Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

19.5.10

Numero 235





Matérias significativas para debates surgiram nos últimos dias. Começamos pela decisão da UFMG de utilizar o ENEM como primeira etapa de seu vestibular. Rude golpe nos cursinhos...como se pode ver neste texto inicial, do sociólogo Rudá Ricci, que me foi enviado pelo leitor Guilherme Souto.
Outro artigo também bem “mineiro” é o do jornalista José de Castro, que analisa a postura do atual governador mineiro e candidato declarado à eleição de outubro.
Do portal do Luis Nassif, e também enviado pelo Guilherme Souto, um artigo comenta sobre as teorias de eugenismo utilizadas pelos nazistas, mas que, na verdade, eram teorias surgidas nos Estados Unidos.
Chamo a atenção de todos para o link sobre a questão do Irã e a atuação da política externa brasileira. Ele foi publicado ontem no portal da Agência Carta Maior. Com uma perspicácia muito grande, o autor discutia as prováveis reações das grandes potências, o que foi confirmado já nos noticiários de hoje cedo. E que nos deixam preocupados, ao percebermos, mais uma vez, que os interesses imperiais se sobrepõe à política, ao entendimento. É esperar para ver...
Novamente entremeamos os artigos com campanhas publicitárias de grande impacto.






Relatos de Sala de Aula: ENEM e apostila - Rudá Ricci

Ontem foi dia de inovação e destempero entre estudantes do Ensino Médio. A UFMG decidiu que a primeira fase de seu vestibular (até então, com questões fechadas) será substituída pelo ENEM. A TV Globo me chamou para gravar uma entrevista dentro de um cursinho pré-vestibular. A diretora da instituição estava indignada, o que estimulou os alunos a organizar uma manifestação. Aí, foi ela que me deixou indignado. Não acho que o papel de um educador é estimular estudantes para defender um negócio. Porque cursinho é um negócio, que vive às custas da necessidade de memorização dos alunos. Nada mais. Acabei discutindo com ela, na frente dos alunos. Expliquei que há dois anos o MEC articula a substituição do vestibular das universidades federais pelo ENEM. Perguntei para os alunos que nos rodeavam se eles foram informados sobre isto. Eles disseram que não. Eu argumentei que aquele cursinho deveria ter explicado isto para eles. A diretora mudou o argumento e disse que o reitor anterior havia empenhado sua palavra que não mudaria o sistema este ano. Ocorre que houve eleição para reitor na UFMG e o eleito não é da mesma corrente que o anterior.

O fato é que o ENEM substituirá, gradativamente, todos vestibulares que, hoje, no Brasil, são realizados por universidade ou faculdade. Este é o modelo utilizado nos EUA. Faz-se uma prova nacional. Na graduação, eles precisam fazer o Scholastic Aptitude Test (SAT), exame que tem questões de matemática, leitura crítica e redações. Cada parte do teste vale 800 pontos. Mais de 2 milhões de estudantes prestam o SAT por ano e podem escolher entre as várias datas determinadas pelo College Board, entidade que administra o exame. Na parte escrita, além das redações, há questões em que é preciso melhorar parágrafos e corrigir sentenças. Elas têm graus variados de dificuldade e são misturadas. O candidato pode começar com matemática, pular para leitura crítica, fazer uma redação e voltar para a matemática. O SAT serviu de inspiração para o novo Enem. O exame brasileiro vai usar, como o americano, a Teoria da Resposta ao Item (TRI), modelo matemático em que as questões são pré-testadas para determinar seu peso na pontuação. Tanto que, no SAT, algumas questões não valem para o resultado final. O College Board as coloca no exame apenas para o pré-teste.
O ENEM, inicialmente, se baseou nas teorias de Inteligências Múltiplas, elaborado por Howard Gardner (Projeto Zero, da Universidade de Harvard) e foi concebido por Nilson José Machado (matemático, do pós-graduação em educação da USP).
A revolta dos alunos era a "surpresa" e o "aumento de competição". Surpresa? Dois anos sendo anunciada a intenção pelo MEC e ainda dizem que há surpresa? Um aluno bem preparado teria dificuldades em algum tipo de teste de conhecimento? Aí está o problema. Os alunos que estudam em cursinhos preparatórios são cobaias de técnicas de memorização. A começar pelas apostilas, "feitas por Deus", já que não apresentam teorias e teses contraditórias. O mundo das apostilas é linear, um imenso playmobil em que uma página se encaixa à anterior, formando um todo com sentido. Como se o mundo e a história fossem lineares e com sentido único!!!
O mundo real não é feito de uma única alternativa dentre múltiplas possibilidades. E também não é linear. O mundo real não é feito por certezas prescritivas. Nem por simulados.
Aí o aluno entra na faculdade e aguarda uma nova apostila. Não consegue pensar por contraditórios, por pensamentos opostos. Porque foi treinado (este é o conceito) para pensar linearmente. O bom e o ruim, o certo e o errado, o preto e o branco, a verdade e a mentira. O mundo seria muito mais fácil se fosse assim. E muito mais chato.






