Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

2.6.09

Número 191



Saudades da Marina... não, não é da Morena Marina do Caymi, não... é da Marina Silva, mesmo. Depois que ela saiu do Ministério, as coisas não andam boas. Há três links na seção Navegar é preciso que mostram isso, como anda a ofensiva dos pecuaristas e mineradoras sobre o que ainda resta do Pantanal, da Mata Atlântica e da Amazônia, claro...
Nos artigos de fundo, algumas contribuições de leitores e leitoras fiéis. O professor e amigo Lafayette, de Ribeirão Preto, me enviou artigo sobre a tentativa de reabilitação do cantor Simonal; minha amiga e ex-colega de faculdade Maria José me encaminhou a carta indignada de uma cidadã a respeito das tragédias no Nordeste; meu irmão Henrique me encaminhou uma entrevista do Chico de Oliveira: eleitor de Lula, ele diz que a disputa de 2010 será esvaziada de política e regionalista". E um quarto artigo, aliás, uma entrevista com Chomsky sobre o Irã.
Bons livros, boas indicações de sites e blogs e noticias variadas completam este número.


Repasso, para conhecimento e reflexão, matéria publicada pelo “Observatório de Imprensa” sobre o documentário “Simonal: Ninguém sabe o duro que dei” e sua repercussão na mídia.
Há dois fatos básicos e inquestionáveis. Primeiro: o simples fato de Simonal recorrer a policiais amigos para seqüestrar e torturar seu contador a fim de arrancar dele suposta confissão de desfalque já evidencia o caráter do cantor, sua posição político-ideológica e a importância “coronelística” que se atribuía. Segundo: os policiais da DOPS não prestariam a Simonal esse sujo serviço se não mantivessem com ele ligações íntimas.
O documentário, sob a aparência de “neutralidade”, é mais uma das iniciativas que têm surgido de reescrever, de um ponto de vista conservador, a história brasileira no século XX e, em particular, no sinistro período da última ditadura militar.


HISTÓRIA REVISITADA Simonal, a reabilitação
Por Urariano Mota em 19/5/2009
Reproduzido do Direto da Redação, 15/5/2009

Com o filme Simonal – Ninguém sabe o duro que dei, começou a reabilitação de Wilson Simonal. Não se conclui outra coisa, quando se lêem os artigos publicados em todo o Brasil. Em todos os jornais, os críticos mais parecem uma orquestra afinada para uma só composição, para um só samba de uma nota só. Em toda a mídia se repetem as saudações ao documentário, à sua imparcialidade etc. etc.
Na Folha de S.Paulo, no texto com o título épico "Simonal refaz saga do cantor", entre outras coisas se escreve:
"Aconteceu no final de 1971. Por suspeitar que estivesse sendo roubado, o cantor teria mandado bater no contador de sua empresa. Só que o homem vai parar no Dops (Departamento de Ordem Política e Social, hoje extinto), onde é torturado. Não demora até que os jornais liguem as pontas – não necessariamente cobertos de verdade – e publiquem a manchete: `O cantor Wilson Simonal é informante dos órgãos de segurança do Estado´...
Mais que biografar a ascensão e queda meteóricas de um ídolo – e isso é feito de maneira empolgante –, o documentário reescreve a saga de Simonal para que, conhecendo finalmente sua história, o Brasil possa absolvê-lo de coisas que talvez ele nem sequer tenha feito."
Preconceitos raciais e sociais
Observem que:
1.
O cantor "teria mandado bater no contador". Teria mandado, em lugar de mandou.
2.
"...o homem vai parar no Dops (Departamento de Ordem Política e Social, hoje extinto), onde é torturado". Por acidente, ele foi parar no Dops.
3.
"...o documentário reescreve a saga de Simonal para que, conhecendo finalmente sua história, o Brasil possa absolvê-lo de coisas que talvez ele nem sequer tenha feito". Absolvê-lo... Não demora, a família entrará com processo na Anistia.
Por falar em anistia, artigo no Jornal do Commercio, do Recife, é mais explícito:
"A chance de anistia de Simonal – Filme conta história de cantor que morreu com fama de dedo-duro, mas foi mesmo uma vítima da intransigência."
No UAI, de Minas, a reabilitação continua:
"Nos dias de hoje, a maioria das pessoas que conhecem o assunto acredita na tese de que Wilson Simonal foi derrubado por uma rede de boatos, somada a preconceitos raciais e sociais que levavam, em muitos grupos, a um estado de desconforto frente ao sucesso do cantor. Simonal pende nitidamente para este lado."
Condenado ao ostracismo
No Jornal do Brasil, do Rio, o mesmo samba:
"Com um design e produção impecáveis, o trio de diretores Cláudio Manuel, Micael Langer e Calvito Leal tenta também trazer à tona a perseguição que o cantor sofreu, após a suspeita de que ele estava a serviço do Dops, na época da ditadura. Recheado de entrevistas, o filme tem o mérito de ser, em grande parte, imparcial. Mas faltam depoimentos e nomes de artistas que efetivame
nte promoveram o boicote... Numa montagem esperta, o papel de bicho-papão ficou só com os jornalistas do Pasquim que participam do filme: Sérgio Cabral, Ziraldo e Jaguar. Este último, em destaque, é colocado pela edição nos momentos antagônicos, em contraponto a considerações positivas sobre o cantor. Seria alguma forma de revanche? O público é quem decide."
Em O Globo, entre outras louvações, transcrevem-se as palavras de Nelson Motta, "Simonal virou um tabu, um leproso, um pária..." Mas o modo mais parcial vem do Guia da Semana, de São Paulo, em editorial (!):
"No início da década de 70, Simonal percebeu que estava sendo roubado por seu contador. De pavio curto, o cantor contratou um grupo para dar uma surra no traidor. Porém, o episódio envolveu agentes do Dops, e o obscuro fato fez com que se espalhasse a notícia de que o músico era informante do regime militar. Sem provas contra ou a favor do artista, Simonal foi condenado ao ostracismo, morrendo como um desconhecido em 2000."
Só falta absolver o cabo Anselmo
Parece ter desaparecido no espaço o texto de Mário Magalhães, quando era ombudsman na Folha de S.Paulo, em 30 de março de 2008:
"A verdade: em 1974, Simonal foi condenado por surra dada em um contador. No processo, levou como testemunha sua um detetive do Departamento de Ordem Política e Social do Estado da Guanabara. Ele assegurou que o cantor era informante do Dops. Outra testemunha de defesa, um oficial do 1º Exército, jurou que o réu colaborava com a unidade. O juiz sentenciou: Simonal era `colaborador das Forças Armadas e informante do Dops´. Em 1976, acórdão do Tribunal de Justiça do RJ reafirmou a condição de `colaborador do Dops´. Não foram inimigos que inventaram a parceria com o regime, exposta sem reservas pelos amigos de Simonal, que se dizia ameaçado por gente ligada `a ações subversivas´."
Pelo andar da carruagem, não demora vão fazer um documentário que absolva o cabo Anselmo. Com a repercussão em uma só nota de toda a imprensa. Como agora, no filme desta semana: Simonal, a reabilitação
.
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=538FDS003




