Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

28.3.07

Número 084








EDITORIAL

Para quem achava que a vida política brasileira seria bastante modificada depois do ano que passou....o blog do Josias de Souza joga um balde de água gelada...

Não bastasse o desgaste proporcionado pelo sepultamento da CPI do Caos Aéreo e pelo iminente reajuste salarial dos deputados, a Câmara está na bica de cometer mais um atentado contra sua própria imagem. Nas próximas semanas, será votado um projeto devastador. Carrega um artigo que, se aprovado, representará um eloqüente estímulo à malversação de verbas públicas e à impunidade.

Trata-se de artigo injetado no Projeto de Lei Complementar número 358. A proposta começou a percorrer os escaninhos do Congresso em 2005. Contém regulamentos ao funcionamento do Judiciário. Trata, por exemplo, da chamada “súmula vinculante”. Já foi aprovado no Senado. Na Câmara, recebeu a chancela da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) no final do ano passado.
Encontra-se agora na fila do plenário, pronto para ser votado pelos deputados. Arlindo Chinaglia (PT-SP), presidente da Casa, já avisou que logo, logo a proposta será incluída na ordem do dia. Escondido no meio do projeto 358 há um artigo maroto. Foi incluído na CCJ. Deu-se, literalmente, na calada da noite, às 23h do dia 28 de dezembro do ano passado.

Concede foro privilegiado a todos os políticos processados por atentar contra o erário, mesmo aqueles que já deixaram os cargos. São beneficiários diretos ex-prefeitos, ex-governadores, ex-ministros e até ex-presidentes da República. Se aprovada, a novidade representará um extraordinário retrocesso. Desferirá um golpe de morte na Lei de Improbidade Administrativa, aprovada em 2002.

Essa lei deu poderes a promotores estaduais e procuradores da República para processar gestores desonestos, submetendo-os ao julgamento de juízes de primeira instância. Aprovado-se o projeto 358, esses ex-administradores passarão a dispor de foro privilegiado. Ex-prefeitos só poderão ser julgados pelos Tribunais de Justiça. Ex-governadores, pelo STJ. Ex-presidentes e ex-ministros, pelo STF.

Nos últimos 50 anos, não há notícia de uma mísera condenação que tenha sido imposta a um político pelos tribunais. Ou seja, em vez de facilitar a punição de políticos desonestos, a nova lei irá condenar os processos à prescrição. Será um prêmio à impunidade.

Há no Brasil algo como 10 mil ações escoradas na Lei de Improbidade. São cerca de 9.400 nas esferas estadual e municipal e aproximadamente 600 na esfera federal. Com a nova lei, onde houver condenações, abre-se espaço para o questionamento das sentenças. Quanto aos casos ainda pendentes de julgamento, subirão aos tribunais. Tribunais já abarrotados de processos e sem a mínima estrutura para julgar tantos casos de improbidade.

Mencione-se, por eloqüente, o exemplo da cidade de São Paulo. Ali, o Ministério Público move 663 processos por improbidade. Foram abertos entre 1992 e 2006. Reivindicam o ressarcimento aos cofres da prefeitura paulistana da impressionante soma de R$ 36,3 bilhões, dos quais R$ 5,6 bilhões já foram bloqueados pela Justiça. Tudo isso pode virar pó caso o Congresso aprove o projeto 358.

No instante em que a proposta for a voto, estará em plenário o ex-prefeito Paulo Maluf, agora deputado federal pelo PP de São Paulo. É um dos réus citados em processos que tramitam na Justiça de São Paulo. Como Maluf, há um sem-número de deputados que, na condição de ex-gestores de cofres públicos, carregam processos nas costas. Adivinhe como eles vão votar...
Escrito por Josias de Souza
Fortaleza de Santa Catarina, em João Pessoa, Paraíba

Leia, no Falam amigos e amigas, o desabafo do professor Egon com relação a matéria publicada pela Veja (ela...de novo!!!). O tema da matéria e do desabafo é retomado com artigo na seção Brasil, onde você poderá ler também sobre o escândalo do Banco Central. Não sabe que escândalo é esse?Não se preocupe...vai ficar sabendo.... Em Falando de História indicação para um interessante texto da prof. Esmeralda Blanco de Moura, sobre meninos e meninas de rua na República Velha. Na seção Internacional, o link para uma série de grandes reportagens do Lê Monde Diplomatique. E os 50 anos da União Européia também estão presentes. Notícias, livros e o Informe da Anpuh estão ao final.
Bom proveito! Ah..e se você está se perguntando o que fazem as duas fotos da fortaleza, a resposta é simples...elas estão enfeitando o boletim!

