Numero 203
O Boletim de hoje traz um número maior de matérias, graças às muitas colaborações que tem recebido.
Iniciamos com uma análise das reformas educacionais que estão acontecendo no Rio de Janeiro e preocupam algumas pessoas; depois, enveredamos com Mario Maestri, no tempo em que as estâncias eram de todos; em seguida, vamos falar da professora que andou dançando de uma forma heterodoxa; em quarto lugar, o jornalista José de Castro nos fala da audácia de Obama ao pós-americanismo. E concluímos a primeira parte com um texto em espanhol a respeito da crise de Honduras.
Em Vale a pena ler, Emílio Goeldi: Aventura de um naturalista entre a Europa e o Brasil e as revistas Boletim 3 e de Historia da Biblioteca Nacional 48.
Muitos links em Navegar é preciso: Software livre – novidades do Café Historia – A teologia da libertação – Máfias farmacêuticas – Nova Africa – Revista Espaço Acadêmico – O dia em que Jango prendeu o Cabo Anselmo – Brasil: independência alternativa – As vias abertas da América Latina – O ambiente pela metade.
Notícias: Ciclo de palestras Roma Aeterna e Preservação Ferroviaria: novos eventos.
Iniciamos com uma análise das reformas educacionais que estão acontecendo no Rio de Janeiro e preocupam algumas pessoas; depois, enveredamos com Mario Maestri, no tempo em que as estâncias eram de todos; em seguida, vamos falar da professora que andou dançando de uma forma heterodoxa; em quarto lugar, o jornalista José de Castro nos fala da audácia de Obama ao pós-americanismo. E concluímos a primeira parte com um texto em espanhol a respeito da crise de Honduras.
Em Vale a pena ler, Emílio Goeldi: Aventura de um naturalista entre a Europa e o Brasil e as revistas Boletim 3 e de Historia da Biblioteca Nacional 48.
Muitos links em Navegar é preciso: Software livre – novidades do Café Historia – A teologia da libertação – Máfias farmacêuticas – Nova Africa – Revista Espaço Acadêmico – O dia em que Jango prendeu o Cabo Anselmo – Brasil: independência alternativa – As vias abertas da América Latina – O ambiente pela metade.
Notícias: Ciclo de palestras Roma Aeterna e Preservação Ferroviaria: novos eventos.
SUJEIRA PRA TODO LADO
A propósito do que dissemos aqui no numero passado, recebi uma colaboração da professora Monica Miranda, que me encaminhou email recebido por ela. O teor do email e o anexo seguem:
Prezados universitários:
Fiquei curiosa em saber o objetivo da atual "cortina de fumaça" da gripe suína (H1N1) que monopoliza a mídia e nos coloca como tolos (se me permitem a expressão), mandando todos passar álcool nas mãos, esquecendo que água e sabão são fundamentais para a higiene básica das mãos, assim como outras medidas básicas de higiene pessoal. Para efeitos comparativos, montei um quadro abaixo com dados do DATASUS referentes a 2005.
No texto anexo, talvez esteja umas das possíveis justificativas para a tal cortina de fumaça, isto é, falta de políticas publicas para a educação.
Óbitos por H1N1* 557
C.6 Mortalidade proporcional por doença diarreica aguda em menores de 5 anos de idade
60.247
Óbitos por diabete melito segundo Unidade da FederaçãoPeríodo: 2005 - 40.317
Óbitos p/causas externas segundo Unidade da FederaçãoPeríodo: 2005 - 127.633
.2.2 Taxa de incidência de tuberculose
Casos novos segundo Unidade da FederaçãoPeríodo: 2005 - 80.632
*Informe epidemiológico n. 6 agosto/2009. /disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_influenza_se_33_25_08_2009.pdf Acesso em 02/09/09.
Dulce Aparecida Martins
Departamento de Enfermagem
Professora e Vice-Coordenadora do curso de Graduação em Enfermagem Faculdades de Ciencias Biológicas e da Saude Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
Fiquei curiosa em saber o objetivo da atual "cortina de fumaça" da gripe suína (H1N1) que monopoliza a mídia e nos coloca como tolos (se me permitem a expressão), mandando todos passar álcool nas mãos, esquecendo que água e sabão são fundamentais para a higiene básica das mãos, assim como outras medidas básicas de higiene pessoal. Para efeitos comparativos, montei um quadro abaixo com dados do DATASUS referentes a 2005.
No texto anexo, talvez esteja umas das possíveis justificativas para a tal cortina de fumaça, isto é, falta de políticas publicas para a educação.
Óbitos por H1N1* 557
C.6 Mortalidade proporcional por doença diarreica aguda em menores de 5 anos de idade
60.247
Óbitos por diabete melito segundo Unidade da FederaçãoPeríodo: 2005 - 40.317
Óbitos p/causas externas segundo Unidade da FederaçãoPeríodo: 2005 - 127.633
.2.2 Taxa de incidência de tuberculose
Casos novos segundo Unidade da FederaçãoPeríodo: 2005 - 80.632
*Informe epidemiológico n. 6 agosto/2009. /disponível em http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_influenza_se_33_25_08_2009.pdf Acesso em 02/09/09.
Dulce Aparecida Martins
Departamento de Enfermagem
Professora e Vice-Coordenadora do curso de Graduação em Enfermagem Faculdades de Ciencias Biológicas e da Saude Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri
O anexo:
A atual crise mundial ressalta as diferenças entre os principais projetos político-administrativos. De um lado, os responsáveis pelo grande cassino em que se transformou a economia globalizada - apesar do óbvio fracasso - continuam afirmando o essencial do seu ideário. Vêem o papel do estado como o de facilitador dos ganhos privados. Do discurso inicial de que os governos deveriam livrar-se da gestão de atividades "pouco típicas da sua vocação" - como o setor siderúrgico, por exemplo - avançam na privatização das telecomunicações, dos recursos minerais, da previdência e, mais recentemente, da saúde e da educação.
De outro lado, continuamos a defender uma política de estado em que este garanta os direitos fundamentais da população, assim como exerça a função de indutor do desenvolvimento econômico e social sustentável, na ótica das maiorias.
Neste cenário o novo governo municipal completou seis meses de atuação. Porém, ao invés de buscar cumprir com os compromissos para os quais foi eleito, aumentando os investimentos públicos a fim de assegurar a melhoria da qualidade dos serviços prestados, desde os primeiros dias de sua gestão, vem colocando em prática uma série de ações de caráter privatista que pretendem transferir para a iniciativa privada obrigações que deveriam ser suas.
É reveladora a matéria publicada pelo Jornal O Globo - em 27/04/2009 - de autoria da Secretária de Municipal de Educação, Sra. Claudia Costin, intitulada "Parceria Vital" em que afirma "a gestão pública moderna não pode prescindir destas parcerias com a sociedade civil".
Inicialmente, é preciso afirmar aqui que esses novos fundamentos político-administrativos em que se baseia o atual governo municipal fazem parte de um conjunto de medidas que vêm sendo implementadas em consonância com o governo federal de Lula, e o governo estadual de Sérgio Cabral Filho, nas diversas áreas de atuação do poder público.
Na esfera da educação, atos dos três governos apresentam aspectos comuns, dão corpo ao que podemos chamar de "pedagogia do capital" e têm como norte uma gestão empresarial que não atende aos interesses dos profissionais de educação, tão pouco à classe trabalhadora que necessita e tem o direito de exigir políticas públicas de qualidade.
Em relação à educação municipal, o prefeito vem abrindo as portas das unidades de ensino à entidades da sociedade civil e empresas privadas, tentando apresentar a escola pública como um negócio. Das várias medidas que adotou podemos citar algumas que comprovam o compromisso da atual gestão com o setor privado:
A contratação da Fundação Ayrton Senna - Ao iniciar o ano letivo, a Secretaria Municipal de Educação, em convênio com o MEC, contrata a Fundação Ayrton Senna, entidade educacional do setor privado, para preparar material didático, provas e avaliações dos alunos da rede pública de ensino, esquecendo-se de que a autonomia pedagógica é um dos pilares para a garantia da escola pública democrática e de qualidade.
