Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

21.9.05

Número 53 - Nova fase: 005

Bem, apesar de a crise ainda não ter-se resolvido e, inclusive, na data de hoje termos presenciado uma agressão física na sessão da CPI (o que demonstra cada vez mais a “qualidade” de nossos representantes...). Para hoje estávamos aguardando a renúncia Severina...será que ela vai acontecer? Até agora, quando escrevo este texto, ainda não recebi comunicado oficial....rs...
Incrível como os deputados do PSDB ficam irritados quando se fala nas maracutaias do período FHC... bastou que se insinuasse que o Daniel Dantas tinha algo a ver que deu aquela confusão toda na CPI...é... pimenta no olho dos outros é refresco...

Mudando de assunto... aviso aos sócios da ANPUH: não deixem de ler a notícia nº 6, logo abaixo, é uma convocação para definições importantes na nossa Associação.
Na mesma seção Notícias, muitos avisos sobre cursos de pós-graduação, congressos e seminários que serão realizados neste final de setembro e início de outubro. Muita coisa boa sendo anunciada, pena que não dá para ir em todos!!! Mas quem participar e quiser, depois, mandar informações para publicarmos...isso será muito bem-vindo!!!

Gostaria, ainda, de compartilhar com vocês o sucesso de dois livros que escrevi em parceria e que foram publicados pela Editora Contexto: História Moderna através de Textos e História Contemporânea através de Textos. Nesta semana, o prof. Jaime Pinsky, diretor da Contexto, informou que as duas obras estão chegando à 10ª e 11ª edições, respectivamente. São livros que estão no mercado editorial desde 1989, e continuam a ser adotados em cursos superiores. Levando-se em conta a indústria paralela do xerox, não deixa de ser um sucesso um livro chegar a este patamar de edições, sem falsa modéstia!!!

Bem, aproveitem o Boletim desta semana.
E até quarta que vem!
Ricardo



Falam as amigas e os amigos

1. Alexandre Trad nos envia a informação sobre seu site de História. O endereço é: www.historiadacultura.zipnet - Vale a pena conferir.

Parabéns, Alexandre...que sirva de incentivo para a criação de mais e mais sites e blogs que levem o conhecimento histórico sério a milhares de pessoas...

2. Caro Sr.,
Antes de mais, cumprimentos a partir de Portugal.
Apresentando-me, sou um escritor português com as seguintes obras publicadas, a saber:- "Ordem do Templo: Em Nome da Fé Cristã" (Ulmeiro, Portugal, 2000)- "História e Mistérios dos Templários" 2ª Edição Esgotada (Ediouro, Brasil, 2001)- "Escritos Errantes (histórias leves como o vento mas tocantes como a tempestade)" Esgotado (Senso, Portugal, 2002)- "Ku Klux Klan: Pesadelo Branco" (Magno, Portugal, 2003)- "Tripla Imparável I: Juventude em Acção" (Magno, Portugal, 2005)- "Os Templários e o Brasil" (Flâmula, Brasil, 2005)- "Templários em Portugal (a verdadeira história)" (Ícone, Brasil, 2005)Para além disso, sou o Director da revista "Das Brumas do Templo e do Graal." (www.brumas.org)E, ainda, cronista dos seguintes jornais: O Templário, Tribuna da Marinha Grande e O Almonda.
Foi com alegria que visualizei, na Internet, a referência, muito simpática, aos meus livros.Tal como o vosso muito apreciado trabalho em prol da cultura (área histórica), eu procuro, a cada momento, dar mais e melhor aos meus leitores.
Coloco-me, desde já, à vossa disposição para qualquer parceria e intercâmbio,Pedro Silva

Foi um prazer muito grande receber o email do sr. Pedro Silva. Estamos sendo lidos em Portugal, no Japão, nos Estados Unidos...isso é muito bom, pois permite intercâmbio de idéias com a rapidez que a tecnologia coloca à nossa disposição!

