Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

25.4.07



EDITORIAL

Depois de uma semana de férias, voltamos hoje a editar nosso boletim. No editorial, duas fotos mostrando uma grande mudança na praia de Pitinga, em Arraial da Ajuda. Vejam como a área de praia se reduziu... uma coisa impressionante! E me falaram que em Trancoso está acontecendo a mesma coisa, não deu para ir lá verificar, mas me garantiram que uns 6 metros de praia já foram embora...
Vendo isso, fica mais fácil, apesar de doloroso, entender porque os cientistas estão alertando a humanidade... a coisa ta ficando realmente complicada. Vejam as fotos:
Praia de Pitinga, em setembro de 2006 - verifiquem a largura da faixa de areia, com duas fileiras de cadeiras e mesas com sombrinhas, e ainda um largo espaço antes da água.
Praia de Pitinga este mês...comparem com a anterior... é calamitoso... aqueles montinhos de areia ali à direita são feitos por um empregado, que retira a areia jogada lá em cima à esquerda e tenta devolve-la... trabalho de Sisifo....
No Falam amigos e amigas, um artigo interessante de minha amiga Maria Tereza Armonia, que recomendo. Na seção Falando de História, artigo da revista Der Spiegel indica que ainda existe um grande mal-estar quando se fala das relações de Pio XII com a Alemanha nazista.
Em Brasil, José de Castro explica porque os juros continuam altos e Trabalhadores procuram resistir à verdadeira onda de ataques aos direitos já consagrados.
Em Nuestra América, três artigos:
Organizações sociais defendem o direito à energia As ligações de Álvaro Uribe e os paralimilitares Hugo Chávez, Evo Morales e Alberto Granado inauguram escola de Medicina Na seção Internacional, dossiê do Lê Monde sobre a revolução energética possível e comentário sobre o primeiro turno das eleições na França. E temos um especial relativo ao dia do Índio, ainda que com um pouco de atraso.
Muitas notícias, livros, revistas, sites interessantes e Boletim nº 5 da Anpuh completam este boletim. Bom proveito!


FALAM AMIGOS E AMIGAS

1. Ricardo,
Há quanto tempo não nos vemos. Como vai? Dê notícias. Anexo o Mundo Atual para se tornar notícia, se possível, no BOLETIM. De antemão fico agradecido.
João Bernardo da Silva Fº
(obs. O site do Mundo Atual é www.mundoatual.com.br)

2. Olá Prof. Ricardo,
Quero deixar minha satisfação com o Boletim Mineiro. Ele tem sido de suma contribuição para minha vida profissional e até reflexões pessoais.Parabéns, continue sempre criando e contribuindo para a sociedade.
Sinceramente Sayonara Navarro.

