Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

12.7.06

Número 048



Editorial

1. Só faltava essa, agora!!! Mal pude acreditar, mas é verídico. No portal Invertia, do Terra, está a notícia de que um empresário sueco está propondo comprar a Amazônia por 18 bilhões de dólares, argumentando que é preciso mantê-la intacta. Ele já começou a comprar: já possui 160 mil hectares da floresta, no estado do Amazonas.

O sueco Johan Eliasch, presidente da empresa de material esportivo Head, propôs ontem, durante uma reunião de empresários em Londres, a compra da Amazônia para garantir sua preservação. Segundo Eliasch, com US$ 18 bilhões é possível comprar toda a floresta.
O objetivo, de acordo o sueco, é mantê-la intacta para aplacar as mudanças climáticas que seriam responsáveis por tragédias como o furacão Katrina e o tsunami de 2004. A redução no número de catástrofes reduziria os gastos das seguradoras, que em 2005 atingiu US$ 83 bilhões, o maior da história.
Eliasch já é dono de 160 mil hectares da floresta, em Manicoré e Itacoatiara, no Estado do Amazonas. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a proposta não foi recebida com entusiasmo por muitos empresários presentes ao debate organizado pela seguradora Lloyd's sobre o clima, que não acreditam na relação direta entre a preservação da Amazônia e as tragédias.


2. Outra notícia realmente incrível! Derrota do Brasil na Copa produz alvoroço na China!!! A propósito: prometo que não falo mais nada de Copa do Mundo!!!

Um idoso chinês causou um alvoroço em Nanjing após a derrota do Brasil para a França nas quartas-de-final da Copa do Mundo, no sábado, informa a Agência Reuters. O homem correu por uma praça da cidade batendo nas pessoas e gritando: "Os brasileiros perderam! Não há nada que valha a pena assistir! Não quero assistir mais a jogo algum!"
O homem foi preso pela polícia, mas depois de agarrar uma pessoa e tê-la mordido "com força", informou o jornal Nanjing Morning Post.
Outro morador da cidade chinesa ficou similarmente perturbado e foi preso após correr pelas ruas nu carregando uma faixa com a frase: "O Brasil Precisa Vencer".

3. O boletim já estava praticamente pronto. Eis que nos noticiários de hoje volta-se a falar do tema segurança pública. E novamente é de São Paulo que chegam as notícias e as imagens que fazem muita gente tremer. No blog do Josias, que já recomendamos aqui por diversas vezes, um artigo sério, que repisa questões já mencionadas quando da primeira crise.

Geraldo Alckmin precisa ouvir o Bussunda
Artigo de Elio Gaspari (na Folha, para assinantes):

Você sabia que o Pão de Açúcar tem 396 metros de altura e o índice de fuga de presos em São Paulo é 0,13?

Geraldo Alckmin dá a impressão de reencarnar do sujeito que decorou a letra R da enciclopédia. Com uma diferença: memoriza números. O Estado que governou por cinco anos teve cerca de 50 agentes da ordem assassinados em menos de 90 dias, 1.500 presos foram confinados como bichos num espaço onde caberiam 150 e ele tem o seguinte a dizer: "A fuga no Estado de São Paulo no ano passado foi 0,13. Isso é número europeu".

Se o doutor estivesse no mundo do futebol, poderia anunciar que formará um time que faça muitas faltas, dê poucos passes e recue a bola sempre que possível. Um levantamento de 1.500 partidas feitos pelo Datafolha, mostra que essas são as características de 53% a 67% dos vencedores. E daí?

Quando os bandidos soltos matam policiais e agentes penitenciários na porta de suas casas, o índice de fugas é uma irrelevância. Quando os presos são tratados como bichos, transformando o poder coercitivo do Estado em selvageria, degrada-se o governo. Um cidadão disposto a apoiar medidas repressivas contra o crime organizado pode defender a pena de morte, a prisão perpétua ou os cárceres de segurança máxima.

São pontos de vista legítimos. Esse mesmo cidadão nada tem a ver com as práticas do presídio de Araraquara. Um homem de bem não se associa ao que se fez lá. Pena que o advogado Cláudio Lembo tenha deixado sua biografia escorregar numa administração na qual bandidos exterminam policiais e presos são vilipendiados.

As platitudes do candidato Alckmin fazem do conselheiro Acácio um James Joyce. Coisa assim, dita na convenção de Belo Horizonte: "Tenho uma visão de Estado que não comporta amadorismos". Ou assim, dita em Lisboa: "Nós estamos dando grande destaque à maior inserção internacional do Brasil. Queremos a busca de mercado internacional, acordos comerciais importantes". Fora disso, recita meia dúzia de números e supõe ter mostrado preparo para discutir a questão.

O índice europeu de fugas dos presídios paulistas tem pouco a ver com o que acontece no Brasil. Muito mais relevante é a indicação de que aqui morrem mais policiais do que em qualquer outro país. Isso numa cultura de segurança que mata mais cidadãos que todas as polícias da Europa somadas. Alckmin sabe que o eixo da discussão é esse. Seu secretário de Segurança, Saulo de Castro Abreu, a quem chamou de "servidor público número um", também sabe. A patuléia não está aí para ser ludibriada com números europeus em conserva.

