Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

11.4.07

Número 086


EDITORIAL

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), continua a divulgar seus relatórios. Nesta semana que passou, o relatório seria apocalíptico, mas as “autoridades políticas” presentes acabaram conseguindo “suavizar” o conteúdo a ser divulgado.
Sabe-se, no entanto, que os cientistas estão profundamente desgastados com as mudanças que se fizeram e que foram aprovadas. E insistem em que o quadro é muito mais dramático e preocupante do que se possa imaginar.
As conseqüências, para o planeta e seus habitantes, serão “devastadoras”, entre elas o aumento da fome e a extinção de várias espécies. No caso do Brasil, anuncia-se o surgimento de uma savana no local hoje ocupado pela floresta amazônica, pois os regimes de chuva serão alterados e até o final deste século algo como 60% da floresta não existirá mais. Outras áreas do planeta hoje já sofrem com a escassez de chuvas, se tornarão ainda mais secas, provocando fome e doenças. Por outro lado, enchentes, tsunamis, devastação das áreas costeiras, tempestades violentas se tornarão comuns.
Um doce para quem adivinhar que países mais se destacaram nas críticas ao relatório e exigindo as mudanças “suavizadoras”... Claro que quem pensou nos EUA acertou em cheio, mas a China e a Arábia Saudita não ficaram atrás...
Se quiser ler mais:
http://br.noticias.yahoo.com/s/06042007/25/mundo-aquecimento-sera-devastador-terra-indica-relatorio.html

O apagão aéreo continua fazendo das suas... A jornalista Elaine Tavares, da Caros Amigos, alfineta o presidente...

Lula e os controladores
por Elaine Tavares

A fala do presidente Lula ontem no programa oficial do governo, A Voz do Brasil, foi qualquer coisa de surreal. Interrogado sobre a greve dos controladores de vôo, ele deixou muito clara a sua opinião sobre a luta de qualquer trabalhador. “Eles podem fazer o que quiserem, mas não podem prejudicar a população”. Ora essa, então como é que se faz greve, senhor sindicalista revolucionário? Como é que ele mesmo fazia quando era presidente do sindicato dos metalúrgicos nos gloriosos anos do final dos 70? Greve é o quê, afinal? Espaço da negociação do consenso, sem conflitos aparentes, bem ao gosto de Habermas? Não! Greve é luta renhida e sofrem os dois lados: os que a fazem e os que a sofrem.

Além disso, ao desancar os trabalhadores do controle de vôo o presidente desqualificou sua própria negociação, pois, afinal, não foi o seu governo que sentou com os trabalhadores e chegou a um acordo? Que coisa louca é essa? A fala presidencial é um desvario. Mais um, deste homem que, abandonando as trincheiras da esquerda, fez uma opção de classe: assumiu a pele da elite dominante. O que causa pena é que a elite não o reconhece, e, certamente, tão logo desça de sua cadeira presidencial, será apartado do rebanho dos poderosos. Já terá servido o suficiente.
Os controladores de vôo esperaram tempo demais para suspender o serviço. Conversaram, pediram, rogaram, negociaram, clamaram e fizeram acordos. Essa novela durou meses, sem resolução. Até que, último recurso, pararam. Então foi o caos. Nos aeroportos, espaço de circulação da elite e da classe média que compra passagens à crédito, as pessoas se acumulavam e – pasmem – xingavam os funcionários das companhias. No bom e velho estilo do “sabe com quem estás falando?” deram o seu show. Na televisão, os repórteres só mostravam isso. A revolta dos passageiros. Dos controladores e suas dores, muito pouco se disse.

As cenas na TV eram tragicômicas. Uma mulher, ricamente vestida, aos berros, clamava: “eu quero comer, eu quero dormir, quero tomar água. Tenho esse direito”. E estava apenas há algumas horas esperando. Agora pensem nos garotos de rua das metrópoles, nas meninas prostituídas nos cantões do país, nas famílias desempregadas, prescindidas pelo capital, esperando há uma vida. Quem as escuta? Aí o grito daquela mulher ficou patético. Pouco mais de 2% da população brasileira, de um total de 180 milhões, usa o avião como transporte. Então porque todo esse alvoroço?
O certo é que o governo, premido pelo grito das elites voadoras, sentou e negociou mais um acordo com os controladores de vôo. Mas, logo em seguida, o presidente os chama de irresponsáveis. Que loucura é essa? Ninguém quer saber. Afinal, os aviões voltaram a circular e as gentes bem vestidas puderam voar. Já os anônimos controladores de vôo, esses homens que estão doentes e tristes, que são explorados, voltaram aos seus postos, organizando a vida de quem sequer se importa com eles. Tudo o que os que voam querem é que a máquina despegue. O ser destroçado que a guia, pouco importa. Não perceberão esses viajantes que sem o guia podem se espatifar no chão? Não! Tampouco vão querer saber dos mais de 10 mil desempregados gerados pela fusão da Varig com a Gol. Porque na mídia só aparecem as coisas boas... E os viajantes do ar só querem uma coisa: decolar!
Elaine Tavares é jornalista.