FALAM AMIGOS E AMIGAS

1. Professor Ricardo,

Mais uma vez agradeço pelas matérias importantes que semanalmente recebo pelo BOLETIM MINEIRO DE HISTÓRIA.
Toda semana me atualizo das mais diversas matérias. Por isso agradeço muito pela dedicação do senhor.
A iniciativa deu certo. Já é uma referência de pesquisa.
Abraços.
Sebastião Elias de Oliveira - ex-aluno - UNI-BH.




2. Olá Professor Ricardo,
como estão as coisas?

Encaminho-lhe este e-mail para que possa publicar no Boletim de História semanal o meu texto de protesto contra um artigo publicado na Revista Veja sobre os mitos da educação no Brasil, de Gustavo Ioschip. Claro que se for possível, mas de qualquer forma, lhe adianto que eu e vários colegas de trabalho enviamos à redação de Veja e-mails de protesto e repúdio sobre o absurdo escrito pelo referido economista. Aqui vai ele e espero que possa ter utilidade para os demais colegas de profissão.


Sou professor da rede estadual de ensino do Estado de Minas Gerais e também leciono em um cursinho preparatório para vestibulares, e gostaria de aqui ressaltar o meu repúdio a um artigo do economista Gustavo Ioschip publicado pela Revista Veja da semana de 12/03 a 16/03.
No referido artigo, Ioschip explana sobre quatro mitos da educação no Brasil, que a meu ver o único que faz sentido é o último. São eles: 1º) professor no Brasil recebe mal; 2º) aumentar o salário dos professores vai melhorar a questão educacional no país; 3º) o Brasil não investe muito em educação; 4º) escolas particulares são excelentes. Sob meu ponto de vista, o que faz sentido é o quarto mito, pois realmente acredito que não são todas as escolas particulares que atingem níveis de excelência e também não possuem situações ideais para lecionar, uma vez que toda realidade escolar possui problemas específicos. Porém, os outros mitos levantados por Ioschip não passam de uma afronta a quem entra numa sala de aula todos os dias e busca fazer um trabalho árduo de levar conhecimento a alunos que muitas vezes estão na escola simplesmente para merendar porque não comeram em casa.
Dizer que é um mito o salário do professor ser baixo no Brasil é uma verdadeira falta de conhecimento da realidade do país, principalmente da realidade mineira onde, segundo o sindicato estadual da classe, é em Minas Gerais que se paga um dos piores e mais baixos salários aos profissionais da educação. Segundo Ioschip, o salário do professorado está 56% acima da renda média nacional; só o que o economista esqueceu de ressaltar, é que o país tem um salário mínimo irrisório, e portanto a renda média nacional é muito baixa exatamente pelo fato de os trabalhadores brasileiros receberem muito mal. Dessa forma, não há como dizer que um professor recebe bem, e acredito que todos aqueles colegas que lecionam na rede estadual entendem bem o que estou dizendo. Dá vontade de enviar o contra-cheque para que o Sr. Gustavo possa verificar se o salário é digno ou não.
No segundo mito, é onde a coisa mais ficou complicada. De acordo com Ioschip, não adianta o professor ter seu salário reajustado pois o problema do mau rendimento dos alunos está na falta de capacitação e de preparação dos professores e dos cursos formadores de profissionais da educação. Ou seja, ele delegou a culpa do péssimo desempenho dos alunos única e exclusivamente aos professores, esquecendo-se que a educação é um sistema complexo de mecanismos que agem conjuntamente. É certo que se o salário for reajustado dignamente, muitos profissionais estarão motivados e empenhados para o trabalho, mas não podemos pensar que a culpa é exclusiva do professor. A começar pela violência vivida por alunos dos diversos segmentos sociais, violência essa que começa muitas vezes em casa.