3. Tereza Armonia publicou no Site Mayte um artigo interessante e reproduzo aqui, com sua autorização.

OS MACUNAÍMAS DO PRESIDENTE

Maria Tereza Armonia *

Não sei se entendi bem uma notícia que li esta semana, sobre o nosso presidente chamar seus ministros de heróis pelo fato de ganharem R$8.362,80. Tadinhos!!!!!!!!!!É pra rir ou pra chorar? É sério ou é mais uma gozação com o povo brasileiro?Porque os coitados dos ministros de estado ganham uma pequena soma como salário, acrescido de pequenos jetons de participação em conselhos de estatais, o que lhes dá, ao final do mês, a “ínfima” soma de R$24.905,47 (ou mais).
Isto é o que a gente sabe, ou ficou sabendo essa semana.Bem, vamos considerar pelos dados do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) o que se considera necessário como ração mínima para o trabalhador*: R$180,27, em março/2007, na cidade de Brasília. Bem, neste valor não estão contidos os produtos de higiene, então, coloquemos mais uns R$50,00 para a compra desses produtos. Total: R$230,27.
Como ministro não paga aluguel, condomínio, água, energia e estas tralhas que o homem comum paga todo santo mês, sobra líquido, ao final do mês, na conta bancária dos ministros de estado do Brasil, aproximadamente, R$24.600,00. Um carro popular básico, custa hoje R$24.590,00 (site da Ford, Ka GL 1.0, básico). A sobra é exatamente a continha de comprar um carrinho novo todo mês.Heróis?
Agora, consideremos o simples mortal, o trabalhador do Brasil, a grande maioria do povo brasileiro. Salário: R$350,00 (salário mínimo nominal/ vigente no mês de março/2007). Descontado tudo a que tem direito (risos, tudo o que deve a título de obrigações para com a pátria amada, salve, salve!), sobram aí, mais ou menos, 315 reais. Bem, diminuindo o valor da cesta de produtos de higiene para a metade, teremos então um saldo líquido aproximado de 109 reais. Como nós, simples mortais, pagamos mensalmente água, luz, aluguel, este valor não dá sequer para pagar um quarto de pensão. Caminhando mais um pouquinho, a família média no Brasil é de 4 pessoas. Se multiplicarmos o valor da cesta por 4, teríamos uma despesa em cada família, só da ração básica necessária para o cidadão sobreviver, em torno de 800 reais. Mais luz, água, aluguel (quem mora em apartamento fica devendo o condomínio todo mês até que seja despejado), o valor vai girar em torno de uns 1.300 reais. Mas o coitado só ganha 315, como fazer? Virar herói!
Estes são os verdadeiros heróis brasileiros. E o mais engraçado de toda a situação é que o presidente já foi operário (se não foi, conviveu com muitos deles), saiu do sertão nordestino e hoje denomina heróis cidadãos e cidadãs que formam a ínfima parcela do povo brasileiro que sobrevive com folga e bem-estar memoráveis, os Macunaímas do presidente. Ora, faça-me o favor!
Esta inversão de valores é uma coisa realmente terrível! Não há parâmetros de moral e ética que guiem os sujeitos. E o pior é que sempre houve esta orgia moral no Brasil, os anti-heróis, os pseudo-heróis. Coisas como esta, cada dia mais, nos fazem perder a fé e a esperança de que um dia Macunaíma seja tão somente o nome de uma obra literária...* Até agora e até prova em contrário, ministro e trabalhador são gente da mesma classe biológica e social: humanos, seres humanos. Por isso, o que vale para um deve valer para o outro, portanto, a cesta de ração mínima vale para todo brasileiro, inclusive para o presidente. Ou estaria enganada? Talvez eu esteja encastelada em meu mundinho e não tenha me dado conta de termos voltado ao estado de feudalismo, onde os senhores comiam a carne e os servos roíam os ossos.

* Maria Tereza Armonia nasceu em Juiz de Fora, e mora hoje na capital mineira, Belo Horizonte, é professora, pedagoga, mestre em educação e doutoranda, e idealizadora do site Tempo de Poesia. -


FALANDO DE HISTORIA

A revista alemã Der Spiegel noticia uma atitude que está relacionada com uma questão até hoje pouco clara, ocorrida na época do Nazismo.

O embaixador do Vaticano a Israel, arcebispo Antonio Franco, diz que não participará da cerimônia anual em honra às vítimas do Holocausto no memorial Yad Vashem, em Jerusalém, domingo à noite, caso o museu mantenha a legenda de uma foto que alega que o Papa Pio 12 fechou os olhos ao extermínio dos judeus pelos nazistas.
A disputa surgiu no momento em que o Vaticano leva adiante seus já antigos planos para beatificar o pontífice.

