Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

2.1.08

Número 120





EDITORIAL

Recebi semana passada um email que vinha acompanhado de uma fotografia (reproduzida abaixo) e um anexo com a gravação de um programa do Joelmir Betting na Rádio Bandeirantes. Veja atentamente a imagem antes de ler o que escrevo em seguida.
Você repara em detalhes?
Você é observador?
É mesmo?! Se não for, passe a ser agora!
Repare com calma a imagem abaixo!
Nada diferente?
Não viu nada ainda?
Então...



Pois bem, na gravação, Joelmir falava que tinha participado de um seminário organizado pelos distribuidores de gasolina. No local havia dezenas de banners com essa fotografia, que estava também nos crachás.
Após 4 horas de palestras e debates, a presidente da BR Distribuidora tomou a palavra e disse que todos estavam enganados, pois quem estava presente na fotografia e nos crachás não era a BR Distribuidora. E ainda comentou que nenhum especialista fora capaz de, em 4 horas, perceber o engano. Na fotografia, nos crachás e no banner não estava escrito BR, e sim 13R, a maior falsificadora de combustíveis do país... Nenhum especialista foi capaz de perceber o pequeno detalhe...imagina os consumidores apressados que entram a toda velocidade nos postos dessa empresa pensando que estão abastecendo com a BR distribuidora...
Se alguém tiver interesse em ouvir a fala do Joelmir, pode me enviar um email que eu encaminho.

FALAM AMIGOS E AMIGAS

1. Caro Professor

Tenho recebido regularmente o Boletim e queria parabenizá-lo, pois a cada edição o mesmo nos traz informações das mais diversificadas.

Aproveito a oportunidade para desejar a todos um ano novo repleto de realizações.
Marco Túlio Martins

2. Caro professor e amigo, que saudades tenho dos momentos vividos em sala de aula, mas tudo bem. Estou aqui em Portugal procurando fazer uma especialização na nossa área. Não é fácil, mas vou tentar assim mesmo. Agradeço as felicitações natalícias e retribuindo os mesmos votos. Um grande abraço!
Cleria de Lourdes Ferreira

3. Bom dia professor, Confesso que fiquei entre a cruz e a espada ao ler as cartas do Ciro e da Letícia sobre a transposição do Rio São Francisco.... As duas partes me parecem coerentes na defesa dos seus pontos de vista. Certamente, preciso ler mais a respeito!Qual a sua posição?Abração
Ricardo Morato
Caro Ricardo, para nós, leigos, é difícil comentar o assunto, e eu não me atreveria a tal. Li as duas cartas publicadas no número passado, li o que a minha amiga Cristina publicou no blog dela, andei conversando, e por ora ando pensando que o projeto é muito arriscado. O velho Chico precisa ser revitalizado. Em alguns trechos ele está bastante assoreado. Portanto, seria impossível hoje prever as conseqüências do que se pretende fazer. O tiro poderia sair pela culatra, criando mais áreas secas do que as já existentes.
E outra: se é verdade o que a Letícia falou na carta ao Ciro Gomes, se com 3 bilhões de reais a menos se poderia fazer outro tipo de projeto que beneficiaria não 14 mas 40 milhões de pessoas...penso que não há como duvidar de que o projeto do governo é ruim... Mas essa,repito, é a opinião de um leigo...Tem mais material para ser consultado, veja na seção BRASIL logo abaixo
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4. Maria de Lourdes Coelho me encaminha carta de Danielle Miterrand, publicada no Jornal La Jornada:

