Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

25.3.10

Numero 227




Leitores e leitoras
Como devem ter percebido (pelo menos duas leitoras perceberam!!!) ontem não enviei o informe deste Boletim.
A razão: estava em São Paulo, conferindo revisões de livros e não consegui chegar a tempo para editar o nosso Boletim.
Por isso, faço-o hoje, na correria, e, portanto, como na semana passada, sem um cuidado maior... Perdoem, mais uma vez!





Pessimismo capitalista e Darwinismo social

Leonardo Boff *
Adital -
Que fazer quando uma crise como a nossa se transforma em sistêmica, atingindo todas as áreas e mostra mais traços destrutivos que construtivos? É notório que o modelo social montado já nos primórdios da modernidade, assentado na magnificação do eu e em sua conquista do mundo em vista da acumulação privada de riqueza não pode mais ser levado avante. Apenas os deslumbrados do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo Lula, acreditam ainda neste projeto que é a racionalização do irracional. Hoje percebemos claramente que não podemos crescer indefinidamente porque a Terra não suporta mais nem há demanda suficiente. Este modelo não deu certo, pelas perversidades sociais e ambientais que produziu. Por isso, é intolerável que nos seja imposto como a única forma de produzir como ainda querem os membros do G-20 e do PAC.
A situação emerge mais grave ainda quando este sistema vem apontado como o principal causador da crise ambiental generalizada, culminando com o aquecimento global. A perpetuação deste paradigma de produção e de consumo pode, no limite, comprometer o futuro da biosfera e a existência da espécie humana sobre o planeta.
Como mudar de rumo? É tarefa complexíssima. Mas devemos começar. Antes de tudo, com a mudança de nosso olhar sobre a realidade, olhar este subjacente à atual sociedade de marcado: o pessimismo capitalista e o darwinismo social.
O pessimismo capitalista foi bem expresso pelo pai fundador da economia moderna Adam Smith (1723-1790), professor de ética em Glasgow. Observando a sociedade, dizia que ela é um conjunto de indivíduos egoístas, cada qual procurando para si o melhor. Pessimista, acreditava que esse dado é tão arraigado que não pode ser mudado. Só nos resta moderá-lo. A forma é criar o mercado no qual todos competem com seus produtos, equilibrando assim os impulsos egoístas.
O outro dado é o darwinismo social raso. Assume-se a tese de Darwin, hoje vastamente questionada, de que no processo da evolução das espécies sobrevive apenas o mais forte e o mais apto a adaptar-se. Por exemplo, no mercado, se diz, os fracos serão sempre engolidos pelos mais fortes. É bom que assim seja, dizem, senão a fluidez das trocas fica prejudicada.
Há que se entender corretamente a teoria de Smith. Ele não a tirou das nuvens. Viu-a na prática selvagem do capitalismo inglês nascente. O que ele fez, foi traduzi-la teoricamente no seu famoso livro: "Uma investigação sobre a natureza e as causas da riqueza das nações"(1776) e assim justificá-la. Havia, na época, um processo perverso de acumulação individual e de exploração desumana da mão de obra.
Hoje não é diferente. Repito os dados já conhecidos: os três pessoas mais ricas do mundo possuem ativos superiores à toda riqueza de 48 países mais pobres onde vivem 600 milhões de pessoas; 257 pessoas sozinhas acumulam mais riqueza que 2,8 bilhões de pessoas o que equivale a 45% da humanidade; o resultado é que mais de um bilhão passa fome e 2,5 bilhões vivem abaixo da linha da pobreza; no Brasil 5 mil famílias possuem 46% da riqueza nacional. Que dizem esses dados se não expressar um aterrador egoísmo? Smith, preocupado com esta barbárie e como professor de ética, acreditava que o mercado, qual mão invisível, poderia controlar os egoísmos e garantir o bem estar de todos. Pura ilusão, sempre desmentida pelos fatos.
Smith falhou porque foi reducionista: ficou só no egoísmo. Este existe, mas pode ser limitado, por aquilo que ele omitiu: a cooperação, essencial ao ser humano. Este é fruto da cooperação de seu país e comparece como um nó-de-relações sociais. Somente sobrevive dentro de relações de reciprocidade que limitam o egoísmo. É verdade que egoísmo e altruísmo convivem. Mas se o altruísmo não prevalecer, surgem perversões como se nota nas sociedades modernas assentadas na inflação do "eu" e no enfraquecimento da cooperação. Esse egoísmo coletivo faz todos serem inimigos uns dos outros.
Mudar de rumo? Sim, na direção do "nós", da cooperação de todos com todos e na solidariedade universal e não do "eu" que exclui. Se tivermos altruísmo e compaixão não deixaremos que os fracos sejam vítimas da seleção natural. Interferiremos cuidando-os, criando-lhes condições para que vivam e continuem entre nós. Pois cada um é mais que um produtor e um consumidor. É único no universo, portador de uma mensagem a ser ouvida e é membro da grande família humana.
Isso não é uma questão apenas de política, mas de ética humanitária, feita de solidariedade e de compaixão.
[Autor de Princípio compaixão e cuidado, Vozes (2007)].
* Teólogo, filósofo e escritor