"Mesmo quando informações sobre o assassínio dos judeus chegaram ao Vaticano, o Papa optou por não protestar, por escrito ou verbalmente", diz a legenda da foto no memorial. "Em dezembro de 1942, ele se absteve de assinar uma declaração na qual os aliados condenavam o extermínio dos judeus. Quando os judeus de Roma foram deportados para Auschwitz, o Papa não interferiu".
"O Papa manteve sua posição de neutralidade durante toda a guerra, com exceção de apelos aos líderes da Hungria e Eslováquia, perto do final do conflito. Seu silêncio e a falta de orientação pelo Vaticano forçaram os líderes da Igreja em toda a Europa a decidir por conta própria como agir", afirma a legenda.
O arcebispo Franco escreveu ao museu dizendo que ele não se sentiria confortável em participar da cerimônia em honra às vítimas do Holocausto a menos que o texto fosse alterado ou removido. Em sua carta, ele alegou considerar a legenda sobre Pio 12 como ofensiva aos católicos.
"Respeito a memória dos mártires do Holocausto, mas também respeito a memória do Papa", disse ele. "O direito de um não deveria violar o direito de outro".
A legenda contestada foi incluída no acervo do museu inaugurado no memorial de Yad Vashem em 2005. Franco afirma que Israel rejeitou repetidos pedidos do Vaticano para que ela seja removida.
"Não pretendo ir a Yad Vashem se as coisas continuarem como estão", ele confirmou, na quinta-feira.
A instituição israelense expressou "choque e decepção" diante da decisão de Franco. "É inconcebível usar pressão diplomática quanto a questões de pesquisa histórica", afirmou em comunicado o museu de Yad Vashem.
A cerimônia oficial conta tradicionalmente com a presença de todos os embaixadores estrangeiros em Israel ou seus representantes oficiais, bem como de autoridades israelenses a começar do primeiro-ministro, além de sobreviventes do Holocausto.
O memorial de Yad Vashem disse que era a primeira vez que um emissário estrangeiro boicotaria deliberadamente a cerimônia.
Yariv Ovadia, porta-voz do Ministério do Exterior, disse à agências de notícias Reuters que o Holocausto "foi um dos mais traumáticos acontecimentos na história do povo judeu... e cabe a eles (o Vaticano) decidir se querem ou não honrar a memória das vítimas".
O papel do papa Pio 12, que foi pontífice de 1939 até sua morte em 1958, há muito vem suscitando controvérsias, e o Vaticano se esforça por defendê-lo quanto ao seu silêncio diante do homicídio em massa de seis milhões de judeus.
Críticos o retratam como anti-semita e pró-alemão, e dizem que sua visão foi formada nos anos em que passou trabalhando na Alemanha antes de sua eleição como Papa, em 1939.
O Vaticano sempre insistiu em que Pio 12 trabalhou diplomaticamente para salvar judeus. O Vaticano nega acesso aos seus arquivos.
O memorial de Yad Vashem, que contém o maior arquivo mundial de dados sobre o Holocausto, insiste em que sua pesquisa é acurada.
A porta-voz Iris Rosenberg afirmou que o museu estava "disposto a continuar a examinando a questão", mas "continuaria a apresentar a verdade histórica sobre Pio 12 tal qual é conhecida pelos estudiosos atuais".
O museu disse que receberia com agrado a oportunidade de reexaminar a conduta de Pio 12 durante o Holocausto caso o Vaticano abra seus arquivos sobre o período da Segunda Guerra Mundial à equipe de pesquisa do museu, e novos materiais sejam localizados.
A despeito de freqüentes pedidos de pesquisadores quanto ao Holocausto, o Vaticano vem negando acesso a porções consideráveis de seus arquivos, entre as quais os documentos referentes ao período da guerra.
A disputa diplomática aberta surge no momento em que o Vaticano está levando adiante seus planos de beatificação de Pio 12. Funcionários da Igreja informaram na quinta-feira que um imenso dossiê sobre as virtudes do Papa ¿com seis volumes e três mil páginas- foi entregue a um comitê de bispos e cardeais no começo do mês.
Caso os líderes religiosos aprovem o dossiê, transmitirão sua recomendação ao Papa Bento 16, que poderia então assinar um decreto sobre as virtudes de Pio 12, o primeiro passo importante para uma possível beatificação. O Vaticano teria em seguida de confirmar um milagre causado pela intercessão de Pio 12, para que ele possa ser beatificado, e de um segundo milagre para que ele possa ser canonizado.
Israel e o Vaticano estabeleceram relações diplomáticas em 1994, depois de séculos de relacionamento complicado entre o catolicismo e o judaísmo. Diversas disputas surgiram, desde então, entre as quais um confronto em 2000 sobre os planos de construção de uma mesquita perto da Basílica da Anunciação, em Nazaré.
Recentemente, Israel e o Vaticano fracassaram em resolver um desacordo sobre o status tributário da Igreja Católica no país, que envolve a possível cobrança de impostos sobre as propriedades da Igreja em território israelense.
Der Spiegel


BRASIL

1. www.tamoscomraiva. blogger.com. br
Entendam por que o governo mantém altíssimas taxas de juros -- mas entendam pra valer, passando longe do economês mascarado dos cadernos de Economia da mídia -- neste belo artigo que o José de Castro fez, a partir de debates no Comunique-se.
• Pressão de rua é esperança de centrais contra Congresso patronal



NUESTRA AMERICA

3 notícias do Jornal Brasil de Fato:

América Latina
Em encontro paralelo à Cúpula da Comunidade Sul-Americana de Nações, organizações pedem investimento em fontes alternativas e criticam a expansão dos agrocombustíveis
Colômbia
Documentos divulgados nos Estados Unidos revelam que transnacional Chiquita Brands enviou pelo menos 825 mil dólares para grupos paramilitares. Pagamentos eram feitos por meio de um programa do governo colombiano
Integração Solidária
Objetivo será formar 200 mil jovens da América Latina e Caribe em um período de 10 anos; iniciativa faz parte da Alternativa Bolivariana das Américas (Alba)