Outro fator de relevância já entra no terceiro mito, pois se caso o Brasil investisse bem em educação, o quadro seria outro. Não são oferecidos cursos de capacitação para os profissionais, e, além disso, quando acontecem, não há uma boa divulgação dos mesmos. Outra questão importante a se pensar é que, com o baixo salário, como o professor poderá se aperfeiçoar fazendo cursos de pós graduação e atualizações necessárias ao aprimoramento do trabalho. Esses dias mesmo está para acontecer na Escola Estadual Governador Milton Campos – Estadual Central – um curso de aperfeiçoamento para profissionais da educação, porém, ele irá ocorrer na parte da manhã. Ora vejam só, eu trabalho e não há como eu me atualizar porque senão terei meu dia cortado.
Ioschip ainda coloca em seu artigo que os cursos de Magistério e Licenciaturas são muito populares no Brasil, o que de fato não poderia ser diferente, uma vez que aqueles trabalhadores que conseguem atingir o nível superior fazem tais cursos por serem ofertados durante a noite, podendo portanto trabalhar durante o dia, e terem um custo mais acessível à realidade salarial brasileira. O mesmo não acontece com cursos como Medicina, Direito, Engenharias afins, etc. A total falta de senso crítico de Ioschip me espanta ao afirmar que é um mito a questão de o Brasil não investir muito em educação. Não é necessário pegar as escolas de educação básica, fiquemos só no nível superior. As federais têm uma infra-estrutura precária, prédios antigos e que necessitam de reformas, falta de material para trabalhos diversos dentre outros problemas. A nível estadual, falta nas escolas papel para trabalhar, algo que é básico num processo educacional.
Eu realmente não sei qual Brasil é esse que Ioschip vive, mas só sei que é muito fácil falar de dentro de um gabinete sem conhecer a realidade das escolas brasileiras. Não sei se é o caso específico deste economista, mas sei que é o caso de milhares de intelectuais conservadores e retrógrados que se enclausuram em escritórios para criarem teorias diversas sobre a sociedade em que “vivem”.
Fora todo o teor perverso e de posição contrária à classe de professores, estamos falando da Revista Veja, um veículo de informações de nível nacional que de longe passa do jornalismo compromissado com informação de alto nível e declaradamente panfletária. Acredito que tudo isto ocorre devido ao plano do governo federal em estipular o piso salarial dos professores de ensino fundamental e médio em R$800,00, sendo portanto mais uma forma de criticar o governo federal sem fundamentos consistentes.
Peço a todos aqueles professores que, como eu, se sentiram inconformados e insultados com tal artigo, que se unam para mostrar a Veja que não há como publicarem o que bem quiserem sem serem duramente criticados e responsabilizados por difamarem uma classe que busca o melhor para si e para a educação no país. Enviem um e-mail à redação de Veja e manifestem sua posição assim como eu e vários outros colegas de trabalho fizeram.
Egon Felipe – Professor de História e Historiador
Ps: que está muito inconformado