O candidato do PSDB recitou o "0,13" antes de embarcar para Bruxelas e Lisboa. Na volta, poderá dizer se notou outra semelhança entre a segurança européia e a de São Paulo.

Alckmin cultiva um mantra de campanha. Seja qual for o tema, diz que Lula é omisso e que no seu governo haverá estudo, firmeza e determinação. No caso da segurança, por mais omisso que seja o Nosso Guia, o pudim paulista é de Geraldo Alckmin. A ruína não começou com ele, mas foi com ele quem cevou um modelo truculento e espalhafatoso que acabou em fracasso. Conseguiu o impossível: tornou-se páreo para Anthony Garotinho.

Alckmin deve uma caridade às platéias. Enquanto houver policiais espingardeados nas ruas de São Paulo, ao tratar de segurança, poderia atender ao pedido do Bussunda: "Fala sério".
Escrito por Josias de Souza às 03h08



Falam amigos e amigas

Minha querida ex-aluna e estudiosa da dança afro, Kelly Cardozo, envia convite. Eu já vi este espetáculo e posso garantir que é de altíssima qualidade. Não percam!
Oi Pessoal,
Mais uma vez venho convidá-los para apresentação da Carlos Afro & Cia no Aniversário da Cidade Histórica de Sabará, que acontecerá nos dias 15 e 16 de julho a partir das 16h. O "Projeto Experimental: Dançando na Praça", contará com a participação do grupo Ballet Arte em Movimento (ballet clássico), Stúdio Aisha Aziza (dança do ventre) e a Carlos Afro & Cia (dança-afro). Será realizado na Praça Santa Rita no centro da Cidade.
Aguardo vc's!

Brasil

Assuntos variados hoje. Começamos com uma entrevista feita pela Revista do Brasil com Paul Singer, destacado intelectual, que aponta caminhos possíveis para o Brasil. Em seguida, dois artigos enfocam a questão do trabalho escravo e da propriedade da terra no Brasil. O primeiro mostra que, muitas vezes, o trabalhador que foi libertado acaba voltando à condição de escravo, por absoluta falta de perspectivas e oportunidades. O segundo artigo mostra os problemas que o país tem na atualidade em função de não dar atenção à pequena agricultura familiar e incentivar o latifúndio. Na seqüência, dois artigos enfocam questões relacionadas ao ensino superior. A reforma universitária, debatida no Congresso, recebe centenas de emendas o que faz prever dificuldade para sua aprovação. Ao mesmo tempo, manifestos a favor e contra o Estatuto da Igualdade Racial levam o Congresso a ter de definir com clareza sua posição.


Entrevista: Paul Singer
Coerência à flor da pele

Paulo Donizetti de Souza para a Revista Brasil

Paul Singer é o tipo de intelectual que arregaça as mangas para buscar pôr em prática o que aprende e ensina. Para ele, a organização de empreendimentos solidários mostra que outra economia é possível e está acontecendo.

Paul Singer figura, possivelmente, entre os mais conceituados intelectuais do Brasil. Sua obra é ingrediente obrigatório na biblioteca de quem queira entender o Brasil. Com a fala serena de um mestre, Singer fala de seu país com a coerência que o acompanha em mais de meio século de militância política de esquerda. Critica com pesar, mas sem meias palavras, os rumos da economia. Fala dos vacilos do governo e do PT; e torce pela reeleição de Lula.

Esse brasileiro nascido na Áustria há 74 anos já foi metalúrgico (eletrotécnico), é um dos fundadores do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap) junto com intelectuais da academia perseguidos pelo regime militar. Professor da Unesp e da FEA/USP, foi secretário de Planejamento paulistano na gestão de Luiza Erundina e, desde 2003, comanda a Secretaria Nacional de Economia Solidária criada pelo atual governo dentro do Ministério do Trabalho. Para Paul Singer, a economia solidária não é mera alternativa para gerar ocupação em tempos de crise, como pensam alguns, mas uma ferramenta de construção de um novo modelo econômico pautado pelo humanismo, a justiça social, a cooperação mútua e a solidariedade. É seu modo de ver o país que aparece nesta primeira entrevista da história da Revista do Brasil.

Revista do Brasil: É possível mudar de rumo na economia ou estamos aprisionados a esse modelo?
Paul Singer: É possível. Já podíamos estar crescendo muito mais que no momento. Aquela elevação da taxa de juros a partir de setembro de 2004 cortou pela metade o crescimento em 2005. A meu ver, desnecessariamente. Estamos crescendo a meio vapor e isso por opções político-econômicas. É preciso controlar a movimentação dos capitais dentro e fora do país porque o não-controle praticamente coloca o governo brasileiro e o Banco Central à mercê do capital financeiro. Essa é a situação da maior parte dos países desenvolvidos hoje. Eles não controlam a movimentação de capitais e são obrigados, em diferentes governos – de esquerda ou de direita –, a fazer uma política conservadora colocando o combate à inflação muito acima do combate ao desemprego. É um grande dilema. É possível optar por outra política se tivermos a firmeza hindu, tailandesa, da Malásia ou chilena. A Argentina tem. Cresceu 8% ou 9%. Nós poderíamos também, se quiséssemos.