INTERNACIONAL

ESPECIAL:
Apoiada num relatório do Greenpeace, redação de Le Monde Diplomatique-Brasil debate uma resposta concreta ao aquecimento global. Quatro textos revelam: outro modelo -- baseado em combustíveis limpos, acesso de todos à energia e nova relação da humanidade com a natureza -- já é possível
O cacique Enio de Oliveira Metelo explica como é a vida em Marçal de Souza, primeira aldeia urbana na cidade, localizada em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. O objetivo principal do Conselho de Caciques, do qual faz parte, é zelar pelos modos, costumes, língua, danças, alimentação e outras tradições indígenas
Aldeias urbanas, conflitos de posse em espaços na cidade, tentativas de incorporação a conjuntos habitacionais convencionais e disputa por áreas públicas nas zonas periféricas revelam a ampla gama de impasses no que diz respeito à moradia dos indígenas que vivem na cidade
A Associação das Mulheres do Alto Rio Negro (Amarn) existe desde 1984 e, com o artesanato, conseguiu tirar do isolamento mulheres que foram trazidas para Manaus como empregadas domésticas, sem conhecidos na cidade, sem direito a folgas e, por vezes, sem direito a salários
Pesquisadores destacam a importância da abordagem étnico pela escola pública, freqüentada pelas crianças indígenas cujos pais migraram para as cidades. E sobre como todas as crianças poderiam ganhar se as escolas trouxessem, para a sala de aula, a realidade indígena
Grupos indígenas que migram para as cidades seguem lutando pelo atendimento diferenciado, mas a assessoria de comunicação da Funasa informa que a orientação geral é assistir apenas a indígenas de aldeias reconhecidas pela Funai. Índios pedem também respeito à medicina tradicional.


NOTICIAS

1. VI ENCONTRO DE HISTÓRIA ORAL DO NORDESTE: “CULTURAS, MEMÓRIA E NORDESTES”

DAS INSCRIÇÕES:
PERÍODO De 3 a 30 de abril de 2007.
HORÁRIO Das 08:00 às 12:00 horas, das 13:00 às 16:00 horas e das 17:00 às 21:00 horas
LOCAL Protocolo Geral da UESC, Pavilhão Adonias Filho, Térreo
CLIENTELA
- professores de ensino fundamental e médio
- alunos de graduação e pós-graduação dos cursos de História, Sociologia, Serviço Social, Pedagogia, Letras, Artes, Psicologia,
- professores e pesquisadores de diversas disciplinas
- profissionais de organizações não governamentais, movimentos sociais e sindicais
PROCEDIMENTOS
1. Preencher ficha de inscrição, disponível no Protocolo Geral; recolher a taxa de inscrição no valor de R$ 50,00 (cinqüenta reais) para pesquisadores e professores universitários, R$ 35,00 (trinta e cinco reais) para professores da educação básica e pós-graduandos e R$ 20,00 (vinte reais) para graduandos.

PROCEDIMENTOS
(Inscrição em Oficinas)

1. Preencher ficha de inscrição, disponível no Protocolo Geral; 2. Além dos valores estabelecidos anteriormente, para inscrever-se em uma Oficina o candidato deverá recolher a taxa no valor de R$ 20,00 (vinte reais) para pesquisadores e professores universitários, R$ 15,00 (quinze reais) para professores da educação básica e pós graduandos. Os graduandos estarão isentos, até 05 de abril de 2007. A partir desta data os valores serão: R$ 30,00 (trinta reais) para pesquisadores e professores universitários, R$ 20,00 (vinte reais) para professores da educação básica e pós-graduandos e R$ 10,00 (dez reais) para graduandos.

CONTAS PARA RECOLHIMENTO DAS INSCRIÇÕES

Conta Corrente nº 26.830-5, BRADESCO, Agência 3567-0

DO EVENTO:

OBJETIVOS
Congregar estudiosos e pesquisadores das áreas de história, ciências sociais, antropologia, educação e demais disciplinas das ciências humanas do Nordeste Brasileiro, que tenham em comum o uso da história oral em suas pesquisas, isto é, a realização de entrevistas gravadas com pessoas que viveram ou testemunharam acontecimentos, conjunturas, instituições, modos de vida, ou outros aspectos da história contemporânea.