FALANDO DE HISTORIA




Meninos e meninas na rua: impasse e dissonância na construção da identidade da criança e do adolescente na República Velha *
Esmeralda Blanco Bolsonaro de Moura - Universidade de São Paulo
Este artigo analisa a construção da identidade da criança e do adolescente em momento particularmente importante da história da cidade de São Paulo, qual seja, a da passagem para o século XX. Em poucas palavras, pretende confrontar a situação vivida por crianças e adolescentes das camadas economicamente menos favorecidas - quer na condição de trabalhadores, quer em relação ao abandono e à delinqüência infanto-juvenil - com as imagens construídas por diferentes discursos em torno da infância e da adolescência na sociedade brasileira.
Leia em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-01881999000100005&lng=en&nrm=iso


BRASIL

A propósito da correspondência enviada pelo Egon, andei procurando e encontrei este artigo no site Aprendiz, em que o tema é retomado. Quem sabe teremos mais opiniões a respeito? Envie a sua! Publicaremos com prazer!

É preciso aumentar o salário dos professores". "A educação no Brasil não vai melhorar enquanto não forem destinados mais recursos para as escolas". "Temos que informatizar nossas escolas". "É imprescindível que os professores façam cursos para se atualizarem". Todos esses clamores de políticos, órgãos de imprensa, educadores, pais e muitos outros já podem ser considerados senso comum, com pouco valor empírico e que quase nada ajudam o Brasil a sair da situação educacional grave na qual se encontra.
Segundo pesquisas, divulgadas durante o seminário Remuneração do professor, gestão e qualidade da educação, em São Paulo, professores de escolas públicas e privadas têm remuneração bastante próximas e escolas que gastam R$ 3 mil ou R$ 700 por aluno têm desempenho iguais e, muitas vezes, as que gastam menos, vão melhor. Além disso, a utilização de computadores durante as aulas não aumenta o rendimento do aluno, assim como a formação continuada dos professores tem surtido pouco efeito.
"A diferença entre os salários dos professores não pode ser argumento para explicar a diferença de desempenho dos alunos. A maior diferença de professores da rede privada em relação aos da rede pública é de 14%, se observado o ensino médio", explica um dos pesquisadores do estudo Diferencial de remuneração pública/privada, Samuel Pessoa. Se recortado a remuneração das professoras de 1º ao 4º ano do ensino fundamental ao longo da vida, as que lecionam na rede pública recebem 12% mais do que suas colegas da rede privada.
"As vantagens, tanto para um lado, quanto para o outro, são muito pequenas em todos os recortes. Exclui-se, assim, o argumento que a remuneração do educador é fator relevante na diferença de desempenho dos alunos brasileiros. É preciso salientar que os números do ensino público foram subestimados, pois, dependendo da rede em que o professor trabalha, existem gratificações e vantagens que não foram consideradas", disse. Os cálculos foram baseados em dados do censo de 2000, do qual foram retirados os valores dos salários base respondidos pelas pessoas que se disseram professores. "Além disso, é preciso considerar que do ano pesquisado até 2007 ocorreu um aumento importante no salário dos profissionais da rede pública", conclui.
Antes considerado paradigma, o argumento que pede mais recursos para as escolas também foi desconstruído durante o seminário. "Coletamos dados de uma escola que gasta R$ 400 por aluno e outra que gasta quase R$ 1 mil. Ambas alcançaram cerca de 215 pontos no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) - que avalia, por amostragem, os alunos dos ensinos fundamental e médio do Brasil", explicou o pesquisador Naércio Menezes, autor do estudo Os determinantes do desempenho escolar no Brasil. Variações ainda maiores foram identificadas, o que mostra que não é o recurso que a escola tem para gastar que faz a diferença. "O que é preciso estudar agora é por que ocorre essa diferença. Desconfiamos que é a gestão o ponto. Pelo menos podemos ser otimistas, pois é possível melhorar a situação com os recursos que temos disponíveis", disse.
Para confundir ainda mais aqueles que dizem entender de educação, o estudo de Menezes identificou que a diferença entre os alunos que utilizam o computador durante as atividades escolares e os que não têm esse recurso é irrelevante. "No ensino médio, o coeficiente de variação de desempenho dos que usam a máquina foi de 0,03", explicou.
Outra conclusão, que pode gerar debate, foi a de que alunos de professores que participaram dos chamados cursos de atualização não têm desempenho melhor do que aqueles que assistem aulas de educadores que não fizeram os cursos. "80% dos professores disseram que participaram de algum tipo de atualização. Mas a diferença do desempenho de seus alunos foi irrelevante", disse Menezes.
"Não podemos contestar os dados. Devemos apenas refletir sobre eles. É correto afirmar que pagar mais para os professores não tem relacionamento com aumento de desempenho dos alunos. Mas começar a carreira recebendo R$ 3 a hora/aula é justo? Além disso, aumentar as verbas para uma escola com três mil alunos, divididos em quatro turnos que é quase impossível de gerenciar, é razoável?", refletiu a consultora em educação da Fundação Lemann, Ângela Mello.
"Todos esses dados servem para mostrar que estamos levando a discussão para o lado errado. Não podemos continuar reduzindo o problema da educação brasileira em questões como salários, cursos de aperfeiçoamento ou uso de computador. Devemos sim, nos perguntar por que alguns fazem e outros não. Estamos em uma situação na qual comemoramos se algum estado aumenta o desempenho de seus alunos em seis pontos no Saeb. Não devemos fazer isso, pois estamos em um contexto muito ruim e aumentar um pouco o resultado é passar para o ruim. Devemos sim é tentar mudar de patamar", finalizou a reflexão o cientista político e sociólogo, Simon Schwartzman.
2. Você sabia do escândalo do Banco Central? Bem...se vc leu a Carta Capital, você sabe, mas se você lê qualquer outro veículo...desista... esse escândalo não convém... Mas no blog do Paulo Henrique Amorim tem coisas bem interessantes a respeito.


MÍDIA FINGE QUE NÃO VÊ ESCÂNDALO DO BC

Paulo Henrique Amorim

. Já que estamos em pleno “caos aéreo” e o barulho dos motores dos aviões não ensurdece a mídia conservadora, bem que ela podia ouvir “o clamor das ruas”: o escândalo provocado pela reunião secreta do presidente do Banco Central e dois de seus ilustres diretores com 80 (*) economistas de instituições financeiras para “entregar o ouro” sobre as premissas da política monetária (e cambial) do país.