Pois bem, ontem, 12 de maio de 2009, abri o globonline e nada sobre a tragédia que assola o nordeste brasileiro. Na capa falava-se, veja você, de que surgiu o 1º caso de gripe suína no Rio de Janeiro. A folhonline vai pelo mesmo caminho: 1 caso de gripe e 32 casos suspeitos. O diabo é que só no Maranhão 205 mil pessoas foram afetadas pelas enchentes. 78 municípios sofrem com as chuvas no estado. Em Sergipe a calamidade não é menor. No Piauí é igual. Milhares de brasileiros estão desabrigados. Casas estão desabando. As ruas tomadas pela lama contaminada. E os nossos jornais falam numa tal pandemia que afetou, até agora, 10 mil pessoas em todo o mundo, um número infinitamente menor do que a tragédia real que os nossos patrícios estão vivendo no nordeste.
Sem falar que a tal pandemia atingiu até agora 30 países do globo terrestre, e todos nós sabemos que só a ONU tem 192 países membros. Pandemia? E desses 10 mil casos registrados no mundo, o número de mortes é ainda menor do que o registrado pela gripe comum, dessas que o sujeito pega quando sai na chuva. E diga lá, 10 mil casos em um mundo com mais de 6 bilhões de pessoas é uma pandemia?
Lembro-me da Vaca Louca. Diziam que a tragédia assolaria o planeta. Enterraram o vacum contaminado e tudo voltou ao normal. Depois veio a pandemia aviária. Queimaram uns frangos na China e tudo voltou ao normal. Depois febre aftosa, nada. Depois a crise da febre amarela urbana no Brasil, que matou mais quem tomou vacina dupla do que quem levou picada de mosquito. Não é vaca, boi, frango, mosquito, porco… a grande pandemia, o grande animal contaminado é o homo midiaticus. Esse robozinho reativo pronto para se desesperar a qualquer sinal emanado pela desinformação.
Na tragédia de Santa Catarina, a mídia era onipresente. Os principais apresentadores estavam lá ao vivo. Até a Ana Maria Braga sujeitou o seu penteado ao mal tempo no sul do Brasil. Celebridades apareciam fazendo cara de tristes e pedindo doações, galãs viraram super heróis e meteram a mão na lama para entregar donativos. Contas, muitas contas bancárias surgiam a todo o momento, Instituto Renascer, Rede Record, SBT, Globo etc. Foi tão grande a comoção popular que teve prefeitura em Santa Catarina que mandou enterrar e incinerar donativos, por excesso. Agora eles noticiam, e mais nada. Algo me diz que a casa de um Von Braun, de um Hoff Muller desabando comove mais do que a casa de um Severino lá nos confins do Piauí. Algo me diz que um grande número de brasileiros concorda com o presidente da Philips, Paulo Zotollo, de que ninguém vai ficar chateado se o Piauí desaparecer.
Enquanto isso, nossos irmãos dormem sobre colchões encharcados, sem comida, sem água, sem teto, sem ajuda. Mas, entre um Severino magro do Piauí e um Hoff Muller de máscaras descendo de um avião, a mídia fica com a segunda imagem. A imagem de um Severino dentro da lama não tem força. O Supremo Juiz não se importa com o Sujeito da Esquina. O deputado está se lixando para a opinião pública. E o homo midiaticus que mandou donativos para as vítimas do tsunami no Sri Lanka, agora lava as mãos. Há ou não há mais mistérios entre o céu e a terra do que julga a nossa vã filantropia?