Milcíades Peña: a dessacralização da Revolução de Maio de 1810


Escrito por Mário Maestri (Correio da Cidadania)
18-Mar-2010

Em maio de 2010, cumprem-se dois séculos do início do movimento fundado em Buenos Aires que poria fim ao regime colonial no vice-reinado do Rio da Prata. A data ensejará amplas celebrações, sobretudo nos dias 18 a 25 daquele mês, semana candente daqueles sucessos, devido à importância do transcurso para o surgimento das repúblicas da região – Uruguai, Paraguai, Bolívia e, sobretudo, Argentina. A Revolução de Maio é a principal efeméride histórica deste último país.
O historiador Milcíades Peña passou meteoricamente pelo cenário cultural argentino. Nasceu em 1933, em La Plata, falecendo em 1965, aos 32 anos. Com mãe mentalmente doente, Peña, de saúde frágil na infância, foi criado por tios mais velhos, descobrindo aos onze anos, acidentalmente, seu nome de batismo, sua verdadeira mãe, seus três irmãos mais velhos! Possivelmente sofrendo de depressão, realizou na adolescência tentativas suicidas. Casou-se e teve um filho, em 1964, morrendo por ingestão de pílulas, no ano seguinte (D’AMICO: 2008).
Em seu breve tempo de intervenção social e cultural, Milcíades Pena militou na corrente marxista-revolucionária morenista (trotskista), da qual se afastou para dedicar os últimos anos de sua vida à historiografia, desenvolvendo refinada interpretação da história argentina, da colonização ao peronismo, em seis breves livros, escritos em 1955-57: Antes de Mayo (1500-1810); El paraíso terrateniente (1810-1850); La era de Mitre (1871-1885); Alberdi, Sarmiento y el 90 (1885-1890); Masas, caudillos y elites (1890-1955). Seu grande projeto era escrever história geral da Argentina. A partir de curso ministrado na Escola de Engenharia de Buenos Aires, em 1958, publicou Introducción al pensamiento de Marx, de importante caráter renovador. (D’AMICO: 2008).
A leitura de Milcíades Peña, mais de meio século após a sua morte, revela escritor e pensador de invulgar talento. Os inevitáveis limites de sua produção, devido ao breve tempo de feitura e o limitado desenvolvimento da historiografia e das ciências sociais de então, sobretudo latino-americanas e argentinas, não diminuem a enorme importância dessa literatura. Uma das características essenciais da produção de Peña é desnudar, em forma consciente ou inconsciente, as grandes contradições analíticas da sua análise, não raro sugerindo possíveis soluções para as mesmas. É difícil imaginar os avanços interpretativos a que chegaria se não tivesse desaparecido tão jovem. Milcíades Peña é considerado por muitos como o mais arguto historiador marxista argentino.
No Brasil, Milcíades Peña é praticamente desconhecido. Na Argentina, suas obras não conheceram reedições nos últimos anos, por proibição de seu filho, político tradicional menor, que leva o nome do pai. Eles encontram-se, porém, disponíveis em reproduções na internet.
***
O primeiro ensaio de interpretação geral da história argentina de Milcíades Peña, de três capítulos, Antes de Mayo: 1500-1810, aborda também os sucessos de 1810, realizando dessacralização geral das apologias historiográficas que apresentaram e apresentam aquele evento como revolução social, revolução democrático-burguesa e movimento de base popular.
Peña lembra que a Revolução de Maio foi processo principalmente da esfera política, que não revolucionou a organização social e econômica regional, que se manteve essencialmente idêntica à colonial, ao igual do que ocorreu, no Brasil, em 1822, com o rompimento com Portugal. "El movimiento que independizó a las colonias latinoamericanas no traia consigo un nuevo régimen de producción ni modificó la estructura de clases de la sociedade colonial. Las clases dominantes continuaron siendo las terratenientes y comerciantes hispano-criollos, igual que en la colonia". (PEÑA: 1973, 75)
A primeira grande ação da Revolução de Maio foi a defenestração do vice-rei Cisneros e a conseqüente extinção da burocracia administrativa metropolitana que administrava o vice-reinado em nome do soberano espanhol, deposto pela intervenção napoleônica. Peña lembra que o movimento não foi, inicialmente, sequer claramente autonomista e republicano, pois eram fortes os monarquistas entre os líderes crioulos. A declaração cabal de independência da Argentina seria feita apenas em julho de 1816, no congresso de Tucumán.
Milcíades Peña lembra que aqueles sucessos foram obra sobretudo das classes proprietárias, com destaque para a "burguesia comercial" e os grandes criadores bonaerenses. Assinala que a revolução não contou com a participação ativa dos subalternizados, mesmo livres, que nada tinham a ganhar e, não raro, algo perderam com a iniciativa.