PERÍODO/HORÁRIO
De 02 a 05 de maio de 2007, das 8 às 22 horas.

LOCAL
Auditórios Paulo Souto e Jorge Amado; Salas dos Pavilhões Adonias Filho e Pedro Calmon.

CARGA HORÁRIA
50 (cinqüenta) horas.

VAGAS
600 (SEISCENTAS), As vagas serão preenchidas por ordem de inscrição.

DOS CERTIFICADOS – serão fornecidos aos participantes que obtenham mais de 75% de freqüência.

2. Curso Estado de Israel: o espaço da modernidade de um povo milenar


O curso Estado de Israel: o espaço da modernidade de um povo milenar promovido pelo Instituto Histórico Israelita Mineiro, sob a ótica histórica, se dirige a todas as pessoas que se interessam pela discussão e pela atualidade do Estado de Israel.
Será ministrado por Júlia Calvo - Mestre em Educação pela UFMT - Professora da PUC-Minas, do Unibh, da Escola Theodor Herzl e Pesquisadora do Instituto Histórico Israelita Mineiro.

Local: Instituto Histórico Israelita Mineiro
Carga horária: 8 aulas de 180 min. cada
Valor: R$80,00 à vista ou 2x R$45,00
Início: 08/05/2007 (3ª feira) - Horário: 19:00 às 22:00

Informações e inscrições
Instituto Histórico Israelita Mineiro
3226-7848

RUA PERNAMBUCO, 326 TELEFAX: (31) 3226.7848 / 3224.4497 – CEP: 30130-150 – BELO HORIZONTE / MG – BRASIL
E-mail: ihim@pib.com.br

3.

A Editora Tradição Planalto tem o prazer de convidar para o lançamento do livro de Alcione Meira Amos "Os que voltaram: a história dos retornados afro-brasileiros na África Ocidental no século XIX"
Dia 28 de Abril de 2007 às 18 horas
Local: Mazza Livraria
Av do Contorno, 6.000 - Lj 1
Informações: (31) 3281-5894

4. convidamos-lhe para participar da Teleconferência com o tema: Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes no Turismo que será exibida no Salão Nobre do Edifício-Sede do SESC/MG, localizado à Rua Tupinambás, 956 - Centro, no dia 26 de abril de 2007
das 15:00 às 17:00 horas, promoção: DILAHV -SESC/MG

5. Justiça e cultura política na Idade Média ibérica

Conferência: Justiça e cultura política na Idade Média ibérica
Conferencista: Profª Maria Filomena Da Costa Coelho Nascimento (Faculdades Integradas UPIS - DF)
Data: 27 de abril de 2007
Horário: 18h
Local: Sala 106 - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais Largo de São Francisco, 1 - Centro - Rio de Janeiro


LIVROS E REVISTAS

1. extraído do site da Revista Istoé:

As mulheres negras do Brasil
Livro faz um vasto inventário sobre a participaçãosocial das afro-descendentes da época da colôniaaos dias de hoje
Por Ivan Claudio