O vôo rasteiro do tucano Anastasia
José de Souza Castro
Passados 47 dias da posse de Antonio Anastasia, resolvi dar uma olhada na galeria de fotos do Governo de Minas, pois ela registra os momentos mais importantes do governador. Queria avaliar se um artigo publicado aqui no dia 28 de março (“O tucano Anastasia em céu de brigadeiro”) se perdera pelos descaminhos de nossa política. Minha hipótese era que o novo governador poderia aproveitar os oito meses antes das eleições, com a chave do Tesouro nas mãos, para reforçar sua candidatura. Pelo que vi, o candidato desperdiçou quase dois meses desse precioso tempo. Que vida dura que o alfaia... ops, o governador tem!
Os assessores de Anastasia devem ter pensado que seu grande momento, no primeiro mês de governo, seria a comemoração da Inconfidência Mineira, em Ouro Preto, dia 21 de abril. Pois, das 42 páginas de fotos do governador na Internet (os interessados podem ver aqui: http://www.flickr.com/photos/governo_de_minas_gerais/page42/) nada menos que 30 são dedicadas ao evento. Ou seja, 546 fotos, nas quais, o que menos se vê é povo. Parece-me discutível que as personalidades que lá compareceram e aguentaram horas ouvindo discursos e enfileirados para receber Medalhas da Inconfidência que pouco valem, votem no candidato tucano e, muito menos, cabalem votos para Anastasia. Sobre esse terrível evento oficial, já escrevi aqui no ano passado: http://massote.pro.br/2009/04/a-despedida-e-a-despedida-de-aecio-neves-jose-de-souza-castro/. Pelo que li em jornais, neste ano foi pior ainda...
Como se lembram, Anastasia tomou posse no dia 31 de março. “Em uma solenidade cheia de emoção e simbolismo”, diz a legenda da foto daquela data, “na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte, o ex-governador Aécio Neves transmitiu o cargo ao novo governador de Minas Gerais, Antonio Anastasia. Repetindo a tradição mineira, eles discursaram das sacadas do Palácio da Liberdade”.
Emoção e simbolismo... Essa expressão me lembrou o dia 23 de abril de 1985. Uma multidão ocupara toda a Praça da Liberdade e quarteirões próximos para se despedir de Tancredo Neves, cujo corpo estava sendo velado ali. Cinco metros da cerca de ferro que protegia o palácio não resistiu à pressão. Ao desabar, provocou pânico. Pessoas foram pisoteadas e esmagadas. A viúva do presidente, dona Risoleta Neves, num discurso emocionante da sacada do Palácio, evitou que mais pessoas morressem no tumulto. Voz trêmula, ela gritou ao microfone: “Mineiros! Mineiros! Minha gente! Meu coração está em pedaços... eu não teria força suficiente para lhes dizer uma palavra sequer, mas, diante deste carinho imenso, diante desta multidão embebida em amor, em amor doado ao seu presidente, em amor, em amor que ele recebeu... e não fosse tamanho amor, não teria força suficiente para uma arrancada como a que ele realizou. Lutou, trabalhou, viveu para vocês, querendo dar a cada um dias melhores, condições de vida digna.”
Ouvindo-a, a multidão se acalmou. Isso ficou na história, muito mais que essas homenagens fastidiosas em Ouro Preto.