Peña anota que o grande segmento popular da campanha bonaerense e do Prata, os gauchos, foram mantidos e mantiveram-se estranhos ao movimento. E que a radicalização da liberdade comercial, em proveito da oligarquia comercial pró-inglesa, tendeu a destruir o artesanato e a produção pequeno-mercantil de Buenos Aires e das províncias do litoral e do interior, com importantes seqüelas sociais. Quanto aos cativos negros, foram arrolados numerosos aos exércitos revolucionários, em substituição dos patrícios com pouca vontade de combater pela liberdade. Uma das razões da queda relativa da importância dessa população na Argentina.
A segurança e competência com que Peña assinala a inexistência de classes populares modernas, capazes de disputar a direção com segmentos dominantes criollos, dando eventualmente um caráter democrático àqueles sucessos históricos, expõem uma das maiores contradições analíticas de sua obra: a caracterização da colonização hispânica como capitalista, devido ao seu "conteúdo", "móviles" e "objetivos": "(...) producir en gran escala para vender en el mercado y obter una ganância" (PEÑA: 1973, 22, 23).
Marxista rigoroso, Peña intuiu o limite e contradição de tal proposta. Procurou superar a forte contradição da dedução do caráter da colonização a partir de esfera não atinente à produção, com a definição dos criadores de Buenos Aires como classe burguesa produtora completa, de caráter colonial. "Clase productora más importante de la colónia – estancieros en la Argentina (...) – son a no dudarlo capitalista, sus intereses son capitalista, pero un capitalismo colonial (...)" (PEÑA: 1973, 87). Nessa incorreção, cairia igualmente o historiador rio-grandense Décio Freitas, quando marxista, em seu ensaio ‘O capitalismo pastoril’.
No após guerra, a historiografia marxista-stalinista inferia do pretenso caráter feudal ou semi-feudal da colonização americana a necessidade de etapa democrático-burguesa da revolução na América Latina. Portanto, havia que subordinar os trabalhadores à "burguesia nacional" progressista para, apenas cumprida a etapa democrático-burguesa, ser avançado o programa socialista. No Brasil, essa interpretação foi defendida por importantes autores ligados ao PCB, como Alberto Passo Guimarães e Werneck Sodré. Ela contribuiu ao desastre do populismo e nacional-desenvolvimentismo, quando do golpe militar de 1964, apoiado por toda a "burguesia progressista" nacional.
Em fins dos anos 1940, a essa interpretação estudiosos marxistas revolucionários opuseram o caráter capitalista das formações coloniais americanas, não da América Latina contemporânea, mas da América colonial, desde o seu nascimento! Entre eles destacaram-se Sérgio Bagu – no qual Milcíades se apóia fortemente – e G. Frank e, no Brasil, Caio Prado Júnior. Essa leitura apresentava contradições epistemológicas insolúveis, como o desenvolvimento capitalista das colônias americanas antes das metrópoles européia e, sobretudo, capitalismo que não se objetiva na exploração incessante, mediada por maquinaria moderna, de trabalhadores produtores de mais-valia, pois obrigados a venderem a força de trabalho, já que incapazes de produzir seus meios de subsistência. Por longas décadas, após a Revolução de Maio, os criadores do Prata foram obrigados a lançar mão à compulsão extra-econômica, para manter o gaucho como peão na fazenda, ou servir-se da mão ao trabalhador escravizado, como em boa parte do Uruguai.
Apenas nas décadas seguintes, com a superação da vulgata stalinista sobre a evolução necessária e forçada da civilização através das cinco etapas históricas – "comunismo primitivo", "escravismo clássico", "feudalismo", "capitalismo" e "socialismo" –, e o impulso obtido com o retorno à produção marxiana, desenvolveu-se nas ciências sociais marxistas a pesquisa das eventuais formas e modos de produção sui generis conhecidos pela humanidade. (SOFRI: 1977) Uma investigação que revelaria o caráter singular da colonização nas Américas, sem as transposições feudal e capitalista imediatas, tal como propostas.
Um movimento que, com destaque para as investigações de Jacob Gorender e Ciro Flamarión Cardoso, abriu caminho à compreensão do caráter dominante do escravismo colonial, na constituição da antiga formação social do Brasil. Esse movimento científico muito forte a partir dos anos 1960 praticamente se interrompeu após a maré neoliberal de fins dos anos 1980.