Luciana Paulino


O Irã é muito independente e desobediente, ironiza Chomsky
Publicado no site do jornal Brasil de Fato:
Em entrevista a Kourosh Ziabari, do site Foreign Policy Journal, o acadêmico e ativista americano Noam Chomsky critica a política de dois pesos, duas medidas contra o Estado do Irã e sua política nuclear
Kourosh Ziabari,
Noam Chomsky não precisa de apresentação. De acordo com o The Guardian, trata-se, indiscutivelmente, do catedrático e analista sócio-político mais importante da era contemporânea e está considerado junto a Marx, Shakespeare e a Bíblia, como uma das dez fontes mais citadas das humanidades, e é também o único escritor, entre eles, que ainda está vivo.
Em referência ao livro Hegemonia e Sobrevivência de Chomsky, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, dirigindo-se à Nações Unidas, disse: "Convido-os, com todo o respeito, a quem ainda não tenha lido o livro, a que o façam."
Em resposta à pergunta formulada numa entrevista em 2006 sobre que ações tomaria se fosse presidente, Chomsky respondeu: "Instauraria um Tribunal de Crimes de Guerra para os meus próprios crimes pois caso tivesse assumido essa posição teria que tratar com a estrutura institucional e com a cultura, a cultura intelectual. A cultura deve ser curada".
Nesta entrevista, conversei com o professor Chomsky sobre o Irã, os assuntos nucleares, as relações entre Washington e Teerã e o impacto global dos lobbies sionistas. Um resumo desta conversa foi primeiramente publicado no diário iraniano de língua inglesa "Teheran Times".
Kourosh Ziabari: Professor Chomsky, o senhor tem reiterado em numerosas ocasiões que a maior parte dos países do mundo, incluindo os membros do Movimento dos Países Não Alinhados, apoia o programa nuclear iraniano, no entanto, os neoconservadores dos Estados Unidos continuam a proclamar o seu lema agressivo.
Noam Chomsky: O Movimento dos Países Não Alinhados, mas também a grande maioria dos americanos pensa que o Irã tem o direito de desenvolver energia nuclear. Todavia, quase ninguém nos Estados Unidos tem consciência disso. Isto inclui todos aqueles que são inquiridos e que provavelmente acreditam que são os únicos que pensam assim. Nunca se publica nada sobre este tema. O que aparece constantemente nas mídias é que a comunidade internacional exige que o Irã suspenda o enriquecimento de urânio. Em quase nenhum meio se explica que a designação "comunidade internacional" é utilizada convencionalmente para se referir a Washington e a quem estiver de acordo, não só sobre este assunto mas em geral.
Kourosh Ziabari: A maioria dos analistas de assuntos internacionais ainda não pôde assimilar o duplo critério nuclear do governo dos Estados Unidos. Apesar de apoiar o arsenal atômico de Israel continua a pressionar o Irã para que suspenda os seus programas nucleares. Quais são as razões? Possui a AIEA (Agência Internacional de Energia Atômica) autoridade suficiente para investigar os casos de armamento nuclear em Israel?
Noam Chomsky: O ponto fundamental foi explicado com franqueza por Henry Kissinger. O Washington Post perguntou-lhe por que razão ele agora afirma que o Irã não necessita da energia nuclear e que, por conseguinte, deve estar a trabalhar para construir uma bomba, enquanto em 1970 insistiu que o Irã necessitava de ter energia nuclear e que os Estados Unidos deviam prover o xá com os meios necessários para o conseguir. Foi uma resposta típica à Kissinger. Era um país aliado e, por isso, precisava de energia nuclear. Agora, que já não era um país aliado, não necessitava de energia nuclear. Israel, pelo seu lado, é um país aliado, mais precisamente um estado-cliente. Por isso, herda do amo o direito a fazer o que quer.
A AIEA possui a autoridade, contudo os Estados Unidos nunca permitiriam que a exerça. A nova administração dos Estados Unidos não tem dado provas de nenhuma alteração nesse sentido."

