Numero 192
Nosso espaço principal é exclusivo, hoje, do historiador Eric Hobsbawm. Em entrevista, ele analisa a crise mundial e seus desdobramentos. É leitura obrigatória.
Na seção de Livros, indicamos Margem Esquerda 13, Desarquivando a ditadura: memória e justiça no Brasil, Arte no Brasil 1950-2000 e Império de várias faces.
Em Navegar é preciso, destaque para vários artigos analisando a crise peruana. E mais: Cuba volta à OEA? – O neonazismo ronda a Europa e mais vários artigos da revista Espaço Academico – A ausência de mediação no Afeganistão – Muitas indicações no site do Café História – Amazônia S/A – Educação brasileira melhora, mas desigualdades persistem – Projeto de Lei vai privatizar todos os serviços essenciais no país.
E, em Notícias, o Colóquio de Historia Medieval; o VII Encontro de Hist. Medieval - o VII Encontro Nordestino de Hist. Oral – o Congresso do curso de Historia de Jataí eo 1º Encontro do GT de Historia das religiões.
Hobsbawm: a Era das Incertezas
Por Verena Glass
Em entrevista exclusiva à Revista Sem Terra, o historiador Eric Hobsbawm apresenta ao leitor sua avaliação das origens, efeitos e desdobramentos da crise mundial.
Desde que sua magnitude se fez sentir, com seus capítulos ambiental, climático, energético, alimentar e, por fim, econômico, acadêmicos, sociólogos, economistas, políticos e lideranças sociais procuram entender e explicar suas causas, e analisar e prever suas conseqüências. Muitos têm buscado respostas e soluções apenas no próprio universo econômico. Outros concluíram que vivemos uma crise civilizatória, e que o capitalismo implodiu por seus próprios desmandos. Mas ninguém parece ter respostas definitivas sobre o que nos prepara o futuro. Assim também Hobsbawm, o maior historiador marxista da atualidade. Aos 92 anos, o autor de algumas das mais importantes obras acerca da história recente da humanidade, como "A Era das Revoluções" (sobre o período de 1789 a 1848), "A Era do Capital" (1848-1875), "A Era dos Impérios" (1875-1914) e "A Era dos Extremos - O Breve Século 20", lançado em 1994, não arrisca previsões sobre como será o mundo pós-crise.
Nesta entrevista, concedida por e-mail de Paris, porém, Hobsbawm apresenta suas opiniões como contribuição ao debate. De certezas, apenas a de que, se a humanidade não mudar os rumos da sua convivência mútua e com o planeta, o futuro nos preserva maus agouros. Cético e ao mesmo tempo esperançoso, não acredita que uma nova ordem mundial surgirá das cinzas do pós-crise, mas acha que ainda existem forças capazes de propor novas formas de organização e cultura políticas e sociais, como o MST.
Revista Sem Terra - O planeta vive hoje uma crise que abalou as estruturas do capitalismo mundial, atinge indiscriminadamente atores em nada responsáveis pela sua eclosão, e que talvez seja um dos mais importantes "feitos" da moderna globalização. Na sua avaliação, quais foram os fatores e mecanismos que levaram a esta situação?
Eric Hobsbawm - Nos últimos quarenta anos, a globalização, viabilizada pela extraordinária revolução nos transportes e, sobretudo, nas comunicações, esteve combinada com a hegemonia de políticas de Estado neoliberais, favorecendo um mercado global irrestrito para o capital em busca de lucros. No setor financeiro,isto ocorreu de forma absoluta, o que explica porque a crise do desenvolvimento capitalista ocorreu ali. Apesar do fato de que o capitalismo sempre - e por natureza - opera por meio de uma sucessão de expansões geradoras de crises, isto criou uma crise maior e potencialmente ameaçadora para o sistema, comparável à Grande Depressão que se seguiu a 1929, mesmo que seja cedo para avaliarmos todo o seu impacto. Um problema maior tem sido que a tendência de declínio das margens de lucro, típico do capitalismo, tem sido particularmente dramática porque os operadores financeiros, acostumados a enormes ganhos com investimentos especulativos em épocas de crescimento econômico, têm buscado mantê-los a níveis insustentáveis, atirando-se em investimentos inseguros e de alto risco, a exemplo dos financiamentos imobiliários "subprime" nos EUA. Uma enorme dívida, pelo menos quarenta vezes maior do que a sua base econômica atual foi assim criada, e o destino disso era mesmo o colapso.