...E Paulo Henrique Amorim, em seu blog, no domingo que passou, comenta que a CPI do Apagão já está com tudo pronto... não para descobrir as razões do apagão e sim para derrubar o Lula.
Vejam:

. Antes de entrar para a Globo, Caetano Velloso disse que assistia ao jornal Nacional não para saber o que acontecia, mas para saber o que o Jornal Nacional queria que ele pensasse que acontecia.
. É uma das formas de se ler a mídia conservadora (e golpista) deste país.
. Não para saber o que acontece. Mas, para saber o que ela quer que se ache que acontece.
. A leitura da mídia conservadora (e golpista) na manhã deste domingo, dia 8, desnuda o que a oposição quer com a CPI do Apagão.
. A leitura de O Globo é particularmente reveladora: está tudo lá.
. A CPI já se instalou, à revelia do Supremo Tribunal Federal, que, agora, ao substituir o Legislativo, legisla e executa – além de julgar.
. E como existe uma simbiose estrutural entre a mídia conservadora (e golpista) e a oposição no Congresso, fica fácil: o que um diz é o que o outro publica; o que um publica é o que o outro quer fazer.
. A CPI do Apagão não é a CPI do Apagão, nem do caos aéreo.
. É a CPI do “Barata Avoa”, como já tentei demonstrar aqui (
clique aqui).
. O negócio da mídia conservadora (e golpista) e da oposição é dar o golpe e derrubar o Presidente Lula.
. Primeiro, começa como CPI do Apagão.
. Em dois dias, chega à Infraero.
. Vai ao deputado petista Carlos Wilson, ex-presidente da Infraero.
. Como todas as CPIs anteriores, a CPI só apura o que a mídia conservadora (e golpista) quer que a oposição apure.
. Logo, não se fala sobre o que a gestão tucana fez na Infraero.
. De Carlos Wilson, chega-se, em dois dias, ao advogado Roberto Teixeira, compadre de Lula, devidamente triturado na entrevista da página 3 de O Globo, de hoje.
. De Roberto Teixeira, convoca-se Dona Marisa (citada na entrevista do Globo), para a semana seguinte.
. De Dona Marisa vai-se a Lulinha.
. De Lulinha a Delubio Soares.
. De Delubio a Paulo Okamoto.
. De Paulo Okamoto a Duda Mendonça.
. De Duda Mendonça a Roberto Jefferson.
. De Roberto Jefferson a Toninho da Barcelona.
. Nessa seqüência, pelos cálculos mais conservadores, o Governo Lula cai em quinze dias.
. E o Supremo declara a vacância do poder, enquanto o Presidente for ao toalete.
. A mídia conservadora (e golpista) e seus porta-vozes no Congresso não têm o menor interesse em saber por que o Ministro Celso de Mello não conseguiu voar de Brasília para São Paulo.
. A mídia conservadora (e golpista) e seus porta-vozes no Congresso querem é derrubar o Presidente Lula.
. A mídia conservadora (e golpista) e seus porta-vozes no Congresso já nomearam o Presidente e o Relator da CPI.
. O Supremo só precisa referendar o que está nos jornais de hoje (especialmente em O Globo, esse baluarte das instituições democráticas).

Enquanto isso, o DataFolha faz pesquisas e revela que o número de brasileiros que são favoráveis à pena de morte cresceu para 55%. Já o Instituto Sensus descobriu que o Congresso é a instituição mais desvalorizada, mais desacreditada...apenas 1,1% dos brasileiros acredita nas excelências... que pra variar, deram o ar da graça nesta terça feira, decidindo que não irão trabalhar mais às segundas feiras!!!! E claro...aguardam que a pauta seja destrancada para votar o próximo aumento de salário...
Será que existe alguma relação entre as duas pesquisas???

Semana que vem não tem Boletim...estarei de férias!!! Volto dia 25!



FALANDO DE HISTORIA



Na Revista da Fapesp deste mês:
(http://revistapesquisa.fapesp.br/?art=3816&bd=2&pg=1&lg=)
A santa que virou múmia egípcia
Após análises, cientista francês afirma que restos mortais de Joana d´Arc são uma fraude
Os vestígios reconhecidos como os restos mortais de Joana d’Arc, hoje expostos em um museu na cidade francesa de Chinon, são, na verdade, uma fraude feita a partir de uma múmia egípcia. Essa é a conclusão de um estudo feito pelo cientista forense francês Philippe Charlier, do Hospital Raymond Poincare, de Paris, que em 2006 obteve autorização da Igreja para estudar as relíquias da heroína francesa.

O trabalho, que foi alvo de uma reportagem publicada na edição desta semana (05/04) da revista científica inglesa Nature, recorreu a técnicas como análise de partículas de pólen, datação por carbono-14 e espectrometria de emissão atômica para revelar o embuste. Segundo o pesquisador, os supostos restos mortais da santa reconhecida pela Igreja Católica não são originários da região da Normandia, onde Joana d’Arc morreu no início do século XV, e datam de um período entre os séculos III e VI antes de Cristo. Além disso, a composição química dos ossos não é compatível com o que se observa em de esqueletos queimados, e sim com as características das antigas múmias egípcias.