Carta abierta de Danielle Mitterrand a los dirigentes europeos
Date: Wed, 26 Dec 2007 14:15:40 -0800
Estimados amigos y amigas: Reproducimos para conocimiento y difusión la Carta de Danielle Mitterrand que, aunque enviada a los dirigentes europeos, deben conocer cuantos puedan hacer algo en defensa de principios y realidades comúnmente objeto de desinformación, tergiversación y calumnia interesada
Danielle Mitterrand / La Jornada, 23 de diciembre de 2007
Carta abierta a los dirigentes europeos
Tal como Europa lo ha aprendido y cruelmente pagado, la democracia necesita ser vivida sin cesar, reinventada, defendida tanto en el interior de nuestros países democráticos como en el resto del mundo. Ninguna democracia es una isla. Las democracias se deben asistencia mutua. Hoy hago, por eso, un llamado a nuestros dirigentes y a nuestros grandes órganos de prensa: sí, lo afirmo, la joven democracia boliviana corre un peligro mortal.
En 2005, un presidente y su gobierno son ampliamente elegidos por más de 60 por ciento de los electores, a pesar de que una gran parte de sus electores potenciales, indígenas, no están inscritos en las listas electorales, puesto que ni siquiera poseen estado civil. Las grandes orientaciones políticas de este gobierno fueron masivamente aprobadas por referéndum antes incluso de esta elección, y, en especial, la nacionalización de las riquezas naturales en vistas de una mejor redistribución, así como la convocatoria a una Asamblea Constituyente.
¿Por qué es indispensable una nueva Consitución? Por la razón muy simple de que la antigua data de 1967, cuando, en América Latina, las poblaciones indígenas (representaban en Bolivia 75 por ciento de la población) se hallaban totalmente excluidas de cualquier ciudadanía.
Los trabajos de la Asamblea Constituyente boliviana han sido, desde sus orígenes, constantemente trabados por las maniobras y el boicot de las antiguas oligarquías, las cuales no soportan perder sus privilegios económicos y políticos. La oposición minoritaria extrema el cinismo hasta disfrazar su rechazo a la sanción de las urnas bajo la máscara de la defensa de la democracia. Reacciona con el boicot, las agresiones en la calle, la intimidación de los responsables electos, en la estricta continuidad de las matanzas perpetradas a civiles desarmados por el ex presidente Sánchez de Lozada en 2003, quien, por otro lado, sigue perseguido por sus crímenes y refugiado en Estados Unidos.
En favor de un caos cuidadosamente instrumentado, renacen las amenazas separatistas de las regiones más ricas, que rechazan el juego democrático y no quieren “pagar por las regiones más pobres”.
Grupos activistas neofascistas y bandas paramilitares, subvencionadas por la gran burguesía boliviana y ciertos intereses extranjeros, instalan un clima de miedo en las comunidades indígenas. Recordemos en qué terminaron Colombia y Guatemala, recordemos sobre todo la democracia chilena, asesinada el 11 de septiembre de 1973 después de un proceso idéntico de desestabilización.
Se puede matar una democracia también por medio de la desinformación. No, Evo Morales no es un dictador. No, no es la cabeza de un cártel de traficantes de cocaína. Estas imágenes caricaturescas se hacen circular en nuestros países sin la menor objetividad, como si la intrusión de un presidente indígena y la potencia creciente de ciudadanos electores indígenas fuesen insoportables, no sólo a las oligarquías latinoamericanas sino también a la prensa bienpensante occidental. Como para desmentir aún más la mentira organizada, Evo Morales hace un llamado al diálogo, rehúsa hacer uso del ejército y pone incluso su mandato en la balanza.
Solemnemente llamo a los defensores de la democracia, a nuestros dirigentes, a nuestros intelectuales, a nuestros medios de comunicación. ¿Vamos a esperar que Evo Morales conozca la suerte de Salvador Allende para llorar sobre la suerte de la democracia boliviana?
La democracia tiene valor para todos o para nadie. Si la amamos en nuestra patria, debemos defenderla por todos los lugares donde esté amenazada. No nos toca, como algunos lo pretenden con arrogancia, ir a instalarla en otras naciones mediante la fuerza de las armas; en cambio, nos toca protegerla en nuestro país con toda la fuerza de nuestra convicción y estar al lado de aquéllos que la han instalado en su nación.
Danielle Mitterrand. Tomado de La Jornada, México, 23 de diciembre, 2007. Texto original en: http://www.jornada.unam.mx/2007/12/23/index.php?section=mundo&article=028a1mun
1. Acesse nossa página especial
Acusação do vice-presidente, silêncio da imprensa
Por Luciano Martins em 2/1/2008
Comentário para o programa radiofônico do OI, 2/1/2008

A maioria dos jornalistas de economia trata o vice-presidente José Alencar como "aquele chato que vive falando de juros". Alencar, que é empresário bem-sucedido na indústria têxtil, é tratado como um amador entre profissionais.