3. Ricardo, boa noite!
Achei interessante a colocação do Pe. Geraldo Maia - Mestre em Teologia - Prof. no Seminário Arquidiocesano São José - Uberaba ref. ao Katrina, fiquei lembrando das suas belas aulas no UNI-BH.
Bjs sua ex-aluna.
Maria Cristina Teotonio

Este é o artigo a que a Maria Cristina se refere. Transcrevo na íntegra, mesmo tendo algumas pequenas discordâncias. Acho que o importante é formularmos idéias para que sejam debatidas, assim, todos estão convidados a concordarem ou discordarem do texto.

Lições do “Katrina”
Pe. Geraldo Maia – Mestre em Teologia – Prof. no Seminário Arquidiocesano São José – Uberaba – MG - Reitor do Santuário da Medalha Milagrosa. E-mail: <>.
Terrível catástrofe se abateu sobre os Estados Unidos, pela passagem do furacão Katrina, devastando cidades inteiras, como foi o caso da charmosa Nova Orleans. Os noticiários apresentam imagens à exaustão, procurando explorar o assunto que causa em todos nós perplexidade. Analisando aquelas imagens pavorosas, várias reflexões nos vêm à mente.
Até que ponto aquele foi um fenômeno natural? Não seria uma reação da natureza diante do vilipêndio que se tem feito do meio ambiente? De fato, aquele país do norte é o maior emissor de gás poluente sobre a atmosfera e se nega terminantemente a assinar o “Protocolo de Kioto”, em seu texto integral, que procura regular a poluição sobre o planeta, na expectativa de prolongar a possibilidade de vida sobre a terra. O fato nos faz lembrar de um filme catastrófico – “O dia depois de amanhã” – que aborda a temática da ecologia. A ação empreendida contra a natureza gera conseqüências irremediáveis, numa relação causa-efeito, esterilizando a sua generosidade.
Que tristeza ver aquelas pessoas tentando resistir! Corta o coração de qualquer ser humano assistir cenas de pessoas catando lixo para sobreviver! Quem diria! Norte americano sobrevivendo do lixo, saqueando supermercados, roubando deslavadamente... Não é ali o país dos sonhos? Por que tanta miséria? Certas cenas veiculadas pelos meios de comunicação confundiriam a geografia, podendo ser entendidas como tomadas da América do Sul, África ou qualquer outra região empobrecida do mundo.
A força das águas fez emergir uma classe social esquecida, abandonada e negada pelo império norte americano. Yes, we have poor! Não se trata de um luxo terceiro-mundista. “Sim, nós temos pobres”! Gente desdentada, cabeluda, barbuda, uma sub-raça, inacreditável para padrões de país desenvolvido. Eles surgiram de todos os cantos, das periferias, dos esconderijos, das surdinas, onde foram instalados para que o Norte desse a impressão de ser efetivamente the country of the dreams. Na verdade não existe “o país dos sonhos”! Isso é uma quimera, pura propaganda enganosa. Lá agora se mata para sobreviver como em qualquer outra nação empobrecida! O norte da América está a anos-luz de distância da ilha de Thomas Morus.
Foi estranho notar que a maioria dos afligidos pela catástrofe era de gente empobrecida, sul-americanos, afro-descendentes. Por quê? Teria a natureza o abominável sentimento de discriminação racial ou social? Ou ali se tratava da lei da selva: quem pode mais se salva e o resto que se dane? Infelizmente é essa a conclusão a que chegamos ao ver aquelas cenas lamentáveis de dor e angústia. Um país que se gaba de ser o primeiro do mundo não teria condições de diminuir o fosso social e garantir condições comuns de sobrevivência e de dignidade humana? É esse o sistema ideal para a humanidade que deve ser implantado a qualquer custo sobre as nações, mesmo as de cultura mais díspares?
Como os recursos demoraram a chegar! Onde estaria o valoroso exército para realizar um trabalho efetivo de resgate? Ou a marinha, com sua vasta experiência aquática e seus veículos apropriados para as ruas totalmente alagadas? Esperavam por helicópteros da aeronáutica que não chegavam. Onde estariam? Socorrendo vítimas em outros recônditos? Não, infelizmente não! Ocupavam-se com a tarefa de eliminar vidas humanas em nome do domínio imperial sobre as reservas de petróleo no Afeganistão, no Iraque e em outras bases militares estratégicas instaladas sobre o globo terrestre, como as de Guantânamo.
Mas o bonito foi ver a solidariedade humana sobre todo o orbe terrestre. Até mesmo arquiinimigos do poder norte-americano, como Fidel Castro, Hugo Chaves, artistas e outros tantos se embrenharam na tarefa de ajuda humanitária, acima de qualquer ideologia, acima de qualquer disputa, superando históricas desavenças. Sim! Nem tudo está perdido, ainda há esperança, pois a história não acabou, como nos lembra o querido J. Arduini. É a solidariedade que deve mover o mundo e não empresas poluentes, antiecológicas, anti-humanas. O desespero estampado no rosto de tantas pessoas haverá de ceder lugar a um sorriso largo que brota da partilha e da solidariedade. É por esse viés que se encontra a salvação do gênero humano. Foi por essa porta que o Verbo se encarnou: para alimentar a esperança de que um outro mundo é possível.

