Numero 160
Deixamos de lado, neste número, nos artigos principais, as preocupações com a crise, para dedicarmos a atenção a três assuntos, dois dos quais de interesse amplo, e o terceiro, mais provinciano, mas que me pareceu pertinente, a respeito do primeiro turno das eleições em Belo Horizonte.
O primeiro refere-se a estudo da ONU que dá conta de um número impressionante: quase um bilhão e meio de pessoas estarão morando em favelas dentro dos próximos 12 anos. É a falência do projeto de urbanização desencadeado especialmente a partir dos anos 1950. As megalópoles se revelam, já hoje, absolutamente ingovernáveis. O que dirá nas próximas décadas?
O segundo tema é a critica feita ao pedantismo acadêmico, expresso na exagerada submissão ao tal do MARCO TEORICO que deve acompanhar qualquer dissertação ou tese. Como o autor aponta, muitas vezes a discussão do tal marco teórico ocupa as paginas iniciais do trabalho e depois “desaparece” misteriosamente nos capítulos seguintes, quando o objeto está sendo apresentado, analisado e discutido.
A crise comparece nos links da seção Navegar é preciso.
Inicialmente, uma homenagem aos professores, que hoje, mais uma vez, comemoram seu dia.
Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda.
Uma observação: semana que vem o Boletim não irá ao ar. O excesso de trabalho me obriga a dar uma parada para descanso. Ficarei uma semana longe de computadores, livros, e etc e tal.
No site da Revista Fórum lê-se:
Mundo terá 1,4 bilhão em favelas até 2020, diz ONU
A relatora especial do Conselho de Direitos Humanos da ONU para Moradia Adequada, Raquel Rolnik, afirmou que o mundo precisa de políticas mais inclusivas para melhorar as condições habitacionais da população. Numa mensagem para marcar o Dia Mundial da Habitação, neste seis de outubro, a relatora da ONU afirmou que um em cada três moradores de cidades, vive em favelas.
(Com informações da rádio ONU)
Falácias acadêmicas, 3: o mito do marco teórico
Paulo Roberto de Almeida
1. Tente entender...
Veja, caro leitor, se você consegue entender este filósofo francês, muito lido e muito citado em certos círculos acadêmicos:
“Assim, por um lado, a repetição é isso, sem o que não haveria verdade: a verdade do ente sob a forma inteligível da idealidade descobre no eîdos o que pode se repetir, sendo o mesmo, o claro, o estável, o identificável em sua igualdade a si. E apenas o eîdos pode dar lugar à repetição como anamnésia ou maêutica, dialética ou diática. Aqui a repetição se dá como repetição de vida. A tautologia é a vida, só saindo de si para voltar a entrar em si. Mantendo-se junto a si na mnéme, no lógos e na phoné. Mas, por outro lado, a repetição é o próprio movimento da não-verdade: a presença do ente perde-se nele, dispersa-se, multiplica-se por mimemas, ícones, fantasmas, simulacros etc.” (J. Derrida, A Farmácia de Platão. SP: Iluminuras, 2005, p. 122).
Entendeu, leitor? Provavelmente não, mas não se preocupe, eu também não entendi nada, mas não me preocupo mais com isto: há muito tempo desisti de tentar entender esses filósofos franceses, que converteram em hábito – praticamente uma profissão – os atos de escrever difícil e de falar complicado, apenas para épater la galerie e impressionar o distinto público, no que eles foram, aparentemente, bem sucedidos (alguns ficaram ricos e famosos com toda essa empulhação). Aliás, acredito que esse autor não estava querendo explicar absolutamente nada a ninguém: estava apenas gozando da cara de eventuais alunos e de leitores desprevenidos. No que me concerne, não me deixo impressionar por falcatruas intelectuais.
Agora, considere este outro filósofo francês, ainda mais lido e mais citado nos mesmos meios (provavelmente não pelas boas ou corretas razões), e que se converteu em verdadeiro paradigma das ditas ciências sociais, quando ele, na verdade, é apenas um comentarista filosófico da história (o que não o impediu de monopolizar várias áreas das ciências humanas, impregnando todo o discurso acadêmico durante mais de uma geração):
“Deveríamos fazer uma tentativa de estudar o poder não a partir dos termos primitivos da relação de poder, mas a partir da relação de poder em si, na medida que ela mesma determina os elementos sobre os quais se estabelece: em lugar de pensar em indivíduos ideais aos quais se pede que cedam algo de si mesmos ou de seus poderes para serem submetidos, deveríamos indagar como as relações de dominação podem por si mesmas construir os indivíduos. Da mesma forma, em vez de investigar a única forma, o ponto central ao qual todas as formas de poder derivam como conseqüência ou como desenvolvimento, deveríamos abordar sua multiplicidade, suas diferenças, suas especificidades, sua reversibilidade: estudá-las, portanto, como relações de força que se entrecruzam, se excluem mutuamente, convergem ou, ao contrário, se opõem e tendem a se anular. Em resumo, em lugar de considerar a lei uma manifestação do poder, nos seria talvez mais útil tentar descobrir as diferentes técnicas de coerção que coloca a lei em funcionamento.” (Michel Foucault, trecho do Résumé des Cours; Paris: Collège de France, 1989)
Bem mais compreensível, não é mesmo, caro leitor? Você acha que poderia “trabalhar” com ele, por exemplo, para sustentar a argumentação teórica de algum ensaio acadêmico, talvez “encomendado” ou sugerido pelo seu professor orientador?