Charlier ainda lançou mão de um expediente engenhoso, e curioso, para chegar às suas conclusões. Convocou especialistas da indústria francesa de perfume para comparar o cheiro dos supostos restos mortais da santa e de amostras de outros corpos humanos carbonizados. Os perfumistas detectaram um sutil aroma de baunilha nos vestígios até agora atribuídos a Joana d’Arc, um indício de que o corpo em questão não teria ardido em chamas. Isso porque, de acordo com Charlier, a vanilina, um dos compostos responsáveis pelo aroma da baunilha, é produzida pela decomposição natural dos tecidos, um raciocínio que reforça o veredicto de que as relíquias à mostra no museu de Chinon são de uma múmia egípcia.

Os resultados podem criar alguma polêmica na França, já que Joana d’Arc é a padroeira do país desde 1922. Charlier, no entanto, afirma que a Igreja Católica está disposta a aceitá-los.
Joana d’Arc, a heroína francesa que dizia ter visões de Deus e lutou contra a dominação inglesa em seu país no princípio do século XV, foi considerada herege e queimada, aos 19 anos, em 1431 na Normandia. Mais de quatro séculos mais tarde, em 1867, uma jarra foi encontrada no sótão de uma farmácia em Paris com a inscrição “Restos encontrados sob a fogueira de Joana d’Arc, virgem de Orleans”. O recipiente continha pedaços de tecido, uma costela humana aparentemente carbonizada, um fêmur de gato (os felinos eram assados com as bruxas) e madeira queimada que foram reconhecidos pela Igreja como os restos da santa, canonizada em 1920. Agora se sabe que o achado não deve ser mesmo da santa.