Cantada em verso e prosa, e mais que homenageada em filme, novela e samba-enredo, a escrava Chica da Silva é o primeiro nome que vem à mente quando se pensa na emancipação da mulher negra no Brasil. Antes dela, no entanto, inúmeras afro-descendentes se destacaram na luta pela liberdade, cada uma a seu modo e como podia se virar – e isso ocorreu à margem da historiografia branca oficial que nem sequer as menciona.
Alguém já ouviu falar, por exemplo, em Marina Baptista de Paracatu, que ofereceu à rainha de Portugal Maria I um cacho de bananas de ouro em troca de um título de nobreza? E de Rita de Souza Lobo, que na mesma Minas Gerais de Chica da Silva descobriu uma mina de ouro com a qual comprou a sua liberdade? Nenhuma das duas está nos livros escolares, mas seus nomes acabam de vir à luz no excelente livro Mulheres negras do Brasil (496 págs., R$ 135), de autoria de Schuma Schumaher e Érico Vital Brasil (editado pela Rede de Desenvolvimento Humano e pela Editora Senac).
Do Brasil Colônia aos dias de hoje, o inventário é longo e, assim, o livro estuda o papel das mães-de-santo, mães-de-leite, parteiras e curandeiras, abrange a política e os movimentos sociais e chega ao esporte e à cultura, destacando nomes como os das atletas Melania Luz e Wanda dos Santos – as primeiras negras a participarem de uma Olimpíada. Na área artística, fala da cantora Elizeth Cardoso, apelidada preconceituosamente de “faxineira das canções” no início de sua carreira e que conquistou por seu próprio esforço (e timbre vocal) o título de “A divina”, na década de 1960.
O malabarismo da sobrevivência das negras começa pela atividade das famosas quitandeiras com seus exuberantes tabuleiros na cabeça, função que, segundo Schuma, deu origem ao comércio ambulante no País. Liberadas pelos senhores, elas vendiam a produção de hortas e pomares, podendo ficar com o excedente – essa diferença no que arrecadavam era guardada e utilizada, em alguns casos, na compra da alforria.
Algumas mulheres, depois de libertas, chegavam a enriquecer, e esse é o caso de Francisca Poderosa, que se estabeleceu em Minas Gerais no século XVII, fugida de São Paulo. Uma das grandes descobertas do livro, aliás, é a figura de Paula Baiana, quituteira que veio da Bahia para o Rio de Janeiro em 1895, tornando-se “fuzileira honorária” da Marinha devido às delícias que fazia para os fuzileiros. Vestida com paletó vermelho (botões dourados), ela passava em revista a tropa em datas cívicas como o 7 de Setembro, com sua enorme cesta de vime equilibrada à cabeça. Dona Paula ficava nos pés-de-moleque e bolinhos de tapioca. Em São Paulo, porém, outra quituteira largou as caçarolas em favor das armas: seu nome era Maria José Bezerra, uma paulista de Limeira que se alistou como enfermeira na Revolução de 1932. No calor da luta, se alinhou na frente de combate e foi ferida. Ficou conhecida como Maria Soldado.
No capítulo dedicado à arte, o livro traz outra revelação: a primeira escritora brasileira era negra. Trata-se de Maria Firmina dos Reis, que publicara em 1859 o romance Ursula. Ela assinara a obra sob o pseudônimo de “Uma maranhense”.
O racismo e o preconceito não poderiam, é claro, estar ausentes de obra desse porte que levou 39 meses para ser concluída, envolvendo cerca de 40 pesquisadores. Entre as 950 imagens do livro, as que ilustram o capítulo Nos porões do preconceito devem ser examinadas com atenção – como a perseguida personagem Lamparina, protagonista da revista infantil Tico Tico (anos 20). Outro destaque é a reprodução de uma página do jornal Última Hora, com a foto de Aizita Nascimento, primeira miss negra, em um desfile de 1963. “Branca? Eu? Nunquinha?”, dizia ela na época, condenando o uso de um creme que “faria o preto virar branco”. Aizita lançara mão do humor, que também é boa arma para aplacar o sofrimento acumulado ao longo de diversas gerações.

2. A Revista Educação traz esse mês:

Corrida pelo saber
Má performance da educação brasileira e aumento da oferta de olimpíadas de diversas disciplinas recoloca em pauta o uso da competição como ferramenta pedagógica

Pesquisa – O que é mesmo brincar?
Divulgação parcial de estudo feito por instituto mostra que existe um grande abismo entre a visão do que é o universo lúdico ideal e as prioridades dos pais para os filhos

Alimentação, um assunto da escola
Da autogestão à terceirização total, instituições têm opções diversas para cuidar dessa área estratégica, de crescente importância social

Tecnologia
Projeto UCA testa viabilidade de se distribuir laptops para alunos


3.

O encontro da revolução com a História
Autor: Valério Arcary
Edição Conjunta: Xamã Editora e instituto José Luis e Rosa Sundermann
Este é um livro para quem não concebe o futuro como mera continuidade linear do presente e para quem contempla descontinuidades, mutações e rupturas como possibilidades reais e até mesmo desejadas. O novo livro de Valério Arcary traz uma coletânea de ensaios que desafiam hipóteses, teorias e interpretações políticas levantadas e discutidas pelos principais historiadores e críticos do "pós-marxismo".
A obra nos convida a investigar em profundidade os conceitos centrais, que organizam os fatos históricos e nos fornecem explicações. Sobretudo, as respostas para os rumos do mundo que o autor oferece não são apenas academicamente importantes, mas, sim, relevantes para a ação política. Com o rigor do historiador e a ousadia dos revolucionários, Valério Arcary – que também é autor de As esquinas perigosas da História, - desenvolve a instigante combinação de clareza analítica do processo histórico com a bagagem adquirida em anos de militância, dedicada a enfrentar o desafio da construção de uma teoria transformadora para o século XXI.
Recusando uma análise abstrata ou dogmática, os desafios teóricos do nosso tempo são enfrentados de forma criativa. Demonstrando como na história se combinam períodos em que predominam desenvolvimento processuais e outros que primam por mutações, Valério discorre sobre as possibilidades geradas a partir das crises capitalistas. Com um pensamento marcado pela originalidade, cada parágrafo traz a força de suas convicções e a preocupação em construir estratégias.
Enfrentamos um esgotamento das formas tradicionais de apreciar a situação política. Um novo ciclo se anuncia e exigirá muita ousadia. As lições da história estão em debate e Valério enfrenta o desafio de construir teoria com estilo franco e direto que sempre marcou os revolucionários. Lê-lo é fundamental para os que não perderam a confiança na humanidade.
Ricardo Gebrim Coordenador do movimento Consulta Popular