RB: A quem diz que o país precisa de um "choque de gestão" o presidente Lula responde que precisa é "choque de inclusão social". Isso está acontecendo?
PS: Não sei se é choque, mas há diferenças sensíveis. A promessa do presidente de zerar a fome e garantir o mínimo de segurança alimentar à população está sendo cumprida. O presidente deu absoluta prioridade a isso, não deixou nenhum corte de orçamento atingir essa meta. Vamos chegar a mais de 11 milhões de famílias que vão ter uma renda muito baixa ainda, mas suficiente para garantir a nutrição das crianças – e ligada inclusive a sua freqüência na escola.

RB: O senhor ficou satisfeito com a decisão do PT em relação aos parlamentares que tiveram seus nomes envolvidos em supostos problemas de conduta?
PS: Eu fiquei. Foi importante ter adotado uma decisão no sentido de que o PT vai apurar os fatos. A hipótese é de que todos somos, mais ou menos, responsáveis pelo que aconteceu. A responsabilidade pelo processo é coletiva, embora tenha havido violações graves na democracia interna do partido, já que certas condutas individuais foram comprovadamente clandestinas. O partido não sabia.

RB: O senhor acha que o PT tem condições de voltar a liderar na sociedade uma ação pela ética na política, tomar a dianteira em propor uma reforma política ampla e consistente?
PS: Tem. Uma das coisas interessantes a esse respeito é o seguinte: a Folha de S.Paulo deu em manchete depois da adoção dessa resolução [discutir a punição dos envolvidos em denúncias depois da eleição], que o PT enterra a investigação. Aconteceu o contrário: por consenso a apuração está programada, vai acontecer. Nenhum jornal ou revista cobrou apuração de qualquer outro partido, inclusive do PSDB – afinal de contas, quem criou o "valerioduto" foi o PSDB. Isso também está comprovado. O PT precisa apurar por que passou a ser uma máquina eleitoral dependente de grandes quantias de dinheiro. Mesmo doações oficialmente declaradas parecem ter vindo dos bancos. Isso é preocupante.

RB: Mas contribuições fazem parte da regra eleitoral.
PS: O que me importa no caso do PT é que ele volte a ser um partido barato. Houve deslumbre, desbunde e descontrole. O que eu e muitos de nós queremos é ter um partido em que a contribuição dos filiados seja a principal fonte de financiamento. Acho que o PT não deveria receber nenhuma contribuição de pessoa jurídica. Contribuir para o PT teria de ser uma posição política.

RB: É possível governar sem fazer alianças político-partidárias?
PS: Defendo que, para as eleições, tenhamos apenas alianças com partidos com programas análogos, que nós não fizéssemos aliança com partido de direita. Na verdade, os partidos não são de direita: o PTB, o PP e o PL não são de direita, também não são de esquerda, também não são de centro. Nem têm projeto. O povo brasileiro se politizou bastante nas eleições para o Executivo. Vota com atenção e convicção para presidente da República, para governador e para prefeito. Mas essa politização inexiste para o Legislativo. A maioria das pessoas, depois de um mês, não lembra em quem votou.

RB: Mas é possível governar sem alianças?
PS: Se o presidente Lula for reeleito – e eu espero que seja! – vai ter que constituir maioria e tem que estabelecer alianças. Mas é diferente você fazer aliança depois da eleição, só com os parlamentares. Eu não acho nada imoral os que aderem à aliança terem cargos no governo, por exemplo. Por que um partido vai apoiar um governo? Pelos belos olhos? Só pelo entusiasmo? Não. Isso – participar do governo – é legítimo.

RB: Como o senhor avalia o ano internacional do microcrédito (2005, instituído pela Nações Unidas)? O senhor representou o presidente Lula, como um dos embaixadores do microcrédito. PS: No Brasil não houve grande avanço. Conseguimos uma lei que foi amplamente debatida no Congresso mas que não é funcional. Você faz com ótima intenção, no caso, abrir o crédito aos micro e pequenos empreendedores, aos pobres em geral, sem precisar de garantia, o que é uma mudança na política bancária do país, mas cria tantas exigências que inviabilizam a implementação. Precisa de ajustes. O presidente Lula está investindo muito no microcrédito, com toda razão. É uma coisa extremamente importante, sobretudo como porta de saída dessas 11 milhões de famílias do Bolsa Família, que precisam de crédito para começar alguma atividade econômica e ter alguma perspectiva. É preciso mudar algumas regras para que o Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado (PNMPO) comece a deslanchar.