BRASIL

1. O Brasil pode acabar?

Mário Maestri* (www.novae.inf.br)
Em inícios do ano, a grande mídia comentou rapidamente os resultados econômicos gerais do Brasil em 2006. Pelo segundo ano consecutivo, o “país do futuro” teve o mais baixo crescimento latino-americano, antes do minúsculo Haiti, sob forte ocupação militar brasileira, é bom não esquecer. Lembrou-se na ocasião que esses resultados pífios fazem parte dos já mais de vinte e cinco anos de estagnação econômica tendencial que o país conhece desde os últimos anos da ditadura militar. O crescimento anual médio do PIB per capita, inferior aos 0,4% em 1981-2006, que tem crescido apenas devido à queda da expansão da população, registra a dimensão do desastre!
A imprensa nacional praticamente não abordou nos seus comentários as transformações patológicas profundas vividas nesse longo período pelo país e a sua desqualificação qualitativa em relação às grandes e médias nações emergentes, cada vez mais patentes nos últimos tempos. Não ensaiou sobretudo discussão das razões estruturais desse processo perverso, preferindo abandonar rapidamente as reflexões agourentas sobre o passado e o presente pelas tradicionais promessas radiosas do “espetáculo do crescimento”, que chegará no próximo bonde, trazendo desta vez o PAC, o etanol, a queda das taxas de juros. Sobretudo, a grande mídia não lembrou que não há e nunca houve crise universal no Brasil. Que ela não constitui, efetivamente, acidente ou desvio indesejáveis no percurso da vida nacional, mas política querida, imposta e defendida por importantes grupos sociais. Apenas as homogeneizações estatísticas mascaram o fato de que alguns segmentos econômicos conhecem em forma quase ininterrupta taxas de acumulação altíssimas – bancos, exportadores, agro-indústria –, enquanto a nação e a grande população conhecem decadência-estagnação absoluta ou relativa.
A campanha do medo
A população sente sobretudo as seqüelas mais visíveis da barbarização social. Sofre as carências de emprego, salário, saúde, educação e, dramaticamente, a criminalidade que vergasta de forma mais e mais impiedosa o mundo urbano e rural. Violência que os políticos e intelectuais a serviço da ordem atual denunciam histericamente como produto da frouxidão das leis e da repressão, em um país em que o ladrão – que não rouba como barão – é normalmente executado sem dó ou encerrado em prisões não raro piores que os campos fascistas de detenção.
As transformações patológicas vividas nos últimos 25 anos podem ser apreciadas no fato de que o Brasil foi literalmente apeado do trem das grandes nações não- hegemônicas que lutam historicamente para se cavar um espaço no cenário mundial, como a China, a Índia, a Rússia e, o que é literalmente novo, superado em domínios críticos por nações intermediárias de parque produtivo menos dinâmico que resistem à subalternização, como o Irã, o Paquistão, a Venezuela, etc.
O Brasil é hoje nação praticamente sem autonomia real do ponto de vista científico, tecnológico, militar, educacional, diplomático, que ocupa situação no cenário mundial literalmente constrangedora considerando-se sua população, indústria, recursos naturais, dimensão territorial. Perdemos as revoluções tecnológicas passadas, como estamos perdendo as atuais. O apagão aéreo e o desastre da base da Alcântara são apenas sinais explícitos dessa triste realidade. A situação de subalternização brasileira em cenário mundial crescentemente agressivo e competitivo é tal que, nos fatos, a própria retomada do crescimento econômico, sem modificação da presente orientação estrutural do país, contribuirá ao aprofundamento da sua dependência e da pauperização-barbarização de imensas parcelas do território e da população.
O caminho que o Brasil percorre sob a batuta de direções de classes sociais já comprovadamente inconscientes dos interesses populares e nacionais aponta perigosamente para além mesmo da destruição do país que conhecemos, festejada por FHC, verdadeiro Nero embriagado por sua obra pirotécnica, como o “fim da era getulista” do Brasil. A trajetória na qual o Brasil engolfou-se enseja de tal forma o enfraquecimento dos laços e da consistência social e nacional que pode, em prazo não muito distante, pôr em perigo a própria unidade brasileira, como lembrava Celso Furtado, um dos mais lúcidos teóricos da construção nacional brasileira.
Brasil: uma nação sem caudilho
O Brasil nasceu como agregado de colônias americanas semi-independentes da, muito logo, mais atrasada nação européia. Apenas o medo dos grandes proprietários provinciais de ameaçar a escravidão impediu que o Brasil explodisse em constelação de nações independentes, como a América hispânica, quando da crise colonial, em 1822. Até 1888, os escravistas usaram o centralismo político, apesar do semi-autonomismo provincial, para manter o domínio sobre Estado que garantia a propriedade do explorador sobre o trabalhador.
Em 1888, a Abolição pôs fim à necessidade do centralismo monárquico, ensejando que as oligarquias agrárias regionais abocanhassem, com a República federalista, o poder político estadual, mantendo a população na submissão. No RS, devido à brecha aberta na ordem latifundiária pela pequena propriedade camponesa, o poder político foi abiscoitado por bloco político-social promotor de modernização pró-capitalista autoritária. Na República Velha, a parte dominou o todo, mantendo o Brasil como uma frágil estrutura política.
Fenômenos endógenos e exógenos impulsionaram industrialização nacional centrada no eixo RJ-SP, que permitiu, quando da crise capitalista de 1929-30, o assalto ao poder de equipe comandada por Vargas, herdeiro do castilhismo-borgismo, em representação de nova aliança político-social industrialista, escorada no nascente proletariado, sempre subalternizado.
Apoiado no capital e mercado internos e nos investimentos públicos, o nacional-desenvolvimentismo getulista ensejou momentânea representação relativa dos interesses nacionais pela burguesia brasileira, estabelecendo-se os laços que cimentaram o Estado-nação brasileiro, no contexto de fortes diversidades regionais e sociais. A necessidade de aumentar a participação do Estado na economia, de ampliar a remuneração do operariado, de destruir o latifúndio pré-capitalista para prosseguir a construção autônoma da nação fez a burguesia nacional recuar e rompeu a aliança com os trabalhadores, em 31 de março de 1964.
O Brasil militar
O regime militar objetivou a ditadura da grande indústria nacional e seu projeto orgânico de integração, em posição privilegiada, ao grande capital mundial. O nacionalismo elitista e autoritário das forças armadas constituiu a superestrutura ideal para esse projeto. Quando da crise capitalista dos anos 1975, que desorganizou o projeto desenvolvimentista voltado ao mercado mundial, os generais e os industrialistas nacionais puseram a viola no saco e aceitaram a submissão ao capital internacional, temendo enfrentá-lo apoiado nos trabalhadores.