4. Querido Mestre Ricardo,
Quero cumprimentar a Geordana Requeijo pelo trabalho apresentado. Muito interessante! Parabéns Geordana!!! Muito sucesso!
Thaís Rezende

Realmente, o trabalho dela ficou muito interessante. Seu elogio não foi o único, mas tendo sido você colega dela na graduação, fica ai o exemplo e o incentivo para que, em breve, você também nos brinde com uma bela dissertação... que tal?

5. Ricardo,
enquanto acompanhava as imagens da catástrofe em Nova Orleans comentei com a minha esposa que estavam expostas ali as vísceras da potência imperialista.
Com náuseas, não sei se da carnificina ou da falta de sensibilidade da nação mais poderosa do mundo, meu coração sangrou....e continua sangrando, já que por diante da ironia das coisas, baixadas as águas, tudo voltará à normalidade. Ou seja, os pobres irão se esgueirar para os seus guetos.............

Um abraço,
Guilherme Souto.

Notícias

1. II Encontro de Arquivos Científicos, de 22 a 23 de setembro, na Casa de Rui Barbosa, no Rio de Janeiro. Informações pelo email arquivo@rb.gov.br ou pelos telefones (0XX21 2580-7010, ramal 217. Inscrições: R4 60,00.

2. Olga, Elegia de um Campo sem Flor - Drama De 17/09 a 02/10 - Qui, Sex, Sab e Dom Horário: Quinta a Sábado, 20h30; Domingo, 19h Preço: R$ 20,00 - $ Palácio das Artes Av. Afonso Pena - 1.537 Centro – Belo Horizonte Fone: 3237-7399 Espetáculo mostra os últimos momentos da líder comunista Olga Benário no campo de concentração de Ravensbrück e sua postura revolucionária. A peça baseia-se de fato numa série de entrevistas feitas com mulheres ligadas à questão revolucionária e a vasta correspondência entre Olga e o seu marido Luiz Carlos Prestes.
Elenco: Amélia Corrêa Passos, Nyvea Karam, Marília Marques Direção: Dimir Viana

3. Até o dia 25 de setembro, a exposição São Paulo: 450 anos, estará em Belo Horizonte, no Instituto Moreira Salles, Av. Afonso Pena, 737, centro. Horário de visitação: de terça a sexta, das 13 às 19 horas; sábados e domingos, de 13 às 18 horas. Entrada franca.

4. IV Semana de Historia da Unijales. Tema: Segunda Guerra Mundial – 60 anos História e Memórias. De 26 a 30 de setembro. Informações: (0XX17.3632-1620).

5. A Secretaria Especial de Políticas para Mulheres (SPM), o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Ministério da Educação estão criando um programa para promover o aumento da participação das mulheres em carreiras acadêmicas e incentivar a produção científica sobre as relações de gênero.
O lançamento do programa Mulher e Ciência foi no dia 16 de setembro, em Brasília (no auditório do MCT, às 15h00), faz parte das comemorações dos 20 anos do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM).
Segundo o MCT, a primeira ação será a abertura de um edital de pesquisa que pretende apoiar com R$ 1,2 milhão pesquisas sobre relações de gênero, mulheres e feminismo.
O financiamento será distribuído em duas categorias. Projetos de pesquisa cujos coordenadores sejam doutores há menos de sete anos vão receber R$ 16 mil; os projetos com doutores formados há mais de sete anos terão disponíveis R$ 50 mil.