RB: E quanto à economia solidária?
PS: O governo nacional coloca a economia solidária como um dos alvos da sua política de fomento. Ela existe há tempos, mas estava anônima no país. Com movimentos apoiados por organismos como a Cáritas [entidade ligada à Igreja Católica que apóia movimentos populares e comunitários], por setores das universidades, por sindicatos, a economia solidária foi emergindo.

RB: É possível dimensionar com que intensidade a economia solidária acontece?
PS: A Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes), criada em 2003, iniciou um mapeamento que conseguiu identificar 15 mil empreendimentos no país, em todos os estados brasileiros. Estamos iniciando uma segunda tomada para complementar esse trabalho. Em todos os 27 estados existem comitês do sistema de informação da economia solidária. As plenárias, os encontros de empreendimentos em 2004, tudo isso deu outra qualidade à economia solidária. Isso foi viabilizado pelo Fórum Brasileiro de Economia Solidária, que reúne os movimentos sociais afins, e pela Senaes, braço do poder público nessa empreitada. A conferência nacional de economia solidária, que deve acontecer no final do mês de junho, será o auge desse processo de fazer emergir e dar identidade à economia solidária. Queremos que participem todos os grandes movimentos sociais brasileiros: as mulheres, os negros, os indígenas, os ambientalistas, para fazer uma grande aliança com a economia solidária.

RB: Quem planta, produz algum bem ou serviço tem de vender, não é?
PS: O mapeamento mostrou coisas surpreendentes para nós. A maior parte da economia solidária está no campo. Há mais empreendimentos rurais, agropecuários e extrativistas do que urbanos. Além disso, a maior parte da economia solidária está no Nordeste. O Rio Grande do Sul é onde há mais empreendimentos cadastrados nesse primeiro levantamento, mais de 1.600, mas logo em seguida vem a Bahia, o Ceará e o Piauí, com mais de mil empreendimentos cadastrados cada estado – 44% dos empreendimentos estão no Nordeste porque lá a pobreza é maior. Ou seja, há uma forte relação entre a pobreza e a economia solidária. A comercialização ainda é um ponto de estrangulamento. Não que não haja mercado. Não há vendedores. As pessoas pobres têm mais propensão a produzir do que a vender. Se você junta um grupo de mulheres para costurar, elas farão isso com muito empenho e gosto, mas vá perguntar a elas se querem ir para as lojas para vender. Elas têm medo de não falar a língua da classe média deles, têm vergonha de ser pobre. Existe um forte movimento de comércio justo, principalmente de exportação para a Europa, onde milhares de lojas vendem produtos do terceiro mundo com preços maiores que o resto do comércio e a diferença indo direto para os produtores. Do ponto de vista da produção, é insignificante o que se consegue escoar por aí, possivelmente 5% de tudo.

RB: Como resolver isso?
PS: É preciso criar canais de comercialização da produção da economia solidária, ter comércio justo dentro do país, colocar os produtos da economia solidária no supermercado e na grande rede comercial. O ideal seria ter entidades cooperativas de economia solidária de intermediação, compra e venda.

RB: O governo tem conseguido fazer a distinção entre o empreendimento econômico solidário, cooperativismo e as falsas cooperativas, as de fachada?
PS: Isso para nós é um dos assuntos vitais, sobretudo nas cooperativas de serviços e de trabalho. As falsas cooperativas existem desde lá embaixo, na limpeza, até na medicina. A fiscalização vai atrás e destrói as cooperativas que eles consideram falsas sempre que há denúncias, mas isso só não resolve o problema. Estamos fazendo um projeto de lei para que cooperativas não possam proporcionar a seus próprios membros menos que os direitos básicos de um assalariado. Criamos o Programa Nacional de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Pronacoop). A lei dá três anos para que as cooperativas tenham suficiência econômica.

RB: Existe algum mecanismo de apoio a trabalhadores para que assumam, em autogestão, empresas em vias de quebrar?
PS: A Senaes apóia com dinheiro as grandes entidades que fazem isso, que habilitam os trabalhadores a ficar com a massa falida e a recuperar a empresa em crise, que são a Anteag (Associação Nacional de Trabalhadores em Empresas Auto-geridas) e a Unisol (União e Solidariedade das Cooperativas do Brasil). A nova lei de falências prevê recuperação judicial das empresas e que os trabalhadores sejam reconhecidos como credores da empresa em crise ou falida. Para que haja uma recuperação judicial, os trabalhadores têm que concordar que são um dos três grandes credores – assim como governo e fornecedores. O que quer que aconteça com a empresa em crise, os trabalhadores têm voz ativa. Além disso, há a possibilidade de que os trabalhadores assumam a empresa e a dirijam em autogestão para recuperá-la. A lei zera todo o passivo da empresa se ela for entregue a um novo dono, que pode ser, inclusive, seus ex-empregados.

RB: Essa "outra" economia é mesmo possível?
PS: Eu acho que é. Está acontecendo.