Os mais de 25 anos que se seguiram aos derradeiros momentos do governo Geisel materializaram a perda inexorável do domínio do país pelas classes dominantes nacionais. Nesse longuíssimo período, o Brasil viu esvair-se suas energias através do pagamento da dívida, da privatização dos bens públicos, da desnacionalização da economia, retornando a situação semi-colonial, semelhante aos anos anteriores a 1808.
A constituição do PT, após as grandes greves operárias de 1976-9, materializou proposta aproximativa de construção de bloco político-social centrado no operariado industrial, com a forte participação dos setores sociais médios, que retomasse a construção nacional e social, devido ao total descompromisso da burguesia brasileira com o país.
Em fins da década de 1980, a crise mundial do mundo do trabalho, motivada pela contra-revolução neo-liberal, de efeitos devastadores no Brasil devido a sua frágil malha social, permitiu a rápida cooptação das direções populares, liberadas do controle social pelo refluxo do movimento social, direções ganhas inicialmente por projeto nacional-burguês em putrefação e, a seguir, pelo projeto social-liberal do capital financeiro.
A deriva do Brasil sob o tacão do capital mundial expressa-se hoje na proposta de governo Lula da Silva de liberalização final da economia brasileira ao setor secundário e terciário mundial, em troca da abertura dos mercados dos países avançados para os produtos agrícolas do Brasil, em paradoxal retorno aos tempos coloniais em que os engenheiros nordestinos, embriagados pelas cotações do açúcar, feitorizavam duramente seus cativos negros nas imensidões do mar verde dos canaviais, enterrando a nação na miséria, atraso e dependência.
* Mário Maestri, 58, historiador, é professor do curso de História e do Programa de Pós-Graduação em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net
2.
Imprensa discrimina ministra negra
Por que a mídia amplificou uma entrevista perdida, que poucos brasileiros ouviram, com o nítido enfoque de acusar uma integrante do governo Lula de incitação ao conflito racial? A análise é de Nelson Breve (transcrito do site www.novae.inf.br)
BRASÍLIA – Uma rápida consulta aos dicionários Michaelis e Houaiss, disponíveis no portal UOL, é suficiente para se verificar que a palavra “racismo” tem como significado original a “teoria que afirma a superioridade de certas raças humanas sobre as demais” ou “ou conjunto de teorias e crenças que estabelecem uma hierarquia entre as raças, entre as etnias”, ou ainda, a “doutrina ou sistema político fundado sobre o direito de uma raça (considerada pura e superior) de dominar outras”.
Também estão enumerados lá, entre outros significados, o “apego à raça”, o “preconceito extremado contra indivíduos pertencentes a uma raça ou etnia diferente, geralmente considerada inferior” e a “atitude de hostilidade em relação a determinada categoria de pessoas” (sendo esta uma acepção derivada por analogia).
Tais esclarecimentos já seriam suficientes para compreender os motivos pelos quais alguém, especialmente de uma raça ou etnia “considera inferior”, entende que “não é racismo quando um negro se insurge contra um branco”. Mas o contexto em que a ministra da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir), Matilde Ribeiro, fez tal declaração permite uma compreensão ainda melhor.
Na entrevista que concedeu esta semana ao serviço brasileiro da Rádio BBC de Londres (BBC Brasil), a propósito do aniversário de 200 anos da proibição do comércio de escravos pelo Império Britânico, ela foi questionada sobre o assunto da seguinte forma: “Como o Brasil se coloca no contexto internacional? O Brasil gosta de pensar que não tem discriminação e gosta de se citar como exemplo de integração. É assim que a senhora vê a situação?”.
E respondeu assim: “É o seguinte: chegaram os europeus numa terra de índios, aí chegaram os africanos que não escolheram estar aqui, foram capturados e chegaram aqui como coisa. Os indígenas e os negros não eram os donos das armas, não eram os donos das leis, não eram os donos dos bens de consumo. A forma que eles encontraram para sobreviver não foi pelo conflito explícito. No Brasil, o racismo não se dá por lei, como foi na África do Sul. Isso nos levou a uma mistura. Aparentemente todos podem usufruir de tudo, mas na prática há lugares onde os negros não vão. Há um debate se aqui a questão é racial ou social. Eu diria que é as duas coisas”.
Na seqüência, uma questão mais específica: “E no Brasil tem racismo também de negro contra branco, como nos Estados Unidos?”. E uma resposta honesta, sem hipocrisia, sem fingir que a miscigenação brasileira superou o preconceito e a revolta decorrente dele: “Eu acho natural que tenha. Mas não é na mesma dimensão que nos Estados Unidos. Não é racismo quando um negro se insurge contra um branco. Racismo é quando uma maioria econômica, política ou numérica coíbe ou veta direitos de outros. A reação de um negro de não querer conviver com um branco, ou não gostar de um branco, eu acho uma reação natural, embora eu não esteja incitando isso. Não acho que seja uma coisa boa. Mas é natural que aconteça, porque quem foi açoitado a vida inteira não tem obrigação de gostar de quem o açoitou”.
Racismo nas manchetes
Está claro que na resposta dela não há intenção de justificar qualquer atitude “racista” de negros contra brancos. Matilde ressalva nitidamente que não acha “que seja uma coisa boa” esse comportamento. Mas compreende que exista, explica as razões de existir e defende o ponto de vista de que a insurreição de negros contra brancos é uma reação ao racismo, entendido por movimentos de luta contra a discriminação racial e pelos dicionários tradicionais da Língua Portuguesa como a imposição de uma hierarquia entre raças ou etnias.
No entanto, as declarações da ministra viraram notícia digna das manchetes de jornais e enquete de portais noticiosos da internet. Além de produzirem comentários indignados de colunistas de grande notoriedade. Por que será? Por que a imprensa amplificou uma entrevista perdida, que poucos brasileiros ouviram, com o nítido enfoque de acusar uma integrante do governo Lula de incitação ao conflito racial? Só existem duas explicações no horizonte: ou a imprensa é racista ou quer incitar o conflito racial, como forma de conter as políticas afirmativas que privilegiam a raça e a etnia que menos se apropriaram do acumulo de riquezas ocorrido no país em seus 507 anos de história.
Na semana passada, a Seppir completou quatro anos de criação, comemorados em cerimônia no Palácio do Planalto junto com a celebração do Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial. Mais de uma centena de negros compareceu para assistir a assinatura de termos de cooperação voltados para a inclusão social infanto-juvenil e de comunidades quilombolas em várias regiões do país. Teve até roda de capoeira no Salão Nobre, curiosamente jogada por um convidado vestindo com terno e gravata.