Projeto de lei nº 2/2009 - que "Dispõe sobre a qualificação de entidades como Organizações Sociais e dá outras providências" - Infelizmente, e contrário à nossa posição, o projeto foi aprovado. A lei permite agora que serviços essenciais ao bem estar da população como educação, saúde, ciência e tecnologia, entre outros, deixem de ser responsabilidade direta da prefeitura que repassará recursos públicos a entidades privadas para a execução desses serviços.
Publicação da Resolução SME 1010, em 04/03/2009, posteriormente revogada e substituída pela Resolução 1014 - que "Dispõe sobre observações relativas à avaliação escolar" - Institui um sistema de avaliação onde o Nível Central da SME enviará às escolas, bimestralmente, provas para serem aplicadas aos alunos com o mesmo peso das provas e avaliações elaboradas pelos professores - verdadeiros protagonistas do processo ensino-aprendizagem. Mais uma vez é ferida a autonomia pedagógica da escola e do professor e quebrado todo o processo de construção do projeto político-pedagógico democrático previsto na LDB.
Publicação da Resolução 1548, em 15/06/2009, que "atualiza normas para emissão do Boletim de Inspeção Médica - Essa Resolução determina que o diretor da escola ao emitir para o profissional de educação o boletim de inspeção médica, deverá registrar se há "má fé, simulação ou abuso por parte do servidor". Aqui está implícita a relação de desconfiança que a Prefeitura estabelece com os servidores. Por ela, essa relação também é transferida para o interior das unidades escolares, antepondo diretores e demais profissionais de educação.
Será que a SME/Prefeitura desconhece que inúmeros profissionais de educação continuam vitimados por doenças ocupacionais por atuarem em péssimas condições de trabalho, em escolas e creches superlotadas, com carência de recursos materiais, número insuficiente de servidores e infra-estrutura degradada?
Além da situação constrangedora - para diretores, professores e funcionários administrativos - a prefeitura transfere para os educadores atribuições de responsabilidade exclusiva da área médica.
Projetos que instituem a "Meritocracia" na Educação Pública:
Escolas do Amanhã - lançado em 13 de março, o projeto prevê beneficiar 150 escolas localizadas em áreas violentas da cidade, acrescentando à grade curricular atividades culturais, de pesquisa, ensino e lazer. Até o momento, o referido projeto não saiu do papel. O projeto diz também que, caso as "metas" previstas sejam atingidas, os educadores dessas escolas receberão um bônus de um salário e meio a mais a cada ano;
Decreto 30860 que "Dispõe sobre os critérios de premiação a ser concedida aos servidores" - de 01 de julho de 2009;
Decreto 30861, também de 01/07, que "Fixa metas de redução de custeio de despesas com concessionárias de serviços públicos - de fornecimento de luz, água e telefonia - nas escolas públicas".
Os decretos acima têm embutidos em seu texto uma política de bônus e mérito e um "Termo de Compromisso de Desempenho" firmado entre a SME e as Direções das escolas, que foram "convidadas" a assinar o documento se comprometendo a cumprir as metas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e IDERio (Índice de Desenvolvimento da Educação no Município do Rio de Janeiro).
Eles também determinam que havendo mais de cinco ausências no ano, mesmo que por afastamento médico, os profissionais das unidades escolares deixarão de receber tais prêmios e bônus.
Será que ao optar por uma "pedagogia de resultados", onde o que importa é preparar o aluno para obter a quantidade restrita nos índices, a SME conseguirá uma real e substantiva melhoria do ensino e desenvolvimento intelectual do aluno?
É evidente que todos nós, legisladores, poder executivo, sociedade carioca e principalmente os profissionais de educação, almejamos alcançar a plena qualidade em educação na nossa cidade, mas esta não pode ser reduzida a metas e indicadores previstos no IDEB e/ou IDERio.
Porém, ao priorizar uma política de metas - a MERITOCRACIA - a Prefeitura do Rio de Janeiro não demonstra querer enfrentar os principais problemas da educação municipal tais como: - um Plano de Carreira unificado - de professores e funcionários - com progressão por tempo de serviço e de formação, - aumento de verbas públicas para a educação, - atendimento de qualidade à saúde do servidor, - aumento real de salário para todos os servidores da educação, convocação de concurso público para profissionais de educação de escola e creches, - formação continuada e em serviço e de qualidade para profissionais de educação, - obras de recuperação dos prédios e infra-estrutura, - melhoria da qualidade da merenda escolar que, durante o primeiro semestre, faltou em várias escolas.
Faz-se necessário e urgente que toda e qualquer política pedagógica que venha a ser elaborada e implementada leve em consideração a contribuição dos profissionais de educação. São eles que estão no dia-a-dia, construindo, efetivamente, a escola pública. São eles as matrizes de uma política educacional.
Não menos importante, foi publicado no Diário Oficial do Município do dia 06 de julho/2009, o Decreto 30871 que "Dispõe sobre o Programa Apóie uma Escola ou Creche".
Nada contra que qualquer cidadão possa contribuir e colaborar, doando bens e equipamentos às escolas e creches do município. O poder público deveria, nesse sentido, estabelecer regras menos burocráticas para que os diversos órgãos municipais possam receber doações de entidades e empresas privadas e mesmo de pessoas físicas.
Esse decreto, como as demais resoluções revelam o caráter privatizante das políticas educacionais do governo municipal visto que, desta vez, "escancara" as portas das escolas públicas e creches para a entrada do setor privado que passa a promover "a melhoria das condições de funcionamento da unidade escolar ou creche" mediante, inclusive, pagamento de bônus, assistência econômica e de saúde e fornecimento de mão-de-obra remunerada mediante pagamento de encargos trabalhistas.
Não será isto a privatização da educação pública?
Por último, sexta-feira, dia 31 de julho, o prefeito pública o Decreto 30934 - "Cria o Programa Bairro-Educador" - que entre outras medidas, autoriza a SME estabelecer parcerias e celebrar convênios entre "empresariado, famílias, organizações sociais, instituições de ensino, lideranças comunitárias e demais pessoas físicas... para elaborar projetos que atendam às necessidades das comunidades escolares..."
Mais uma vez prefeito e secretária esquecem-se de incluir os profissionais de educação na elaboração dos projetos educacionais optando por parcerias com aqueles que defendem a mercantilização da educação.
Para nosso mandato, a atual prefeitura optou pela entrega das escolas e de creches públicas, de seus profissionais e de seus alunos ao "mercado" para disputar recursos através da elaboração de projetos ou da procura de parcerias com comerciantes, empresários, ONG's ou voluntários.
Levando-se em prática esses decretos a escola não será mais pública. Estará subordinada aos interesses de empresários e políticos que a adotarem. A escola pública deixa de ser um direito - de responsabilidade do poder público - e transforma-se em mercadoria ao sabor dos interesses daqueles que passarão a ser seus financiadores.
Continuaremos na luta com os profissionais de educação, estudantes e responsáveis em defesa da educação pública, democrática e de qualidade, para todos e em todos os níveis.
20/08/2009
Eliomar Coelho é vereador do PSol na cidade do Rio de Janeiro
De outro lado, continuamos a defender uma política de estado em que este garanta os direitos fundamentais da população, assim como exerça a função de indutor do desenvolvimento econômico e social sustentável, na ótica das maiorias.
Neste cenário o novo governo municipal completou seis meses de atuação. Porém, ao invés de buscar cumprir com os compromissos para os quais foi eleito, aumentando os investimentos públicos a fim de assegurar a melhoria da qualidade dos serviços prestados, desde os primeiros dias de sua gestão, vem colocando em prática uma série de ações de caráter privatista que pretendem transferir para a iniciativa privada obrigações que deveriam ser suas.
É reveladora a matéria publicada pelo Jornal O Globo - em 27/04/2009 - de autoria da Secretária de Municipal de Educação, Sra. Claudia Costin, intitulada "Parceria Vital" em que afirma "a gestão pública moderna não pode prescindir destas parcerias com a sociedade civil".
Inicialmente, é preciso afirmar aqui que esses novos fundamentos político-administrativos em que se baseia o atual governo municipal fazem parte de um conjunto de medidas que vêm sendo implementadas em consonância com o governo federal de Lula, e o governo estadual de Sérgio Cabral Filho, nas diversas áreas de atuação do poder público.