Pois no domingo (30/12), o vice-presidente disse, em entrevista à Folha de S.Paulo, que os juros não caem porque agentes do mercado financeiro chantageiam o governo através dos jornais [ver "Juros não caem porque Lula teme o mercado, diz Alencar" (para assinantes)].
Trata-se de uma denúncia grave. Que se perdeu no vazio do desinteresse da imprensa. Passou-se metade de uma semana e nenhum jornal, nem mesmo a Folha, se dignou a oferecer ao leitor uma informação adicional. Apenas o colunista Clóvis Rossi fez referência à questão, citando Alencar, mas para acusar o presidente Lula de haver "terceirizado" a política econômica para o mercado.
Nem uma palavra sobre a denúncia explícita do vice-presidente contra os jornais.
Segundo a transcrição da entrevista, diante da pergunta sobre por que os juros não caem no Brasil, José Alencar respondeu, literalmente:
"Porque há uma ameaça de articulistas, que são economistas ligados ao sistema financeiro, que é muito organizado, e que colocam quase que como alternativa: ou nós mantemos esses juros ou mais uma vez vamos ter uma inflação violenta no país."
Ou seja, o vice-presidente da República afirma que o presidente da República é refém de profissionais e investidores do mercado financeiro, que usam a imprensa para ameaçar com a volta da inflação. E a imprensa faz de conta que não é com ela.
Chantagem
Agora, faça o leitor um exercício de observação. Pegue os jornais da semana ou assista atentamente os noticiários da mídia especializada em economia. O leitor vai constatar que um número significativo de "colaboradores" e "consultores" citados pelo jornalismo econômico tem como atividade principal um cargo importante no mercado financeiro.
O fato não é exatamente uma novidade, nem mesmo uma curiosidade, pois se trata de especialistas. O problema é a predominância deles.
Em muitas ocasiões o Observatório da Imprensa tem publicado artigos apontando esse viés unilateral da imprensa.
A novidade é o vice-presidente da República vir a público dizer que a mídia funciona como intermediária de uma chantagem contra o poder público.
E a imprensa se cala.


NUESTRA AMERICA

O espetáculo do terror olha para a América Latina
A paz não pode ser a expressão pueril de boas consciências, mas a invenção de uma alternativa à lógica expansionista. Isso tem que ficar muito claro quando o alvo volta a ser o velho quintal latino-americano.
Gilson Caroni Filho (da Agência Carta Maior)