A imprensa estava presente, mas não adianta procurar o fato no noticiário do dia, ou do dia seguinte. Envolvido com a reforma ministerial, o presidente Lula não participou da cerimônia. Enviou o vice, José Alencar, para representá-lo. Pela linha editorial da mídia, isso é suficiente para que o fato seja completamente ignorado.
O que não é notícia
Um dos termos de cooperação assinado entre a Seppir e a Eletrobrás permitirá o repasse de R$ 1 milhão ao programa Energia Quilombola, atendendo quase 6 mil famílias de três Estados (Bahia, Minas Gerais e Maranhão), com projetos de avicultura, artesanato regional e agricultura, como a construção e aquisição de 10 casas de farinha e cinco mini-usinas para extrativismo do arroz, em Itapecurumirim (MA).
Outra parceria formalizada foi a do projeto Adolescente Aprendiz, desenvolvido entre a Seppir e a Caixa Econômica Federal, que está abrindo 150 vagas para contratação de jovens negros como aprendizes nas agências bancárias, recebendo remuneração, além de noções de técnicas bancárias e cidadania.
No âmbito do projeto Cozinha Brasil, do Sesi, foi assinado convênio para desenvolver atividades turísticas e comunitárias dos quilombos, contemplando inicialmente comunidades quilombolas do Rio de Janeiro. O Cozinha Brasil incentiva a população a adotar hábitos alimentares saudáveis, com aproveitamento da produção local.
Também foi firmado termo de cooperação relacionado ao projeto Resgatando e Descobrindo os Talentos Esportivos Nacionais, que pretende integrar esportistas consagrados com jovens estudantes da rede pública e integrantes do programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte, para aliar valores da prática esportiva aos conceitos de cidadania e desenvolvimento humano.
Uma parceria com a Confederação Brasileira de Capoeira no âmbito do projeto Ginga Brasil permitirá o estimulo dessa prática esportiva entre crianças e jovens residentes em quilombos e periferias, com o objetivo de promover a cidadania através do esporte.
O projeto Recuperando a Cidadania também foi integrado às políticas de promoção da igualdade racial. Destinado a ressocializar jovens em regime de semiliberdade no Rio de Janeiro e previsto para ser desenvolvido durante os Jogos Pan-americanos, será uma oportunidade de interação desse grupo com atletas e participantes do Pan 2007.
Com o Comitê Olímpico Brasileiro (COB), foi assinado termo de cooperação para participação de uma tribo indígena e uma comunidade quilombola no revezamento da Tocha Pan-americana, que vai percorrer 42 cidades brasileiras.
Combate ao racismo na agenda mundial
Durante a cerimônia, a ministra Matilde fez um balanço dos quatro anos de atuação da Sepirr. Fazendo referência ao presidente do COB, Carlos Arthur Nuzmann, que estava sentado na primeira fila do auditório, ela frisou que “racismo não é um problema só dos negros”, mencionando outras raças discriminadas, como judeus, palestinos e sudaneses.
Ela também saudou o fato de alguns novos governadores terem criado secretarias análogas, como o caso da Bahia e do Maranhão, cujo governador, Jackson Lago (PDT), estava presente para entregar ao vice-presidente o Plano de Igualdade Racial do seu Estado. José Alencar recebeu também, das mãos de Maria Inês Barbosa, o Relatório da Conferência Regional das Américas, realizada em julho do ano passado.
Quebrando o protocolo, ela fez um rápido discurso para lembrar que o Brasil tornou-se protagonista da luta contra a desigualdade pela “ousadia e atrevimento” do governo brasileiro ao colocar o combate ao racismo na agenda mundial, e prever que o país terá uma participação de destaque na 4ª Conferência Mundial contra o Racismo da ONU.
José Alencar leu o discurso preparado para o presidente Lula, assegurando que o PAC – Plano de Aceleração do Crescimento – vai possibilitar um ataque mais vigoroso às causas da desigualdade brasileira. “Mas, por meio do combate sem trégua à intolerância e ao preconceito é que poderemos superar a herança iníqua que essa desigualdade nos deixou”, ressaltou, observando que o Prouni já possibilitou o ingresso de mais de 63 mil jovens descendentes de africanos e de dois mil indígenas na universidade, num total de mais de 172 mil vagas já ocupadas. “O preconceito, minhas amigas e meus amigos, finge que a história não existe. Só assim consegue atribuir à biologia a explicação para uma desigualdade decorrente da exploração e da injustiça social. O racismo derivado da escravidão é um exemplo dessa farsa”, sustentou Alencar, no discurso feito em nome do presidente.
Cabeças negras no Palácio
No entanto, o comportamento do próprio Cerimonial da Presidência comprova que a discriminação não é só racial, como chamava a atenção da ministra Matilde na entrevista à BBC Brasil. Dentro da própria raça discriminada existem outras formas de discriminação, como mostraram os assessores palacianos que desalojaram três mães-de-santo e o pessoal da capoeira, que executou o Hino Nacional, para que embaixadores e autoridades, quase todos negros, ficassem nas primeiras filas. As mães de santo Ana Akini e Railda, do Distrito Federal, e Vera Soares, do Rio Grande do Sul, até conseguiram um lugar na frente da bancada da imprensa, mas só depois de muita discussão entre os assessores, que ainda não se acostumaram a ver tantos negros pobres no Palácio.
O ponto alto da solenidade foi a abordagem desse estranhamento feita pela representante dos movimentos de combate ao racismo, Tereza Santos. Antiga militante negra e do Partido Comunista, sambista, artista plástica e estudiosa dos temas raciais e de gênero, ela viveu por cinco anos no Continente Africano, contribuindo para a reconstrução cultural de Angola, Cabo Verde e Guiné Bissau. Disse no discurso que a maior homenagem que uma mulher negra poderia ter depois de ter passado por tanta coisa na vida “é ver tantas caras negras dentro do Palácio do governo”, em um país onde só os negros até hoje só receberam migalhas do poder.
“As coisas estão mudando, sim”, reconheceu Tereza, observando que na Seppir “tem uma mulher negra, pobre e consciente”, que as cotas raciais nas universidades são uma realidade e que já é possível sonhar com a igualdade, embora o avanço tenha sido muito pouco. “Apesar dessa grande abertura do governo do PT, a gente quer mais. Não acima do que merecemos e temos direito. Por incrível que pareça, as pessoas não percebem, é incrivelmente difícil ser negro neste país”, afirmou, lembrando que os ativistas que comemoravam o Dia de Combate ao Racismo fazendo passeatas em São Paulo e enxergados como extraterrestres. “Comemorar neste Palácio é um avanço que me orgulha e posso começar a descansar, mas vou continuar querendo mais”, avisou Tereza, fazendo um apelo ao vice-presidente, para ser encaminhado a Lula: “Não deixe que a nossa luta pare por aqui. Não pense que nossa caminhada já chegou onde tinha que chegar. Estaremos com o senhor e o presidente, para buscar, de fato, o que só tivemos no tempo de Palmares: uma verdadeira democracia. Não apenas uma democracia racial”.