Na esfera da educação, atos dos três governos apresentam aspectos comuns, dão corpo ao que podemos chamar de "pedagogia do capital" e têm como norte uma gestão empresarial que não atende aos interesses dos profissionais de educação, tão pouco à classe trabalhadora que necessita e tem o direito de exigir políticas públicas de qualidade.
Em relação à educação municipal, o prefeito vem abrindo as portas das unidades de ensino à entidades da sociedade civil e empresas privadas, tentando apresentar a escola pública como um negócio. Das várias medidas que adotou podemos citar algumas que comprovam o compromisso da atual gestão com o setor privado:
A contratação da Fundação Ayrton Senna - Ao iniciar o ano letivo, a Secretaria Municipal de Educação, em convênio com o MEC, contrata a Fundação Ayrton Senna, entidade educacional do setor privado, para preparar material didático, provas e avaliações dos alunos da rede pública de ensino, esquecendo-se de que a autonomia pedagógica é um dos pilares para a garantia da escola pública democrática e de qualidade.
Projeto de lei nº 2/2009 - que "Dispõe sobre a qualificação de entidades como Organizações Sociais e dá outras providências" - Infelizmente, e contrário à nossa posição, o projeto foi aprovado. A lei permite agora que serviços essenciais ao bem estar da população como educação, saúde, ciência e tecnologia, entre outros, deixem de ser responsabilidade direta da prefeitura que repassará recursos públicos a entidades privadas para a execução desses serviços.
Publicação da Resolução SME 1010, em 04/03/2009, posteriormente revogada e substituída pela Resolução 1014 - que "Dispõe sobre observações relativas à avaliação escolar" - Institui um sistema de avaliação onde o Nível Central da SME enviará às escolas, bimestralmente, provas para serem aplicadas aos alunos com o mesmo peso das provas e avaliações elaboradas pelos professores - verdadeiros protagonistas do processo ensino-aprendizagem. Mais uma vez é ferida a autonomia pedagógica da escola e do professor e quebrado todo o processo de construção do projeto político-pedagógico democrático previsto na LDB.
Publicação da Resolução 1548, em 15/06/2009, que "atualiza normas para emissão do Boletim de Inspeção Médica - Essa Resolução determina que o diretor da escola ao emitir para o profissional de educação o boletim de inspeção médica, deverá registrar se há "má fé, simulação ou abuso por parte do servidor". Aqui está implícita a relação de desconfiança que a Prefeitura estabelece com os servidores. Por ela, essa relação também é transferida para o interior das unidades escolares, antepondo diretores e demais profissionais de educação.
Será que a SME/Prefeitura desconhece que inúmeros profissionais de educação continuam vitimados por doenças ocupacionais por atuarem em péssimas condições de trabalho, em escolas e creches superlotadas, com carência de recursos materiais, número insuficiente de servidores e infra-estrutura degradada?
Além da situação constrangedora - para diretores, professores e funcionários administrativos - a prefeitura transfere para os educadores atribuições de responsabilidade exclusiva da área médica.
Projetos que instituem a "Meritocracia" na Educação Pública:
Escolas do Amanhã - lançado em 13 de março, o projeto prevê beneficiar 150 escolas localizadas em áreas violentas da cidade, acrescentando à grade curricular atividades culturais, de pesquisa, ensino e lazer. Até o momento, o referido projeto não saiu do papel. O projeto diz também que, caso as "metas" previstas sejam atingidas, os educadores dessas escolas receberão um bônus de um salário e meio a mais a cada ano;
Decreto 30860 que "Dispõe sobre os critérios de premiação a ser concedida aos servidores" - de 01 de julho de 2009;
Decreto 30861, também de 01/07, que "Fixa metas de redução de custeio de despesas com concessionárias de serviços públicos - de fornecimento de luz, água e telefonia - nas escolas públicas".
Os decretos acima têm embutidos em seu texto uma política de bônus e mérito e um "Termo de Compromisso de Desempenho" firmado entre a SME e as Direções das escolas, que foram "convidadas" a assinar o documento se comprometendo a cumprir as metas do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) e IDERio (Índice de Desenvolvimento da Educação no Município do Rio de Janeiro).
Eles também determinam que havendo mais de cinco ausências no ano, mesmo que por afastamento médico, os profissionais das unidades escolares deixarão de receber tais prêmios e bônus.
Será que ao optar por uma "pedagogia de resultados", onde o que importa é preparar o aluno para obter a quantidade restrita nos índices, a SME conseguirá uma real e substantiva melhoria do ensino e desenvolvimento intelectual do aluno?
É evidente que todos nós, legisladores, poder executivo, sociedade carioca e principalmente os profissionais de educação, almejamos alcançar a plena qualidade em educação na nossa cidade, mas esta não pode ser reduzida a metas e indicadores previstos no IDEB e/ou IDERio.
Porém, ao priorizar uma política de metas - a MERITOCRACIA - a Prefeitura do Rio de Janeiro não demonstra querer enfrentar os principais problemas da educação municipal tais como: - um Plano de Carreira unificado - de professores e funcionários - com progressão por tempo de serviço e de formação, - aumento de verbas públicas para a educação, - atendimento de qualidade à saúde do servidor, - aumento real de salário para todos os servidores da educação, convocação de concurso público para profissionais de educação de escola e creches, - formação continuada e em serviço e de qualidade para profissionais de educação, - obras de recuperação dos prédios e infra-estrutura, - melhoria da qualidade da merenda escolar que, durante o primeiro semestre, faltou em várias escolas.
Faz-se necessário e urgente que toda e qualquer política pedagógica que venha a ser elaborada e implementada leve em consideração a contribuição dos profissionais de educação. São eles que estão no dia-a-dia, construindo, efetivamente, a escola pública. São eles as matrizes de uma política educacional.
Não menos importante, foi publicado no Diário Oficial do Município do dia 06 de julho/2009, o Decreto 30871 que "Dispõe sobre o Programa Apóie uma Escola ou Creche".
Nada contra que qualquer cidadão possa contribuir e colaborar, doando bens e equipamentos às escolas e creches do município. O poder público deveria, nesse sentido, estabelecer regras menos burocráticas para que os diversos órgãos municipais possam receber doações de entidades e empresas privadas e mesmo de pessoas físicas.
Esse decreto, como as demais resoluções revelam o caráter privatizante das políticas educacionais do governo municipal visto que, desta vez, "escancara" as portas das escolas públicas e creches para a entrada do setor privado que passa a promover "a melhoria das condições de funcionamento da unidade escolar ou creche" mediante, inclusive, pagamento de bônus, assistência econômica e de saúde e fornecimento de mão-de-obra remunerada mediante pagamento de encargos trabalhistas.
Não será isto a privatização da educação pública?
Por último, sexta-feira, dia 31 de julho, o prefeito pública o Decreto 30934 - "Cria o Programa Bairro-Educador" - que entre outras medidas, autoriza a SME estabelecer parcerias e celebrar convênios entre "empresariado, famílias, organizações sociais, instituições de ensino, lideranças comunitárias e demais pessoas físicas... para elaborar projetos que atendam às necessidades das comunidades escolares..."
Mais uma vez prefeito e secretária esquecem-se de incluir os profissionais de educação na elaboração dos projetos educacionais optando por parcerias com aqueles que defendem a mercantilização da educação.
Para nosso mandato, a atual prefeitura optou pela entrega das escolas e de creches públicas, de seus profissionais e de seus alunos ao "mercado" para disputar recursos através da elaboração de projetos ou da procura de parcerias com comerciantes, empresários, ONG's ou voluntários.
Levando-se em prática esses decretos a escola não será mais pública. Estará subordinada aos interesses de empresários e políticos que a adotarem. A escola pública deixa de ser um direito - de responsabilidade do poder público - e transforma-se em mercadoria ao sabor dos interesses daqueles que passarão a ser seus financiadores.
Continuaremos na luta com os profissionais de educação, estudantes e responsáveis em defesa da educação pública, democrática e de qualidade, para todos e em todos os níveis.