Eric Hobsbawm - Nos últimos quarenta anos, a globalização, viabilizada pela extraordinária revolução nos transportes e, sobretudo, nas comunicações, esteve combinada com a hegemonia de políticas de Estado neoliberais, favorecendo um mercado global irrestrito para o capital em busca de lucros. No setor financeiro,isto ocorreu de forma absoluta, o que explica porque a crise do desenvolvimento capitalista ocorreu ali. Apesar do fato de que o capitalismo sempre - e por natureza - opera por meio de uma sucessão de expansões geradoras de crises, isto criou uma crise maior e potencialmente ameaçadora para o sistema, comparável à Grande Depressão que se seguiu a 1929, mesmo que seja cedo para avaliarmos todo o seu impacto. Um problema maior tem sido que a tendência de declínio das margens de lucro, típico do capitalismo, tem sido particularmente dramática porque os operadores financeiros, acostumados a enormes ganhos com investimentos especulativos em épocas de crescimento econômico, têm buscado mantê-los a níveis insustentáveis, atirando-se em investimentos inseguros e de alto risco, a exemplo dos financiamentos imobiliários "subprime" nos EUA. Uma enorme dívida, pelo menos quarenta vezes maior do que a sua base econômica atual foi assim criada, e o destino disso era mesmo o colapso.
RST - Como resposta à crise econômica, governos e instituições financeiras estão concentrados em salvar os sistemas bancário e financeiro, opção que tem sido considerada uma tentativa de cura do próprio vetor causador do mal. No que deve resultar este movimento?
EH - Um sistema de crédito operante é essencial para qualquer país desenvolvido, e a crise atual demonstra que isso não é possível se o sistema bancário deixa de funcionar. Nesse sentido, as medidas nacionais para restaurá-lo são necessárias. Mas o que é preciso também é uma reestruturação do Estado por exemplo, através das nacionalizações, a "desfinanceirização" do sistema e a restauração de uma relação realista entre ativos e passivos econômicos. Isso não pode ser feito simplesmente combinando vastos subsídios para os bancos com uma regulação futura mais restrita. De toda forma, a depressão econômica não pode ser resolvida apenas via restauração do crédito. São essenciais medidas concretas para gerar emprego e renda para a população, de quem depende, em última instância, a prosperidade da economia global.
EH - Um sistema de crédito operante é essencial para qualquer país desenvolvido, e a crise atual demonstra que isso não é possível se o sistema bancário deixa de funcionar. Nesse sentido, as medidas nacionais para restaurá-lo são necessárias. Mas o que é preciso também é uma reestruturação do Estado por exemplo, através das nacionalizações, a "desfinanceirização" do sistema e a restauração de uma relação realista entre ativos e passivos econômicos. Isso não pode ser feito simplesmente combinando vastos subsídios para os bancos com uma regulação futura mais restrita. De toda forma, a depressão econômica não pode ser resolvida apenas via restauração do crédito. São essenciais medidas concretas para gerar emprego e renda para a população, de quem depende, em última instância, a prosperidade da economia global.
RST - Antes de se agudizar o caos econômico, o mundo começou a sofrer uma sucessão de abalos sociais e ambientais, como a falta global de alimentos, as mudanças climáticas, a crise energética, as crises humanitárias decorrentes das guerras, entre outros. Como você avalia estes fatores na perspectiva do paradigma civilizatório e de desenvolvimento do capitalismo moderno?
EH - Vivemos meio século de um crescimento exponencial da população global, e os impactos da tecnologia e do crescimento econômico no ambiente planetário estão colocando em risco o futuro da humanidade, assim como ela existe hoje. Este é o desafio central que enfrentamos no século 21. Vamos ter que abandonar a velha crença - imposta não apenas pelos capitalistas - em um futuro de crescimento econômico ilimitado na base da exaustão dos recursos do planeta. Isto significa que a fórmula da organização econômica mundial não pode ser determinada pelo capitalismo de mercado que, repito, é um sistema impulsionado pelo crescimento ilimitado. Como esta transição ocorrerá ainda não está claro, mas se não ocorrer, haverá uma catástrofe.
EH - Vivemos meio século de um crescimento exponencial da população global, e os impactos da tecnologia e do crescimento econômico no ambiente planetário estão colocando em risco o futuro da humanidade, assim como ela existe hoje. Este é o desafio central que enfrentamos no século 21. Vamos ter que abandonar a velha crença - imposta não apenas pelos capitalistas - em um futuro de crescimento econômico ilimitado na base da exaustão dos recursos do planeta. Isto significa que a fórmula da organização econômica mundial não pode ser determinada pelo capitalismo de mercado que, repito, é um sistema impulsionado pelo crescimento ilimitado. Como esta transição ocorrerá ainda não está claro, mas se não ocorrer, haverá uma catástrofe.
RST - O capitalismo tem adquirido, cada vez mais, uma força hegemônica na agricultura com o crescimento do agronegócio. Muitos defendem que a Reforma Agrária não cabe mais na agenda mundial. Como vê este debate e a luta pela terra de movimentos sociais como o MST e a Via Campesina?