Chegamos ao final de 2007 com o terrorismo estadunidense inabalável em sua determinação. A destruição, no final de 2005, de gravações que mostrariam práticas de tortura em Guantânamo tem, ao que tudo indica, as digitais da Casa Branca. Bush, é claro, manterá a linha de que não sabia da existência delas e, com isso, somaremos cinco anos de sistemáticas violações do Direito Internacional. Voltemos no tempo, já que a América Latina está na alça de mira novamente.
Um ano antes da destruição dos vídeos, em 2004, o New York Times, em editorial de primeira página, admitiu ter usado fontes duvidosas para fazer reportagens sobre o Iraque. Segundo os editores, muitas informações falsas, utilizadas sem o mínimo de apuração, provinham de exilados iraquianos financiados pela CIA ou de falcões republicanos. Ambos interessados em textos que respaldassem a invasão do país árabe.
O móvel da autocrítica era a crescente perda de credibilidade do jornal. Se o repórter Jason Blair inventava as matérias que publicava, o "Times" parece ter assimilado algo da "lição" ministrada por seu ex-jornalista. Enveredou pela ficção ao afiançar, em vários artigos, a existência de armas de destruição em massa no país então governado por Saddam Hussein.
Agindo como arma ideológica de um corpo político imperialista, o mais prestigiado veículo do mundo mostrou que o campo jornalístico, em situações-limites, pode ser tão truculento e dissimulado como o poder que busca legitimar.
Nassíria, Najaf e Basra não constavam do "tour" idealizado pelos falcões de Washington. Não como locais de resistência. Muita menos a coragem suicida dos fedayeens e de outras milícias fiéis ao antigo regime de Saddam Hussein estava prevista na propaganda ideológica que pretendia transformar a invasão de um país destroçado em "guerra de libertação". Dos xiitas se esperava apoio, mas, para desgraça dos senhores da guerra, eles não leram o Washington Post e se consideravam árabes - acima de qualquer projeção logística dos plantonistas de Harvard.
Mísseis caindo em território turco, tempestades de areia que desnorteavam tropas, além de bombas inteligentes matando população civil no centro de Bagdá, não estavam no roteiro original. Ou estavam e foram ignoradas pela premência da ação? A imprensa americana bem que dedicou espaço a desentendimentos prévios entre o ex-secretário de Defesa, Donald Rumsfeld, e estrategistas do Pentágono. Mas se nada disso punha em risco a vitória militar, esta era uma ofensiva perdida no campo político. Como sabemos, faltou aos Estados Unidos conseguirem da sociedade civil mundial uma legitimação prévia para a ação bélica. Não se sabe se por falta de espaço para manobra ou presunção imperial, o fato é que as tropas americanas partiram para o Oriente Médio ignorando resoluções da ONU e manifestações pacifistas em escala planetária.
Ao subestimar a arena política, a potência hegemônica apostou nos meios mais letais de que dispunha: a tecnologia bélica de última geração e o formidável conglomerado midiático. Cometeu dois erros: ignorou a margem de erro da primeira e as contradições do segundo. Embora disposta a atuar como força-tarefa, narradora de uma cruzada ao mesmo tempo épica e asséptica, a imprensa americana tinha um limite: se os fatos não podiam ser mediados ao seu livre arbítrio (e de fato não podiam), havia que se manter um mínimo de verossimilhança com o que acontecia. Caso contrário, Forrest Gump descobre que tem parceiro morrendo e não festeja mais a " guerra contra o terror".
Quem leu Guy Debord sabe que o espetáculo assegura integridade a uma sociedade atravessada por suas próprias contradições. Garante ao indivíduo a permanente sensação de aventura como recompensa por um projeto social que o exclui como elemento ativo. Quando o ruído da história concreta se faz ouvir, as imagens se transformam no oposto do que pretendiam. São, à velocidade da luz, a mais formidável fábrica de ausência de sentido: os corpos dilacerados de marines, os restos calcinados de tanques e helicópteros rompem a barreira do fetiche da mercadoria. O imperialismo, sem a discreta roupagem da CNN, mostra-se em sua nudez obscena. Homens estúpidos e máquinas inteligentes marcham para a barbárie. As emissoras árabes al-Jazira, Abu Dabi e al-Arabya quebraram o encantamento. Rambo não existe. Ao menos, como algo desejável eticamente.
O antiespetáculo cobra a fatura. No briefing diário, o ex-porta-voz da Casa Branca, Ari Fleischer, demonstrava irritação com perguntas de jornalistas sobre uma possível guerra prolongada. A BBC, em Londres, começava a se irritar com o "fogo amigo" e questionava o projeto americano para a " reconstrução" do Iraque. Parecia reproduzir a inquietação do ex-ministro Tony Blair com a rapinagem do amigo todo poderoso Dick Cheney.
A CNN teve que negar, com insistência, que esteja fazendo uma "cobertura asséptica". Simuladamente ou não, pouco vem ao caso, o descredenciamento da al-Jazira pela Bolsa de Valores de Nova York provocou o repúdio dos principais meios de comunicação americanos. Entropia braba e das boas. Exemplar demonstração de fissuras indesejáveis.
O que gostaria de reiterar é que não foi algo intrínseco à produção do espetáculo que o inviabilizou. Foi o processo que precedeu sua elaboração. Da truculência imperial que dispensou o consenso derivam os tropeços militares e a hegemonia irreversivelmente arranhada. O antiamericanismo nunca foi tão exacerbado como hoje. O arrazoado dos invasores não convence a ninguém. Em condições tão inóspitas, pedir à mídia americana que colonize corações e mentes equivale a solicitar que um drama nórdico tenha como cenário as colinas de Golã. Em algum momento, a razão cobra pedágio ao clichê. É quando a mídia, para sobreviver, tem que se reinventar. E Bush se aborrecer.
A paz não pode ser a expressão pueril de boas consciências, mas a invenção de uma alternativa à lógica expansionista. Isso tem que ficar muito claro quando o alvo volta a ser o velho quintal latino-americano. Chávez e Cristina Kirchner terminam o ano como protagonistas de novas fitas. Como objetos preferenciais das velhas operações de inteligência estadunidenses. Não façamos pouco de velhos roteiristas do terror.

Gilson Caroni Filho é professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, e colaborador do Jornal do Brasil e Observatório da Imprensa.