. Não há uma única, mísera linha na mídia conservadora sobre a reportagem da Carta Capital que foi para as bancas na sexta-feira.

. Nada. Como diria Eça de Querioz, falam mais do “Bei de Tunis” do que sobre o escândalo.

. Como diz o Mino Carta, é “um silêncio ensurdecedor”.

(
Clique aqui para ir ao Blog do MINO).

(*) Será que nenhuma instituição financeira que não tenha sido convidada para a reunião secreta vai entrar na Justiça e exigir equidade?

. Secreta, então, também quero!!!

. Penso seriamente em fazer isso. A PHA Comunicação e Serviços é uma instituição financeira sólida, lucrativa, que paga todos os seus impostos, e tem entre seus múltiplos produtos oferecer aos internautas do iG análises financeiras profundas e bem-humoradas. Vou consultar meu advogado – ilustre – sobre a possibilidade de entrar com essa ação contra os “cientistas”, ou “astrônomos”, como diz o Mino, do Banco Central.

. Vamos supor uma situação diferente. Digamos que a revista (?) Veja tivesse publicado reportagem sobre uma reunião secreta do Ministro do Trabalho com 80 lideres sindicais sobre o índice que o Presidente Lula já tinha escolhido para reajustar o salário mínimo e qual a estratégia política que os sindicatos deveriam adotar para apoiar a decisão do Presidente da República. Imaginem! Quantas CPIs o Estadão, a Folha, o Globo, o Jornal Nacional, os deputados Jose Carlos Aleluia, ACM Neto, e os Senadores Heráclito Fortes e Artur Virgilio já teriam pedido? Qual seria o titulo do próximo artigo do Farol de Alexandria? “A volta da República Sindicalista!” E a Miriam Leitão no Bom Dia Brasil: “Jango não faria pior!!! Basta!!! Isso é uma ameaça à biomassa amazônica!!! Ta vendo no que dá o etanol? Dá nessas coisas!!!”

Clique aqui para ler “BC não espanta Lula e Mantega?”
Clique aqui para ler "A carta de demissão dos diretores do BC"
Clique aqui para ler "BC: segura no meu que eu seguro no teu"
Clique aqui para ler “BC entrega o ouro I”
Clique aqui para ler “Líderes do PSDB e do PT condenam diretores do BC”
Clique aqui para ler “Mino: Lula e Mantega estão espantados com o BC?”
Clique aqui para ler "Meirelles e diretores do BC ainda não pediram demissão"


INTERNACIONAL

No site do Le Monde Diplomatique: http://diplo.uol.com.br/2007-03,a1523

A descoberta das literaturas indianas
Cada vez mais conhecidos no Ocidente, os escritores indianos contemporâneos são homenageados no Salão do Livro de Paris. Vale a pena conhecer a tradição literária milenar de que fazem parte: um universo vibrante, em que sobressaem crítica social, erotismo e transgressão (leia 1) (leia 2)
A Argentina fustiga o Irã