EH - A produção agrícola necessária para alimentar os seis bilhões de seres humanos do planeta pode ser fornecida por uma pequena fração da população mundial, se compararmos com o que era no passado. Isso levou tanto a um declínio dramático das populações rurais desde 1950, quanto a uma vasta migração do campo para as cidades. Também levou a um crescente domínio da agricultura por parte não tanto do grande agronegócio, mas principalmente de empreendimentos capitalistas que hoje controlam o mercado desta produção. Da mesma forma, têm aumentado os conflitos entre agricultores e iniciativas empresariais na disputa pela terra para propósitos não agrícolas (indústrias, mineração, especulação imobiliária, transporte etc.), bem como pela sua posse e pela exploração dos recursos naturais. A Reforma Agrária sem duvida não é mais tão importante para a política como foi há 40 anos, pelo menos Insustentável: crescimento econômico e da população colocam em risco o futuro da amizade na América Latina, mas claramente permanece uma questão central em muitos outros países. Na minha opinião, a crise atual reforça a importância da luta de movimentos como o MST, que é mais social do que econômica. Em tempos de vacas gordas é muito mais fácil ganhar a vida na cidade. Em tempos de depressão, a terra, a propriedade familiar e a comunidade garantem a segurança social e a solidariedade que o capitalismo neoliberal de mercado tão claramente nega aos migrantes rurais desempregados.
EH - A produção agrícola necessária para alimentar os seis bilhões de seres humanos do planeta pode ser fornecida por uma pequena fração da população mundial, se compararmos com o que era no passado. Isso levou tanto a um declínio dramático das populações rurais desde 1950, quanto a uma vasta migração do campo para as cidades. Também levou a um crescente domínio da agricultura por parte não tanto do grande agronegócio, mas principalmente de empreendimentos capitalistas que hoje controlam o mercado desta produção. Da mesma forma, têm aumentado os conflitos entre agricultores e iniciativas empresariais na disputa pela terra para propósitos não agrícolas (indústrias, mineração, especulação imobiliária, transporte etc.), bem como pela sua posse e pela exploração dos recursos naturais. A Reforma Agrária sem duvida não é mais tão importante para a política como foi há 40 anos, pelo menos Insustentável: crescimento econômico e da população colocam em risco o futuro da amizade na América Latina, mas claramente permanece uma questão central em muitos outros países. Na minha opinião, a crise atual reforça a importância da luta de movimentos como o MST, que é mais social do que econômica. Em tempos de vacas gordas é muito mais fácil ganhar a vida na cidade. Em tempos de depressão, a terra, a propriedade familiar e a comunidade garantem a segurança social e a solidariedade que o capitalismo neoliberal de mercado tão claramente nega aos migrantes rurais desempregados.
RST - Na virada do século, um novo movimento global de resistência social tomou corpo através do que ficou conhecido como altermundialismo. Surgiu o Fórum Social Mundial, e grandes manifestações contra a guerra e instituições multilaterais, como a OMC, o G8 e a ALCA, na América Latina, ganharam as ruas. Na sua avaliação, o que resultou destes movimentos? E hoje, como vê estas iniciativas?
EH - O movimento global de resistência altermundialista merece o crédito de duas grandes conquistas: na política, ressuscitou a rejeição sistemática e a crítica ao capitalismo que os velhos partidos de esquerda deixaram atrofiar. Também foi pioneiro na criação de um modo de ação política global sem precedentes, que superou fronteiras nacionais nas manifestações de Seattle e nas que se seguiram. Grosso modo, logrou formular e mobilizar uma poderosa opinião pública que seriamente pôs em cheque a ordem mundial neoliberal, mesmo antes da implosão econômica. Seu programa propositivo, porém, tem sido menos efetivo, em função, talvez, do grande número de componentes ideologicamente e emocionalmente diversos dos movimentos, unificados apenas em aspirações muito generalistas ou ações pontuais em ocasiões específicas.
RST - Principalmente na América Latina, os anos 2000 trouxeram uma série de mudanças políticas para a região com a eleição de governadores mais progressistas. A sociedade civil organizada ganhou espaço nos debates políticos, mas os avanços na garantia dos direitos sociais ainda esperam por uma maior concretização. Como analisa este fenômeno?
EH - O fator mais positivo para a América Latina é a diminuição efetiva da influência política e ideológica - e, na América do Sul, também econômica - dos EUA. Um segundo fator muito importante é o surgimento de governos progressistas - novamente mais fortes na América do Sul - , inspirados pela grande tradição da igualdade, fraternidade e liberdade, que comprovadamente está mais viva aí do que em outras regiões do mundo neste momento. Estes novos regimes têm se beneficiado de um período de altos preços de seus bens de exportação. Quão profundamente serão afetados pela crise econômica, principalmente o Brasil e a Venezuela, ainda não está claro. Suas políticas têm logrado algumas melhorias sociais genuínas, mas até agora não reduziram significativamente as enormes desigualdades econômicas e sociais de seus países. Esta redução deve permanecer a maior prioridade de governos e movimentos progressistas.