Kourosh Ziabari: Existem quatro estados soberanos que ainda não ratificaram o Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP) e que desenvolvem livremente bombas atômicas. Será o Irã libertado das pressões constantes; deve obter a sua ratificação e abandonar o tratado?
Noam Chomsky: Não, isso só faria aumentar as pressões. Excluindo a Coreia do Norte, todos esses países recebem apoio extensivo dos Estados Unidos. O governo de Reagan, fingia ignorar que o seu aliado Paquistão desenvolvia armas nucleares, para que a ditadura recebesse ajuda massiva dos Estados Unidos. Também os Estados Unidos, aceitaram ajudar a Índia a desenvolver as suas instalações nucleares; Israel é um caso especial.
Kourosh Ziabari: Que prováveis fatores poderiam dificultar a realização de conversações diretas entre o Irã e os Estados Unidos? É maior a influência do lobby judaico do que a dos sistemas empresariais dos Estados Unidos?
Noam Chomsky: O lobby judaico tem alguma influência mas é limitada. Isto foi demonstrado, uma vez mais, no caso do Irã no verão passado, durante a campanha presidencial, quando a influência dos lobbies se encontrava no seu apogeu. O lobby israelita pretendia que o Congresso aprovasse uma legislação que se aproximasse de um ato de bloqueio ao Irã, um ato de guerra. A medida obteve um apoio considerável, mas desapareceu de imediato, provavelmente devido à Casa Branca deixar bem claro, discretamente, que se opunha.
Quanto aos verdadeiros fatores, ainda não temos registros suficientes, de modo que é necessário especular. Sabemos que a grande maioria dos americanos quer ter uma relação normal com o Irã, mas a opinião pública raramente influencia a política. As grandes companhias dos Estados Unidos, incluindo as poderosas empresas de energia, gostariam de explorar os recursos petrolíferos do Irã. Contudo, o Estado insiste no contrário. Suponho que a razão principal, é que o Irã é demasiado independente e desobediente. As grandes potências não toleram aquilo que eles consideram ser parte dos seus domínios e as regiões de maior produção de energia do mundo há muito que são consideradas domínio da aliança anglo-americana, agora com o Reino Unido reduzido a sócio subalterno.
Kourosh Ziabari: Haverá uma transformação táctica ou sistemática na aproximação dos principais meios de comunicação social ao Irã durante a presidência de Obama? Podemos esperar uma redução da propaganda anti-Irã?
Noam Chomsky: Em geral, as mídias aderem ao sistema geral da política de estado embora algumas vezes os programas políticos sejam criticados com fundamentos tácticos. Muito irá depender, portanto, da postura que assuma o governo de Obama.
Kourosh Ziabari : Finalmente, acredita que o presidente dos Estados Unidos deveria seguir a proposta do Irã e pedir desculpa, pelos seus crimes históricos contra o Irã?
Noam Chomsky: Creio que os poderosos sempre devem reconhecer os seus crimes e pedir desculpa às vítimas e ainda reparar os danos causados. Infelizmente, o mundo rege-se maioritariamente pela máxima de Tucidides: os fortes fazem o que querem e os fracos sofrem como lhes é devido. Lentamente, a pouco e pouco, o mundo, em geral, torna-se mais civilizado. Mas ainda tem muito caminho a percorrer.
O original foi publicado em www.foreignpolicyjournal.com.
Traduzida por João Manuel Pinheiro para O Diário.info


Entrevista
Cientista político eleitor de Lula diz que a disputa de 2010 será esvaziada de política e regionalista"Consenso despolitiza sociedade e coloca Lula à direita de FHC"
Jornal Valor economico, sao paulo,27/05/2009

Chico de Oliveira: "Lula tenta se legitimar por consensos que passam pela cooptação dos pobres. Bolsa Família não é direito, é dádiva"
Intelectual historicamente identificado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, tendo sido filiado ao PT até 2003, o professor aposentado de Sociologia da Universidade de São Paulo (USP) Francisco de Oliveira tornou-se ao longo do atual governo um dos mais cáusticos críticos à esquerda do lulismo. Para este ano, o acadêmico pernambucano de 75 anos, conhecido como Chico de Oliveira, prepara um livro que irá retratar a construção de uma hegemonia às avessas. Ou seja: como um líder popular carismático trabalharia no sentido contrário aos interesses da base que o elegeu.
No ano em que rompeu com o PT, Oliveira desferiu no front literário um dos mais contundentes ataques sofridos por Lula, ao escrever "o Ornitorrinco", um posfácio ao seu livro "Crítica da Razão Dualista", editado pela primeira vez em 1972.
Neste posfácio, Oliveira procurou fazer uma aproximação entre a elite dirigendirigente do PT e a da oposição tucana, que teriam como grande traço de união o controle do acesso a fundos públicos.
Em setembro de 2004, Oliveira participou da criação do P-SOL, formado por dissidentes do PT que discordavam da moderação econômica do governo Lula, particularmente da reforma da previdência. Meses depois, o partido receberia outra maré de adesões de desiludidos com o petismo depois da eclosão do escândalo do mensalão.
Com a eleição de 2006, ocorre um novo afastamento. Oliveira discordou da condução da candidatura presidencial da então senadora Heloísa Helena (AL), sobretudo da decisão da sigla de permanecer neutra no segundo turno da eleição presidencial, e declarou voto pela reeleição de Lula. Chegou a definir a campanha da candidata do P-SOL, calcada nas denúncias contra o governo federal no plano ético, como um "udenismo de esquerda".
No início da crise econômica global, em janeiro deste ano, Oliveira propôs que o governo federal radicalizasse suas políticas de desenvolvimento, sugerindo que se criassem "cinco Embraer por ano", uma maneira de defender a maior participação do Estado na economia. Mas a ausência de mudanças na estratégia governamental ao longo deste ano fez com que o sociólogo voltasse à posição crítica dos últimos tempos.
Nesta entrevista, concedida por telefone ao Valor, Chico de Oliveira demonstra ceticismo em relação a mudanças no quadro político com as eleições presidenciais do próximo ano. Eis a entrevista:

1.Valor: Qual a avaliação que o senhor faz do governo Lula, já em seu penúltimo ano? O senhor rompeu publicamente com o PT em 2003, mas depois declarou voto pela reeleição de Lula em 2006...
Francisco de Oliveira : A minha declaração de voto em 2006 foi uma atitude política. Lula estava sob ataque de forças opositoras naquele momento e havia a esperança, uma palavra que nem gosto de usar, de que um segundo mandato fosse promotor de mudanças, mas hoje podemos ver que não houve nenhuma mudança e essa chance passou. O governo de Lula, concretamente, não demonstrou nenhum avanço social no plano dos direitos. Do ponto de vista da condução econômica é uma administração medíocre, que pensou que se salvaria da crise global e percebe-se que não tem nenhum domínio da situação. Economicamente o governo Lula é um barco à deriva, que se as ondas forem boas chega a um bom porto, e caso contrário, não.
2.Valor: Que comparação pode-se fazer com o governo FHC?
Oliveira: Lula está à direita de Fernando Henrique [Cardoso] ao não recompor as estruturas do Estado e não avançar na ampliação de direitos. O presidente tenta se legitimar promovendo consensos que passam pela cooptação dos mais pobres. O Bolsa Família não é um direito, mas uma dádiva. Neste sentido, vivemos na gestão dele uma regressão política, porque no governo Lula houve uma diminuição do grau de participação popular na esfera pública. E quando se projeta o cenário de 2010 percebe-se como Lula resulta regressivo. Com a força perdida pelo PT e a ausência de alternativas de Lula, uma vez que a doença de sua candidata mostra sinais de gravidade, aparece o terceiro mandato.
3.Valor: O senhor acha que o governo está criando um caldo de cultura para o terceiro mandato?
Oliveira: Sim, porque Lula aparece, para os olhos de determinados segmentos do meio político e popular, como o homem providencial. E neste sentido a possibilidade de um terceiro mandato é perigosa. Getúlio [Vargas] ensaiou isso com o queremismo, em 1945. Agora, pode muito bem surgir um queremismo lulista: o povo ir às ruas para pedir a continuidade do governo.
4.Valor: E o senhor acha que o povo irá às ruas?
Oliveira: Não digo o povo, uma categoria imprecisa, mas o PT e a CUT ainda têm capacidade para promover barulho, e barulho é o que é decisivo em uma questão como essa.
5.Valor: Porque no campo da esquerda nem o P-SOL, nem outras siglas conseguiram se firmar como alternativas a Lula?
Oliveira: Nada surgiu porque, ao tornar-se um mito popular, Lula tornou-se infuso à política. Ele produz um consenso de forças sociais, que estão todas muito contentes com o governo, e assim torna impossível ao eleitorado fazer escolhas reais. Isto explica porque Heloísa Helena, apesar do apelo popular que teve e tem, não se tornar uma alternativa. Vivemos um consenso conservador, no sentido de não se transformar nada, mesmo com a presença das massas populares neste consenso.
6.Valor: Ao romper com o PT, o senhor disse que o partido poderia ter o mesmo destino do peronismo, tornando-se uma força política que não consegue ter referências ideológicas e prende-se ao espólio de uma liderança...
Oliveira: Se fiz esta aproximação, foi um equívoco meu. A mídia brasileira por vezes passa uma ideia equivocada do que foi [Juan Domingo] Perón na Argentina. O Perón não despolitizou o país. Sob o vezo do autoritarismo, em seu período se produziu uma ampliação de direitos tal que a tradicional oligarquia argentina jamais se recuperou. No caso de Lula, está ocorrendo exatamente o contrário, a diminuição do espaço da política na sociedade.
7.Valor: O governo Lula não investiu na inclusão de minorias nos espaços de poder, por meio de políticas de ação afirmativas para negros e mulheres?
Oliveira: Ele tomou os vestígios de um discurso sociológico fajuto para negar o conflito de classes. Veja, com a análise da questão das classes se mata as charadas no Brasil. Quando a gente pensa a sociedade por meio destas clivagens de gênero e raça, não se mata charada nenhuma. O problema do Brasil é de uma grande maioria, virtual totalidade mulata, e não pode ser resolvido por políticas afirmativas étnicas, diferentemente do que ocorre na Bolívia e na Venezuela, onde a chave étnica é decisiva. Para resolver os problemas de exclusão social no Brasil, é preciso enfrentar problemas de classe. A política de cotas só faz reafirmar a exclusão. Qual as chances concretas que um negro com grau universitário obtido graças às cotas ampliação de direitos combatem a discriminação.
8.Valor: O senhor analisa o governo Lula como o autor de uma guinada conservadora, mas, com instrumentos como a Carta ao Povo Brasileiro, Lula já não se elegeu sob este signo?
Oliveira: Pelo contrário, Lula foi eleito em um processo de força popular crescente de um movimento político, que acumulou energia de eleição em eleição desde os anos 80. Não foi um episódio que se resume à crônica de 2002, foi um processo longo. Lula foi eleito com uma base progressista. Não houve nenhuma chancela do eleitorado para o que ele faria a seguir.
9.Valor: Além de sua gestão econômica até certo ponto surpreendente, o primeiro mandato de Lula foi marcado pelos escândalos na área ética, dos quais o do mensalão foi o mais emblemático. Por que a ressonância popular destes problemas foi zero?
Oliveira: Há uma tendência popular de nivelar a todos. Historicamente, a questão ética só estigmatiza políticos de estatura menor, como os exemplos recentes de [Paulo] Maluf e [Orestes] Quércia. Gostaria que tivesse sido diferente, mas este fator jamais foi decisivo em eleições brasileiras e não será na próxima.
10.Valor: Qual o balanço que o senhor faz da oposição brasileira nestes últimos sete anos?
Oliveira: Que crítica a oposição pode fazer ao governo Lula? Objetivamente nenhuma. Os governadores José Serra e Aécio Neves estão do mesmo lado. Em termos concretos, já há tempos a oposição deixou de existir. Isto porque a política no Brasil perdeu a capacidade decisória.
11.Valor: Que diferenças o senhor identifica entre Serra e Aécio?
Oliveira: Rejeito ambos por motivos diferentes. Aécio parece mais um político superficial que se faz sob a herança política familiar. Nunca vi uma opinião dele que impressionasse. Serra é uma surpresa. Faz um governo gerencial e até reacionário, ao lidar com o funcionalismo e com a universidade pública. É um político que gradualmente se converteu, quando vemos o passado dele e o local onde atua agora. É o grande líder conservador.
12.Valor: Sob que signo será disputada a eleição presidencial do próximo ano?
Oliveira: A eleição de 2010 será despolitizada e regionalista. Vejo agora a articulação entre São Paulo e Minas. Antes era o café com leite, hoje talvez seja o café com leite de um lado, a cana e a indústria do outro... a eleição caminha para ser uma disputa entre a confluência de São Paulo com Minas em contraposição à confluência do Nordeste e do Norte. É uma disputa que se dá em termos regionais, sem nenhum ponto político, nenhuma discussão de concepção propriamente política. Ao criar um consenso, Lula foi fortemente despolitizador. É uma dinâmica diferente do tempo de Fernando Henrique. Fernando Henrique buscou subjugar as forças contrárias, Lula as desmobiliza.
13.Valor: E que papel jogam atualmente os movimentos sociais?
Oliveira: Os movimentos sociais estão apagados, porque tratam-se em sua maioria de articulações em torno de objetivos pontuais, o que tornam limitadas as possibilidades de crescimento. O mais importante deles, que é o MST, busca saídas para a sobrevivência.
14.Valor: Esta desmobilização política não é um fenômeno global?
Oliveira: Ela é um fenômeno mundial. A França elegeu [Nicolas] Sarkozy, um direitista que se disfarça. Nos Estados Unidos, temos [Barack] Obama, que está recuando de suas posições iniciais. Na Alemanha, Ângela Merkel faz uma conciliação que junta sociais democratas e conservadores. E na Rússia, há um florescer do autocratismo. Todo mundo está convergindo para um ponto médio, que é uma espécie de anulação das posições. Mas no Brasil é mais grave, porque aqui a desigualdade é muito maior.