RB: Lula e o PT sempre foram referências para a esquerda latino-americana, mas estão conseguindo fazer um governo de esquerda?
PS: Esquerda é, na verdade, a luta contra a desigualdade, a miséria, a morte desnecessária, a exploração. Nesse sentido, o Bolsa Família é a principal ação, pelas suas dimensões e significados. Por isso teve repercussão internacional. Mas o governo Lula tomou muitas medidas que são progressistas do ponto de vista de esquerda. Talvez uma das mais importantes, em breve, vá ser a lei geral da micro e pequena empresa. Ela permitirá que as pequenas firmas, de baixa renda, paguem apenas uma fração desses impostos todos indiretos e diretos que existem. É uma forma de atrair para a formalidade empresas muito pobres e uma medida de grande impacto social. Deve entrar em vigor este ano, tem muito apoio no parlamento. É como o Simples, do Fernando Henrique, só que elevado a enésima potência. O Lula faz muito isso: pega coisas que o Fernando Henrique começou a fazer numa escala insignificante e transforma em programa social significativo. * Colaborou Xandra Stefanel

2. TRABALHO ESCRAVO
Libertados da escravidão correm risco de voltar ao trabalho forçado

É comum ações de libertação encontrarem pessoas que já foram resgatadas anteriormente. Trabalhadores voltam a seus municípios e encontram a mesma situação que os obrigou a deixar sua casa. Projetos têm atuado para gerar emprego e renda, mas ainda são insuficientes. > LEIA MAIS Direitos Humanos 06/07/2006

3. CUSTO-LATIFÚNDIO
Concentração de terra na mão de poucos custa caro ao Brasil

A importância das pequenas propriedades do ponto de vista econômico, social e ambiental desmistificam os argumentos de quem quer preservar a supremacia do latifúndio. Esta é a primeira da série especial de reportagens que discutirá o tema do “latifúndio no Brasil”. > LEIA MAIS Economia 10/07/2006


4. Reforma universitária recebe 368 emendas; Fundeb avança

Projeto de lei de reforma universitária ganhou caráter de urgência constitucional, mas quantidade de emendas mostra que disputa em torno da questão deve ser intensa. Fundeb é aprovado no Senado e volta para a Câmara. > LEIA MAIS Educação 05/07/2006

5. COTAS NAS UNIVERSIDADES
Manifesto pressiona Congresso a aprovar Estatuto da Igualdade Racial

Entregue nesta terça aos presidentes da Câmara e do Senado, documento foi uma resposta ao outro manifesto, entregue por intelectuais, na última semana, contrário a Lei de Cotas e ao Estatuto. Primeiro documento, que tinha objetivo de parar a tramitações dos projetos, acabou favorecendo o debate público sobre a questão. > LEIA MAIS Educação 05/07/2006


Internacional

Boaventura de Sousa Santos, que já expusera suas considerações a respeito da crise do Timor, volta a insistir na responsabilidade da Austrália para fabricar a crise. E a ONU aprova documento que procura garantir os direitos dos povos indígenas em todo o mundo.

1. Boaventura de Sousa Santos
Timor: é só o começo

A interferência da Austrália na fabricação da crise timorense está cada vez mais clara: documentos de política estratégica australiana de 2002 revelam a importância de Timor Leste para a consolidação da posição regional australiana, tanto no plano econômico como militar. - 06/07/2006

2. MULTICULTURALIDADE
ONU aprova direitos dos povos indígenas

Documento que estabelece novas bases na relação entre os Estados e povos indígenas, reconhecendo o direito à diferença, à multiculturalidade, à autonomia e ao território, é adotado depois de quase duas décadas de discussão > LEIA MAIS Direitos Humanos 06/07/2006

Nuestra America

Aproveitando que o site do Lê Monde Diplomatique está aberto, não deixe de ler a edição de julho. Sobretudo o artigo abaixo, que mostra uma relação perniciosa entre turismo, patrimônio e história. Na seqüência, veja porque a entrada da Venezuela no Mercosul desperta tantos temores. E leia, finalmente, um artigo esclarecedor a respeito de práticas da medicina diferentes das usuais.

1. Em nome da Natureza...

Sob o rótulo fraudulento de “turismo ecológico”, três mega-projetos ameaçam transformar sítios arqueológicos e santuários naturais do México e América Central em parques temáticos para turistas milionários

Leia em: http://diplo.uol.com.br/2006-07,a1347


2 Por que o ingresso da Venezuela no Mercosul incomoda?

Matérias publicadas em diversos jornais apresentam a Venezuela como um fator de preocupação, mais do que como uma possibilidade de fortalecimento do bloco. Essa abordagem multiplica-se pela mídia. Venezuela é o 5° maior exportador mundial de petróleo, tem a 8ª maior reserva de gás do mundo e representa o 3° maior mercado consumidor da América do Sul. - 04/07/2006


3. Outra prática da Medicina é possível
Gilberto López y Rivas (da revista O Berro)

O programa de cooperação iniciado por Cuba e respaldado pela Venezuela, que já é desenvolvido em 24 países da América Latina e Caribe, tem conseguido operar e curar gratuitamente, em apenas um ano e meio, mais de 210 mil deficientes visuais.

