipal de Ensino, Belo Horizonte).
5. Política(lha) da República: do cômico ao trágico. Da produção à utilização de Charges no Ensino de História. Este Mini-curso visa fornecer um instrumental teórico e reflexivo acerca da História Política, utilizando as charges e piadas políticas ao longo da História do Brasil. Coordenadoras: Jeanne Silva (UFU) e Rosa Maria Pelegrini (Profa. Da Rede Pública Municipal de Ensino, Uberlândia).
6. O ensino de história e cultura afro-brasileira na educação básica e a lei federal nº 10.639/2003. Este mini-curso tem como público os professores da educação básica e do ensino superior, tal como alunos dos cursos de Graduação e Pós-graduação interessados em aprofundar seus conhecimentos sobre a temática, na perspectiva de compreensão do racismo enquanto categoria conceitual e enquanto prática social vivenciada no cotidiano escolar, no universo das instituições educativas e na estrutura da sociedade brasileira. Benjamin Xavier de Paula (UFU).
7. História da África:bases para o ensino. A generalização do ensino da história da África apresenta problemas específicos.Neste mini-curso assinalamos de maneira sumária e a título indicativo alguns entre os que,parece-nos,deverão ser levados em conta na formação,reciclagem e capacitação dos professores da rede de ensino incumbidos dessa missão. Coordenador: Manuel Jauará(UFSJ).
8. Áfricas moventes: entre narrativas históricas e literárias. Análise de algumas representações da África, presentes em narrativas históricas e literárias brasileiras dos séculos XIX e XX. Estudo das identidades africanas em trânsito: a resistência escrava em suas recriações, resíduos, memória e silêncio. Coordenadores: Prof. Robert Daibert Junior
(UFRJ) e Profa. Bárbara Inês R. Simões Daibert (UFF).
9. A construção do estilo: o lugar social, a prática de pesquisa e a escrita da História. O Estilo é a forma que caracteriza a escrita da história entre os historiadores e diz respeito a uma maneira específica de se expressarem aos pares e ao público. O estilo perpassa todas as paixões e os procedimentos de pesquisa de um profissional em qualquer área do conhecimento. Nesse sentido, o objetivo principal deste curso será caracterizar o estilo específico dos historiadores escreverem a história das sociedades passadas. Coordenador: Diogo da Silva Roiz (UEMS).
10. História e Música: fontes, temas e perspectivas historiográficas. O campo da música produziu e produz rico material que pode ser objeto de estudos historiográficos. A proposta deste curso está fundamentada na perspectiva de que seus temas e fontes estimulam a reflexão de historiadores e cientistas sociais. Coordenadores: Silvio Augusto Merhy (Uni-Rio) e Janaina Girotto da Silva (mestranda/UFRJ).
11. Canção e História: O Desafio Interdisciplinar. No esforço de construção de um novo referencial teórico-metodológico para o uso da canção pelos historiadores, enfrentar o desafio interdisciplinar tem sido imprescindível. Forma híbrida, resultante de uma articulação particular entre texto escrito e linguagem musical, a canção requer uma abordagem que vá além da mera análise dos temas e conteúdos de suas letras. Coordenador: Ms. Luciano Carneiro Alves (NEHAC-UFU / UFMT).
12. Corpo e higiene na história do Brasil. A emergência da higiene no discurso médico. A higiene e o espaço familiar. Percursos das idéias acerca da relação corpo e higiene no século XIX. A atividade física no Brasil como perspectiva da saúde e da robustez do corpo. O discurso eugênico. A função social do esporte no Brasil republicano. Relações entre o trabalho, lazer e higiene. Concepções do esporte no regime do Estado Novo. Coordenadores:
Eliazar João da Silva (UniVale) e Jean Luiz Neves Abreu (UniVale).
13. O Norte de Minas em perspectiva. Este mini-curso tem como proposta repensar a formação histórica do Norte de Minas, dando ênfase ao vale do Rio São Francisco entre os séculos XVI e XVIII. Além de analisar a circulação de mercadorias nesta região e a auto-suficiência econômica, a identidade do sertanejo e a dependência do Rio São Francisco, a administração local e os Potentados do século XVIII. Coordenadora: Rejane Meireles Amaral Rodrigues (UniMontes).

Os valores para inscrição em Simpósio Temático, Mini-Curso, apresentação de Painel de Iniciação Científica, ou como participante sem apresentação de trabalho ouvinte) são:

Simpósio Temático:
Associado 58,00
Não associado
$ 150,00 Profissional
$ 35,00Estudante de Pós-Graduação ou Professor da rede pública
$ 28,00Estudante de Graduação

Mini-Curso
$ 18,00 (para inscrito apenas em Mini-Curso)

Mini-Curso
$ 10,00 (se inscrito também em S. Temático)

Ouvinte (Associado ou não)
$ 25,00

Painel de Iniciação Científica
Isento


As inscrições para participar de mini-curso ou como ouvinte serão feitas pela internet. Vá à nossa página e siga as instruções. Não é possível se inscrever em mais de um Mini-Curso.

ANUIDADE DA ANPUH

Lembramos que as anuidades foram reajustadas para R$ 80,00. Para o pagamento das mesmas pode-se proceder de duas formas: através de um depósito na conta da ANPUH-MG na Caixa Econômica Federal:

ASSOCIAÇÃO NACIONAL DE HISTÓRIA – SEÇÃO MG
Caixa Econômica Federal (banco 104)
Agência 0151 / Operação 03 / Conta: 135-6

O comprovante de depósito, juntamente com os dados completos - nome, endereço, telefone(s), fax, e-mail e instituição a qual pertence deverão serem enviados para a ANPUH-MG.

Há também a alternativa de se pagar a anuidade pelo sistema on-line, link “associe-se” da página da ANPUH-MG. Neste caso, pedimos que se opte pelo pagamento do boleto em caixa eletrônico, pela internet ou pelas lotéricas, o que torna o sistema mais ágil e não causa tantos encargos à ANPUH-MG.

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