VALE A PENA LER
1. Livro: Direito à terra no Brasil
Autor: Márcia Maria Menendes Motta
Edição: Alameda
Preço: 288 pág. R$ 46
Quase não se passa um dia sem que o noticiário brasileiro registre problemas envolvendo o uso da terra no Brasil. Essa questão nos remete a situação brasileira no final do século XVIII, em que a historiadora Márcia Motta enfoca as polêmicas em torno do direito à terra e de sua história.
No centro dos problemas políticos brasileiros, a questão agrária nem sempre recebeu a atenção acurada dos historiadores. As sesmarias, criadas em Portugal face às carências agrícolas e às transformações do poder real e implantado no Brasil posteriormente, sustentou a constituição do domínio metropolitano e da sociedade colonial. Tiveram, porém, um significado distinto de um lado e de outro do Atlântico, no reino e nas conquistas, na metrópole e na colônia americana.
Os problemas das relações sociais da terra e das bases fundiárias da nossa história são tratados por muitos como mera herança colonial, já a estrutura fundiária brasileira, com suas especificidades, revela o trajeto contraditório das instituições que, transplantadas de Portugal, modificaram-se na Colônia. Além do mercado interno, o “renascimento agrícola”, através do incremento da produção de exportação, impulsionou as demandas de terras. Dessa forma, houve uma profunda reconfiguração das relações fundiárias. Porções de terra, ocupadas por livres pobres, tornaram-se objeto de disputas. Acentuaram-se as demandas, as polêmicas sobre as medições e as controvérsias sobre a ocupação produtiva, como base das confirmações. Intensificaram-se, também, as discussões sobre a legitimidade da lei, apontada como entrave à plena propriedade, dentro dos princípios liberais.
Direito à terra no Brasil é o resultado de ampla pesquisa documental e do diálogo erudito com a bibliografia. Problematiza, dessa forma, com maestria, o período 1795-1824, momento em que o sistema sesmarial – até então o fundamento da apropriação das terras – foi questionado e finalmente suspenso.
Sobre o autor:
MÁRCIA MOTTA é doutora em História pela Unicamp. Desde 1992 é professora da UFF. Coordena o Núcleo de Referência Agrária da mesma instituição e é também pesquisadora da Companhia das Índias. Em 2005 publicou o “Dicionário da Terra”, agraciado, em 2o lugar, no Prêmio Jabuti, na categoria Ciências Humanas, em 2006. Em 2008 publicou a segunda edição de seu livro: “Nas Fronteiras do Poder”, pela EDUFF, inaugurando a Coleção Terra. É Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq.
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2. Entre o céu e o inferno.
Como as religiões monoteístas descreveram a viagem ao Além desde a Antiguidade.
Cristianismo – anjos e demônios dirigem o teatro das almas
Judaísmo – O Jardim do Eden e o Vale das Sombras
Islamismo – Virgens em oásis, ou a fornalha eterna
Céu – Inferno – Purgatório – o Além revisitado
Estes são os temas tratados na História Viva Grandes Temas n. 25, nas bancas.
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3. A Primeira guerra mundial é o tema do volume 10 da coleção Revista História, da BBC.
Os cinzentos prenúncios da guerra – Civis chamados ao front – O ambíguo desfecho do conflito – Cartas de um combatente – Carnificina na Batalha do Somme – A real faceta de Mata Hari, são alguns dos artigos que compõem este número.
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4. História Viva n. 68 nas bancas, com novo design.
Apresenta um dossiê sobre os Maias.
Artigos principais:
Franco, o caudilho mal-amado – São João: o fogo domado pela Cruz – Cuba, ilha da rebeldia – Os apuros dos navegantes – Música popular brasileira.
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5. A democracia traída. Entrevistas com Raymundo Faoro. Entrevistas históricas de Faoro são reunidas em livro e revelam, alem do intelectual, o ativista da redemocratização do Brasil. Editora Globo, 315 p. R$ 49,00.
Faoro é conhecido pela erudição das análises, mas, neste livro, a oralidade das entrevistas flexibiliza o rigor e dá nomes aos bois.
Para ele, os “traidores” são os artífices da transição democrática e o primeiro presidente após esse período, FHC. “A transição foi uma manobra conservadora, conciliatória, para que o país não se renovasse”, afirma ele.
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6. A GRANDE HISTÓRIA DA EVOLUÇÃO Richard Dawkins