Textos como este, de Michel Foucault – sem falar de outros, mais enfadonhos ou mais excitantes, de Pierre Bourdieu, de Jürgen Habermas e de vários outros encore – têm sido usados de modo recorrente na academia, provavelmente mais para torturar alunos (ainda que de forma involuntária) do que para ensinar-lhes algo, de verdade. Textos como esses, escolhidos por professores de metodologia – por vezes, apenas trechos selecionados desse tipo de texto, oferecidos aos alunos por professores das disciplinas setoriais de ciências humanas – têm a função de servir de suposto suporte teórico para a confecção de trabalhos acadêmicos: monografias, dissertações, talvez até mesmo teses doutorais.
Pessoalmente, não tenho nada contra Bourdieu, Foucault, Habermas, Derrida e outras sumidades do mundo acadêmico (enfim, os dois primeiros até podem ser leituras agradáveis, mas os dois últimos são simplesmente aborrecidamente prolixos, ou francamente ilegíveis). Apenas acho que estes e outros autores do mesmo naipe são usados indevidamente por professores acomodados à bibliografia convencional e que não se preocupam em buscar explicações mais convincentes aos problemas-temas do trabalho de seus orientandos. Eles recorrem assim às “vacas sagradas” consagradas da conjuntura acadêmica dominante, como uma espécie de solução de facilidade – para eles, obviamente – ao mesmo tempo em que jogam os estudantes numa camisa de força conceitual que pode servir para muitas coisas, menos para o enriquecimento intelectual destes últimos.
2. A praga do marco teórico
A primeira responsabilidade do trabalhador acadêmico está constituída pela honestidade intelectual, o que implica a consideração de todos os elementos possíveis de serem usados numa análise abrangente de qualquer problema social, não apenas daqueles que correspondem às suas preferências políticas ou simpatias filosóficas do momento. Considero este critério o mais relevante no trabalho científico, aliás, o único relevante no campo das ciências humanas ou sociais, e é em torno dele que eu gostaria de formular estes comentários a mais uma das falácias acadêmicas.
De minha parte, em meus trabalhos de investigação histórica (estritamente factual), de observação política (e, portanto, algo subjetiva) e de análise sociológica (que, gostaria fosse a mais objetiva possível), não tenho por hábito preocupar-me além da conta (talvez mesmo nada) com a teoria, qualquer que seja ela. Não creio, sinceramente, que ela seja indispensável no (e ao) desenvolvimento de todos os tipos possíveis de trabalho intelectual. Vou ser claro: em nossos trabalhos de elaboração intelectual, todos nós “partimos” de alguma teoria, mesmo de forma inconsciente. Mas isso não tem nada a ver (ou, pelo menos, não deveria ter) com a “necessidade” de expor sua teoria previamente ao trabalho com os fatos. Prefiro deixar que os fatos falem por si, e se alguém quiser, depois, aplicar alguma teoria a eles, que o faça por sua própria conta e risco. Eu não vou me preocupar em desenvolver nenhuma nova teoria para tentar encaixar, ou amoldar, os fatos dentro dessa nova camisa de força conceitual. Podem me acusar de radical anti-teórico, mas é assim que vejo o mundo; desculpem-me os muito acadêmicos, mas estou me lixando para suas preocupações
Esta é também uma das razões pelas quais eu praticamente passo por cima dos capítulos teóricos nas dissertações e teses para cuja avaliação eu sou convidado. Acho que os professores “torturam” os seus alunos, obrigando-os a encontrar o famoso “quadro teórico” da sua pesquisa, quando os pobres alunos mal dão conta do emaranhado de fatos brutos que devem processar. Mas isso é uma outra discussão que farei em outra oportunidade. Para confirmar quão comum é esse tipo de atitude, permito-me transcrever aqui uma das muitas mensagens que recebo de alunos quase desesperados com essa “obrigação”. Esta é uma das mais recentes:
“…sou acadêmica do curso de Relações Internacionais da Universidade xxx, estou no sétimo período já fazendo o meu projeto de monografia. O meu tema é: Política Externa do Governo Lula (2003-2008) o acordo IBAS (Índia, Brasil e África do Sul) como instrumento de cooperação via Sul-Sul. Venho através deste lhe solicitar um auxílio de materiais sobre este assunto, estou com dúvida também de qual teoria das Relações Internacionais eu posso usar, porque meu professor me indicou Teoria da Interdependência, outros já me indicaram Intergovernamentalismo (o qual ainda não encontrei material o suficiente) e até mesmo o Institucionalismo, então não sei realmente o que aplicar, uma vez que quero trabalhar o que levou esses países a cooperarem, quero verificar se realmente esse acordo está contribuindo para uma maior inserção destes países emergentes em âmbito internacional. Espero ter sido clara o suficiente e que você com toda sua experiência possa me fornecer um auxílio. Desde já muito obrigada pela sua presteza e tenho certeza que seu auxílio contribuirá muito com minha formação. Grata mais uma vez, xxx” (11/09/2008; 08:49)
O que é que eu respondi a este aluno desesperado? Isto:
PRA: “Vou ser bastante franco com você, xxx. Uma iniciativa concreta de diplomacia, neste caso a decisão do governo Lula de empreender um programa reforçado de cooperação com dois outros países considerados ‘parceiros estratégicos’, não precisa ter nenhuma justificativa teórica, nem se sustentar em nenhum quadro conceitual vigente, para existir e se desenvolver de fato. Essa ‘ditadura do marco teórico’, que professores exigem de alunos que iniciam um trabalho acadêmico, é um verdadeiro absurdo, uma camisa de força que não encontra respaldo em nenhuma regra acadêmica, ou formalização conceitual. Se trata de uma exigência que se justifica por ela mesma, e que, portanto, é irracional, e se a exigência é incontornável ela se torna estúpida. Não possuo e não conheço nenhuma teoria que possa sustentar o IBAS, e não dou a mínima importância para isso. Uma iniciativa diplomática não precisa passar pelo moedor de carne dos rituais acadêmicos para existir e, portanto, pode ser perfeitamente dispensável o tal de marco teórico. Pode dizer isto ao seu professor; eu recomendo que você faça um trabalho intelectualmente honesto sobre o IBAS, considerando todos os elementos factuais de que você dispõe, sem precisar rechear o assunto com qualquer penduricalho acadêmico que possa existir.”