Bibliografia citada:
BAGU, Sérgio. Economia de la sociedad colonial. Buenos Ayres: Atheneo, 1949.
CARDOSO, Ciro F. S.. El modo de producción esclavista colonial en América. Assadourian et Al. C.S. et al. Modos de producción en América Latina. Buenos Aires: Siglo XXI, 1973.
D’ALMICO, Ernesto. "Milcíades Pena: Una história trágica".
http://www.tomasabraham.com.ar/%20seminarios/2008/damico.pdf
FRANK, A. G. "Capitalismo e o mito do feudalismo no Brasil". Revista Brasiliense, n. 51, São Paulo, 1964.
FREITAS, Décio. O capitalismo pastoril. Porto Alegre: EST; Caxias do Sul: EdiUCS, 1981.
GORENDER, J. O escravismo colonial. 4 ed. Rev. E ampl. São Paulo: Ática, 1985.
GUIMARÃES, Alberto Passos. Quatro séculos de latifúndio. 3 ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, sd.
PEÑA, Milcíades. Antes de Mayo: 1500-1810. Buenos Ayres: Fichas, 1973.
PRADO JÚNIOR, Caio. A revolução brasileira. São Paulo: Brasiliense, 1966;
SODRÉ, Nélson Werneck. Formação histórica do Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1964.
SOFRI. O modo de produção asiático: história de uma controvérsia marxista. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1977
Mário Maestri é professor do curso e do programa de pós-graduação em História da UPF.
E-mail:
maestri@via-rs.net







Antecedentes da revolução mexicana de 1910
Escrito por Guga Dorea
Em um momento da História da humanidade, em que a era das grandes revoluções salvacionistas parece estar se esgotando, a pergunta necessária em relação a esse tema muda de tom. Ela passa a ser: qual o legado da Revolução Mexicana de 1910 no mundo contemporâneo? Todo o percurso, que se inicia com esse artigo, será traçado para chegarmos a uma possível conexão entre a revolução e a fala zapatista, retomando assim à proposta iniciada nos artigos que antecederam a esse.
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4452/9/




Em busca de reconhecimento e identidade:
A greve na Educação Pública no estado de São Paulo
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4458/9/