2. União Européia faz 50 anos

Análise: balanço dos 50 anos de União Européia é "largamente positivo", diz Alencastro
No próximo domingo a União Européia completa 50 anos. O bloco foi formado em 1957, com o Tratado de Roma, assinado inicialmente por seis países; Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Holanda. Desde então outros 21 países entraram para a comunidade - entre eles, Dinamarca, Irlanda, Reino Unido, Grécia, Espanha, Portugal, Áustria, Finlândia, Suécia. Nos últimos anos, a União Européia passou a incluir também países da antiga Cortina de Ferro, que antes formavam o bloco comunista no Leste Europeu; República Checa, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia e Polônia e no início deste ano, Bulgária e Romênia.
São cerca de 400 milhões de habitantes. O bloco tem um tratado de livre comércio - o mercado comum europeu - uma moeda única - o euro - e políticas agrícolas, de pesca, comercial e de transportes comuns.
"A União Européia foi criada, a princípio, como uma união alfandegária; o objetivo inicial dos fundadores do bloco, o alemão Robert Schuman e o francês Jean Monnet, era impedir que a Europa ficasse dividida pelas duas superpotências - EUA e a URSS - depois da Segunda Guerra", explicou o historiador Luiz Felipe de Alencastro em entrevista ao UOL News.
O bloco fundado dia 25 de março de 1957 era formado por seis países e assim permaneceu até 1973, quando entraram o Reino Unido, a Dinamarca e a Irlanda. Segundo o historiador, os seis países eram na realidade 2 - Alemanha e França - porque a Itália tinha um regime político muito instável e os três outros - Bélgica, Holanda e Luxemburgo - eram países pequenos.
"Nos primeiros 16 anos houve uma hegemonia franco-alemã que foi fundamental para atravessar o período seguinte; a França estava no Conselho de Segurança da ONU como membro permanente e a Alemanha era uma potência econômica, e isto permitiu que a Europa tivesse uma cabeça política", analisou. "Havia uma vontade política, que até precedeu o fator econômico, e mesmo a adesão ao Euro foi conseqüência de uma vontade política do chanceler alemão Helmut Kohl e do ex-presidente francês François Mitterrand."
Para Alencastro, o balanço dos 50 anos de União Européia é largamente positivo e apesar das dificuldades evidentes; houve uma transição pacífica numa região sacudida por guerras há 500 anos.
"Neste meio tempo houve a transição da ditadura para a democracia - tanto da esquerda como da direita; caiu a Cortina de Ferro das ditaduras comunistas - na Alemanha Oriental, Polônia, Hungria e República Checa - e, por outro lado, das ditaduras de direita, como a Espanha franquista e Portugal salazarista. Só é possível entender a transição pacífica de Portugal na medida em que havia perspectiva de adesão à União Européia; a idéia de que o prêmio da estabilidade política era entrar num bloco mais avançado foi muito importante para estabilizar os países."
O historiador ressaltou ainda que esta foi a primeira vez na história da humanidade que países se agregaram pacificamente, antes eram conseqüências de guerra, de revolução e de fragmentação de impérios.
"Agora não, estes 27 países estão se juntando de forma pacífica, com discussões e tratados; sem invasão e sem violência. Eu acho que isto é muito importante."
Euro
Quanto ao Euro, Alencastro discorda das previsões pessimistas e disse que a moeda única na realidade permitiu a criação do emprego e mais autonomia aos países membros.
"Por exemplo, quando a França deu o veto a invasão do Iraque no Conselho de Segurança da ONU em 2003; se na época vigorasse o franco, teria havido uma especulação maciça contra o governo francês e ele teria fraquejado. O país só pôde manter o veto porque tinha o Euro por trás e isto fortaleceu a política européia."

NOTICIAS

Informes do CPDOC (Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea da FGV)

1. Programa de formação de quadros profissionais do CPDOC

O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getulio Vargas selecionará até quatro pesquisadores recém-doutores para seu Programa de Formação de Quadros Profissionais, no Rio de Janeiro.
Os candidatos devem ter obtido o título de doutor no período compreendido entre janeiro de 2003 e 15 de maio de 2007 nas áreas de Ciências Sociais (Antropologia, Ciência Política e Sociologia), História, Ciência da Informação ou Arquivologia. O Programa consiste em um estágio de pós-doutorado com participação nas atividades de pesquisa, documentação e ensino desenvolvidas pelo CPDOC. O início das atividades será em 1º de agosto de 2007 e os selecionados receberão bolsa da FGV pelo período de um ano, prorrogável por até mais um ano.
Veja o Edital em: http://www.cpdoc.fgv.br/

2. Cineclubes da FGV

A Pós-Graduação em Cinema Documentário do CPDOC acaba de inspirar a criação de dois cineclubes: um no Rio, outro em São Paulo. Os cineclubes constituem espaço não apenas de projeção de filmes - sobretudo de documentários -, mas de reflexão sobre eles. As sessões são sempre seguidas de debate, conduzido por realizadores, professores e comentaristas.
O cineclube paulista Sessões CineDoc GV,- uma parceria entre o CPDOC e a EESP - Escola de Economia de São Paulo, também da FGV -, estreou no ano passado. A programação para este semestre inclui filmes como Vlado - 30 anos depois (João Batista de Andrade, 2005), Do outro lado do Rio (Lucas Bambozzi, 2004) e Retrato de Classe (Gregório Bacic, 1977).
No Rio, o Cineclube FGV inicia suas atividades no segundo semestre de 2007. As sessões cariocas ocorrerão no espaço cultural do novo prédio da Fundação, na Candelária, recentemente restaurado e parte do Corredor Cultural do Rio.
A programação dos cineclubes pode ser consultada nos endereços:
http://www.cpdoc.fgv.br/ e http://www.eesp.fgvsp.br/.