20/08/2009
Eliomar Coelho é vereador do PSol na cidade do Rio de Janeiro
Nos tempos em que as Estâncias eram de todos
Escrito por Mário Maestri (Correio da Cidadania)
Em 1626, jesuítas espanhóis cruzaram o rio Uruguai e fundaram missões, a partir do noroeste do atual Rio Grande do Sul, sobretudo com populações guaranis. Em 1634, os inacianos importaram 1500 bovinos para formar os rebanhos dos dezesseis pueblos do Tape. Em 1636-38 o gado foi abandonado pelos guaranis missioneiros que retornaram para a outra banda do Uruguai, assaltados pelos paulistas escravizadores. O rebanho multiplicou-se, atravessou os rios Jacuí-Ibicuí em direção ao sul, formou a enorme vacaria do Mar, entre o oceano e os rios Jacuí e Negro.
Na segunda metade do século 17, devido à crise da economia açucareira, a coroa portuguesa retomou a procura das minas e lançou novas iniciativas econômicas. Em 1680, fundou a Colônia do Santíssimo Sacramento, diante de Buenos Aires, na outra margem do rio da Prata. Procurava com ela retornar às trocas de cativos, manufaturados e produtos da costa do Brasil pela prata andina, permitidas pela coroa espanhola até o fim da União Ibérica, em 1640. Os couros trazidos pelos espanhóis de Buenos Aires ou do interior da banda oriental do Uruguai, por portugueses, castelhanos e charruas, garantiram o sucesso da cidadela.
Em 1682, os guaranis missioneiros retornaram ao atual Rio Grande do Sul para barrar o saque das vacarias dos pampas e o avanço lusitano. Os Sete Povos apoiaram-se fortemente na extração animal, inicialmente, e na sua criação, a seguir. Mais tarde, a regressão do pastoreio fortaleceu a agricultura missioneira. A economia pastoril dos Sete Povos constituiu a pré-história das estâncias sul-rio-grandenses. Não procedem as propostas ideológicas de que ela seria mera exploração predatória do gado chimarrão.
Em Origens da economia gaúcha: o boi e o poder, livro póstumo de 2005, Guilhermino César descreve a organização das estâncias jesuíticas como a "mais simples possível": "[...] um grupo de catecúmenos [...] tangia reses mansas para um posto deserto, deixava-as em liberdade, e estava formado o criatório". Essa prática jamais teria constituído verdadeira economia pastoril, já "que a criação se fazia [...] ao deus-dará", com os gados "espalhados, em desordem ," caminhando "sem restrições".
Segundo ele, nenhum "regime fundiário vigorara naquela ‘terra de ninguém’ [sic]", onde a incúria quase natural e o "nomadismo congenial" dos guaranis teriam determinado tamanha "instabilidade" na atividade "que, à flor do chão, não ficou memória das estâncias jesuíticas", esfumando-se na "mente coletiva" sua recordação. Essa leitura foi amplamente difundida pela historiografia tradicional sulina, que estabeleceu hiato radical entre as histórias guarani-missioneiras e sul-rio-grandense.
Inicialmente, a exploração missioneira das vacarias deu-se sob licença dos padres superiores, preocupados em não esgotar os gados. Os vaqueiros guaranis não praticaram o abate geral de animais pelo couro, sebo e graxa, deixando as carcaças nos campos, como os corambreros ibéricos e nativos trabalhando sobretudo para Sacramento. Nos anos 1690, exagerando enfaticamente, o padre Sepp escrevia que, após dois meses, os vaqueiros retornavam com "cinqüenta mil vacas", para a "a alimentação" anual de sua missão. Contava que, nos navios da Ordem, partiam 300 mil couros, de "touros mais crescidos", e não de "vacas", certamente para manter a "procriação indispensável".
Preocupados com a perenidade dos rebanhos, os missioneiros fundaram, em 1700, a vacaria dos Pinhais, no Planalto, nas margens do rio Pelotas. Quando os gados das vacarias do Mar e dos Pinhais foram esgotados, pelos coureadores e tropeiros, fogueados pelas descobertas das minas [1695] e pela fundação da vila de Rio Grande [1737], os vaqueiros das missões enfatizaram a criação animal nas estâncias dos pueblos.
As grandes estâncias missioneiras, delimitadas por rios, riachos, matas, serros etc., subdividiam-se em sedes e postos, com aldeias de dez a doze famílias, com suas capelas, currais, plantações etc., povoadas por posteiros, que domesticavam e tratavam os animais nos rodeios e cuidavam que não fugissem.
No Planalto, em estâncias menores, próximas aos Sete Povos, invernava o gado trazido pela Boca do Monte [atual Santa Maria] e pelo Boqueirão [atual Santiago], para o consumo dos pueblos. A criação missioneira assumiu o caráter de produção pastoril extensiva herdado pelas futuras estâncias luso-brasileira, disseminadas na Campanha, nas Missões, nos Campos Neutrais e no norte do atual Uruguai, sobretudo a partir de 1780, após a instalação de charqueadas no Sul, que valorizou fortemente a exploração mercantil dos rebanhos.
O laço, as boleadeiras, o poncho, o mate, o churrasco, a doma em campo aberto, o aquerenciamento e manejo dos gados no rodeio, os vaus dos rios, os boqueirões nas serras, a origem de muitas cidades sulina foram algumas das heranças legadas pelas missões guaranis à civilização sul-rio-grandense. Foi muito amplo o arrolamento de missioneiros e de nativos pampianos como peões nas fazendas luso-brasileiras que proliferariam na região.
A grande diferença entre as duas sociedades foi o caráter do trabalho e da propriedade da terra, coletivo nas missões guaranis, privado nas fazendas luso-brasileiras. Para que, após a ocupação militar lusitana das Missões, em 1801, as estâncias coletivas guaranis fossem melhor repartidas em sesmarias privadas, exploradas com o braço escravizado e assalariado, era necessário que desaparecesse na memória histórica regional aqueles longos e estranhos tempos em que as pampas e os gados eram de todos, e não apenas de alguns poucos.
Bibliografia consultada:
BRUXEL, Arnaldo. Os trinta povos guaranis. Caxias do Sul, Universidade de Caxias do Sul, Porto Alegre: Escola Superior de Teologia São Lourenço de Brindes, Sulina, 1978.
CESAR, Guilhermino. Origens da economia gaúcha: o boi e o poder. Porto Alegre: IEL: Corag, 2005.
MAESTRI Mário.[Org.] O negro e o gaúcho: Estância e fazendas no Rio Grande do Sul, Uruguai e Brasil. Passo Fundo: EdiUPF, 2008.
MONTEIRO, Jonathas da Costa Rego. A colônia do Sacramento. 1680-1777. Porto Alegre: Globo, 1937. 2 vol.
PINTOS, Anibal Barrios. De las Vaqueiras al alambrado. Montevideo: Nuevo Mundo, 1967.
PORTO, Aurélio. História das missões orientais do Uruguai. 2 ed. Revista e melhorada pelo p. L.G. Jaeger. Porto Alegre: Selbach, 1954. 2 vol.
QUEVEDO, Júlio. As Missões: crise e redefinição. São Paulo: Ática, 1993.
SEPP S.J., padre Antônio. Viagem às missões jesuíticas e trabalhos apostólicos. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo, EdUSP, 1980.
SEVERAL, Rejane da Silveira. A Guerra Guaranítica. Porto Alegre: Martins Livreiro, 1995.
Mário Maestri é historiador, professor do curso e do programa de pós-graduação em História da UPF.
E-mail: maestr@via-rs.net
Colaboração da professora Luciana Macedo, de Viçosa:
As labaredas não me fazem ter dúvidas, a Inquisição persiste. Talvez os mais apressados pensem ser esta uma defesa da rebolativa professora que subiu ao palco para dançar uma das mais recentes pérolas da música baiana, mas não o é.
O que para mim é tão revoltante, óbvio ululante em neons que piscam pela noite de breu, é que a incoerência, a parcialidade e as cegueiras do conhecimento (como diria Morin) continuem perenes História adentro.
Ícone da Educação, a atitude da professora não é condizente com a sua condição magnânima na sociedade, qual seja, educar, dar exemplos! Pena que o seu papel não seja tão importante quando se trata da sua remuneração, por exemplo.
A incapacidade humana de analisar o todo e não apenas as partes é absurda, quando não entendiante, como na mínima possibilidade de debater coisas deste tipo, no caso “a vergonhosa atitude da professora”, com aquela calcinha “toda enfiada”.
A cena é patética por si só.