SITES

1. No site da revista Escola:
Primeira índia mestra em Direito critica livros escolares
Para a advogada Fernanda Kaingang, não há motivos de comemoração para os índios, pois a situação de 'penúria, miséria e violação de direitos' ainda é a realidade de muitos povos. Ela trabalha pela defesa dos conhecimentos tradicionais das tribos. (Agência Brasil, em 19/04)

2. No blog do Rovai:
11 anos depois, ainda livres

No dia 17 de abril, se completam onze anos do Massacre de Eldorado dos Carajás, ocorrido ao sul do Pará, e que ganhou repercussão internacional e marcou a história do país. Na chacina,19 trabalhadores rurais, ligados ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), foram assassinados.leia mais

3. Site muito interessante para quem gosta de livros e de tudo que se relaciona a livros:
http://www.amigosdolivro.com.br

4. No site do Historianet (www.historianet.com.br)

Cantar a História
Educadora propõe o uso da MPB para ensinar História do Brasil.23/04/2007

A Expansão Marítima
A expansão ultramarina Européia deu início ao processo da Revolução Comercial, que caracterizou o início da modernidade.23/04/2007

Brasil RepúblicaO 1o. de Maio
O dia 1o. de Maio é dia do Trabalhador e deve servir para reavivar a memória dos trabalhadores, todo ano, em relação àqueles que morreram para conquistar condiçoes dignas de trabalho.01/05/2003


FILME

BATISMO DE SANGUE
A Comissão Organizadora do XXIV Simpósio Nacional de História informa à comunidade de historiadores e aos associados da ANPUH os dados de inscrição nas atividades do Simpósio até o momento:
- Um total de 2.765 pessoas se inscreveram para apresentar trabalho no Simpósio Nacional. Destes, 2.691 tiveram seus trabalhos acolhidos pelos coordenadores e 74 tiveram os trabalhos recusados. Entre os aprovados, 2.152 são associados da ANPUH e 539 não o são.
- 552 estudantes inscreveram-se para apresentação de posteres. Destes, 518 tiveram seus trabalhos recomendados pelos pareceristas que os analisaram a pedido da Comissão Organizadora; 34 tiveram os trabalhos recusados.
- Há atualmente 1.231 inscritos em mini-cursos. Destes, 863 já garantiram vaga quitando seus boletos e 368 deverão fazê-lo nas próximas semanas. Restam apenas 618 vagas disponíveis em mini-cursos e as inscrições permanecerão abertas apenas até 14/5.