A árvore da vida percorrida numa peregrinação de 4 bilhões de anos, desvendando as maravilhas da natureza e as revelações da biologia evolutiva. Uma enciclopédia da vida para se ler, reler e consultar, escrita por um dos maiores evolucionistas da atualidade A grande história da evolução é uma peregrinação ao longo da árvore genealógica da vida. Partindo de onde estamos hoje, passamos por quarenta entroncamentos onde nos deparamos com ancestrais e peregrinos que vêm de outros ramos. O ponto de chegada situa-se há 4 bilhões de anos, na origem da vida. Ao longo do trajeto, peregrinos contam suas histórias e descortinam as maravilhas da diversidade biológica que habita este planeta e os mistérios da evolução que ainda hoje desafiam biólogos. A paisagem que se descortina durante a viagem expõe uma amostra da diversidade da natureza e também explora como entendê-la. O leitor chega ao fim do percurso maravilhado e enriquecido com novas ideias e reflexões.
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7. A BIBLIOTECA ESQUECIDA DE HITLER
Timothy W. Ryback
Em A biblioteca esquecida de Hitler, Timothy Ryback mapeia as leituras do ditador alemão, destacando os autores e as obras que exerceram maior influência sobre a formação do Führer.
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8. - 'A Historia na escola - autores, livros e leituras' organizado por Helenice Aparecida Bastos Rocha, Luis Reznik e Marcelo de Souza Magalhães, publicado pela Editora FGV será lançado no dia 24/6/2009 a partir das 18 horas na Livraria FGV (Praia de Botafogo, 190, Rio de Janeiro).
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9. - 'Retrato do estrangeiro: identidade brasileira, subjetividade e emoção de Claudia Barcellos Rezende, publicado pela Editora FGV será lançado no dia 30/6/2009 a partir das 18h30 na Livraria FGV (Praia de Botafogo, 190, Rio de Janeiro).
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10. - O Instituto Brasileiro de Filosofia e Ciência lançou o livro 'Entre mares: Uma interpretação da historia contemporânea da península ibérica’ de Josep M. Buades.
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NAVEGAR É PRECISO
1. No site do Café Historia:
Conheça mais sobre a vida de um dos gênios da História do Cinema nacional: Mazzaropi.
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Ucrânia investiga morte de milhões em coletivização forçada de StalinO Serviço de Segurança da Ucrânia (SBU) abriu esta semana um processo de investigação por genocídio em relação à morte de milhões de camponeses ucranianos durante a coletivização forçada da terra decretada por Stalin nos anos 1930.
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Os Falsários chega ao cinema e conta o plano de Hitler para destruir a economia dos aliados com dinheiro falsificado.
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Edgar Carrasco, um dos maiores nomes da pintura e das artes plásticas na América Latina.
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O Campo de Extermínio Auschwitz-Birkenau hoje.
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Veja vídeo raro sobre a inauguração do Cristo Redentor, em 1932.
Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/
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2. Relatório 2009 da Anistia Internacional chama atenção para DH
AL continua sendo a região com maior índice de desigualdade social do mundo
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=38959&lang=PT
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3. Cracolândia: Ensaio sobre a barbárie
Pode-se imaginar o que é a noite na Cracolândia, o reduto do crack, no centro velho de SP. Mas até quem sabe ou imagina saber o que acontece sob o domínio da droga e da miséria humana ficará chocado com as cenas reunidas neste ensaio fotográfico publicado agora por Carta Maior. Um pequeno texto acompanha a coleção de fotos que seca a boca e angustia a alma. Nele, temos o testemunho de um ângulo de visão 'privilegiado', mas raramente incluído nas discussões sobre o problema: os vizinhos da Cracolândia, gente que vive no entorno do império da droga, condição que inclui milhões de brasileiros nas periferias conflagradas do país. > LEIA MAIS
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16012&boletim_id=557&componente_id=9579
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4. Más notícias para a mata atlântica Novo levantamento mostra que ritmo do desmatamento não diminuiu, apesar de lei de proteção
http://cienciahoje.uol.com.br/146084