NUESTRA AMERICA

Boaventura de Sousa Santos

1. Seleção para pós-graduação Lato Sensu/UFOP
As inscrições para a pós-graduação lato sensu em Cultura e Arte Barroca da Universidade federal de Ouro Preto (UFOP) estão abertas. O primeiro modulo do curso será de 3 a 28/2007, e o segundo acontecera' entre 7/1 e 2/2/2008, somando 360 horas de aulas. Mais informações em www.ufop.br ou pelo tel:. (31) 3559 1732.
2. Vaga para consultor pesquisador/ISR A International Survey Research (ISR) esta' recrutando consultores para a sua filial em São Paulo, e estão especialmente interessados em profissionais na área de Ciências Sociais. Mais informações em www.isrinsight.com.
3. Premio Afrânio Coutinho/ABL
A Academia Brasileira de Letras (ABL) e a Petrobrás se uniram para realizar o Premio Afrânio Coutinho, que vai contemplar trabalhos de pesquisa que utilizem as obras da Coleção Franklin de Oliveira. Poderão concorrer alunos e professores da área de ciências humanas, jornalistas,pesquisadores e usuários que tenham sido previamente inscritos na Biblioteca. Serão premiados os três melhores trabalhos: o primeiro colocado recebera' R$ 8.000,00, o segundo R$ 5.000,00 e o terceiro R$ 3.000,00. As inscrições estarão abertas ate' 1/7/2007. Mais informações em www.academia.org.br.
4. X Reunião de Antropólogos do Norte e do Nordeste e I Reunião Equatorial de Antropologia/UFSA X Reunião de Antropólogos do Norte e do Nordeste e I Reunião Equatorial de Antropologia será realizada em Aracaju, nas dependências da Universidade Federal de Sergipe (UFS), entre os dias 08 e 11/10/2007, o tema será “América Equatorial: Cultura na contemporaneidade". As inscrições de propostas de Mesas-Redondas e Grupos de Trabalho estarão abertas ate' o dia 27/4/2007. Mais informações pelo e-mail http://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=jonatas@ufs.br&YY=17139&y5beta=yes&y5beta=yes&order=down&sort=date&pos=0&view=a ou em www.ufs.br/xabanne/index.php
5. Chamada para artigos/Revista-
A Revista Historia, Ciências, Saúde - Manguinhos, da fiocruz recebe artigos ininterruptamente. Mais informações em www.coc.fiocruz.br/hscience

6.