2. XXIV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA - INFORMES-
Os apresentadores de trabalho que desejarem ter seus trabalhos publicados no CD do evento devem obrigatoriamente entregá-los (na verdade, incluí-los no local apropriado na sua área do inscrito, seguindo a formatação exigida) até 04/5.
Atenção, a sobrecarga do sistema no último dia pode acarretar dificuldades para a inclusão de trabalhos. Pedimos aos inscritos que não deixem para enviar seus textos nos últimos dias.
- A Comissão Organizadora recebeu várias consultas sobre alojamento estudantil. Informamos a todos que assim estão distribuídas as informações sobre alojamento estudantil:
(a) alojamentos em São Leopoldo - Unisinos (masc/fem); Colégio Concórdia (só masc.); Sagrado Coração (só feminino/ em Esteio, 10km) - , além de outras opções, são gerenciadas pela agência oficial do evento. Basta clicar no ícone da agência, Arquipélago Viagens, no site do evento, ou escrever para liane@arquipelagoviagens.com.br;
(b) outros alojamentos, incluindo opções de alojamento solidário em residências de estudantes, pensionatos e hotéis a preços populares, estão sendo organizados e oferecidos pela Rede Solidária Estudantil. A Rede é uma parceria de diversos DA's da região metropolitana - dentre elas UFRGS, FAPA, PUCRS, UNISINOS, UNILASALLE e IPA - e direção estadual da ANPUH para auxiliar estudantes que participarão do XXIV Simpósio Nacional de História. As ofertas da Rede Solidária Estudantil estão, por ora, concentradas em Porto Alegre (35 km de São Leopoldo, por ônibus ou metro). Clique no ícone da Rede, abaixo daquela da agência, na página do evento.
3. OUTROS EVENTOS
(a) I Congresso em História, a ser realizado nos dias 11 a 15 de setembro de 2007 na cidade de Jataí/Go, evento promovido pela Universidade Federal de Goiás / Campus Jataí. a ser realizado nos dias 11 a 15 de setembro de 2007 em Jataí/Go. Mais informações bw.assis@uol.com.br ou pelo telefone (064-3632-2101).
(b) 1º Simpósio Nacional de Leitura 9 a 11 de Outubro de 2007 CCHLA – UFPB - Universidade Federal da ParaíbaJoão Pessoa. Maiores informações sinalepb@yahoo.com.br
(c) IX Colóquio Internacional do CPA (Centro de estudos e documentação sobre o pensamento antigo clássico, helenístico e sua posteridade histórica). De 13 a 16 de agosto de 2007- IFCH - UNICAMP. Mais Informações ppfunari@uol.com.br
(d) I Encontro Regional de História Social e Cultural promovido pelo Grupo de Estudos em História Social e Cultural (GEHISC). O Encontro acontecerá na Universidade Federal Rural de Pernambuco, entre os dias 16 a 19 de outubro de 2007. As inscrições e demais informações estão no site http://gehisc.atspace.com
(e) IX Encontro de História do UNIPAM, 24 a 28 de abril em Patos de Minas, MG. O tema do Encontro é Olhares Sobre Tiradentes e perspectivas historiográficas da República Brasileira.As inscrições poderão ser feitas até o dia 17 de abril, do LEPEH (UNIPAM), ou pelo sítio www.unipam.edu.br.
(f) As inscrições para a apresentação de trabalho no VI Encontro Nacional Perspectiva do Ensino de História foram prorrogadas até o dia 30/04/2007. Mais informações no site www.cchla.ufrn.br/anpuhrn .
4. CURSOS
O Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Estadual de Londrina promove, através da Oficina de Humanidades do CCH, o curso "Noções de arquivística e organização de arquivos históricos", nos seguintes dias do mês de junho: 01, 13, 20, 22 e 29; das 14:00 às 18:00, no anfiteatro maior do CCH. Maiores informações www.uel.br/cch/cdph
5. CONCURSOS
(a) A Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade de São Paulo abriu inscrições, no período de 20/04/2007 a 14/05/2007, para a contratação de docentes para o Departamento de Fundamentos da Educação. Mais informaçoes: http://www.pucsp.br/pos
(b) Concurso público - Universidade Estadual de Londrina - Centro de Letras e Ciências Humanas - Departamento de História. Inscrições: 02 a 08 de maio. Mais informações http://www.uel.br/prorh/index.php?content=selecao/concdoc/063/index.htm
6. LANÇAMENTO DE LIVROS
(a) Foi lançado o livro "A crítica de um teatro crítico", de autoria da historiadora Rosangela Patriota. Maiores informações www.editoraperspectiva.com.br.
(b) Foi lançado o livro "A invisibilidade feminina na política", de Elena Laura Brandão. O lançamento será dia 24 de abril, a partir das 18h30 na Estação Santa Fé, Av. Albino J. B. de Oliveira, 1.265, centro do distrito de Barão Geraldo, em Campinas, SP, fone (19)3289-4800. Mais informações clamari@unicamp.br.
7. LANÇAMENTO DE REVISTAS
Foi lançado o novo número da "Fênix - Revista de História e Estudos Culturais" Janeiro-Fevereiro-Março-2007 já está disponível www.revistafenix.pro.br
8. DEFESAS DE DISSERTAÇÃO/TESE
Tese de Doutoramento: Relações entre língua escrita e consciência histórica em produções textuais de crianças e adolescentes. Autora: Maria Aparecida Lima Dias (Maria Lima), na Faculdade de Educação da USP, dia 25/05/07, sexta-feira, às 13:30.
Visite nosso Site : www.anpuh.org










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