INTERNACIONAL

Especialista vê possibilidades de uma guerra civil
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília - Após o assassinato da ex-premiê paquistanesa Benazir Bhutto ontem (27), a possibilidade de guerra civil no país pode ter se intensificado. A avaliação é do especialista em Relações Internacionais e consultor do Ministério das Relações Exteriores, Ricardo Seitenfus.
“É uma situação extremamente delicada. Estamos assistindo, com esse assassinato, o fim de uma esperança de diálogo. Pode ser o início de uma guerra civil”, afirmou em entrevista à Rádio Nacional.
Seitenfus destacou que, do ponto de vista estratégico e das relações internacionais, o mundo pode ter retornado "à estaca zero”, já que os Estados Unidos haviam "apostado suas fichas" no atual presidente paquistanês, Pervez Musharraf.
“O assassinato de Benazir Bhutto, que seria uma espécie de acerto entre poder civil e militar, faz com que nós retornemos à estaca zero. Novamente, os Estados Unidos estão perante uma situação muito difícil, porque têm que apostar toda a sua estratégia em um ditador, um presidente pouco popular.”
Seitenfus lembrou que, pela proximidade geográfica com o Afeganistão, considerado eixo do terrorismo, o assassinato de Benazir Bhutto pode trazer consequências maiores para o mundo.
“Sem sombra de dúvidas, esse atentado demonstra a dificuldade de um diálogo em situações excepcionais entre oposição e situação. É uma luta sem quartel. Tanto que, agora, é impossível esse diálogo no Paquistão.”
Seitenfus traça um possível quadro político para o Paquistão, diante da proximidade das eleições parlamentares no próximo dia 8.
“A oposição agora se resumiu a Nawaz Sharif, que, provavelmente, vai recolher os votos da Bhutto e se transforme em líder da oposição”.
Entretanto, na avaliação de Seitenfus, o que marca o atual momento não é apenas o assassinato da ex-premiê, mas a situação de escalada da violência de rua, da oposição e da repressão no país.
“Esse é um problema sério, porque o Paquistão, instável, detentor da bomba nuclear, com os problemas de luta contra o terrorismo, é um elemento que vem conturbar ainda mais essa situação na região”, explicou o especialista.Ao tentar vislumbrar um futuro para o país, Seitenfus acredita que, se mantidas as eleições, a ditadura de Musharraf deverá sair vencedora.
“Musharraf tem uma larga experiência e, provavelmente, muita responsabilidade no que aconteceu ontem, mesmo que não se possa ainda imputar isso às forças ligadas a ele. Ele tinha não somente o direito, mas a obrigação de conceder uma proteção devida à candidata da oposição, o que as forças sob seus comando não fizeram”, argumentou.
Fonte: Agência Brasil

Será inaugurado, em março de 2008,o Museu Inimá de Paula, em Belo Horizonte.
Com mais de 3000 metros quadrados, o prédio da rua da Bahia, antigos Clube Belo Horizonte e Cine Guarani, está sendo restaurado e remodelado para receber o publico em março de 2008. Uma merecida homenagem a um dos maiores artistas plásticos de Minas Gerais.

LIVROS E REVISTAS

1.


O estudo da História pode parecer chato para muita gente, em parte pela forma com que são cobrados os conteúdos nas escolas, que muitas vezes criam a imagem de que estudar história é decorar datas e nomes.
É com o intuito de desfazer este mal entendido que o especialista em História do Brasil, professor da PUC Minas e professor convidado da Universidade do Porto Caio César Boschi lança Por que estudar História?
Editora Ática. 72 páginas, R$ 19,90.

SITES E BLOGUES

Agora o Tamos com Raiva tem um espaço da leitura. Por enquanto com dois livros, mas em breve com mais. Um deles é o velho conhecido nosso "Injustiçados - O Caso Portilho", mas agora em PDF e disponível para download e impressão. O outro é o "Sucursal das Incertezas", que apresentamos em artigo e com um trecho nesta semana. Mostra a história política contemporânea do Brasil do ponto de vista de um jornalista que trabalhou na sucursal do Jornal do Brasil, o diário mais prestigiado da época. Então, é bastante interessante para estudantes de jornalismo, mas também para qualquer um que queira saber como era Lula, FHC, Aureliano Chaves, João Batista Figueiredo, e tantos outros, há algum tempo atrás...
Finalmente o Tamos com Raiva criou vergonha na cara e publicou alguma coisa sobre a CPMF, o assunto mais falado dos últimos três meses (pelo menos). O publicitário, designer e jornalista Alexandre Giesbrecht escreveu um artigo especialmente para nosso blog sobre os principais pontos da CPMF. A quem interessava esse imposto? Ou ainda: a quem interessava acabar com esse imposto?
Leia em www.tamoscomraiva. blogger.com. br



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