EH - O fator mais positivo para a América Latina é a diminuição efetiva da influência política e ideológica - e, na América do Sul, também econômica - dos EUA. Um segundo fator muito importante é o surgimento de governos progressistas - novamente mais fortes na América do Sul - , inspirados pela grande tradição da igualdade, fraternidade e liberdade, que comprovadamente está mais viva aí do que em outras regiões do mundo neste momento. Estes novos regimes têm se beneficiado de um período de altos preços de seus bens de exportação. Quão profundamente serão afetados pela crise econômica, principalmente o Brasil e a Venezuela, ainda não está claro. Suas políticas têm logrado algumas melhorias sociais genuínas, mas até agora não reduziram significativamente as enormes desigualdades econômicas e sociais de seus países. Esta redução deve permanecer a maior prioridade de governos e movimentos progressistas.
RST - Diante da crise civilizatória, do fracasso do capitalismo e da inoperância dos sistemas multilaterais, que não foram aptos a enfrentar as grandes questões mundiais, as esquerdas têm se debatido na busca de alternativas; mas nem consensos nem respostas parecem despontar no horizonte. Haveria, em sua opinião, a possibilidade real da construção de um novo socialismo, uma nova forma de lidar com o planeta e sua gente, capaz de enfrentar a hegemonia bélica, econômica e política do neoliberalismo?
EH - Eu não acredito que exista uma oposição binária simples entre "um novo socialismo" e a "hegemonia do capitalismo". Não existe apenas uma forma de capitalismo. A tentativa de aplicar um modelo único, o "fundamentalismo de mercado" global anglo-americano, é uma aberração histórica, que potencialmente colapsou agora e não pode ser reconstruída. Por outro lado, o mesmo ocorre com a tentativa de identificar o socialismo unicamente com a economia centralizada planejada pelo Estado dos períodos soviético e maoísta. Esta também já era (exceto talvez se nosso século for reviver os períodos temporários de guerra total do século 20). Depois da atual crise, o capitalismo não vai desaparecer. Vai se ajustar a uma nova era de economias que combinarão atividades econômicas públicas e privadas. Mas o novo tipo de sistemasmistos tem que ir além das várias formas de "capitalismo de bem estar" que dominou as economias desenvolvidas nos trinta anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial.Deve ser uma economia que priorize a justiça social, uma vida digna para todos e a realização do que Amaratya Sen chama de potencialidades inerentes aos seres humanos. Deve estar organizada para realizar o que está além das habilidades do mercado dos caçadores-de-lucro, principalmente para confrontar o grande desafio da humanidade neste século 21: a crise ambiental global. Se este novo sistema se comprometer com os dois objetivos, poderá ser aceitável para os socialistas, independente do nome que lhe dermos. O maior obstáculo no caminho não é a falta de clareza e concordância entre as esquerdas, mas o fato de que a crise econômica global coincide com uma situação internacional muito perigosa, instável e incerta, que provavelmente não estabelecerá uma nova estabilidade por algum tempo. Entrementes, não há consenso ou ações comuns entre os Estados, cujas políticas são dominadas por interesses nacionais possivelmente incompatíveis com os interesses globais.
EH - Eu não acredito que exista uma oposição binária simples entre "um novo socialismo" e a "hegemonia do capitalismo". Não existe apenas uma forma de capitalismo. A tentativa de aplicar um modelo único, o "fundamentalismo de mercado" global anglo-americano, é uma aberração histórica, que potencialmente colapsou agora e não pode ser reconstruída. Por outro lado, o mesmo ocorre com a tentativa de identificar o socialismo unicamente com a economia centralizada planejada pelo Estado dos períodos soviético e maoísta. Esta também já era (exceto talvez se nosso século for reviver os períodos temporários de guerra total do século 20). Depois da atual crise, o capitalismo não vai desaparecer. Vai se ajustar a uma nova era de economias que combinarão atividades econômicas públicas e privadas. Mas o novo tipo de sistemasmistos tem que ir além das várias formas de "capitalismo de bem estar" que dominou as economias desenvolvidas nos trinta anos que se seguiram à Segunda Guerra Mundial.Deve ser uma economia que priorize a justiça social, uma vida digna para todos e a realização do que Amaratya Sen chama de potencialidades inerentes aos seres humanos. Deve estar organizada para realizar o que está além das habilidades do mercado dos caçadores-de-lucro, principalmente para confrontar o grande desafio da humanidade neste século 21: a crise ambiental global. Se este novo sistema se comprometer com os dois objetivos, poderá ser aceitável para os socialistas, independente do nome que lhe dermos. O maior obstáculo no caminho não é a falta de clareza e concordância entre as esquerdas, mas o fato de que a crise econômica global coincide com uma situação internacional muito perigosa, instável e incerta, que provavelmente não estabelecerá uma nova estabilidade por algum tempo. Entrementes, não há consenso ou ações comuns entre os Estados, cujas políticas são dominadas por interesses nacionais possivelmente incompatíveis com os interesses globais.
RST - Conceitos como solidariedade, cooperação, tolerância, justiça social, sustentabilidade ambiental, responsabilidade do consumidor, desenvolvimento sustentável, entre outros, têm encontrado eco, mesmo de forma ainda frágil, na opinião pública. Acredita que estes princípios poderão, no futuro, ganhar força e influenciar a ordem mundial? Vê algum caminho que possa aproximar a humanidade a uma coabitação harmoniosa?