O que me atrai deveras é entender por que diabos uma música como essa existe? O que me atrai mais ainda é entender por que diabos II esta música toca na rádio, dentro dos carros e casas, EDUCANDO, enquanto uma professora é punida por fazer o que todo mundo ouve impassível, ou mesmo aos requebros?
O que me atrai neste caso é compreender por que uma professora é demitida, enquanto Sarney “todo enfiado” na presidência do Senado não é retirado, por deixar “toda enfiada” a folha de pagamento da importante instituição do Legislativo, com seus parentes?
Enfim, talvez o fato de ser "fêmea" evoque a Eva primordial que toda mulher encerra, e mereça ser punida por fazer do seu glúteo a maçã que corrompe. Talvez, por ser professora, mereça ser punida para parecer que alguém se preocupa realmente com a Educação neste país.
A minha impotência se da aí, quando ao invés de colocarmos o todo em debate, sucumbimos aos sintomas de uma sociedade que insiste em se fazer pequena e alienada.
Bom seria se o problema do Brasil se resumisse a coreografias vulgares em cima dos palcos, mas a verdadeira e pior vulgaridade, que faz do nosso lindo país um dos mais desiguais do mundo, costuma acontecer entre quatro paredes, em escritórios e gabinetes de gente com trajes compostos, de corte fino e moral acima de qualquer suspeita.
Mas, entre quatro paredes pode.
Profa. Daiane Oliveira
Graduada em História pela UNEB
Professora da Rede Estadual de Ensino da Bahia
Professora do Colégio Marista Patamares
Da audácia de Obama ao pós-americanismo
José de Souza Castro (WWW.novae.inf.br)
Ganhei de presente e estou lendo The Audacity of Hope, de Barack Obama. Na semana passada, concluí a leitura de The Post-American World, de Fareed Zakaria. Os dois livros, de certa forma, se completam. Pena que no segundo o Brasil tenha sido citado apenas 16 vezes e o único brasileiro presente ali seja Fernando Henrique Cardoso, a dizer que o mundo realmente só quer dos Estados Unidos uma coisa, que afirme seus próprios ideais. Acho que Lula teria mais coisas a dizer, se ele tivesse sido considerado relevante pelo autor, um indiano que imigrou adolescente para os Estados Unidos e hoje é editor da Newsweek International. No livro de Obama, até a página 60, o presidente brasileiro não aparece – e nem seu grande e bobo país –, mas faltam ainda mais de 300 páginas...
Obama deveria prestar atenção a Lula e ao Brasil, e não poderia ter desprezado um conselho de Zakaria, sobre o qual falarei mais à frente, pois assim não estaria vendo seu governo envolto em mais um episódio constrangedor – o acordo com Álvaro Uribe, para que os Estados Unidos utilizem sete bases militares colombianas a pretexto de combater o narcotráfico. Com isso, Obama não ficou bem entre os associados da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), criada há um ano e meio por inspiração do governo brasileiro. A Unasul, ameaçada já de divisão, discutiu na semana passada, na Argentina, a crise entre dois de seus membros, Colômbia e Venezuela, provocada pelo acordo, considerado uma declaração de guerra pelo presidente Hugo Chávez.
Lula tentou pôr panos quentes na disputa e recomendou a Uribe que reflita sobre a eficácia da via militar para combater o narcotráfico na Colômbia, onde os Estados Unidos mantêm presença militar desde 1952, como alegou o presidente colombiano. Lula acha que Obama e os demais dirigentes dos países ricos deveriam se preocupar em combater o problema dentro de suas próprias fronteiras, pois os maiores consumidores de substâncias ilícitas “não estão aqui”.
É um bom conselho vindo do presidente de um país que saiu da turbulência global maior do que entrou, conforme Jim O’Neill, do Goldman Sachs, criador da expressão BRIC, para denominar o grupo de grandes países emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China – que não poderá mais ser ignorado pelo resto do mundo. "O Brasil passou por essa crise extremamente bem, e pode crescer a um ritmo de 5% nos próximos anos", avalia O’Neill.
E qual o conselho de Zakaria? Que os Estados Unidos deixem de lado a arrogância histórica e procurem ter melhores relações com todos os poderes emergentes. Ninguém discute a supremacia americana nas armas. Alguns números citados pelo autor ilustram bem a situação atual. Enquanto a China constrói seu primeiro porta-aviões, os Estados Unidos têm 25 operando em todos os mares. Enquanto o governo americano diz a outros países que construir uma única arma nuclear é uma abominação moral, política e estratégica, ele mantém um arsenal de milhares de mísseis – e testa novos! E o Departamento de Defesa se vangloria de ser um dos maiores proprietários de terra do mundo, com mais de 12 milhões de hectares, 571 mil edificações e outras facilidades, espalhadas por 3.700 lugares e por 766 bases em 40 países estrangeiros. Essas bases eram avaliadas em 127 bilhões de dólares em 2005 e abrigavam 197 mil militares americanos.
E agora brigam por mais sete, em seu quintal!
Fernando Henrique Cardoso se expressou mal, pois os Estados Unidos nunca deixaram de afirmar e reafirmar seus ideais. Ele poderia ter aconselhado Obama a fazer o que prega, pois dizer uma coisa e praticar outra é hipocrisia. E isso, segundo Zakaria, é ineficiente, tanto quanto destrutivo da credibilidade americana.
Obama escreveu o livro, lançado em 2006, quando era ainda senador pelo Partido Democrata, mas já de olho na presidência dos Estados Unidos. Na página 8, ele diz que seus encontros com os eleitores, durante a campanha, confirmaram a decência fundamental do povo americano. E também lhe recordaram que no coração da experiência americana estão aqueles ideais que continuam a animar a consciência coletiva, e que unem os americanos apesar de suas diferenças. Na verdade, até onde pude ler, o livro é uma tentativa de provar que é possível lidar com problemas concretos, desde que se ultrapasse as divisões.
Enquanto isso, os estrategistas do governo americano tratam de testar as boas intenções de Obama e, mais uma vez, manter divididos os países de seu quintal, jogando Uribe contra Chávez e desmoralizando os que, como Lula, se esforçam por apartar a briga. Acabar com a Unasul será um bônus para os vitoriosos de sempre.
A diferença, segundo Zakaria, é que agora o mundo está mudando da raiva para a indiferença, do antiamericanismo para o pós-americanismo. Os Estados Unidos não mais ostentam o único grande mercado no mundo, o dólar perde força e, em certas áreas, como no mar ao sul da China, sua força militar pode se tornar menos relevante que a chinesa. Nas negociações internacionais, a América terá que barganhar e assumir compromissos com outros países. A supremacia militar não vai resolver todos os problemas.
O maior deles, talvez, seja o diagnóstico errado feito pelos militares americanos. Como disse Mark Twain, “para o homem que tem um martelo, cada problema se parece com um prego”. É bom que outros mostrem aos falcões de Washington que também eles têm seus martelos...
Obama deveria prestar atenção a Lula e ao Brasil, e não poderia ter desprezado um conselho de Zakaria, sobre o qual falarei mais à frente, pois assim não estaria vendo seu governo envolto em mais um episódio constrangedor – o acordo com Álvaro Uribe, para que os Estados Unidos utilizem sete bases militares colombianas a pretexto de combater o narcotráfico. Com isso, Obama não ficou bem entre os associados da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), criada há um ano e meio por inspiração do governo brasileiro. A Unasul, ameaçada já de divisão, discutiu na semana passada, na Argentina, a crise entre dois de seus membros, Colômbia e Venezuela, provocada pelo acordo, considerado uma declaração de guerra pelo presidente Hugo Chávez.
Lula tentou pôr panos quentes na disputa e recomendou a Uribe que reflita sobre a eficácia da via militar para combater o narcotráfico na Colômbia, onde os Estados Unidos mantêm presença militar desde 1952, como alegou o presidente colombiano. Lula acha que Obama e os demais dirigentes dos países ricos deveriam se preocupar em combater o problema dentro de suas próprias fronteiras, pois os maiores consumidores de substâncias ilícitas “não estão aqui”.