3. MBA em Jornalismo Investigativo

o CPDOC inicia, em agosto de 2007, um MBA em Jornalismo Investigativo. Sob coordenação de Fernando Molica, jornalista da TV Globo e com anos de experiência na Folha de São Paulo, o curso pretende mostrar como o Jornalismo Investigativo participou das transformações da sociedade brasileira nas últimas décadas, além de estimular a reflexão sobre o ramo e mostrar os diferentes caminhos disponíveis para uma apuração jornalística consistente e inovadora.
O corpo docente reúne professores altamente qualificados na reflexão e na prática do jornalismo investigativo e pesquisadores do CPDOC, unidade da FGV com amplo reconhecimento nas áreas de História e Ciências Sociais.
Conheça a estrutura do curso em http://www.cpdoc.fgv.br/cursos/index.asp?curso=extensao_jirb

4. MBA em Gestão e Produção Cultural

Uma parceria entre o CPDOC e a EBAPE - Escola Brasileira de Administração Pública e de Empresas -, o MBA em Gestão e Produção Cultural oferece um elenco de disciplinas especialmente voltado para a formação do profissional da área de cultura, tanto no âmbito público quanto privado, seja ele gestor de organizações, produtor cultural ou formulador de políticas para o setor.
Inscrições abertas
Início do curso: 10/04/2007 Horário: Terças e Quartas das 18h30 às 22h Mais informações podem ser obtidas em: http://www.fgv.br/mba-rio ou pelo telefone 0800-285-5900

5. Pós-graduação em Cinema Documentário

o CPDOC lança, em agosto de 2007, duas novas turmas de sua pós-graduação em Cinema Documentário: uma no Rio (onde o curso vai para a terceira edição) e outra em São Paulo (onde será aberta a segunda turma). Sob coordenação acadêmica de Eduardo Escorel, o programa combina as experiências dos professores do CPDOC e a de profissionais de cinema que, além de produzirem documentários, têm reflexão intelectual sobre o gênero. O curso fornece bases teórica e prática para os interessados em realização, pesquisa e reflexão na área de Cinema Documentário. Conheça a estrutura do curso em
http://www.cpdoc.fgv.br/cursos/index.asp?curso=cinedoc

6. Jornada de História Oral e Audiovisual

A introdução das gravações em vídeo na produção do acervo de depoimentos do CPDOC, bem como os desafios trazidos pelas novas tecnologias na preservação e na difusão das entrevistas, têm colocado a equipe do CPDOC diante da necessidade de refletir sobre os efeitos dessas novas práticas no trabalho de documentação e pesquisa.
A Jornada de História Oral e Audiovisual pretende debater esse conjunto de questões por meio do diálogo com especialistas de diferentes áreas. Ela está estruturada em três linhas de reflexão, que abarcam questões epistemológicas, jurídicas e técnicas.
O evento é gratuito e não requer inscrição.
Data: 19 de abril de 2007

Mesa 1 (10h às 12h): Entrevistas filmadas: o que muda no estatuto da fonte? Coordenação: Mônica Almeida Kornis Convidados: Consuelo Lins (UFRJ), Ana Maria Mauad (UFF), Edgar Teodoro da Cunha (FGV)
Mesa 2 (13h30 às 15h30): Privacidade, direito e ética Coordenação: Luciana Quillet Heymann Convidados: Eduardo Coutinho (cineasta) (a confirmar), Carlos Affonso Pereira de Souza (FGV/Direito Rio), Sydney Limeira Sanches (especialista em direito autoral).
Mesa 3 (16h às 18h): Novas tecnologias digitais no trabalho de preservação e disseminação de informações. Coordenação: Verena Alberti Convidados: Kátia Lerner (Fiocruz), Arnaldo Albuquerque Araújo (UFMG), Marco Dreer Buarque (FGV/CPDOC).
A programação completa estará disponível em http://www.cpdoc.fgv.br/

7. Debates sobre História e Cinema

O encontro é uma promoção do Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais e da Escola Superior de Ciências Sociais do CPDOC. O evento envolve a projeção de um filme, um debate sobre História e cinema, e o lançamento de um livro.
Local: Fundação Getulio Vargas. Praia de Botafogo, 190
Inscrições pelo e-mail cpdoc@fgv.br.
Dia 02 de maio 18h - Auditório 4 (3º andar): Exibição do filme Hércules 56, de Sílvio Da-Rin, seguida de debate com o diretor. O filme revisita, com base em depoimentos de envolvidos, o episódio de 7 de setembro de 1969, quando o avião Hércules 56, da FAB, levou ao México quinze presos políticos trocados pelo embaixador dos EUA.
Dia 03 de maio 17h30 - Sala 310 (3º andar): Debate "História e cinema: dimensões históricas do audiovisual" com os professores Eduardo Morettin (ECA/USP), Tunico Amâncio (UFF) e Mônica Almeida Kornis (CPDOC/FGV).
19h30 - Livraria FGV: Lançamento do livro História e Cinema: dimensões históricas do audiovisual, organizado por Eduardo Morettin, Marcos Napolitano, Maria Helena Capelato e Elias Thomé Saliba, com artigos de vários pesquisadores brasileiros, dentre os quais Ismail Xavier. O livro foi publicado pela Alameda Casa Editorial e pelo Programa de Pós Graduação em História Social da USP.