A mulher negra
A situação da mulher negra no Brasil de hoje manifesta um prolongamento da sua realidade vivida no período de escravidão com poucas mudanças, pois ela continua em último lugar na escala social e é aquela que mais carrega as desvantagens do sistema injusto e racista do país. Inúmeras pesquisas realizadas nos últimos anos mostram que a mulher negra apresenta menor nível de escolaridade, trabalha mais, porém com rendimento menor, e as poucas que conseguem romper as barreiras do preconceito e da discriminação racial e ascender socialmente têm menos possibilidade de encontrar companheiros no mercado matrimonial.
por MARIA NILZA DA SILVA
LEIA NA ÍNTEGRA:



Encontro de historia da paraíba

Maiores informações: http://www.cchla.ufpb.br/anpuhpb14/






O exemplo grego
A Grécia resiste com greves gerais nacionais e com combativas manifestações populares contra os terríveis ajustes econômicos que o capital financeiro internacional tenta aplicá-la. Com efeito, são brutais – um verdadeiro remédio cavalar – as medidas drásticas destinadas a reduzir a dívida (que supera em 113% o PIB) e o déficit público (12,7% do PIB), fazendo a economia helênica casar com os parâmetros de Maastricht, ou seja, que o déficit público não passe de 3% ao ano (coisa que nem França e nem Alemanha cumprem).
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4439/9/

Está de volta a biblioteca virtual do Diplô Brasil. Vêm em brevenovo site, rede social e laboratório permanente de jornalismo colaborativo. Ideia é ajudar a construir, na web 2.0, uma comunicação capaz de enxergar o tempo de enormes transformações que vivemos (23/03/2010)
As deduções de Einstein ajudaram a abalar as ideias sobre o mundo que herdamos da modernidade. E oferecem pistas para repensar, hoje, tempo, ciência, sociedade e utopia. (20/03/2010)
A manipulação midiática contra Havana é clara – mas a necessidade de mudanças na ilha, também. Dois caminhos parecem em debate: a “eficiência” autoritária do projeto chinês e uma integração mais ampla com a América Latina em mudança. (18/03/2010)
Visto por seus apoiadores como “uma das únicas democracias no Oriente Médio”, o Estado israelense é cada vez mais pressionado pelo poder político e econômico de seus generais. Na Biblioteca Diplô, textos para entender esta interferência crescente. (17/03/2010)
Foi lançado o quarto nº da Revista Serrote. Infelizmente, recebi o comunicado após a data do lançamento. Mas fica o registro:






Cuba, Israel e a dupla moral

Escrito por Breno Altman
18-Mar-2010

Tem sido educativo acompanhar nos últimos dias a cobertura internacional dos meios de comunicação, além da atitude de determinadas lideranças e intelectuais. Quem quiser conhecer o caráter e os interesses a que servem alguns atores da vida política e cultural, vale a pena prestar atenção ao noticiário recente sobre Cuba e Israel.
Leia em http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4449/9/





Crise EUA-Israel: e a "gafe" veio de onde menos se esperava
A grande imprensa brasileira tentou - e ainda tenta - achar uma grave gafe diplomática na viagem de Lula ao Oriente Médio. Ironicamente, o problema veio de onde menos se esperava. Enquanto o presidente Lula era aplaudido várias vezes após seu discurso no Parlamento israelense, o governo dos EUA anunciava o cancelamento da visita de seu enviado ao Oriente Médio, em protesto contra a decisão de Israel de construir novos assentamentos em Jerusalém. Leia análise de Jim Lobe sobre a séria crise diplomática entre EUA e Israel.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16453&boletim_id=658&componente_id=10984




Um roteiro pelo Rio de Janeiro dos escravos
A partir da leitura do livro "A vida dos escravos no Rio de Janeiro", 1808-1850", da historiadora norte-americana Mary C. Karasch, é possível reconstruir um roteiro turístico-histórico pelo Rio de Janeiro dos escravos. Pode-se sair deste breve roteiro com a impressão de que as pessoas teriam muito a ganhar se fossem oferecidos nos espaços públicos (via monumentos, placas, exposições criativas) resquícios mais amplos (e generosos) de nossa história. Na ilustração, o Campo de Santana em 1818, segundo a concepção de Franz Josef Frühbeck. O artigo é de Rogério Jordão.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16451&boletim_id=658&componente_id=10988



CHAMADA DE TRABALHOS

I Seminário Nacional “Práticas Sociais, Narrativas Visuais e Relações de Poder: visões contemporâneas” – 18 a 20 de maio de 2010 – Universidade Federal de Viçosa

Estão abertas, até o dia 18 de abril de 2010, as inscrições de comunicações nos Seminários Temáticos. As propostas deverão ser encaminhadas diretamente aos coordenadores dos ST´s, para os endereços de e-mails divulgados, contendo entre 20 e 25 linhas, título, nome e titulação do proponente, fonte times new roman; tamanho 12; espaçamento 1,5; sem bibliografia e sem notas.