O site do Congresso é: www.direitodoestado.com.br/de

7. Seminário Dimensões da Política na História: Estado, Nação, Império.
O Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Juiz de Fora e o Núcleo de Estudos em História Social da Política convidam para o I Seminário Dimensões da Política na História: Estado, Nação, Império. Este evento pretende abrir espaço para a troca de informações entre estudiosos em diferentes níveis de formação, desde alunos de pós-graduação a pesquisadores com reconhecida experiência na área, fomentando assim o debate em um campo que vem se consolidando e cuja relevância vem sendo cada vez mais reconhecida para os estudos históricos: as dimensões da política. Após ter sido estigmatizada, no início do século XX, como um emblema de tudo que se opunha à renovação dos estudos históricos, a política vem retornando ao primeiro plano da cena historiográfica desde a década de 1970, quando uma série de estudos, sob diferentes perspectivas, levaram a retomar as reflexões sobre problemas que se colocam em relação ao domínio da política. Inscritos em diferentes tradições intelectuais e operando um arcabouço conceitual herdeiro de diferentes disciplinas, como a lingüística, a filosofia e a antropologia, esses estudos significaram uma revitalização do campo, revelando e sublinhando novas e importantes dimensões da política na história, que esse encontro se propõe a discutir.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO: 22 a 24 de maio de 2007
LOCAL: Instituto de Ciências Humanas da Universidade Federal de Juiz de Fora -Campus Universitário, s/n - Juiz de Fora - Minas Gerais - Brasil
PROGRAMAÇÃO: Dia 22/5 - 10 horas
Conferência de Abertura - Profa. Dra. Gladys Sabina Ribeiro - Pronex/CEO UFF
Dia 22/5 - 14:00 horas Comunicações coordenadas (1)
Dia 22/5 - 19 horas Mesa Redonda - Política e Sociabilidades
Prof. Dr. Marco Morel - UERJ - Prof. Dr. Alexandre Mansur Barata - UFJF - Profa. Dra. Andréa Slemian - USP
Dia 23/5 - 9:30 horas Comunicações coordenadas (2)
Dia 23/5 - 14:00 horas Comunicações coordenadas (3)
Dia 23/5 - 19 horas - Mesa Redonda - Política e Instituições - Profa. Dra. Silvana Mota Barbosa - UFJF - Profa. Dra. Maria Fernanda Vieira Martins - FFP/FAPERJ - Prof. Dr. Jefferson Cano - UNICAMP (Debatedor)
Dia 24/5 - 9:30 horas - Mesa Redonda Escravidão, Direito e Liberdade - Profa. Dra. Keila Grimberg - UNIRIO - Profa. Dra. Elciene Azevedo - CECULT - UNICAMP - Prof. Dr. Ivan de Andrade Vellasco - UFSJ (debatedor)
Dia 24/5 14 horas Mesa Redonda - Homens livres pobres, polícia e associativismo - Profa. Dra. Claúdia Ribeiro Viscardi - UFJF - Prof. Dr. Marco Antônio Cabral dos Santos - PPGHIS/UFJF -Prof. Dr. Ronaldo Pereira de Jesus - UFOP - Prof. Dr. Marco Antônio Villela Pamplona - PUC Rio/UFF (debatedor)
Dia 24/5 - 20 horas Conferência de Encerramento - Prof. Dr. Marcus J. M. de Carvalho - UFPE PERÍODO DE INSCRIÇÕES:Participação com apresentação de comunicação: 01 a 30 de abril de 2007
Participação como ouvinte: 01 de abril a 18 de maio de 2007
TAXAS DE INSCRIÇÃO:Valores:Ouvinte: R$10,00 (dez reais)Proponente de comunicação: 30,00 (trinta reais)O pagamento da taxa de inscrição poderá ser feito diretamente na Secretaria do Programa de Pós-Graduação em História (ICH – Campus Universitário) ou através de depósito na seguinte conta bancária: Banco do Brasil (001); Agência 2995-5; Conta Corrente 18331-8.

8. convite do ICAM


LIVROS E REVISTAS

1. O integralismo nas águas do Lete: história, memória e esquecimento.
PDF
Leia a resenha feita pelo prof. João Fábio Bertonha, publicada na Revista Diálogos, da Universidade de Maringá.
(se não conseguir clicando no PDF, abra o site da revista e procure a resenha:
http://www.uem.br/~dialogos/

2. Chega às bancas de todo país a edição de abril da revista Fórum. Na capa, uma entrevista exclusiva com Leonardo Boff. Expoente da teologia da libertação, mas desligado do sacerdócio desde meados da década de 90, Boff faz duras críticas à Igreja e ao papa Bento XVI. Fala ainda de questões ambientais, do governo Lula e critica o "sistema mundial de produção e consumo". Confira trechos da entrevista.leia mais

3. Abril de 2002, o golpe da mídia

No dia 11 de abril de 2002, há cinco anos, ocorria uma tentativa de golpe midiático-militar na Venezuela. O esforço para depôr o presidente Hugo Chávez foi encampado pela mídia e pela elite venezuelanas, mas acabou mal-sucedido. A forte participação dos meios de comunicação é esse o enfoque da análise do editor da Fórum, Renato Rovai, no livro Midiático Poder, o caso Venezuela e a guerrilha informativa. Confira trechos inéditos da obra.leia mais
4. Nas bancas o numero 17 especial da revista Scientific American - Brasil, cujo tema é "Como nos tornamos humanos". Traz as mais recentes descobertas sobre a evolução humana.

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