Palácio da Liberdade representa uma ideia de progresso do povo, muito mais que Palácio Tiradentes, de onde Anastasia despacha. E onde fez, no dia 5 de abril, a primeira reunião do secretariado, a que chamou de Reunião Gerencial. E de onde os professores em greve não puderam se aproximar, contidos por centenas de policiais militares. Tão diferente da Praça da Liberdade, onde, perto do ocaso da ditadura militar, no governo Francelino Pereira, milhares de professores se reuniram para mostrar “o rosto da greve”, depois que o secretário da Educação, Paulino Cícero, declarou que aquela era uma “greve sem rosto”.
No Palácio Tiradentes, que ajudou a construir, como vice-governador, Anastasia, longe de multidões insatisfeitas, se sentiu bem à vontade para dar posse, no dia 12 de abril, ao novo chefe do Gabinete Militar, coronel PM Luís Carlos Dias Martins. E, no dia seguinte, aos novos secretários de Cultura, Washington Mello, e de Relações Institucionais, Maria Coeli Simões Pires.
Foi lá também que, no dia 28 de abril, recebeu a diretoria da Stola Spa, fornecedora da Fiat Automóveis, que foi mostrar ao governador o plano de expansão de sua fábrica em Belo Horizonte – e, certamente, pedir incentivos fiscais.
Que mais fez Anastásia? É difícil destacar alguma coisa importante. Talvez a apresentação, no dia 22 de abril, do modelo de gestão do Mineirão, que será modernizado para a Copa de 2014 e vai ser administrado em parceria com a iniciativa privada. Ou as visitas a Campina Verde, para a inauguração do Frigorífico Minerva, e a Uberaba, para a inauguração de uma usina de álcool de uma empresa privada e a abertura da Expozebu. A Araxá, para a posse da diretoria da Associação Comercial. A Almenara, Paulistas e Água Boa, para a inauguração de trechos asfaltados de rodovias. A Sabará, para o encerramento das celebrações da Semana Santa, acompanhando a Procissão do Triunfo – e lembrando que, em grego, “anastasia” significa “ressurreição”. A Campos Altos, para visitar o Santuário de Nossa Senhora Aparecida. A Ouro Branco, para a comemoração do Dia do Trabalho e visita à Igreja Matriz construída no século XVIII e que está sendo reformada pela Cemig...
Ou de novo a Campo Belo, para assinatura de termos de doação de geladeiras, chuveiros elétricos, lâmpadas e outros equipamentos de baixo consumo de energia a 17 entidades sociais de 5 municípios da região, parte do Programa Energia do Bem, da Cemig.
Bem, em Campo Belo, a viagem talvez tenha rendido alguns votos... Mas, parece que Aécio Neves não acreditou – como eu – no grande potencial de votos de todas essas viagens, pois, nelas, ele brilhou pela ausência.
Confesso que não tenho acompanhado a imprensa mineira. Não sei qual o espaço que o novo governador teve em jornais, rádios e televisões ao longo desses 47 dias. Mas ouso pensar que teve menos que pré-candidatos do PT e PMDB. E Anastasia acaba de perder, na imprensa, um forte aliado: o diretor de redação do jornal Hoje em Dia, Carlos Lindenberg. Ele foi substituído na sexta-feira pelo chefe da sucursal de Brasília, Marcelo Cordeiro, funcionário da TV Record. E que chega disposto a não dar refresco ao governo mineiro, para que esse jornal se diferencie da tradicionalmente governista imprensa de nosso grande e bobo Estado.
Ah, se for verdade!