Também sou habitualmente convidado a emitir pareceres sobre artigos acadêmicos submetidos a revistas convencionais desse campo, o que se aproxima bastante do tipo de exercício a que sou convidado exercer quando desse tipo de consulta individual. Vejamos um exemplo recente desse tipo de consulta.
Pergunta: “O artigo é bem escrito? Baseia-se em pesquisa bem feita, com utilização de fontes apropriadas? Suas conclusões são justificadas? Sua estrutura organizacional e argumentação são claras?”
PRA: Sim, o artigo é bem escrito; existe, talvez, certo pedantismo na análise, que não precisaria passar pelo famoso “marco teórico”, que o autor escolheu na obra de Derrida, a rigor irrelevante para se analisar o discurso de Xxxx sobre o terrorismo, mas se trata, provavelmente, de ritual imposto por algum professor viciado em desconstrucionismo.
Pergunta: “O artigo dá uma contribuição para o seu campo de estudo? De que maneira pode ser considerado original?”
PRA: Não creio que se necessite recorrer a um pensador deliberada e voluntariamente obscuro, como Derrida, para explicar discursos políticos sobre o fenômeno do terrorismo, discursos que necessariamente carregam as ambigüidades de uma indefinição persistente e inevitável, em vista da complexidade do conceito e do fenômeno. Trata-se de um filósofo “obscurantista”, que busca, expressamente, uma linguagem pretensamente complicada, críptica, desnecessariamente prolixa e falsamente empolada, apenas para impressionar os incautos: ele será esquecido e remetido à lata de lixo da filosofia assim que os franceses recobrarem a razão. (...) Ele apenas satisfaz egos filosóficos ingenuamente encantados com filosofices inúteis de um pensador futuramente descartável.
Enfim, não pretendo deter a chave do conhecimento filosófico ou sair por aí atirando um ou outro philosophe em alguma lata de lixo, mas eu constato que muitos professores falam de um “marco teórico” como algo “indispensável” ao trabalho do mestrando ou doutorando. Com isso, eles conseguem tirar várias noites de sono do candidato, que adentra na selva selvaggia da bibliografia pertinente – geralmente restrita a poucos “barões” da teoria em ciências humanas, de extração francesa ou alemã – em busca de algum enquadramento teórico para o objeto escolhido. A maior parte dos pobres alunos sai dessa selva arranhada, com urticária metodológica e sérios problemas para retomar o fio da meada de seu objeto próprio.
3. O que é e o que não precisa ser o tal de marco teórico
O marco teórico normalmente faz parte daquela seção metodológica que se segue à introdução nos trabalhos de candidatos. A discussão da metodologia a ser empregada na pesquisa compreende, por sua vez, algumas hipóteses de trabalho que normalmente se apóiam em alguma teoria disponível no supermercado acadêmico. A teoria certamente ajuda a pensar, mas ela não deve representar uma camisa de força, que obrigue o candidato a enquadrar o seu tema em alguns dos molhos prêt-à-porter que estão disponíveis nas estantes pertinentes do supermercado.
Um candidato desprevenido, que pretenda, por exemplo, fazer uma dissertação sobre a informalidade laboral no Brasil, não precisa necessariamente se interrogar sobre o que o inefável Foucault teria a dizer sobre isso. Não creio, pessoalmente, que o “marco teórico” deva ser um monstro metafísico que ameace engolir o candidato se ele se sentir desconfortável com o tal de “enquadramento conceitual” do seu objeto: determinados temas, bem mais “pedestres” em sua concepção e desenvolvimento, podem dispensar essas filigranas teóricas.
A metodologia é, sobretudo, uma ferramenta analítica utilizada para descrever e discutir o objeto escolhido e a teoria é uma espécie de fundamentação conceitual desse objeto, com algumas generalizações sobre o tema em espécie. Estudos de caso e pesquisa empírica são sempre bem-vindos, mesmo se eles não se encaixam em algum molde conceitual – o famoso “marco teórico” – que o professor acha que o candidato deva obrigatoriamente exibir. Na elaboração metodológica, o candidato deve eventualmente se propor algumas hipóteses de trabalho que serão, no decurso do trabalho, confirmadas ou desmentidas pelo tratamento oferecido ao tema escolhido.
Mas essa “fundamentação teórica”, que os professores exigem dos candidatos, não precisa ser considerada um elemento absolutamente indispensável do trabalho acadêmico, pois nem sempre é o caso. Ou seja, o trabalho pode ser – este é um direito do candidato – simplesmente expositivo-descritivo, sem referência a qualquer autor famoso na comunidade acadêmica, posto que um determinado tema escolhido se presta, hipoteticamente, a uma descrição empírica de fatos da vida real. Ou, então o candidato pode ter decidido, por exemplo, fazer uma síntese da literatura existente a respeito do seu tema, sem maiores inovações teóricas. Por causa dessa obsessão com o marco teórico alguns alunos tropeçam feio nessa parte, e acabam escrevendo uma “metodologia” que tem pouco a ver, finalmente, com o conteúdo em si do trabalho.