O nome da operação, Milagre, foi dado a partir da afirmação de muitos doentes que, ao recobrar a vista e conhecer seus filhos ou netos, exclamam emocionados: “Isto é um milagre!” E em um dos centros de cuidados de Havana, um hotel luxuoso próximo ao mar, onde os pacientes recebem os cuidados de jovens trabalhadores sociais, “os médicos da alma” – como Fidel os chama – fui testemunha desse milagre através de um humilde limpador de carros de Buenos Aires, na Argentina, que relatou suas primeiras impressões do momento em que recuperou a vista depois de cinco anos na total escuridão. Ele foi atingido por uma doença curável e que poderia ser prevenida, caso os custos dos serviços médicos especializados não fossem tão caros. Neste centro, dezenas de internos relatavam suas experiências de peregrinação pelos serviços de saúde de seus respectivos países, sem receber resposta. Alguns tinham abandonado totalmente a esperança.

A Organização Mundial da Saúde afirma que 90% dos 136 milhões de deficientes visuais se concentram nos países subdesenvolvidos, e até o início da Operação Milagre, nenhum governo ou organismo internacional havia se proposto a estruturar um programa que desse resposta efetiva e em grande escala aos necessitados e afetados por diversas doenças na vista.
Não é a primeira vez que Cuba desenvolve trabalhos internacionais do mais alto conteúdo humanista. Desde 1963, nas difíceis condições dos primeiros anos da Revolução, seu governo enviou um destacamento solidário de médicos a Argélia. Na época, mais de cem mil profissionais e técnicos de saúde cubanos contribuíram para salvar vidas em 97 países da África, Ásia e América Latina. Ainda durante o chamado “período especial”, caracterizado pelas grandes privações e dificuldades que viveu o povo cubano depois da queda da União Soviética, o governo revolucionário fundou a Escola Latino-americana de Medicina, que em agosto do ano passado graduou sua primeira turma de 610 médicos procedentes de todos os confins da nossa América, incluindo os Estados Unidos.

Em Cuba, cursam a carreira mais de 12 mil estudantes de Medicina vindos de 83 países: 5.500 da América do Sul, 3.244 da América Central, 489 do México e América do Norte, com 65 jovens dos Estados Unidos, 1.041 do Caribe, 777 da África Subsaariana, 43 da África do Norte e Oriente Médio e 61 da Ásia e da Europa.

Esses estudantes não pertencem a famílias que podem pagar sua faculdade em seus países de origem. Nos Estados Unidos, para formar-se médico é preciso ter 300 mil dólares. Em sua grande maioria os estudantes são de origem humilde, que se não tivessem a oportunidade de ir a Cuba jamais seriam médicos. Como se pôde constatar na Escola Latino-americana de Medicina, os futuros profissionais recebem sua educação gratuita, e sua manutenção e estadia estão asseguradas durantes os anos de preparação profissional.

O comandante Fidel Castro se pergunta: “Como é possível que Cuba, uma pequena nação bloqueada durante mais de 45 anos pelos Estados Unidos e até em países do Terceiro Mundo – segundo se demonstrou recentemente pelo incidente do hotel Sheraton, na cidade do México – pode contribuir para o bem-estar de tantos povos formando em 10 anos mais de 100 mil médicos? Onde está o segredo? A resposta é que o capital humano pode mais que o financeiro. O capital humano implica não apenas em conhecimentos, mas também, e essencialmente, na consciência, ética, solidariedade, sentimentos verdadeiramente humanos, espírito de sacrifício, heroísmo e a capacidade de fazer muito com muito pouco”, disse o presidente cubano.

Ao contrário, os países do capitalismo avançado não apenas não preparam profissionais da saúde para os países periféricos, como saqueiam os médicos dos países subdesenvolvidos: Nova Zelândia, Reino Unido, Canadá, Estados Unidos e Austrália mantêm entre seus profissionais 22% a 35% de migrantes provenientes dos países pobres. Um informe da OMS e da Universidade de Havana assinalam que o subsídio anual para patrocinar essa fuga de profissionais especializados chega a 500 milhões de dólares.

Em Honduras, Brasil e na própria Venezuela, algumas associações e grêmios oftalmológicos, junto com os circuitos corporativos relacionados com os grandes hospitais privados, lançaram uma campanha contra a Operação Milagre. O fundo está nos interesses dos mercenários de jaleco branco que vêm reduzir suas ganâncias aos baratear os preços por seus serviços profissionais que a missão presta gratuitamente. Nessas denúncias se expressam a lógica da privatização e mercantilização do direito à saúde e à vida.

Cuba, por sua vez, mostra, com a Operação Milagre, sua vocação médica internacionalista de que outra Medicina é possível.
Fonte:
http://www.mst.org.br/biblioteca/textos/internacional/medicinacuba.htm

Notícias


1. Filosofia e Sociologia voltam ao currículo escolar

O Conselho Nacional de Educação aprovou ontem a obrigatoriedade das disciplinas de filosofia e sociologia no ensino médio de escolas públicas e particulares. O parecer segue para homologação do ministro da Educação. As redes terão até um ano depois da publicação da resolução para ainda fixar medidas da inclusão de filosofia e sociologia no currículo. (do portal Yahoo)

2. O Instituto Cultural Amilcar Martins abre inscrições para o curso de encadernação e pequenos reparos em livros.
Veja mais informações no site http://www.icam.org.br/ ou pelo telefone 31 3274-6666.