É um bom conselho vindo do presidente de um país que saiu da turbulência global maior do que entrou, conforme Jim O’Neill, do Goldman Sachs, criador da expressão BRIC, para denominar o grupo de grandes países emergentes – Brasil, Rússia, Índia e China – que não poderá mais ser ignorado pelo resto do mundo. "O Brasil passou por essa crise extremamente bem, e pode crescer a um ritmo de 5% nos próximos anos", avalia O’Neill.
E qual o conselho de Zakaria? Que os Estados Unidos deixem de lado a arrogância histórica e procurem ter melhores relações com todos os poderes emergentes. Ninguém discute a supremacia americana nas armas. Alguns números citados pelo autor ilustram bem a situação atual. Enquanto a China constrói seu primeiro porta-aviões, os Estados Unidos têm 25 operando em todos os mares. Enquanto o governo americano diz a outros países que construir uma única arma nuclear é uma abominação moral, política e estratégica, ele mantém um arsenal de milhares de mísseis – e testa novos! E o Departamento de Defesa se vangloria de ser um dos maiores proprietários de terra do mundo, com mais de 12 milhões de hectares, 571 mil edificações e outras facilidades, espalhadas por 3.700 lugares e por 766 bases em 40 países estrangeiros. Essas bases eram avaliadas em 127 bilhões de dólares em 2005 e abrigavam 197 mil militares americanos.
E agora brigam por mais sete, em seu quintal!
Fernando Henrique Cardoso se expressou mal, pois os Estados Unidos nunca deixaram de afirmar e reafirmar seus ideais. Ele poderia ter aconselhado Obama a fazer o que prega, pois dizer uma coisa e praticar outra é hipocrisia. E isso, segundo Zakaria, é ineficiente, tanto quanto destrutivo da credibilidade americana.
Obama escreveu o livro, lançado em 2006, quando era ainda senador pelo Partido Democrata, mas já de olho na presidência dos Estados Unidos. Na página 8, ele diz que seus encontros com os eleitores, durante a campanha, confirmaram a decência fundamental do povo americano. E também lhe recordaram que no coração da experiência americana estão aqueles ideais que continuam a animar a consciência coletiva, e que unem os americanos apesar de suas diferenças. Na verdade, até onde pude ler, o livro é uma tentativa de provar que é possível lidar com problemas concretos, desde que se ultrapasse as divisões.
Enquanto isso, os estrategistas do governo americano tratam de testar as boas intenções de Obama e, mais uma vez, manter divididos os países de seu quintal, jogando Uribe contra Chávez e desmoralizando os que, como Lula, se esforçam por apartar a briga. Acabar com a Unasul será um bônus para os vitoriosos de sempre.
A diferença, segundo Zakaria, é que agora o mundo está mudando da raiva para a indiferença, do antiamericanismo para o pós-americanismo. Os Estados Unidos não mais ostentam o único grande mercado no mundo, o dólar perde força e, em certas áreas, como no mar ao sul da China, sua força militar pode se tornar menos relevante que a chinesa. Nas negociações internacionais, a América terá que barganhar e assumir compromissos com outros países. A supremacia militar não vai resolver todos os problemas.
O maior deles, talvez, seja o diagnóstico errado feito pelos militares americanos. Como disse Mark Twain, “para o homem que tem um martelo, cada problema se parece com um prego”. É bom que outros mostrem aos falcões de Washington que também eles têm seus martelos...
Enviado por Rosa Varella
Casi dos meses después del golpe de Estado en Honduras, Washington aún no se pone al día con la región en esfuerzos por restaurar la democracia
Por Mark Weisbrot
Siete semanas después de que las Fuerzas Armadas hondureñas depusieran al Presidente democráticamente electo de ese país, sigue creciendo la división entre Estados Unidos y América Latina - a pesar que es difícil obtener tal impresión de los medios de comunicación.
La estrategia del régimen golpista es obviamente hacer rodar el reloj en el tiempo que le quedaba al presidente Manuel Zelaya en el poder. Se tiene pautado que se lleve a cabo las elecciones presidenciales el 29 de noviembre, a las cuales Zelaya no se podría presentar debido al límite de un mandato en Honduras,
En respuesta a tal estrategia, la Unión de Naciones Suramericanas (UNASUR) emitió una declaración el 10 de agosto dónde indicaba que no reconocería ningún gobierno que resultara electo bajo el régimen golpista. Es importante destacar que esta decisión se tomó de manera unánime, incluso por países aliados de Estados Unidos como Colombia y Perú.
Luego el 17 de agosto, el presidente brasileño Luiz Inácio Lula da Silva, a quien cada vez le molestan más las tácticas de retrasar los procesos, emitió una declaración conjunto con el presidente mexicano Felipe Calderón indicando su inconformidad con los retrasos. Calderón es un presidente de la derecha y fue uno de los pocos aliados del presidente George W. Bush en la región.
El próximo paso sería que la Organización de Estados Americanos (OEA), dónde están representados todos los países en el hemisferio - excepto Cuba, tomara posición. Sin embargo, este organismo opera principalmente por consenso, y supuestamente Estados Unidos ha bloqueado la medida. Por supuesto que Washington no se puede ver como si fuese voz única y es por eso que ha reclutado algunos gobiernos de derecha, según indicaron algunas fuentes involucradas en las discusiones de la OEA, entre estos Canadá y Panamá, así como un par de otros Gobiernos de países pequeños que se pueden sobornar u obligar a que se unan a esta pequeñísima coalición liderada por Washington.
Los millones de estadounidenses que dieron sus votos, contribuciones y energía a la campaña presidencial de Barack Obama con la esperanza que cambiaría la política exterior estadounidense probablemente no esperaban ver que este Gobierno se pusiera a cazar a aliados de la derecha para ayudar a bloquear el esfuerzo llevado por América latina para bloquear un golpe de Estado efectuado por los militares. Sin embargo, eso parece ser la realidad. De hecho, el Departamento de Estado estadounidenses aún no ha determinado que lo que ocurrió es un golpe de Estado. Aún no se tiene claro cómo se debería catalogar cuando fuerzas armadas irrumpen en la residencia de un presidente electo y lo obliguen a punta de fusil, en pijamas, a abordar un avión con destino al exterior.
Hace unos días un funcionario del Gobierno de Zelaya le indicó a los medios de comunicación que el avión había aterrizado en la base aérea de Palmerola en Honduras, hogar de 600 efectivos militares estadounidenses, en ruta al exterior. Según The Associated Press, el funcionario ofreció eso como evidencia de que Estados Unidos estaba involucrado en el golpe. Autoridades estadounidenses inmediatamente negaron ofrecer declaraciones pero luego publicaron un comunicado que indicaba que Estados Unidos "no tenía conocimiento ni tomó parte en las decisiones hechas relacionadas con el aterrizaje, reabastecimiento de combustible y despegue del avión".
No parece una historia creíble. Para poder creer esta negativa habría que creer que el ejército estadounidense tiene total confianza en las fuerzas de seguridad hondureñas que les permite monitorear y controlar el espacio aéreo de esta base donde se encuentran 600 efectivos militares estadounidenses. Difícil de creer, especialmente luego de las preocupaciones derivadas después del 11 de setiembre relacionadas con ataques terroristas en contra de personal militar estadounidense desplegado en el exterior.
De lo único que podemos estar seguros es que ningún gran medio de comunicación de Estados Unidos le dará una segunda mirada a este tema. La actitud generalizadas en la prensa acerca del rol de Estados Unidos en el golpe militar es, "no queremos saber nada de so, ni hablar de eso". Lo mismo ocurrió con el golpe de Estado que sacó al presidente venezolano Hugo Chávez del poder en 2002, cuando el Departamento de Estado reconoció que el Gobierno estadounidense le había pagado a personas y organizaciones involucradas en el golpe, así como documentos de la CIA que demostraban conocimiento previo del golpe, aunado a que la Casa Blanca mintiera acerca del golpe, ofrecieron evidencias sustanciales acerca de la participación estadounidense en el mismo. Pero ningún periódico importante le dio credibilidad a esa posibilidad. La participación de Estados Unidos en la salida del presidente democráticamente electo Jean Bertrand Aristide, tanto en 1991 como en 2004, también ha sido casi complemente ignorada, a pesar de la cantidad de evidencia incriminatoria.