Resumindo: metodologia é simplesmente a forma como o autor organiza os seus dados, seus materiais primários, seus elementos empíricos, e até suas leituras, e os apresenta em seguida na discussão fundamentada da terceira parte, com análise crítica e um levantamento de outros problemas que tenha detectado em sua pesquisa. O autor pode, também, aproveitar essa parte para dizer como outros analistas do mesmo problema estudaram a questão, se concorda com eles, se utilizará métodos já empregados anteriormente, etc.
Conseguindo cumprir essa etapa do ritual, o candidato se descobre então um feliz sobrevivente de uma navegação acadêmica que costuma fazer naufragar alguns outros colegas que seguem o mesmo caminho. Depois disso, basta escrever e, se não for pedir muito, sobreviver ao esforço acadêmico...
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O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
"O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe que o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio dependem das decisões políticas. O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."
BH e as artimanhas da razão despolitizante
Ou o café sem cafeína , o leite sem lactose , a cerveja sem álcool , a política despolitizada e os partidos despartidarizados
Marcio Lacerda
http://veja. abril .com .br/240908/p_066.shtml
1. Em 2004, sem o apoio do governador , o candidato do PT chegou a 68,5% dos votos válidos. Votos nulos e brancos: 10,71%. Abstenção: 15,08%.
O crescimento de votos nulos, brancos e das abstenções de 2004 para 2008 foi de cinco pontos percentuais, tanto para a eleição majoritária quanto na proporcional. Isso mostra o aumento da alienação eleitoral, entendida como decisão consciente de eleitores, depois de seis anos da “parceria” mostrada como um exemplo para o Brasil.
Basta ver os números acima para concluir que a tática eleitoral do PT-BH foi derrotada. Parte significativa do eleitorado resolveu acatar as críticas das candidaturas alternativas e de oposição, evitando a resolução da disputa no primeiro turno. Mesmo que a “Aliança” ganhasse no segundo turno, as seqüelas do primeiro seriam profundas.
Ou seja, a maioria dos votos válidos rejeitou a imposição de uma candidatura assentada no acordo entre o governador de Minas e o prefeito da Capital.
O discurso foi claro: a candidatura de Márcio Lacerda baseava-se na “virtude” da despartidarização (ele, Aécio e Pimentel, estariam acima dos partidos); na despolitização (com a primazia de uma farsesca “gestão técnica”, em contraposição ao embate político); na exibição “exemplo de Minas” para o Brasil (da óbvia relação federativa e republicana entre dois chefes do executivo, como se isso fosse uma inovação programática).
Assim, a ausência de discussão política, a enfadonha exibição de obras que seriam fruto da parceria entre Aécio e Pimentel, a crítica dos partidos e da política e a apologia da “PBH S/A” (prevalência da lógica empresarial na gestão pública ) resultaram numa derrota fragorosa : do governador Aécio, do prefeito Fernando Pimentel e do PT.
Diziam que a “Aliança” seria aprovada por 80% do eleitorado ; exibiam a aprovação de Aécio (91%) e a de Pimentel (87%), segundo o Instituto Emdata, como fiadoras de uma vitória já no primeiro turno . As previsões mais pessimistas, 15 dias antes, falavam que a “campanha científica” fecharia em 56%. E venderam tais avaliações ao presidente Lula. Porém, esqueceram que os eleitores não são cobaias.
A cidade perdeu porque não temos no segundo turno ninguém que encarne a alma do projeto democrático e popular. As duas candidaturas são filhas do mesmo processo político, controlado e monitorado pelo governador Aécio Neves.
A cidade perdeu em termos da qualidade da representação na Câmara Municipal: uma campanha despolitizada e despartidarizante resultou na composição de uma verdadeira “Câmara do Comércio Varejista”. Mais ainda: a tática eleitoral implementada com a chancela do PT acabou em mais um retrocesso político.
Especificamente, o PT perde. De nove vereadores passamos para seis. Cai, como demonstraremos em outro texto, a votação da maioria de nossos candidatos históricos. Cai a legenda. E a alteração da qualidade política, ideológica e orgânica de nossa bancada, eleita originalmente em 2004, é visível: a identidade partidária na futura bancada é pífia.
Enfim, o povo politizou-se à revelia do PT e contra sua tática eleitoral, derrotando a razão despolitizante. A incrível indiferença política entre PT, PSDB, PPS e legendas satélites, e a fragmentação da base do governo Lula, deixaram um rastro de desorganização e confusão políticas na cidade.
Fora de Minas, o governador ainda vê José Serra se fortalecendo para a disputa de 2010, a partir de São Paulo.
O sonho de transformar Aécio Neves no candidato “pós-Lula” parece que foi adiado. Para o bem do inconcluso projeto democrático e popular.
Logo, qual será a diferença substantiva entre Márcio e Leonardo?
Tentar agora difundir uma oposição entre direita e esquerda em BH é ridículo. Contrapor populismo e projeto “popular-democrático” (sic), como se referiu o governador, é outra tolice. É evidente que a dúvida sobre o futuro da gestão da PBH e de seus programas institucionais paira nos corações e mentes daqueles que dedicaram parte de suas vidas ao dito “projeto”. Isso vale para as duas candidaturas.