PROGRAMA
Desmonte do livro e higienização
Pequenos reparos
Costuras
Folha solta
Costura de cadernos
Alternada
Encadernação
Meia encadernação Bradel
Encadernação Bradel com cantos
Encadernação plena Bradel
Meia encadernação Francesa
Encadernação plena com nervos

3. Espaço Cultural "Zé Delfino Catarina"
Av. Sinfrônio Brochado, 1053, Barreiro – 30.640-000, BH/MG Site: http://www.maurosatter.com/ Email: espacocultural@maurosatter.com

SEGUNDA – BATE PAPO COM CACHAÇA
Bate papo com artistas, recitais de poesias e canja especial com o melhor da música brasileira em todos os estilos.

TERÇA – O INSTRUMENTO FALA MAIS ALTO
Lançamento de livros e música instrumental trazendo o melhor do Jazz, Blues, chorinho e Bossa Nova.

QUARTA – TODAS AS MULHERES DO BRASIL
Um encontro especial reunindo o melhor da música nacional interpretada somente por mulheres.

QUINTA – PROJETO QUINTA ARTE
Novos talentos, lançamentos de CD’s independentes e shows especiais com artistas renomados de todo o Brasil.

SEXTA – FORRÓ GENUÍNO
Aulas de dança e o melhor do forró pé de serra, resgatando as melhores canções do estilo.


O Espaço Cultural funcionará como local para encontros, debates, reuniões, apresentações e exposições de trabalhos artísticos nas áreas de dança, teatro, música, literatura, artesanato, artes plásticas e outras atividades afins. Venda de CD’S independentes, lançamentos de discos, livros, oficinas de capacitação artística, organização de campeonatos esportivos, festivais, assessoria fonográfica e jurídica e elaboração de projetos para capacitação de recursos através das leis de incentivo à cultura.
Salão de festas (com buffet completo), inclusão digital, escola de música, bar cultural, uma biblioteca e um acervo com informações históricas e culturais da região com fotos antigas dos locais, bem como de seus moradores.
Convidamos todos os artistas que queiram se associar ao Espaço Cultural e as empresas e moradores que se interessem em participar com alguma forma de apoio neste projeto, que entre em contato pelos telefones (31)3384.2600/ 9804.9922 ou venha pessoalmente no endereço acima para também conhecer este novo espaço de Belo Horizonte.
Mauro Satter

Revistas e livros

1. A história da Amazônia revista

Livro apresenta descobertas recentes da arqueologia e desfaz mitos sobre ocupação da região

A Amazônia sempre foi pouco povoada e marcada por uma pequena densidade demográfica, certo? Errado. Este é um dos muitos mitos sobre a ocupação da região que por muito tempo foram difundidos entre leigos e até entre pesquisadores. Agora, um livro recém-lançado procura desfazer alguns dos equívocos sobre a história das sociedades amazônicas. Arqueologia da Amazônia, de Eduardo Góes Neves, resume o que se sabe hoje sobre o passado desses povos e apresenta um panorama das pesquisas atuais na região.

Góes Neves é professor do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. Em Arqueologia da Amazônia, ele compara as crenças dos arqueólogos sobre as comunidades indígenas antigas no início do século 20 – quando começaram as primeiras investigações em trabalho de campo na região – com as descobertas mais recentes sobre a ocupação dessa área.

Uma delas mostrou, por exemplo, que a Amazônia tinha uma alta densidade demográfica no período pré-colonial, principalmente até o século 15. Nos registros de exploradores dos séculos 16 e 17 há menções a grandes comunidades indígenas. Isso muda após o século 18, quando os europeus começam a colonizar o território. A guerra, a escravidão e as doenças trazidas por eles contribuem para a decadência das tribos nativas.

O autor expõe como evoluiu a vida econômica, artística e social dos antigos povos da região amazônica. Os diferentes grupos tinham formas de sobrevivência distintas: havia os nômades, os sedentários e os que praticavam a agricultura de coivara, que prejudicava o solo até o ponto em que ele se tornava infértil e a comunidade era obrigada a procurar outro lugar.

Para o autor, os nativos de dois mil anos atrás são ancestrais dos indígenas atuais e, por isso, a arqueologia da Amazônia pode ser considerada uma “história antiga” desses povos. Muitos estudiosos acreditam que as sociedades amazônicas se tornariam estados centralizados se o colonizador europeu não tivesse interferido, mas Góes Neves refuta essa idéia – para ele, a economia dessas comunidades era baseada no núcleo familiar de produção, o que não favorece o poder central ou a estabilidade política a longo prazo.