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5. Veja como Obama tem sido levado a tomar medidas que contrariam o que ele prometeu: Agora, também nos EUA militares interferem na política
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3342/51/
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6. A devastação no Pantanal
Época traz nesta semana reportagem sobre o tema meio ambiente em que são citadas três empresas do setor de mineração que têm excelentes relações com a imprensa.
Luciano Martins Costa
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=540IMQ003
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7. Minc joga última cartada para defender leis ambientais



NOTICIAS

1. Concurso publico para professor adjunto/UFBa
A Universidade Federal da Bahia abre concurso publico para professor adjunto com dedicação exclusiva para o departamento de Historia na 'área de Historia Antiga e Medieval com remuneração de R$ 6.722,85. Inscrições ate' 2/6/2009. Mais informações em http://www.concursos.ufba.br/docentes/2009/editais/edital032009_docente_salvador.pdf.
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2. Concurso publico para professor adjunto/UNIFESP
A Universidade Federal de São Paulo abre concurso publico para professor adjunto com dedicação exclusiva para o departamento de Historia na 'área de Historia da 'Ásia (1 vaga), Historia da 'África (1 vaga), Historia e Patrimônio Imaterial (1 vaga), Historia, Museus e Cultura Material (1 vaga) e Historia Moderna com remuneração de R$ 6.722,85. Inscrições ate' 28/7/2009. Mais informações em http://concurso.unifesp.br/editais/edital361-2009.htm.
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3. Chamada para artigos e trabalhos
- A revista virtual 'Historia Agora' abre chamada de artigos para os dossiês: 'Teorias e narrativas na historia recente e diálogos da historia cultural e o tempo presente', edição nº7. Inscrições ate' 5/7/2009. 'Novos Lideres: relações internacionais em tempo de crise', edição nº8. Inscrições ate' 5/11/2009. O e-mail para envio dos trabalhos e' publique@historiagora.com.
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- O Programa de Pós-Graduação em Historia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro/UFRRJ esta' recebendo trabalhos para a apresentação no I Seminário de 'Relações de poder, trabalho e movimentos sociais' e 'Cruzando fronteiras: Novos olhares sobre a historia do trabalho' ate' o dia 14/6/2009. O e-mail para envio dos trabalhos e' seminariocruzandofronteiras@gmail.com. Mais informações em http://www.ufrrj.br/posgrad/cphistoria/.
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- A revista Fronteiras esta' recebendo artigos, resenhas e documentos a serem publicados no dossiê N.º 20: 'Ensino de historia' parte do Programa de Pós-Graduação em Historia da Universidade Federal da Grande Dourados. Inscrições ate' 15/7/2009. Mais informações em http://www.periodicos.ufgd.edu.br/index.php/FRONTEIRAS
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9. Encontrados objetos pessoais de prisioneiros de Auschwitz - Yahoo! Notíciashttp://br.noticias.yahoo.com/s/02062009/40/entretenimento-encontrados-objetos-pessoais-prisioneiros-auschwitz.html
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10. Perg@minho - revista eletrônica de História
já foi lançado o edital da Revista dos Graduandos de História da UFPB. Suas edições serão semestrais, e a primeira tem como Dossiê História do Brasil Império, havendo na mesma edição espaço para outros temas . O prazo de envio de trabalhos para esta edição será do dia 08 de junho até as 16 horas do dia 17 de julho de 2009.Mais informações: http://www.cchla.ufpb.br/pergaminho/edital.htmcomunidade no orkut: http://www.orkut.com.br/Main#Community.aspx?cmm=87627846



E continuamos firmes na campanha...


1 Comentários:

  • Às 10:56 AM , Anonymous Cibele Gomes disse...

    Creio que o slogan deveria ser: "NÃO VOTE EM NINGUÉM", afinal, na política particular brasileira, os candidatos são sempre os mesmos ou seus parentes, amigos, artistas, traficantes, mandantes e executores de crimes e afins, todos querendo entrar para o melhor emprego público do mundo, não apenas pelas benesses financeiras, mas pela imunidade que tais cargos lhes conferem, legitimando várias de suas ações "obscuras"...
    Dizem que brasileiro não sabe votar, mas com essas opções é difícil manter as esperanças de dias melhores...
    Contudo, se perdermos tais esperanças e motivações, a ala militar agradecerá, não?
    A verdade é que vivemos entre a cruz e a caldeirinha.

     

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