Mas quem produziu esta situação de incertezas e angústias?
Foram aqueles que acharam natural em um processo político, de eleições, despolitizar a política e despartidarizar os partidos. Esse neopopulismo urbano, pós-moderno, não é genético. É ideológico. Tenho dúvida da existência do verbo “des-substancializar”, mas é isso que fazem quando inventam café sem cafeína, cerveja sem álcool, leite sem lactose, vinho de jabuticaba, partidos despartidarizados e política despolitizada.
O problema não é só a derrota eleitoral.
Saudações socialistas,
Luis Carlos da Silva - Sociólogo e ex-dirigente estadual do PT-MG
VALE A PENA LER
1. O olhar dos correspondentes estrangeiros sobre o Brasil
por Michelle Amaral da Silva (Jornal Brasil de Fato)
Obra revive história do país nas últimas três décadas, relatada em mais de 30 artigos de jornalistas estrangeiros
Um relato das últimas três décadas do país, sob o olhar de correspondentes estrangeiros. Esta é a base do livro "Correspondentes no Brasil", editado pela Mérito (SP), que foi lançado oficialmente em São Paulo nesta quinta-feira (9), na FNAC Pinheiros.
A obra tem apresentação do jornalista Alberto Dines, e reúne mais de 30 artigos de jornalistas vinculados à Associação de Correspondentes Estrangeiros (ACE). Os relatos abrangem não somente aspectos políticos, econômicos e sociais da história do Brasil, mas também detalhes sobre os bastidores das coberturas e reflexões sobre a própria atividade de correspondente.
São temas das reportagens, entre outros, a trajetória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o impeachment de Fernando Collor em 1992, os anos de Fernando Henrique Cardoso no poder, o assassinato da missionária Dorothy Stang no Pará, em 2005, e os conflitos na Reserva Raposa Serra do Sol, em Roraima.
Segundo uma das organizadoras do livro, a jornalista inglesa Jan Rocha, as reportagens dos correspondentes são, em geral, mais explicativas, já que se dirigem a um público que conhece muito pouco ou quase nada sobre o Brasil. "Nos devemos colocar o que acontece no Brasil dentro do contexto dos países para quem estamos escrevendo. Nosso olhar deveria ser mais isento (nem sempre é) porque estamos olhando do lado de fora, conseguimos ver o quadro maior, pelo menos em teoria", diz.
O livro também foi organizado pela presidente da ACE, Verõnica Goyzueta, e Thomas Milz. As fotografias são de Paulo Fridman, Roberto Cattani e do próprio Milz.
2. Alencar, o escravista
Cartas do autor a d. Pedro 2º, nas quais defendia o cativeiro no país, são pela 1ª vez publicadas em livro, 140 anos depois
RAFAEL CARIELLO (da Folha de São Paulo)
"A escravidão caduca, mas ainda não morreu; ainda se prendem a ela graves interesses de um povo. É quanto basta para merecer o respeito."Quem vinha a público, em 1867, desejoso de ser ouvido na defesa do cativeiro no país era o romancista José de Alencar (1829-1877). A memória histórica no Brasil, no entanto, silenciaria seus argumentos no século seguinte.
A frase aparece numa das sete cartas públicas em que, naquele ano, o autor de "Iracema" criticou o imperador d. Pedro 2º por propor que o país começasse a pôr fim gradual à escravidão. Só agora, 140 anos depois, elas ganham uma edição em livro, "Cartas a Favor da Escravidão" (ed. Hedra), que chega nesta semana às livrarias.
Embora diversos pesquisadores tivessem conhecimento de sua existência -que era citada em alguns trabalhos- e das posições políticas de Alencar, o conteúdo das cartas não chegou a ser reimpresso. O conjunto não aparece, por exemplo, nas obras completas do autor romântico, organizadas em 1959 pela editora José Aguilar (hoje Nova Aguilar).No final dos anos 90, a historiadora Silvia Cristina Martins de Souza encontrou as cartas na Biblioteca Nacional, no Rio.Republicou parte delas numa revista especializada da Unicamp. "Elas não haviam sido reproduzidas no século 20", diz a pesquisadora, que atribui o "esquecimento" do material ao "desconhecimento e desinteresse" sobre a obra de Alencar.
O organizador do livro que vem agora a público, Tâmis Parron, tem opinião diferente.Ele escreve na introdução aos textos de Alencar que se trata de uma "provável tentativa de expurgar sua memória artística de uma posição moralmente insustentável para os padrões culturais hegemônicos desde o final do século 19"."É um expurgo? Pode ser. É provável, mas não tenho acesso a documentos que provem essa hipótese", disse o historiador, em entrevista à Folha.
Procurada, a Nova Aguilar não respondeu aos questionamentos sobre a lacuna e sobre a possibilidade de inclusão das cartas em edições futuras (a última, esgotada, saiu em 1965).
As "Novas Cartas Políticas de Erasmo", como foram denominadas, numa referência ao pensador holandês, apareceram num momento de crise internacional da escravidão. Com o fim da Guerra Civil Americana (1861-1865) e da servidão nos EUA, aumentaram as pressões internacionais para que o Brasil, como último país independente da América a mantê-la, pusesse fim à instituição.
No princípio de 1867, o imperador pede que seu gabinete encaminhe ao Legislativo uma proposta de discussão que resulte num prazo para o fim da escravidão.