O livro traz ainda para o público leigo uma antiga controvérsia entre os arqueólogos sobre a origem das cerâmicas encontradas na bacia amazônica. Acreditou-se durante muito tempo que havia um centro inicial de produção de cerâmicas, localizado no noroeste da América do Sul, onde foram encontradas peças com mais de quatro mil anos. No entanto, a descoberta de objetos tão antigos quanto esses nos sítios de Pedra Pintada e Taperinha, no estado do Amazonas, põe em xeque essa hipótese. Góes Neves defende que conhecer a história das sociedades amazônicas pode ajudar a encontrar maneiras de utilizar de forma mais sustentável e responsável os recursos da região. É isso que Arqueologia da Amazônia propõe, em linguagem simples e texto conciso acompanhado de sugestões de leitura complementar, que deve chamar a atenção tanto de especialistas e quanto de leigos interessados pelo tema.

Arqueologia da Amazônia
Eduardo Góes Neves
Coleção Descobrindo o BrasilRio de Janeiro, 2006, Jorge Zahar EditorTel.: (21) 2240-022686 páginas – R$ 22,00
Franciane Lovati
Ciência Hoje On-line05/07/2006

2. Notícia divulgada por Xico Vargas, do site nominimo.com.br

Bela providência
Pode ter sido reação contra o vício de todo o ocupante de cargo público de sepultar qualquer sinal da passagem do antecessor a decisão do ministro Gilberto Gil de estender o manto protetor do ministério da Cultura sobre a “Revista de História da Biblioteca Nacional”.
A revista nasceu como uma cópia da já consolidada “Nossa História” - projeto gráfico inclusive - e teve vida curta. Com a saída de Pedro Corrêa do Lago da BN, foi abandonada pelo sucessor, Muniz Sodré, e pela diretora-executiva da BN, Célia Portela. Em abril passado a publicação enfiou o pé na cova.
Agora, reanimada por oxigênio da Petrobras, deverá estar de volta às bancas no início de agosto. Melhoraria também a vida dos brasileiros se o ministro devolvesse à Biblioteca sua vocação editora de livros de história e o apreço pela preservação do acervo e pela aquisição de obras raras.

3. Confira na edição de julho da revista Fórum:




- As conseqüências da "Semana do Terror" :Novas histórias emergem sobre o que ocorreu em São Paulo no mês de maio quando, em nove dias, 492 pessoas forma mortas por armas de fogo em uma reação aos ataques do PCC. Fórum ouviu testemunhas e teve acesso a laudos que indicam um verdadeiro massacre.

- O Estilo "Saulo": Na gestão do atual secretário de Segurança Pública de São Paulo, os índices de morte por policiais dispararam e casos como a Operação Castelinho evidenciam a truculência tucana.

- Tecnologia da Liberdade: A nova licença para a propriedade intelectual que permite cópia e reprodução, virou febre na internet.

-Demissões na Volks - Para se conter um resultado negativo, deve-se demitir ou adotar novas estratégias

O "arco-íris" ganha a cidade - a parada do orgulho Gay em São Paulo mostra que o respeito às diferenças ganha força na sociedade, mas ainda falta muito para acabar com o preconceito

- As histórias do "Canhão da Vila" - Pepe, um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, lembra de sua história e conta causos de uma época de ouro do futebol brasileiro.

- A consolidação de Kirchner. O presidente argentino centraliza o poder político, mas pode ter em Roberto Lavagna um duro adversário para seguir no comando do país.

- O capital não existe sem o Estado. Para o marxista canadense Leo Panitch, o Estado reproduz o mercado e as multinacionais não exerceriam seu domínio de forma tão ampla sem ele.

A revista Fórum completa em setembro cinco anos de existência e se firma cada vez mais como alternativa para quem quer compreender o outro lado da política. A publicação nasceu inspirada pela temática do Fórum Social Mundial e discute questões como a promoção da igualdade social, racial, sexual e econômica.
REVISTA FÓRUM À VENDA EM BANCAS DE TODO PAÍS.
ASSINE! www.revistaforum.com.br


Sites interessantes

Conheça alguns museus brasileiros

Museu Paraense Emilio Goeldi – http://www.museu-goeldi.br/
Museu Nacional/UFRJ – http://www.museunacional.ufrj.br/
Museu Histórico Nacional – http://www.museuhistoriconacional.com.br/
Museu Paulista da USP – http://www.mp.usp.br/
Museu Imperial – http://www.museuimperial.gov.br/
Museu Dom Bosco, de Campo Grande – http://www.museu.ucdb.br/
Museu do Índio – http://www.museudoindio.org.br/
Museu Virtual de Arte Brasileira – http://www.museuvirtual.com.br/
Museu da Republica – http://www.museudarepublica.org.br/
Museu Villa-Lobos – http://www.museuvillalobos.org.br/
Museu Paranaense – www.pr.gov.br/museupr
Museu de Arte Contemporânea – http://www.mac.usp.br/
Museu de Arte de São Paulo – http://masp.uol.com.br/
Fundação Casa de Rui Barbosa – www.casaruibarbosa.gov.br/museu_f.html
Museu Antropológico da UFG – www.museu.ufg.br

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