Eugenia: um dos alicerces do nazismo
Do Portal Luís Nassif
Do Blog de Zanuja Castelo Branco

Nazismo: onde tudo começou
Indico a leitura do texto “Quando a plutocracia demoniza os fracos” no site Vi o Mundo. Fala sobre o início da eugenia nos EUA nos anos 30 e 40 e como essa praga se espalhou pela Europa, Asia e outros continentes. Li sem quase respeirar esse texto que faz parte do livro “War Against the Weak”, de Edwin Black. Estou chocada, mas não deveria pq quase tudo que não presta no mundo vem dos americanos. É impressionante.
Vale a pena a leitura.


Nota: O termo eugenia – bem nascido – foi cunhado em 1883 pelo antropologista e matemático britânico Francis Galton (1822 – 1911), que o definiu como melhoramento genético, ou “o estudo dos agentes sob o controle social que podem melhorar ou empobrecer as qualidades raciais das futuras gerações seja física ou mentalmente.” Galton também foi pioneiro nos estudos sobre identificação individual por meio das digitais humanas. Influenciado pela teoria da seleção natural de seu primo Charles Darwin, Galton formulou a Teoria da Eugenia, em que discorria sobre o aperfeiçoamento da espécie humana através do cruzamento geneticamente forçado. As ideias eugênicas de aperfeiçoamento racial foram levadas ao extremo pelo regime nazista de Adolf Hitler.
A guerra contra os fracos
Edwin Black
Como a filantropia corporativa norte-americana lançou uma campanha nacional de limpeza étnica nos Estados Unidos, ajudou a fundar e financiar a eugenia nazista de Hitler e Mengele – e, em seguida, criou o movimento moderno de “genética humana”.
Nas três primeiras décadas do século 20, a filantropia corporativa americana, combinada com a fraude acadêmica de prestígio para criar a pseudociência da eugenia, institucionalizou a política racial como política nacional. O objetivo: criar uma superior, nórdica, raça branca, e destruir a viabilidade de todas as outras.
Como? Ao identificar o chamado “defeito” nas árvores de família e submetê-las à segregação legal e programas de esterilização. As vítimas: os pobres, pessoas brancas de cabelos castanhos, afro-americanos, imigrantes, índios, judeus da Europa Oriental, enfermos e qualquer um realmente classificado como fora dos padrões de genética superior elaborados pelo raciologistas norte-americanos. Os principais culpados foram a Instituição Carnegie, a Fundação Rockefeller e a rica estrada de ferro Harriman, em aliança com os mais respeitados cientistas dos Estados Unidos vindos de universidades de prestígio tais como Harvard, Yale e Princeton, operando a partir de um complexo em Cold Spring Harbor, Long Island.
A rede eugênica trabalhou em conjunto com o Departamento de Agricultura dos EUA, o Departamento de Estado e vários órgãos governamentais estaduais e assembléias legislativas em todo o país, e até mesmo com o Supremo Tribunal de Justiça dos EUA. They were all bent on breeding a eugenically superior race, just as agronomists would breed better strains of corn.
Todos estavam empenhados na criação de uma raça eugenicamente superior, da mesma forma que engenheiros agrônomos traçam linhagens melhores de milho. O plano era eliminar a capacidade reprodutiva dos fracos e inferiores.

Finalmente, 60 mil norte-americanos foram coercitivamente esterilizados – legal e extra-legalmente. Many never discovered the truth until decades later. Muitos nunca descobriram a verdade por décadas. Aqueles que apoiaram ativamente a eugenia progressiva incluem as figuras mais progressivas da America: Woodrow Wilson, Margaret Sanger e Oliver Wendell Holmes.
As cruzadas eugênicas norte-americana proliferaram em uma campanha mundial, e em 1920 chamou a atenção de Adolf Hitler. Sob os nazistas, os princípios eugênicos foram aplicados irrestritamente, ficando fora de controle no infame genocídio do Reich. Durante os anos pré-guerra, os eugenistas norte-americanos apoiaram abertamente o programa da Alemanha. A Fundação Rockefeller financiou o Instituto Kaiser Guilherme e o trabalho dos seus principais cientistas raciais. Uma vez iniciada a Segunda Guerra Mundial, a eugenia nazista passou de esterilização em massa e eutanásia para assassinato genocida. Um dos médicos do Instituto Kaiser Guilherme no programa financiado pela Fundação Rockefeller era Josef Mengele, que continuou sua pesquisa em Auschwitz, fazendo relatórios diários sobre a eugenia em gêmeos.
Depois que o mundo recuou ante as atrocidades nazistas, o movimento eugenista norte-americano – suas instituições e cientistas de renome – mudou de nome e foi reagrupado sob a bandeira de uma ciência esclarecida chamada genética humana.
Edwin Black é um autor premiado. Com um milhão de livros impressos, seu trabalho se concentra em genocídio e ódio, crime e corrupção corporativa, improbidade governamental, fraude acadêmica, abusos filantrópicos, dependência do petróleo, energia alternativa e investigação histórica.




Acordo Brasil-Irã resolve o impasse nuclear?

No fundamental, os termos do acordo são os mesmos da proposta oferecida por Estados Unidos, Rússia e França há oito meses, pela qual o Irã deveria entregar ao redor de 70% do seu urânio enriquecido a mais de 5%. A própria Agência Internacional de Energia Atômica já calculara que a neutralização de 1,2 toneladas do minério seria o suficiente para anular qualquer projeto atômico de caráter militar. A formação de alianças fora da órbita imperial, porém, é tudo o que não interessa a Washington e seus subservientes associados europeus. O artigo é de Breno Altman.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16607&boletim_id=699&componente_id=11730






Por que a América hispânica não se tornou uma só nação

Considerado um dos principais historiadores argentinos, Tulio Halperín Donghi, seguiu o destino de muitos intelectuais argentinos expulsos por uma ordem vertical e sem dissenso nas universidades: foi viver no exterior. Sin Permiso resgatou entrevista concedida por Tulio Halperín em 1997 ao jornal Clarín. Nela, o professor analisa o processo de independência da América Espanhola e a idéia de integração latinoamericana. "No esquema administrativo espanhol não existia uma unidade (burocrática) para as colônias, mas entidades separadas entre si, cada uma vinculada a uma metrópole. Os laços mais fortes foram construídos com a Europa e não entre os vice-reinados", analisa.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16604&boletim_id=698&componente_id=11711