EH - Os conceitos listados estão mais para slogans do que para programas. Eles ou ainda precisam ser transformados em ações e agendas (como a redução de gases de efeito estufa, encorajada ou imposta pelos governos, por exemplo), ou são subprodutos de situações sociais mais complexas (como "tolerância", que existe efetivamente apenas em sociedades que a aceitam ou que estão impedidas de manter a intolerância). Eu preferiria pensar na "cooperação" não apenas como um ideal generalista, mas como uma forma de conduzir as questões humanas, como as atividades econômicas e de bem estar social. Me entristece que a cooperação e a organização mútua, que eram um elemento tão importante no socialismo do século 19, desapareceram quase que completamente do horizonte socialista do século 20 - mas felizmente não da agenda do MST. Espero que esta lista de conceitos continue conquistando o apoio e mobilize a opinião pública para pressionar efetivamente os governos. Não acredito que a humanidade alcançará um estado de "coabitação harmoniosa" num futuro próximo. Mas mesmo se nossos ideais atualmente são apenas utopias, é essencial que homens e mulheres lutem por elas.
EH - Os conceitos listados estão mais para slogans do que para programas. Eles ou ainda precisam ser transformados em ações e agendas (como a redução de gases de efeito estufa, encorajada ou imposta pelos governos, por exemplo), ou são subprodutos de situações sociais mais complexas (como "tolerância", que existe efetivamente apenas em sociedades que a aceitam ou que estão impedidas de manter a intolerância). Eu preferiria pensar na "cooperação" não apenas como um ideal generalista, mas como uma forma de conduzir as questões humanas, como as atividades econômicas e de bem estar social. Me entristece que a cooperação e a organização mútua, que eram um elemento tão importante no socialismo do século 19, desapareceram quase que completamente do horizonte socialista do século 20 - mas felizmente não da agenda do MST. Espero que esta lista de conceitos continue conquistando o apoio e mobilize a opinião pública para pressionar efetivamente os governos. Não acredito que a humanidade alcançará um estado de "coabitação harmoniosa" num futuro próximo. Mas mesmo se nossos ideais atualmente são apenas utopias, é essencial que homens e mulheres lutem por elas.
RST - O senhor, que estudou com profundidade a história do mundo e as relações humanas nos últimos séculos, o que espera do futuro?
EH - Se a crise ambiental global não for controlada, e o crescimento populacional estabilizado, as perspectivas são sombrias. Mesmo se os efeitos das mudanças climáticas possam ser estabilizados, produzirão enormes problemas que já são sentidos, como a crescente competição por recursos hídricos, a desertificação nas zonas tropicais e subtropicais, e a necessidade de projetos caros de controle de inundações em regiões costeiras. Também mudarão o equilíbrio internacional em favor do hemisfério Norte, que tem largas extensões de terras árticas e subárticas passíveis de serem cultivadas e industrializadas. Do ponto de vista econômico, o centro de gravidade do mundo continuará a se mover do Oeste (América do Norte e Europa) para o Sul e o Leste asiático, mas o acúmulo de riquezas ainda possibilitará às populações das velhas regiões capitalistas um padrão de vida muito superior às dos emergentes gigantes asiáticos. A atual crise econômica global vai terminar, mas tenho dúvidas se terminará em termos sustentáveis para além de algumas décadas. Politicamente, o mundo vive uma transição desde o fim da Guerra Fria. Se tornou mais instável e perigoso, especialmente na região entre Marrocos e Índia. Um novo equilíbrio internacional entre as potências - os EUA, China, a União Européia, Índia e Brasil - presumivelmente ocorrerá, o que poderá garantir um período de relativa estabilidade econômica e política, mas isto não é para já. O que não pode ser prevista é a natureza social e política dos regimes que emergirão depois da crise. Aqui as experiências do passado não podem ser aplicadas. O historiador pode falar apenas das circunstâncias herdadas do passado. Como diz Karl Marx: a humanidade faz a sua própria história. Como a fará e com que resultados, muitas vezes inesperados, são questões que ultrapassam o poder de previsão do historiador.
* Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Brasil
EH - Se a crise ambiental global não for controlada, e o crescimento populacional estabilizado, as perspectivas são sombrias. Mesmo se os efeitos das mudanças climáticas possam ser estabilizados, produzirão enormes problemas que já são sentidos, como a crescente competição por recursos hídricos, a desertificação nas zonas tropicais e subtropicais, e a necessidade de projetos caros de controle de inundações em regiões costeiras. Também mudarão o equilíbrio internacional em favor do hemisfério Norte, que tem largas extensões de terras árticas e subárticas passíveis de serem cultivadas e industrializadas. Do ponto de vista econômico, o centro de gravidade do mundo continuará a se mover do Oeste (América do Norte e Europa) para o Sul e o Leste asiático, mas o acúmulo de riquezas ainda possibilitará às populações das velhas regiões capitalistas um padrão de vida muito superior às dos emergentes gigantes asiáticos. A atual crise econômica global vai terminar, mas tenho dúvidas se terminará em termos sustentáveis para além de algumas décadas. Politicamente, o mundo vive uma transição desde o fim da Guerra Fria. Se tornou mais instável e perigoso, especialmente na região entre Marrocos e Índia. Um novo equilíbrio internacional entre as potências - os EUA, China, a União Européia, Índia e Brasil - presumivelmente ocorrerá, o que poderá garantir um período de relativa estabilidade econômica e política, mas isto não é para já. O que não pode ser prevista é a natureza social e política dos regimes que emergirão depois da crise. Aqui as experiências do passado não podem ser aplicadas. O historiador pode falar apenas das circunstâncias herdadas do passado. Como diz Karl Marx: a humanidade faz a sua própria história. Como a fará e com que resultados, muitas vezes inesperados, são questões que ultrapassam o poder de previsão do historiador.
* Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, Brasil
VALE A PENA LER
1. Margem Esquerda nº 13
A transformação da crise dos mercados imobiliário e financeiro dos Estados Unidos em uma crise econômica global levou à desmoralização o discurso liberal em todo o mundo. Para avaliar seus impactos e alternativas, Margem Esquerda nº 13 traz o dossiê “Hegemonia em tempos de crise”, composto por alguns dos mais importantes analistas desse fenômeno: o francês François Chesnais, o norte-americano Robert Brenner, o brasileiro José Luís Fiori e o inglês Peter Gowan. Chesnais, formulador da tese da financeirização do capitalismo, destaca a longevidade da recessão e as duras consequências para os trabalhadores. Mas lembra que a situação atual apresenta oportunidade ímpar para a construção de alternativas.
Abrindo esta edição está a filósofa brasileira Marilena Chaui, entrevistada para Margem Esquerda por Francisco de Oliveira, Rodrigo Nobile, Olgária Matos e Wolfgang Leo Maar. Na pauta, sua formação, suas leituras, a universidade, o Partido dos Trabalhadores. Da seção Artigos fazem parte: Immanuel Wallerstein – “O duradouro legado da revolução mundial de 1968”, texto polêmico no qual diz que 1968, apesar da derrota, foi o evento mais importante do século XX; Marcello Musto – “A redescoberta de Karl Marx”, sobre as obras completas de Marx-Engels (Mega-2) –; Marcelo Carcanholo e Grasiela Baruco – “As aventuras de Karl Marx contra a pulverização pós-moderna das resistências ao capital”, no qual procuram recolocar a crítica social em um plano marxista totalizante; e Edilson Graciolli e Marcílio Lucas – “‘Terceiro setor’ e ressignificação da sociedade civil”, uma anotação crítica sobre conceitos que ganham corpo no ideário contemporâneo.
O Clássico da vez é um inédito do filósofo húngaro Georg Lukács, redigido em janeiro de 1967.
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2. Livro: Império de várias faces
Autor: Ronaldo Vainfas & Rodrigo Bentes Monteiro (orgs.)
Edição: Alameda
Preço: R$ 60 (400 páginas)
Império de várias faces, obra coletiva coordenada pelos historiadores Ronaldo Vainfas e Rodrigo Bentes Monteiro, é um excelente exemplo da enorme vitalidade da historiografia brasileira relativa ao império ultramarino português e, num plano mais largo, à história do mundo moderno. O livro procura compreender a sociedade portuguesa (e ibérica) com a dimensão imperial que indelevelmente a foi marcando desde o início do século XV.
Constituído por 17 artigos reunidos, este livro é o testemunho da renovação deste campo de pesquisa. Desta forma, o reino português e seu império constituem espaços de permanente metamorfose social no período moderno. Tanto no império, como nas relações de poder destacadas, não há aspectos prevalecentes, nem determinismos de qualquer tipo, exceto a convicção de que somente a pesquisa empírica permite alcançar a experiência histórica.
O livro Império de várias faces evidencia uma característica deste grupo de pesquisa voltado para os séculos XVI, XVII e XVIII: a pluralidade de temas inter-relacionados. Aspectos pertinentes aos âmbitos das monarquias ibéricas e dos movimentos sociais, das instituições e práticas religiosas, do mundo natural, da escravidão, da cultura escrita, da questão da terra, da alteridade cultural, em várias regiões entre o reino e suas conquistas.
Desta forma, este importante conjunto de artigos apresenta as complexas relações de poder no mundo ibérico da Época Moderna, recortadas a partir da própria noção de império. Dessa maneira, busca informar sobre a causa da uniformidade de vários aspectos políticos, econômicos, sociais, governamentais e, até mesmo, religioso.
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3. Livro: Arte no Brasil 1950-2000 – Movimentos e Meios
Autora: Cacilda Teixeira da Costa
Edição: Alameda Casa Editorial Ltda.