Prêmio para estudantes

Em paralelo, está sendo criado o prêmio Construindo a Igualdade de Gênero. A idéia é promover um concurso nacional de redações e trabalhos científicos monográficos para sensibilizar a comunidade estudantil em assuntos como saúde da mulher, classe social, raça, etnia, sexualidade e a mulher nas relações de trabalho.
O prêmio, que será dividido nas categorias estudantes do ensino médio, do ensino superior e de pós-graduação, vai homenagear os alunos com valores em dinheiro, computadores de última geração e bolsas de iniciação científica, mestrado ou doutorado.
A terceira ação do programa Mulher e Ciência será a realização do 1.º Encontro Nacional de Núcleos e Grupos de Pesquisa: Pensando Gêneros e Ciências, de 29 a 31 de março de 2006. O evento pretende reunir diferentes núcleos de pesquisa brasileiros para mapear os campos de investigação e propor medidas que consigam aumentar a participação das mulheres nas carreiras científicas.
O edital está aqui: http://www.cnpq.br/servicos/editais/ct/2005/edital_0452005.htm (Agência Fapesp)


6. A Associação Nacional de História está em processo de mudança. Devido ao novo Código Civil, o estatuto da Anpuh foi adaptado às novas exigências legais, o que inclui a necessidade de que seus núcleos regionais façam o mesmo. Neste sentido, o Núcleo de Minas Gerais deverá se tornar uma “Seção Regional”, o que acarreta a obrigação de que se elabore um estatuto.
A atual diretoria da Anpuh-MG está, portanto, convocando todos os associados e demais profissionais da área de história que estiverem interessados em contribuir (e se associar), para comparecer ao auditório Prof. Bicalho, na Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais, em Belo Horizonte, no dia 05 de outubro de 2005, às 14 horas, para, em assembléia, discutirem e aprovarem o novo estatuto.
Para facilitar o trabalho de todos, a diretoria e o conselho consultivo, em comum acordo, decidiram apresentar aos associados um projeto de estatuto baseado nos adotados pela Anpuh nacional e pelo Núcleo de São Paulo. Em breve enviaremos uma minuta. Já o estatuto da Anpuh nacional pode ser encontrado na página da rede mundial de computadores: http://www.anpuh.uepg.br.
Ressaltamos a importância do comparecimento de todos, posto que, além da importância do estatuto para a vida regular da associação, será discutida sua relação com a Anpuh nacional, mormente os problemas que os associados de Minas Gerais vêm enfrentando, como a não inclusão de trabalhos nos Anais do XXIII Simpósio Nacional, ocorrido em Londrina-PR em julho de 2005, e o não recebimento do número 47 da Revista Brasileira de História, referente ao primeiro semestre de 2004.
PAUTA DA ASSEMBLÉIA

1. Informes.
2. Estatuto.
3. Revista Brasileira de História e Anais do XXIII Simpósio Nacional.

Informações adicionais e Divulgação de Informativos:
Site: www.anpuhmg.ufsj.edu.br
Telefone: (32) 3379-2496

Diretoria da ANPUH-MG (2004-2006):
Diretor: João Paulo Coelho de Souza Rodrigues (UFSJ)
Secretário: Moisés Romanazzi Torres (UFSJ)
Tesoureiro: Ivan Andrade Vellasco (UFSJ) (informante: Anpu-MG)

7. X Congresso CREAD/Mercosul/Sul - 2006
Qualidade, Aprendizagem e Tecnologia: Desafios da Educação à Distância
Universidad Católica del Norte - Antofagasta - Chile de 2 a 4 de agosto de 2006
Analisar as experiências desenvolvidas em Qualidade, Aprendizagem e Tecnologia à luz dos desafios da Educação à Distância, tanto nos países do MERCOSUL e da região do Caribe, como de outros continentes. Proporcionar uma visão geral do uso das novas tecnologias educativas e sua importância estratégica.
Informações no site: www.cread.org (informante: Anpuh-MG)

8. Curso de História da UNICAMP é premiado
O curso de história da Unicamp ganhou o prêmio Melhores Universidades na categoria de melhor corpo docente e incentivo à pesquisa do Brasil concedido pela Editora Abril e o Banco Real.