Duzentos anos da Argentina vistos pelo andar de baixo

A historiografia tradicional construiu vários mitos ao redor do processo da independência da Argentina. É uma narrativa repleta de silêncios e lacunas. Nos conflitos internos e externos, os negros, os índios, mestiços e mulatos sempre foram bucha de canhão. Em 1810, por exemplo, havia uma paridade entre homens e mulheres negras na Argentina. Em 1822, os homens negros adultos tinham desaparecido. No primeiro censo moderno da República Argentina, em 1868, os africanos e seus descendentes representavam apenas 9% da população total de Buenos Aires. Após a primeira epidemia de febre amarela, no censo de 1887, restaram só 1,8%. O artigo é de Carlos Abel Suárez.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16600&boletim_id=698&componente_id=11712



A mágica da TV

O Brasil é um dos poucos grandes países do mundo cuja TV não apresenta sequer um programa de debates políticos em suas redes nacionais. Continuamos seguindo o modelo descrito por Bourdieu: uma TV que mostra o irrelevante para esconder o que interessa.
Laurindo Lalo Leal Filho
http://www.cartamaior.com.br/templates/colunaMostrar.cfm?coluna_id=4629&boletim_id=698&componente_id=11723



Bravatas de tucano e agenda de mudança histórica

Talvez o maior paradoxo resida na ilusão de que um candidato empalmado pelas forças conservadoras, como é o caso de Serra, possa alterar a dinâmica da repartição da riqueza em benefício do setor produtivo e dos trabalhadores. Sim, replicam alguns economistas respeitáveis, a China o faz. De fato, faz até mais que isso ao impor a paridade cambial que lhe convém às moedas do resto do mundo. Mas os olhos esbugalhados de Serra não são os olhos oblíquos de Hu Jintao. Tampouco a coalizão demotucana que ele representa neste pleito se confunde com o Partido Comunista Chinês. O artigo é de Saul Leblon.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16598&boletim_id=698&componente_id=11714



Serra, a taxa de juros e a História

A questão verdadeiramente estrutural que distingue Serra e Dilma é de natureza histórica, não retórica. Grosso modo, poder-se-ia condensá-la numa pergunta: desenvolvimento para quem? A resposta opõe, de um lado, os interesses mais retrógrados e reacionários da sociedade brasileira, que tem, objetivamente, em Serra seu estuário neste pleito, e, de outro, Dilma Rousseff, referência de continuidade do amplo espectro de forças aglutinadas em torno do atual governo. É isso que está em jogo nesta campanha presidencial.
Editorial - Carta Maior
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16594&boletim_id=696&componente_id=11667





História a Distância
Site disponibiliza vídeos de centenas de aulas ministradas em algumas das melhores universidades do mundo. História é um dos cursos contemplados
CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS
Museu do Computador reabre com a exposição “História dos Computadores”
Exército vermelho e tropas da Otan celebram vitória sobre os nazistas
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ACERVO AQUISIÇÕES

Três obras de jovens artistas brasileiros serão incorporadas ao acervo do MAM-BA. Os trabalhos foram doados pelo Grupo Iguatemi durante a SP Arte 2010, feira de arte internacional que aconteceu na capital paulista. LEIA MAIS

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Mais uma vez, o MAM-BA empresta uma obra do seu acervo para uma importante instituição. A tela Retrato de Oswald de Andrade e Julieta Bárbara, de Flávio de Carvalho, está na retrospectiva do artista, em cartaz no MAM-SP até 13 de junho. LEIA MAIS

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SEMANA NACIONAL DE MUSEUS AGENDA Atividades educativas e culturais da agenda do MAM-BA voltam a acontecer na 8ª Semana Nacional dos Museus, comemorada de 17 a 23 de maio. A programação busca aproximar o Museu e a comunidade. LEIA MAIS

EDUCATIVO EM FOCO ENTREVISTAS NO AR Entrevistas concedidas pelos professores dos cursos de arte, oferecidos durante a exposição Coleção MAM-BA 50 Anos de Arte Brasileira, podem ser lidas no site do MAM-BA. Não deixe de conferir. LEIA MAIS


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