Preço: R$ 29,00 (100 pgs.) – 3ª Edição
Um manual para entender a arte contemporânea brasileira
Videoarte, instalação, performance e happening ainda perturbam os espectadores de arte contemporânea. Fundamentais para se entender os conceitos que nortearam o rumo dos artistas do último século, especialmente no Brasil, esses meios e suportes são agora decifrados em verbetes claros e objetivos pela pesquisadora Cacilda Teixeira da Costa.
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Videoarte, instalação, performance e happening ainda perturbam os espectadores de arte contemporânea. Fundamentais para se entender os conceitos que nortearam o rumo dos artistas do último século, especialmente no Brasil, esses meios e suportes são agora decifrados em verbetes claros e objetivos pela pesquisadora Cacilda Teixeira da Costa.
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4. Convidamos para debate e lançamento do livro DESARQUIVANDO A DITADURA: MEMÓRIA E JUSTIÇA NO BRASIL Volumes I e II
Organizado por Cecília MacDowell Santos, Edson Teles e Janaína de Almeida Teles
Com debate coordenado por Cecília MacDowell (CES, Universidade de Coimbra e University of San Francisco)
e os debatedores:
Ana Maria Camargo (USP)
Márcio Seligmann-Silva (Unicamp)
Marlon Weichert (Procurador da República)
Zilda Marcia Grícoli Iokói (USP)
Dia 16 de junho a partir das 19 horas
Instituto Sedes Sapientiae
Av. Ministro Godoy, 1484
Perdizes - São Paulo / SP
Organizado por Cecília MacDowell Santos, Edson Teles e Janaína de Almeida Teles
Com debate coordenado por Cecília MacDowell (CES, Universidade de Coimbra e University of San Francisco)
e os debatedores:
Ana Maria Camargo (USP)
Márcio Seligmann-Silva (Unicamp)
Marlon Weichert (Procurador da República)
Zilda Marcia Grícoli Iokói (USP)
Dia 16 de junho a partir das 19 horas
Instituto Sedes Sapientiae
Av. Ministro Godoy, 1484
Perdizes - São Paulo / SP
NAVEGAR É PRECISO
1. OEA revoga decreto que expulsava Cuba do Sistema Interamericano
Movimentos e governos pressionam e decreto contra Cuba é revogado depois de 47 anos
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=39056&lang=PT
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2. Fim do bloqueio?
OEA revoga suspensão, mas Cuba não aceita voltar ao órgão
Apesar das pressões dos EUA, retorno de Cuba foi aprovado sem imposição de condições. Governo cubano saudou a decisão, mas afirmou que não tem intenção de retornar à OEA
http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/oea-revoga-suspensao-a-cuba-mas-governo-cubano-nao-aceita-voltar-ao-orgao
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3. O neonazismo ronda a Europa
Revisitando o método etnográfico: contribuições para a narrativa antropológica
Falácias acadêmicas, 9: o mito do socialismo do século 21
Três Teses sobre a Docência
A meta-história de Hayden White: uma crítica construtiva à "ciência" histórica
Cultura Política na Antiguidade
Obama e o Oriente Médio
Riqueza científica e ensino pobre nas universidades
Os gregos e a utopia: uma visão panorâmica através da literatura grega antiga
Textos disponíveis no numero 97 da Revista Espaço Acadêmico:
http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/view/343/showToc
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4. A ausência da mediação no Afeganistão
Escrito por Virgílio Arraes
Na arena política afegã, devido ao violento contexto dos últimos anos, torna-se difícil identificar lideranças mais diplomáticas que belicosas e, portanto, mais propensas a um encaminhamento pacífico com vistas a solucionar a disputa de poder no país, sem a presença de tropas estrangeiras.
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3354/9/
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5. No site do Café Historia:
>>> MISCELÂNEAConheça as indicações de site de história que um experiente professor sugere.
Arquivo Público Mineiro é exemplo para os arquivos brasileiros.
>>> CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS
O que você conhece realmente sobre a relação entre Igreja e Nazismo?
Obama repudia negação do HolocaustoGuarujá (SP) pode ganhar museu arqueológico.
>>> VÍDEOS
Obama repudia negação do HolocaustoGuarujá (SP) pode ganhar museu arqueológico.
>>> VÍDEOS
Ricardo da Costa em entrevista a TV fala sobre Idade Média e História.
>>> FÓRUMQuais os principais significados políticos e culturais da queda do muro de Berlim para a História?