Instituição necessária
É em reação a essa movimentação de d. Pedro que Alencar argumenta, em suas cartas, contra a extinção por lei de uma instituição que, para ele, deveria acabar como resultado de um processo "natural" de maturação -processo que na Europa, ele diz, levou séculos.O escritor e político -falava como integrante do Partido Conservador- reconhece que a escravidão já se apresentava "sob um aspecto repugnante", mas completava que "ainda mesmo extintas e derrogadas, as instituições dos povos são coisa santa, digna de toda veneração". "Nenhum utopista, seja ele um gênio, tem o direito de profaná-las. A razão social condena uma tal impiedade." As "razões sociais" do cativeiro no Brasil eram muitas, segundo o autor. Em primeiro lugar, de ordem econômica, já que era pelo trabalho escravo que se mantinha a produtividade das unidades agro-exportadoras do século 19. Depois, política, já que era daí que o Estado tirava recursos para existir.Mas também "social", já que, segundo Alencar, a instituição no Brasil trazia a promessa de inserção, como cidadão (ainda que parcial), do escravo alforriado e de seus filhos.Finalmente, num raciocínio pouco usual na época, Alencar, de certa forma prefigurando Gilberto Freyre, autor de "Casa Grande & Senzala", afirmava que a escravidão permitia a existência de uma cultura original no Brasil, fruto da "miscigenação" de costumes entre "brasileiros" e negros africanos.
CARTAS A FAVOR DA ESCRAVIDÃO
Autor: José de Alencar
Organizador: Tâmis Parron
Editora: Hedra
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3. Nas bancas a Revista Leituras da Historia n. 13.
50 anos da Nasa – Rasputin, o monge louco – Cinema na Guerra Fria – Lendas do Rock – Os vinte anos da Constituição. Entrevista com o antropólogo Rui Murrieta.
4. Jornal Le Monde Diplomatique Brasil n. 15
Matéria de capa: Eleições nos Estados Unidos.
Outras matérias: O combate às milícias no Rio - Inclusão produtiva - Cirio de Nazaré: drama, fé e carnaval - Socialismo em Wall Street - Entrevista com Noam Chomsky: Os Estados poderosos se opõem à democracia - A mídia perde espaço nas campanhas municipais - o preço da saúde na África - A força dos neotalebans - América Latina reduz sua dependênciua dos EUA - Suplemento: Articulação Latino-americana: cultura e política
5. Nas bancas a edição 37 da Revista de Historia da Biblioteca Nacional. Dossiê O Brasil na Primeira Guerra Mundial - Artigos: Divino Cartola - Há controvérsias sobre a Guerra dos Emboabas - As raízes da impunidade - O fandango no Paraná do século XVIII - A utilização do cinema em sala de aula: os cuidados necessários - A copa do mundo de 1938 na França, às vésperas da Segunda Guerra - Entrevista com Helga Piccolo. Neste número, a revista oferece grátis o índice do ano III da publicação.
6. A Historia da Humanidade contada pelos vírus
Stefan Cunha Ujvari
Malária, sífilis, tuberculose, ebola, gripe, aids, sarampo e outros males que atacam a humanidade revelam muito mais da nossa história do que imaginamos. Os passos do homem ao longo das épocas, a convivência com diversos animais, o encontro com outros seres humanos: tudo isso pode ser desvendado agora com o estudo microscópico de vírus, bactérias e parasitas que cruzaram – e cruzam – o nosso caminho. Este livro, escrito por um brilhante médico infectologista brasileiro, em estilo agradável e de fácil leitura, traz a genética definitivamente para a área das ciências do homem. Editora Contexto
208p, $37,00
NAVEGAR É PRECISO
1. Site da Ciência Hoje -
Patrimônio saqueado - http://cienciahoje.uol.com.br/130160
Na estréia de sua coluna, Keila Grinberg discute uma faceta pouco estudada das guerras e invasões: a forma como esses conflitos ameaçam o patrimônio histórico e cultural da humanidade. Das obras de arte pilhadas pelos nazistas aos documentos expatriados do Iraque com a invasão americana, a historiadora chama a atenção para a gravidade desse problema.