Abaixo a lista dos ST’s, seus respectivos coordenadores e e-mails para contato:

1. Meios de Poder: estruturas, agentes e praticas de administração e governo no Brasil nos séculos XVII e XIX. Coords. Álvaro de Araujo Antunes (UFV), Edna Mara Ferreira da Silva (UEMG) – alvaro.antunes@ufv.br

2. Narrativas Visuais Coloniais e Pós-Coloniais - Coords. Daniela Alves de Alves (UFV), Douglas Mansur (UFV) – alvesautomatic@gmail.com

3. Formação do Estado Brasileiro – Coord. Rafael Reis Pereira Bandeira de Mello (UERJ) - rafa_834@hotmail.com

4. A Cidade na História: relações de poder, concepções de grupos e conflitos sociais no centro urbano moderno – Coord. Fábio Luiz Rigueira Simão (UFJF) - fabbiosimao@yahoo.com.br

5. Cinema político e história – Coords. Carlos Eduardo Pinto de Pinto (UFF)/ Flávia Copio Esteves (UFF) - fcopio@hotmail.com

6. Construções do Passado através do Cinema Brasileiro – Coords. Gabriel Marinho (UFF)/ Wallace Andrioli Guedes - wguedes2004@yahoo.com.br

7. Conflitos Sociais e Relações de Poder – Coords. Carla Silva do Nascimento (UNIRIO)/ Cláudio Beserra de Vasconcelos (UFRJ) -csn.nascimento@gmail.com, cb.vasconcelos@yahoo.com.br

8. Cultura Impressa: Imagens, Narrativas e Textos como Fontes de Pesquisa – Coords. Emerson César de Campos (UDESC)/ Silvia Sasaki (UDESC) - emecampus@yahoo.com.br, silsasaki@gmail.com

9. Imagem e a produção de conhecimento – Coords. Leandro Santos Bulhões de Jesus (UnB)/ Marcelo Gustavo Costa de Brito (UnB) - leohist@hotmail.com, marcelobrito@hotmail.com

10. Religiões e religiosidades na contemporaneidade – Coords. Eduardo Guilherme de Moura Paegle.(UFSC)/ Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho (UFSC) - edpaegle@hotmail.com, edumeinberg@gmail.com

O pagamento da taxa de inscrição somente deverá ser efetuado após o recebimento do aceite enviado pelos coordenadores dos ST’s. As inscrições serão efetivadas após o envio do depósito bancário para a comissão organizadora via email.

Envio dos aceites das inscrições, pelos coordenadores dos ST´s: 21/04

Dados Bancários para deposito:
Banco Itaú
Ag. 0733
Conta Poupança 45941-6/500
Favorecido: Maria da Conceição Francisca Pires

Taxas de inscrição:

Taxas de inscrição:
Alunos de graduação com apresentação de trabalho: R$ 15,00
Alunos de graduação sem apresentação de trabalho: R$ 10,00
Alunos de pós-graduação com apresentação de trabalho: R$ 25,00
Alunos de pós-graduação sem apresentação de trabalho: R$ 20,00
Professores Universitários com apresentação de trabalho: R$ 30,00
Professores sem apresentação de trabalho: R$ 25,00

Envio dos trabalhos completos para publicação em anais eletrônicos: até 30/04/2010
Os resumos completos devem ter no máximo 05 (cinco) laudas, e devem ser em fonte times new roman; tamanho 12; espaçamento 1,5; com bibliografia segundo as normas da ABNT.