LIVROS E REVISTAS




INFORME 3/2007 DA ANPUH

1. EVENTOS
(a) IX Simpósio da Associação Brasileira de História das Religiões – religiões e religiosidades: entre a tradição e a modernidade, que ocorrerá entre os dias 01 a 04 de maio de 2007 no campus da universidade federal de viçosa. As inscrições de trabalho foram prorrogadas até o dia 20 de março. Mais informações no site: http://www.abhr.org.br/
(b) 16º Congresso de Leitura do Brasil ALB- Associação de Leitura do Brasil 16º cole - 10 a 13 de julho na unicamp – mais informações http://www.alb.com.br/pag_cole.asp
(c) I Simpósio Impérios e Lugares no Brasil que irá acontecer entre os dias 29 e 31 de maio de 2007 no Instituto de Ciências Humanas e Sociais -ICHS/UFOP, na cidade de Mariana-MG. Para mais informações sobre programação e envio de trabalhos ver o site: www.ichs.ufop/silb
2. CONCURSOS
(a) O Centro de Pesquisa e Documentação de História contemporânea do Brasil (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas selecionará até quatro pesquisadores recém-doutores para nova turma de seu programa de formação de quadros profissionais, no Rio de Janeiro. O programa consiste em um estágio de pós-doutorado com participação nas atividades de pesquisa, documentação e ensino desenvolvidas pelo CPDOC. Mais informações: http://www.cpdoc.fgv.br/
3. CURSOS
(a) Associação Nacional de História - Núcleo Regional do Espírito Santo (Anpuh-ES promove mini-curso intitulado "Alea jacta est. A história vista de baixo: Roma através de dois soldados".Duração: 12 aulasCarga-horária: 36hDias: terças e quintas, das 14h às 17hDatas: 03, 05, 10, 12, 17, 19, 24 e 26 de abril, e 08, 10, 15 e 17 de maio de 2007Local: auditório do ic-ii da ufes, Contato e-mail fabriciagiuberti@hotmail.com
4. CHAMADA PARA PUBLICAÇÃO DE ARTIGOS
(a) Revista Ágora (ISSN 1980-0096) - chamada de artigos. Convidamos a comunidade acadêmica a apresentar colaborações para a revista Ágora, periódico eletrônico semestral mantido pelo programa de Pós-Graduação em História da UFES. A data final de envio de artigos para o número 5, referente ao primeiro semestre de 2007, é 15 de abril do corrente. As normas de apresentação dos originais podem ser encontradas no site da revista: http://www.ufes.br/ppghis/agora/ informações suplementares podem ser obtidas através do e-mail: npih@npd.ufes.br
(b) A coordenação da revista HISTÓRIA E ENSINO, publicada pelo Laboratório de Ensino de História da Universidade de Londrina, informa que receberá até 20 de junho de 2007 artigos e resenhas para comporem o número 13 da revista que será lançado até novembro de 2007. Mais informações pelo e-mail:arruda@sercomtel.com.br

5. LANÇAMENTO DE REVISTAS

Foi lançada a ArtCultura n.º 12, publicação do Instituto de História, vinculada ao Programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de Uberlândia. Os(as) interessados(as) em adquiri-la, ao preço de R$ 15,00, podem entrar em conosco via e-mail artcultura@inhis.ufu.br. Visite o site http://www.artcultura.inhis.ufu.br/

6. Outros
Skype na Secretaria Nacional da ANPUH. Para facilitar a comunicação e baratear os custos de ligação de outros estados, instalamos o programa Skype de telefonia pela internet. A ligação pelo Skype é gratuita em qualquer lugar do brasil e do mundo e estaremos conectados durante todo o expediente de trabalho na sede da ANPUH Nacional. Nosso registro é: anpuhnacional (é só colocar nosso nome na busca de contatos).
Visite nosso Site : http://www.anpuh.org/

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