Descobrindo a África no Brasil http://cienciahoje.uol.com.br/130002
Nos anos 1820, o pintor alemão Johann Moritz Rugendas esteve no Brasil e se encantou com a variedade de povos africanos no Rio. Ele notou que, apesar da diversidade, eles rapidamente podiam conversar entre si. Dois séculos depois, Sergio Pena mostra em sua coluna como a genética de populações permitiu confirmar a unidade dos escravos brasileiros observada por Rugendas
2. Site da Agencia Carta Maior – www.cartamaior.com.br
ESPECIAL - FRANÇOIS CHESNAIS
O capitalismo tentou romper seus limites históricos e criou um novo 1929, ou pior
Em uma palestra feita em 18 de setembro, em Buenos Aires, o economista francês François Chesnais expôs a forma como o capitalismo, em sua longa fase de expansão, tentou superar os seus limites imanentes. E como todas essas tentativas contribuíram para criar agora uma crise muito maior. Comparável à de 1929, mas que ocorre num contexto totalmente novo. > LEIA MAIS Economia 09/10/2008
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Ao examinarmos todo o período histórico do pós-guerra, este por certo é o momento de maior fragilidade na administração da economia capitalista mundial. Está claro que os efeitos deste novo capítulo da crise, deflagrado pelo estouro da bolha imobiliária nos Estados Unidos, não desacelera apenas a economia norte-americana. O que é certo é que o lubrificante da desregulação parece ter esgotado a capacidade de azeitar a engrenagem do sistema. A análise é de Luiz Gonzaga Belluzzo. > LEIA MAIS Economia 07/10/2008
• O pânico nos mercados após o Plano Paulson• Capitalismo vive seu Ensaio sobre a Cegueira
• Economistas contra Bush: "Não financiar as idiotices de Wall Street"
• Com a crise, América Latina tira o pé do acelerador
• Algumas coisas que a mídia não diz sobre a crise nos EUA
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JOSÉ SARAMAGO
No dia 1° de outubro, o escritor português publicou um texto provocador, onde, entre outras coisas, afirmou: "Imaginei, quando há um ano rebentou a burla cancerosa das hipotecas nos Estados Unidos, que a esquerda, onde quer que estivesse, se ainda era viva, iria abrir enfim a boca para dizer o que pensava do caso. Passou-se o que se passou depois, até hoje, e a esquerda, covardemente, continua a não pensar, a não agir, a não arriscar um passo". Saramago segue aguardando resposta. > LEIA MAIS
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"A direção da globalização vai mudar"
As medidas nacionalizantes de ações e bancos anunciadas pelo primeiro ministro Gordon Brown, do Partido Trabalhista, tiveram um poder eletrizante em relação aos demais governantes dos países diretamente envolvidos com as causas da crise, nos Estados Unidos, na Europa e na Ásia. Para "The Economist", medidas equivalem a aplicação de uma lei marcial nas instituições financeiras. A análise é de Flávio Aguiar. > LEIA MAIS
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A MÃO QUE EMBALA O MERCADO
Lista da "Fortune" não existiria sem a intervenção do Estado
A liberalização financeira teve efeitos para além da economia. Há muito que se compreendeu que era uma arma poderosa contra a democracia. O movimento livre dos capitais cria o que alguns chamaram “parlamento virtual” de investidores e credores que controlam os programas governamentais e “votam” contra eles, se os consideram “irracionais”, quer dizer, se são em benefício do povo e não do poder privado concentrado. A análise é de Noam Chomsky. > LEIA MAIS Política
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"Matem-no!" Obama atrai ódio conservador
Os comícios começaram a fugir do controle do republicano John McCain, com seus apoiadores chegando a gritar "matem-no" à menção do nome de Obama. O Serviço Secreto abriu, inclusive, o inaudito precedente de interrogar membros de um comício presidencial por ameaça de assassinato. Com a reação negativa gerada pelo sectarismo, McCain retrocedeu. A análise é de Idelber Avelar. > LEIA MAIS
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A tragédia do socialismo romeno
A menção do nome de Ceausescu traz à tona uma série de perplexidades. Como pôde este militante anti-fascista da juventude, várias vezes aprisionado e condenado por governos reacionários, simpatizantes do nazismo antes da e durante a Segunda Guerra, transformar-se no delirante ditador, algo senil, do fim da década de 80? É uma pergunta dilacerante, mas que tem de ser enfrentada. > LEIA MAIS Internacional 13/10/2008
• Veja álbum de imagens
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3. Site Historianet – www.historianet.com.br
Brasil Colônia
Bolos e docinhosO último trimestre de 1807 foi tomado por grandes modificações no cotidiano de Lisboa13/10/2008
História do Brasil.
Vacina e rebeliãoA situação socioeconômica do Brasil na época da Revolta da Vacina13/10/2008
Atualidades
Plantation do séc. XXIO latifúndio e a produção açucareira no Brasil ao longo do tempo13/10/2008
NOTICIAS
1. Informamos que o Edital para o Processo Seletivo do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Federal de Ouro Preto (ano de ingresso 2009) já está disponível no site www.ichs.ufop. br/pgh.
Lembramos que as inscrições serão feitas até o dia 31 de outubro de 2008, podendo ser realizadas pessoalmente, via e-mail ou enviadas pelo correio, desde que respeitem a data limite.
Programa de Pós-graduação em História
Departamento de História
Instituto de Ciências Humanas e Sociais
Universidade Federal de Ouro Preto
Rua do Seminário, s/n - Centro - Mariana - MGCEP 35420-000 - Telefone: (31) 3557-9423
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2. Vagas para mestres e doutores brasileiros/Luanda, Angola
A Faculdade de Letras e Ciências Sociais da Universidade Agostinho Neto contrata mestres e doutores (7 vagas) em diversas áreas, incluindo Ciência Política, Historia e Arquivologia, para trabalho temporário na cidade de Luanda, Angola. Os contratados cumprirão 12 horas/aula/semana nos cursos de graduação e orientarão monografias. O contrato e' de seis meses, renováveis por mais um ano. O valor da proposta e' de 2500 Usd para doutores e 2000 Usd para mestres. Aulas noturnas são pagas a parte. As passagens aéreas, moradia nos dois primeiros meses e seguro saúde são pagos. A viagem do Brasil para Luanda esta' prevista para 1/3/2009 e as atividades começam dia 15/3/2009. Os interessados devem enviar seus currículos para o e-mail luandaebrasil@gmail.com.
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3. Premio ABA/GTZ: Povos Indígenas e Cenários Etnográficos na Amazônia
A Associação Brasileira de Antropologia e a Agencia de Cooperação Técnica Alemã (GTZ) lançam premio de apoio para publicação pela Paralelo 15 Editores de uma tese de doutorado e uma dissertação de mestrado que sigam a temática deste ano: "Povos Indígenas na Amazônia: cenários etnográficos de mudança e continuidade". As inscrições vao ate' 30/11/2008. Mais informações em http://www.abant.org.br.