Al mismo tiempo, el miércoles 19 de agosto, Amnistía Internacional publicó un informe titulado "Honduras: Crisis amenaza Derechos y amienta la represión", donde se documentó los abusos policiales y la brutalidad empleada en contra de manifestaciones pacíficas, arrestos arbitrarios en masa y otros abusos a los derechos humanos cometidos en la dictadura. El Gobierno de Obama se ha mantenido callado frente a estos abusos, así como con la muerte de activistas y censura e intimidación a los medios de comunicación. Hasta la fecha, ningún medio de comunicación se ha molestado con intentar obtener una declaración confirmada.
Mark Weisbrot es codirector del Center for Economic and Policy Research (CEPR), en Washington, D.C. Obtuvo un doctorado en economía por la Universidad de Michigan. Es coautor, junto con Dean Baker, del libro Social Security: The Phony Crisis (University of Chicago Press, 2000), y ha escrito numerosos informes de investigación sobre política económica. Es también presidente de la organización Just Foreign Policy.
VALE A PENA LER
Emílio Goeldi: Aventura de um naturalista entre a Europa e o Brasil
O livro estrutura-se em dois grandes capítulos que conduzem o leitor por “viagens” complementares. De início, o “Itinerário de viagem” apresenta a vida de Goeldi desde o nascimento e formação inicial até seu doutoramento e vinda para o Brasil – inicialmente atuando no Museu Nacional (RJ). Ele cobre ainda sua problemática experiência como administrador de uma colônia de imigrantes suíços em Teresópolis, o convite para dinamizar o Museu Paraense, o que fez com grande competência e sucesso, e seu retorno, até certo ponto repentino e surpreendente, para a Suíça, onde desenvolveria o restante de sua carreira com destaque e reconhecimento acadêmico. Leia mais em http://cienciahoje.uol.com.br/152420
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Boletim 3
Estado de exceção
Boletim, a Revista do Grupo de estudos Arte & Fotografia, apresenta uma nova edição da Alameda Casa Editorial. Em seu terceiro número traz, pela primeira vez em português, o ensaio do teólogo e fotográfo Müller-Pohle que discute sobre a reflexão dos impactos da fotografia no âmbito da arte. A revista apresenta três blocos que dialogam entre si, pois os temas abordados colocam a fotografia e a imagem fotográfica no centro do debate da arte brasileira e internacional nos últimos 160 anos. O primeiro bloco possui artigos de autores convidados pelo Grupo e trata de tópicos diversos. O segundo há diversos textos referentes às conferências e comunicações proferidas durante o II Seminário Arte, Cultura e Fotografia: Metodologias de Investigação. Entre os autores estão Paulo Knauss, com o texto “História da Arte como história da imagem: aproximações”, Tadeu Chiarelli, com “Marc Ferrez e a tradição da pintura”, ou mesmo João Paulo Leite Guadanucci, com sua análise sobre os “Impasses fotográficos na obra de Waltercio Caldas”, entre outros. Finalmente, o terceiro bloco do Boletim é contém projeto “Christian Boltanski e Rosângela Rennó: a identidade individual e nacional superada no coletivo?”, de Thiago Gil Virava, que concorreu e obteve Bolsa de Iniciação Científica concedida pela FAPESP em 2007.Boletim é a contribuição do Grupo de Estudos Arte & Fotografia para a ampliação das pesquisas e dos debates sobre arte contemporânea no país e para todos os interessados em ampliar seus conhecimentos neste ramo.
Revista Boletim 3 - Edição: Alameda (tel. 11 3012-2400) - Preço:R$ 35 (444 págs)
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Revista de História da Biblioteca Nacional n. 48
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Boletim 3
Estado de exceção
Boletim, a Revista do Grupo de estudos Arte & Fotografia, apresenta uma nova edição da Alameda Casa Editorial. Em seu terceiro número traz, pela primeira vez em português, o ensaio do teólogo e fotográfo Müller-Pohle que discute sobre a reflexão dos impactos da fotografia no âmbito da arte. A revista apresenta três blocos que dialogam entre si, pois os temas abordados colocam a fotografia e a imagem fotográfica no centro do debate da arte brasileira e internacional nos últimos 160 anos. O primeiro bloco possui artigos de autores convidados pelo Grupo e trata de tópicos diversos. O segundo há diversos textos referentes às conferências e comunicações proferidas durante o II Seminário Arte, Cultura e Fotografia: Metodologias de Investigação. Entre os autores estão Paulo Knauss, com o texto “História da Arte como história da imagem: aproximações”, Tadeu Chiarelli, com “Marc Ferrez e a tradição da pintura”, ou mesmo João Paulo Leite Guadanucci, com sua análise sobre os “Impasses fotográficos na obra de Waltercio Caldas”, entre outros. Finalmente, o terceiro bloco do Boletim é contém projeto “Christian Boltanski e Rosângela Rennó: a identidade individual e nacional superada no coletivo?”, de Thiago Gil Virava, que concorreu e obteve Bolsa de Iniciação Científica concedida pela FAPESP em 2007.Boletim é a contribuição do Grupo de Estudos Arte & Fotografia para a ampliação das pesquisas e dos debates sobre arte contemporânea no país e para todos os interessados em ampliar seus conhecimentos neste ramo.
Revista Boletim 3 - Edição: Alameda (tel. 11 3012-2400) - Preço:R$ 35 (444 págs)
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Revista de História da Biblioteca Nacional n. 48
Dossiê: A Independência – o Brasil despedaçado
Entrevista: Simon Schama
Artigos: Gauchos, a mágoa em chuteiras – Em 1972 esporte e política andavam de mãos dadas – A caça às baleias – Recife brilha à noite – Delícias da oca – Aprendizado em rede.
NAVEGAR É PRECISO
1. O cientista político Sérgio Amadeu milita há anos pela liberdade de produção e distribuição de conteúdo na internet e pelo uso do software livre nos computadores. Em aula na UFRJ, ele falou sobre a quebra do conceito de autoria e a “condição hacker” da sociedade contemporânea e problematizou a apropriação do conhecimento científico por meio de patentes. http://cienciahoje.uol.com.br/152420
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2. O Café História traz uma entrevista com o historiador Marco Antonio Villa, especialista em História do Brasil. Ele fala sobre o lançamento de seu mais novo livro sobre a Revolução de 1932 e de outros temas espinhosos. Não perca!
2. O Café História traz uma entrevista com o historiador Marco Antonio Villa, especialista em História do Brasil. Ele fala sobre o lançamento de seu mais novo livro sobre a Revolução de 1932 e de outros temas espinhosos. Não perca!
- Vídeos sobre monumentos de ITU e vários vídeos de animação sobre história. Ótimos para o uso em sala de aula.
- Metrô de SP conta a história do Brasil através de quadrinhos
- Conheça a saga do "Soldado Desconhecido", uma história em quadrinhos que conta a história da Guerra Civil de Uganda.
- Como os portugueses são vistos pelos brasileiros?
- Existe uma identidade brasileira?
- Leia sobre o filme Cabra Cega, que conta uma das muitas histórias de militantes durante a ditadura militar brasileira.
Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com
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3. A Teologia da Libertação: Leonardo Boff e Frei Betto
(Michael Löwy)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40899&lang=PT
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4. Máfias farmacéuticas
(Ignacio Ramonet)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40890&lang=PT
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5. A professora Conceição Oliveira é autora, junto com o Azenha, do projeto editorial e faço a consultoria histórica e parte da produção da série Nova África.
Ela fez uma síntese no info do youtube, e me recomendou colocar no Boletim, chamando para assistirem a série. Pelo vídeo-síntese, me pareceu algo fundamental.
É de grande interesse dos professores não apenas os de história já que a perspectiva de se apresentar o continente é interdisciplinar:
http://www.youtube.com/watch?v=ChSchKkrn3Q
Nova África é a nova série jornalística da TV Brasil, estréia dia 25/09/2009 às 22 hs. Não deixem de assistir!!!!
***********
6. informo que a Revista Espaço Acadêmico, edição nº 100, setembro de 2009, foi publicada.
Este número é especial: é o CENTÉSIMO.
Veja nesta edição
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3. A Teologia da Libertação: Leonardo Boff e Frei Betto
(Michael Löwy)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40899&lang=PT
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4. Máfias farmacéuticas
(Ignacio Ramonet)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40890&lang=PT
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5. A professora Conceição Oliveira é autora, junto com o Azenha, do projeto editorial e faço a consultoria histórica e parte da produção da série Nova África.