E MAIS: novos vídeos, novas fotos, grupos e debates.Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/
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6. Amazônia S/A
Investigação do Greenpeace implica grandes marcas na destruição na Amazônia
da Redação do Greenpeace
http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/investigacao-do-greenpeace-implica-grandes-marcas-na-destruicao-na-amazonia
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7. Relatório oferece dados sobre a educação brasileira para infância e adolescência
Educação brasileira melhora, mas desigualdades persistem, diz Unicef
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=39156&lang=PT
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8. :: Confronto entre indígenas e Estado segue sem solução no Peru
Confronto segue sem solução e líder indígena pede asilo na Embaixada da Nicarágua
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=39153&lang=PT
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9. :: Alan Garcia e o processo genocida no Peru
(CIMI)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=39138&lang=PT
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10. Peru
García promove massacre em defesa de transnacionais
Pelo menos 25 morrem em despejo; entidades indígenas e sindicatos responsabilizam governo e marcam nova paralisação nacional
-> Mariátegui, a Apra e a questão do indígena amazônico
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/garcia-promove-massacre-em-defesa-de-transnacionais
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11. Peru: os indígenas contra o Estado e petrolíferas
Escrito por Yvon Le Bot y Jean-Patrick Razon
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3370/9/
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12. "Tem uma máfia no governo peruano", acusa líder de movimento popular
Por Camila Souza Ramos
Para Tito Prado, decretos do governo servem ao cumprimento do Tratado de Livre-comércio com os Estados Unidos e passam por cima de soberania do povo sobre o próprio território
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7095
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13. Projeto de Lei 92 significa a privatização de todos os serviços essenciais do país
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3365/9/
E MAIS: novos vídeos, novas fotos, grupos e debates.Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/
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6. Amazônia S/A
Investigação do Greenpeace implica grandes marcas na destruição na Amazônia
da Redação do Greenpeace
http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/investigacao-do-greenpeace-implica-grandes-marcas-na-destruicao-na-amazonia
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7. Relatório oferece dados sobre a educação brasileira para infância e adolescência
Educação brasileira melhora, mas desigualdades persistem, diz Unicef
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=39156&lang=PT
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8. :: Confronto entre indígenas e Estado segue sem solução no Peru
Confronto segue sem solução e líder indígena pede asilo na Embaixada da Nicarágua
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=39153&lang=PT
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9. :: Alan Garcia e o processo genocida no Peru
(CIMI)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=39138&lang=PT
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10. Peru
García promove massacre em defesa de transnacionais
Pelo menos 25 morrem em despejo; entidades indígenas e sindicatos responsabilizam governo e marcam nova paralisação nacional
-> Mariátegui, a Apra e a questão do indígena amazônico
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/garcia-promove-massacre-em-defesa-de-transnacionais
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11. Peru: os indígenas contra o Estado e petrolíferas
Escrito por Yvon Le Bot y Jean-Patrick Razon
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3370/9/
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12. "Tem uma máfia no governo peruano", acusa líder de movimento popular
Por Camila Souza Ramos
Para Tito Prado, decretos do governo servem ao cumprimento do Tratado de Livre-comércio com os Estados Unidos e passam por cima de soberania do povo sobre o próprio território
http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/NoticiasIntegra.asp?id_artigo=7095
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13. Projeto de Lei 92 significa a privatização de todos os serviços essenciais do país
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3365/9/
NOTICIAS
1. COLOQUIO DE HISTÓRIA MEDIEVAL
1° Simpósio Regional de História Medieval da Baixada Fluminense.
Dias: 24,25 e 26 de junho de 2009.
Local: Auditório do Bloco E.Horário: entre 18:30h e 21:30h.
Coordenação: Prof°. Drando. Marcos Paulo Mendes Araújo (UNIG/UNC-Mdz)(baraodearaujo@hotmail.com)
Organização:Profª. Dranda. Denise da Silva Meneses do Nascimento (UNIG/USP)
Prof°. Msc. Jefferson Machado (UNIG/USP)
Vagas limitadas!
Valor antecipado:R$ 25,00 (vinte e cinco reais)
Valor no dia do evento:R$ 28,00 (vinte e reais)
Inscrições antecipadas: Coordenação do Curso de História da Universidade Iguaçu. telefone: 2765-4056
Certificado: 20h/a de atividades complementares.
***
2. VII Encontro Nordestino de História Oral, será realizado entre 26 a 29 de Outubro de 2009 na Universidade Federal de Sergipe.
Site do evento: http://viienho.sites.uol.com.br/index.htm
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3. Congresso do Curso de História da UFG de Jataí.
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2. VII Encontro Nordestino de História Oral, será realizado entre 26 a 29 de Outubro de 2009 na Universidade Federal de Sergipe.
Site do evento: http://viienho.sites.uol.com.br/index.htm
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3. Congresso do Curso de História da UFG de Jataí.
O evento ocorrerá entre os dias 22 a 25 de setembro e já esta recebendo inscrições de trabalho. O tema deste ano é: “Um sertão chamado Brasil”. Todas as informações estão disponíveis na página: http://www.congressohistoriajatai.org/
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4. I Encontro GT História das Religiões e das Religiosidades – Núcleo PR e o I Encontro GT História das Religiões e das Religiosidades – Núcleo SC, cujo tema será Corpo e Religião está disponível. As incrições começaram ontem, dia 04 de junho.
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4. I Encontro GT História das Religiões e das Religiosidades – Núcleo PR e o I Encontro GT História das Religiões e das Religiosidades – Núcleo SC, cujo tema será Corpo e Religião está disponível. As incrições começaram ontem, dia 04 de junho.
Abaixo o link para a homepage do evento:
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