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4. Seleção para pós-graduação em Antropologia/UFBA
O Programa de pós-graduação em Antropologia da Universidade Federal da Bahia abriu processo seletivo para Mestrado e Doutorado ate' 16/11/2008. As linhas de pesquisa do PPGA da UFBA são: Corpo, sexualidade, saúde e saberes terapêuticos; Etnicidade, identidade e política; Etnologia e etnohistoria; Patrimônio, linguagens e memória social; Religião e simbolismo. Mais informações em http://www.ppga.ufba.br.
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5. Seleção para Professor Adjunto/UFPA
O Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Para' abre concurso para professor adjunto em Antropologia Biológica, Arqueologia e Metodologia da Pesquisa em Ciência Política. Mais informações em http://www.ufpa.br/concurso/cfch.htm.
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6. Seleção para pós-graduação em Sociologia/UFSCar
Estão abertas as inscrições para Mestrado (20 vagas) e Doutorado (10 vagas) no Programa de pós-graduação em Sociologia da UFSCar. O prazo se encerra em 17/10 (inscrições realizadas pessoalmente) e em 15/10 (via correio, valendo a data de postagem). As linhas de pesquisa são: Cultura, diferenças e desigualdades; Estrutura social, poder e mobilidades; e Urbanização, rural idades, desenvolvimento e sustentabilidade ambiental. Mais informações em http://www.ppgs.ufscar.br.
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7. III Simpósio de política e cultura: relações de poder e praticas culturais/USS
Estão abertas as inscrições para o "III Simpósio de política e cultura: relações de poder e praticas culturais" do Programa de Mestrado em Historia da Universidade Severino Sombra (USS), que será realizado dias 26, 27 e 28/11/2008 em Vassouras RJ. O evento será composto por sete mini-simpósios: Praticas políticas na América Ibérica; Cinema - Historia; Estado, instituições e relações de poder; Imprensa, idéias políticas e movimentos sociais; Violências e espaços urbanos, configurações e implicações históricas; Formação do capitalismo de "desenvolvimento para fora" no Brasil: a nova ética do trabalho; Relações de poder e identidades sociais. Mais informações em http://www.uss.br/web/page/IIIsimposio.asp .
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8. Simpósio de Antropologia: entre o legal e o ilegal/UFScar
Os Programas de pós-graduação em Antropologia Social (PPGAS) e em Ciências Sociais (PPGCSO) da UFSCar convidam para o "Simpósio de Antropologia: entre o legal e o ilegal", que será realizado nos dias 20 e 21/10/2008, no Auditório das Ciências Sociais. Mais informações em http://www.ufscar.br.
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9. I Seminário Nacional de Cultura e Patrocínio/SPEstão abertas as inscrições para o I Seminário Nacional de Cultura e Patrocínio, realizado pela Fundação Imprensa, que ocorrera' nos dias 24 e 25/11/2008, no Teatro Abril em São Paulo. Mais informações em http://www.congressocultural.com.br.
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10. Lançamentos de livro
- "O Congresso brasileiro e o Regime Militar (1964-1985)", de Antonio Carlos Pojo do Rego. Editora FGV, 2008.
- "In vitro, in vivo, in silicio: ensaios sobre a relação entre arte, ciência, tecnologia e sagrado", organizado por Leila Amaral e Amir Geiger.
- Denise Fagundes Jardim e' a organizadora do livro "Cartografias da Imigração: interculturalidade e políticas publicas" (Porto Alegre, 2008), que faz parte da coleção do Núcleo de Antropologia e Cidadania (NACi/PPGAS/UFRGS).
- "Ordens e PACIS: abordagem comparativa das relações internacionais", de Alexandre Zhebit (org.). Rio de Janeiro: MAUAD Editora, 2008.
- "O que a esquerda deve propor", de Roberto Mangabeira Unger. Civilização Brasileira Editora, 2008.
- "Agenda Socioambiental de Comunidades Quilombolas do Vale do Ribeira" (Instituto Socioambiental), organizado por Kátia M. Pacheco dos Santos e Nilto Tatto.
- "Diversidade Cultural - da proteção 'a promoção", organizado por Jose' Marcio Barros. (Belo Horizonte, Editora Autentica.2008).
- Renato Athias e Regina Pahim Pinto organizaram o livro "Estudos Indígenas: comparações, interpretações e políticas" (São Paulo: Editora Contexto, 2008), uma realização Fundação Carlos Chagas.
- "A trajetória da Democracia Socialista: da fundação ao PT", de Vitor Amorim de Ângelo. EdUFScar, 2008.
- "Malunga Thereza Santos: a historia de vida de uma guerreira", de Thereza Santos. EdUFSCar, 2008.
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11. Revista/Chamada de artigos e lançamento
- A revista eletrônica "Sexualidade, Saúde e Sociedade" publicada pelo Centro Latino Americano em Sexualidade e Direitos Humanos do IMS/UERJ esta' recebendo artigos para seu primeiro numero, a ser lançado em abril de 2009. Serão aceitos artigos em português, espanhol e inglês. Mais informações no site http://www.clam.org.br.
- Lançado o no.2, volume 4, da Liinc em Revista (www.ibict.br/liinc), com dossiê especial sobre "Acesso Livre: um novo paradigma para a comunicação cientifica", organizado por Helio Kuramoto (IBICT).
1 Comentários:
Às 10:36 AM , Maria José Speglich disse...
Gostei do novo Layout.
Esta mais alegre, colorido, apesar de que você só coloca coisas terríveis.
Boas Férias!
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