Ela fez uma síntese no info do youtube, e me recomendou colocar no Boletim, chamando para assistirem a série. Pelo vídeo-síntese, me pareceu algo fundamental.
É de grande interesse dos professores não apenas os de história já que a perspectiva de se apresentar o continente é interdisciplinar:
http://www.youtube.com/watch?v=ChSchKkrn3Q
Nova África é a nova série jornalística da TV Brasil, estréia dia 25/09/2009 às 22 hs. Não deixem de assistir!!!!
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6. informo que a Revista Espaço Acadêmico, edição nº 100, setembro de 2009, foi publicada.
Este número é especial: é o CENTÉSIMO.
Veja nesta edição
ESPECIAL: DOSSIÊ "UNIVERSIDADE EM RITMO DE MERCADO", além dos artigos dos colunistas e colaboradores.
- o movimento agroecologico como espaço de educação
- esfera pública, libertad, revolucion y felicidad: breve reflexion sobre el pensamiento de Hannah Arendt
- educação especial – desafios em busca da inclusão
- a fragilidade das relações humanas na pós-modernidade
- núcleos coloniais e agricultura na Amazônia Imperial: uso e ocupação da terra.
- com presença na Colômbia, EUA visam rotas do petróleo
- relações raciais na formação do pensamento social brasileiro: Gilberto Freyre, Roger Bastide e Mário de Andrade
- Reforma na Idade Média, ideologia da Modernidade: ou sobre como vigiar as próprias algemas
Acesse: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/view/361/showToc (anexo)
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7. O dia em que Jango prendeu o cabo Anselmo
- o movimento agroecologico como espaço de educação
- esfera pública, libertad, revolucion y felicidad: breve reflexion sobre el pensamiento de Hannah Arendt
- educação especial – desafios em busca da inclusão
- a fragilidade das relações humanas na pós-modernidade
- núcleos coloniais e agricultura na Amazônia Imperial: uso e ocupação da terra.
- com presença na Colômbia, EUA visam rotas do petróleo
- relações raciais na formação do pensamento social brasileiro: Gilberto Freyre, Roger Bastide e Mário de Andrade
- Reforma na Idade Média, ideologia da Modernidade: ou sobre como vigiar as próprias algemas
Acesse: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/view/361/showToc (anexo)
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7. O dia em que Jango prendeu o cabo Anselmo
Em março de 1964, Anselmo foi preso quando tentava penetrar - e falar - na reunião do Automóvel Clube. Esse episódio tem sido ignorado até hoje, pois nunca interessou à mídia, cúmplice do processo golpista desde o início. Quem me reviveu o episódio agora, com detalhes preciosos que expõem o repúdio de Jango à indisiciplina que enfraquecia o governo na área militar e encantava os golpistas e a mídia, foi o coronel Juarez Mota - à época capitão e ajudante de ordens do presidente, hoje aposentado, 75 anos de idade, e vivendo em Porto Alegre. O artigo é de Argemiro Ferreira. > LEIA MAIS Política
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16138&boletim_id=589&componente_id=9933
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8. :: Brasil - A Independência Alternativa
(Manfredo Araújo de Oliveira)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40923&lang=PT
*******
9. As Vias Abertas na América Latina
Por Ricardo Antunes
Nas últimas décadas do século XX a América Latina vivenciou um verdadeiro desastre social, e, em contrapartida, aumento desmesurado da concentração da riqueza.
Leia http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7455
*********
10. O ambiente pela metade
Ambientalismo e desenvolvimento sustentável aparecem apenas pontualmente no noticiário, mas não ganham abordagem estratégica dos principais meios de comunicação do país.
Luciano Martins Costa
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=554IMQ002
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16138&boletim_id=589&componente_id=9933
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8. :: Brasil - A Independência Alternativa
(Manfredo Araújo de Oliveira)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40923&lang=PT
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9. As Vias Abertas na América Latina
Por Ricardo Antunes
Nas últimas décadas do século XX a América Latina vivenciou um verdadeiro desastre social, e, em contrapartida, aumento desmesurado da concentração da riqueza.
Leia http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7455
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10. O ambiente pela metade
Ambientalismo e desenvolvimento sustentável aparecem apenas pontualmente no noticiário, mas não ganham abordagem estratégica dos principais meios de comunicação do país.
Luciano Martins Costa
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=554IMQ002
NOTICIAS
Ciclo de Palestras UFF-UFRJ: ROMA AETERNA
ROMA AETERNA,DECADÊNCIA OU NOVOS CAMINHOS?
LEITURAS INTERDISCIPLINARES
HISTÓRIA, ARQUEOLOGIA, LÍNGUA E LITERATURA LATINAS
CICLO DE PALESTRAS
de 08/09 a 05/11/2009 às terças e quintas 14 às 16h, sala 501, bloco C, campus Gragoatá, Niterói, RJ
Confere certificado (34 horas) aos participantes com frequência mínima de 75% das atividades.
14 às 16h, Sala 501-C, UFF, Gragoatá, Niterói, RJ
PALESTRA DE ABERTURA (08/09/2009)
As matrizes historiográficas sobre o Baixo Império: algumas reflexões
Profª Drª Norma Musco Mendes (UFRJ)
Exposição e análise das principais explicações sobre a desestabilização do Império Romano com o objetivo de refletir sobre os fatores que teriam provocado o “colapso” do sistema de domínio imperial romano.
2ª PALESTRA (10/09/2009)
“De Civitate Dei”, a Cidade Antiga na aurora da teologia política tardo-antiga e cristã: Santo Agostinho, Testemunha e Teólogo da “Queda de Roma” (421 d.C.)
Prof. Dr. Pe. Pedro Paulo Alves dos Santos (UNESA)
Prof. Dr. Pe. Pedro Paulo Alves dos Santos (UNESA)
Mais informações: www.ceiauff.wordpress.com
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Preservação ferroviária – próximos eventos
Estão confirmados os seguintes próximos eventos:
11 E 12 DE SETEMBRO
Encontro Regional de Preservação e Revitalização Ferroviária
Paty do Alferes - RJ
08 DE OUTUBRO
Encontro Regional de Preservação e Revitalização Ferroviária
Leopoldina - MG
23 E 24 DE OUTUBRO
Memória 2009 - VII Seminário sobre Museologia, História e Documentação
Araraquara - SP
O primeiro deles já está com seu programa, informações logísticas e ficha de inscrição disponíveis no site do MPF. Com os dois seguintes isso acontecerá nos próximos dias. Todos os eventos terão entrada franca.
Visitem o site do MPF. Além de informações sobre eventos, o site oferece outras matérias interessantes, como: Proposições do Evento TTC / 2009, Estudos Preliminares do TAV / Trem Bala, Imagens do Expresso do Oriente, Dicas sobre Elaboração de Projetos e Captação de Recursos, Informações sobre Trens Turísticos e Culturais etc. Há, ainda, seções permanentes, como: Trem na Música, Trem no Cinema, Prosa & Verso, Fotos, Trabalhos Acadêmicos, Livros etc.
Vale a pena "viajar" com a gente. Cliquem aqui: www.trembrasil.org.br
1 Comentários:
Às 7:15 AM , Maria José Speglich disse...
“O pai acabou sendo libertado pela polícia, retornando à Itália, mas agora sub judice, com a aura definitiva e midiática da pedofilia.
Mas será?”
Eu acho que a pedofilia e o abuso de atos infames em crianças e semi adolescentes sempre houve no mundo, às pencas..., principalmente e muito, muito mais por parte de pais em filhas e de homens em meninas ou até meninos (aliás, basta ter uma guerra e logo se vê que várias mulheres foram estupradas), porém sempre foi encoberto por todos: família, sociedade e mídia.
Acontece que com a globalização o mundo ficou “pequeno” e as notícias boas, más, interessantes ou não chegam a te nós e isso assusta muito as pessoas principalmente porque as religiões sempre frisam que somos seres “humanos” e não animais.
É duro ter que reconhecer o lado animalesco que há em nós – os “humanos”, e digo sem medo de errar, mais no gênero masculino haja vista as matanças de mulheres no mundo todo por “ciúmes” de homens que se sentem rejeitados.
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