Mais informações: mariac.pires@ufv.br, patrícia.lopes@ufv.br




Não passe o dia sem uma leitura do Café História:


MISCELÂNEA

Quando o Fascismo Estraga o Futebol

Manifestações fascistas ganham cada vez mais adeptos no universo do futebol europeu e assustam muita gente que achava que este passado fora enterrado após a Segunda Guerra Mundial.

CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Repressor argentino ameaça tribunal que o julga por crimes da ditadura

Irã: 11 de Setembro foi uma grande mentira

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Nefretiti Revelada 10 Vídeos sobre o Antigo Egito

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Qual o papel das artes na formação de uma sociedade?

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Ane Caroline traz para o debate uma matéria publicada pela Folha Online que fala sobre estados que pagam salários abaixo do piso de professorl. Confira e proteste:

http://cafehistoria.ning.com/profiles/blogs/vergonha-para-o-estado-1?xg_source=msg_mes_network

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Vida e Obra de Sigmund FreudInstituições ajudam a contar a história do homem que mudou para sempre a compreensão da mente humanaCAFÉ EXPRESSO NOTÍCIASHistoriador ganha prêmio com pesquisa sobre açúcarViúva de Agostinho Neto vai ser julgada por difamação em Lisboa
FOTO HISTÓRICA
GALERIA CAFÉ
As telas do inglês William Hogarth (1697-1764)
CINE HISTÓRIA
"Guerra ao Terror", o filme que desbancou "Avatar" no Oscar.
Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/?xg_source=msg_mes_network


Manifesto ataca Plano Nacional de Direitos Humanos
- Yahoo! Notícias



Cidades brasileiras integram lista das mais desiguais
- Yahoo! Notícias



Estão abertos concursos na área de História:
- Para a UERJ (Adjunto)
- Para a UFRRJ (Título de mestrado)
Na Rural, há, também, concursos para os departamentos de:Ciências Administrativas e Contábeis - Economia Doméstica - Letras e Ciências Sociais, dentre outros.
- Na UNIVASF, concurso para Arqueologia: Professor Auxiliar
Para mais informações:



Ficha do livro: Título: Os Impasses da Estratégia - os comunistas, o antifascismo e a revolução burguesa no Brasil. 1936-1948
Autor: Carlos Zacarias de Sena Junior
Editora: Annablume
Ano: 2010
Páginas: 398
Preço: R$ 45,75
Este livro nos conta uma história política que uniu heroísmo e tragédia. Os leitores encontrarão nestas páginas uma análise crítica e até severa das formulações do partido de Prestes durante os anos que precedem e sucedem à II Guerra Mundial: neste intervalo o PCB se recuperou da terrível derrota de 1935, quando foi quase destruído, e se alçou à condição de um partido com presença nacional tendo à sua frente o único dirigente político que podia ombrear em popularidade com Getúlio Vargas - Luís Carlos Prestes - para mergulhar depois de poucos anos de legalidade na clandestinidade outra vez.
Leia resenha completa em: http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4455/166/




Uma piadinha para encerrar por hoje.
Claro que isso tem tudo para ter sido “inventado”, mas não deixa de ser engraçado.
A professora pediu que os alunos desenhassem a atividade profissional da mãe.
Uma das meninas teria feito este desenho. Abaixo, um recado da mãe para a professora, possivelmente depois de ter sabido da confusão que o desenho teria provocado...rssss...





Prezada Professora Jones,
Eu gostaria de deixar bem claro que eu não sou, nem nunca fui, uma "dançarina erótica".
Eu trabalho numa loja de ferramentas e contei a minha filha o tanto que a última semana foi tumultuada,
antes da nevasca. Nós vendemos todas as pás de neve que tínhamos. Todas, menos uma, que estava escondida no depósito e que foi alvo de disputa entre os clientes.
Portanto, o desenho que minha filha fez não me mostra dançando em torno de um poste. Ela me mostra vendendo a última pá de neve que tínhamos na loja.
De agora em diante, eu me lembrarei de verificar a lição de casa dela mais cuidadosamente antes da entrega.
Atenciosamente,
Mrs. Smith




















1 Comentários:

  • Às 6:23 AM , Blogger Meg Mamede disse...

    Oi querido Ricardo, com tudo que temos lido e visto pelo mundo afora. Rir continua sendo o melhor remédio. Abs e até breve!

     

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