9. LEI- Laboratório de Estudos sobre a Intolerância convida para a SEMANA ANTONIO JOSE DA SILVA, o Judeu (1705-1739) - Um brasileiro vítima da Inquisição Portuguesa
17 a 20 de outubro de 2005
LEI- Laboratório de Estudos sobre a Intolerância
Centro Universitário Maria Antonia e Teatro da Universidade de São Paulo
Local: Centro Universitário Maria Antonia /USP
R. Maria Antonia 294, Vila Buarque São Paulo (SP).
Fone: (11)3255-71182 (informante: Anpuh-MG).

10. Neste ano de 2005 comemoram-se os 650 anos da morte de Inês de Castro. Mais do que um acontecimento ligado aos conflitos da corte medieval portuguesa, o drama do rei D. Pedro I e sua predileta tornou-se um tema de relevante expressão na memória popular e cultura erudita portuguesas, tendo sido cantado e narrado por poetas, dramaturgos e cineastas ao longo de todo esse tempo. No âmbito dessa memória, a Cátedra Jaime Cortesão (FFLCH-USP) e o Laboratório de Estudos Medievais (DH-USP/DH-UNICAMP) organizam entre os dias 29 e 30 de setembro um colóquio com a participação de professores, pesquisadores e estudantes da FFLCH-USP e convidados de outras instituições universitárias. O objetivo desse colóquio ampliar o debate sobre as relações entre Monarquia e Cultura Letrada em Portugal, durante a Baixa Idade Média e no Antigo Regime, bem como produzir uma reflexão acerca da passagem da época Medieval para a Moderna revisitando as discussões em torno dos conceitos de crise e transição. (informante: Anpuh-MG

11. Mestrado e Doutorado em Antropologia, na Universidade Federal de Pernambuco. As inscrições estão abertas até 28/10. São 15 vagas para o Mestrado e 6 para o Doutorado. O edital pode ser visto em www.ufpe.br/antropologia.edital.htm (Informante: CPDOC)

12. Mestrado e Doutorado em Relações Internacionais na PUC-Rio. Inscrições abertas até o dia 18 de novembro. Mais informações em www.puc-rio.br/iri (informante: CPDOC)

13. De 26 a 30/9, terá lugar, na Universidade Estadual de Maringá, o III Seminário de Ciências Sociais. Tema: O Saber e a produção do conhecimento nas Ciências Sociais. Inscrições podem ser feitas até 26/9. Mais informações em www.dcs.uem.br (Informante: CPDOC)

14. O Núcleo de Pesquisas de Relações Internacionais da USP e o Laboratório de Estudos de Caso de Relações Internacionais da Universidade São Marcos convidam para o Seminário Internacional “A política externa do Governo Lula e seu impacto sobre as Relações Internacionais do Brasil com o Japão e os Estados Unidos.
Dias 6 e 7 de outubro, das 9 às 12:30, na Fundação Japão, Av. Paulista, 37, 1º andar, São Paulo. Informações pelo telefone (0XX) 11.3884-1981, com Adauto ou Marina (informante: CPDOC)


Brasil

1. Um episódio da história recente do Brasil até hoje não foi devidamente esclarecido. Trata-se do assassinato do prefeito de Campinas, o conhecido “Toninho do PT”. Sua viúva publicou no Correio Caros Amigos uma nota a respeito. Vale a pena ler e meditar...

Quatro anos sem respostas
por Roseana Garcia
Passaram-se quatro anos desde que meu marido, o prefeito de Campinas, Antonio da Costa Santos foi assassinado. Desde então venho numa luta difícil pelo esclarecimento do crime. Numa primeira investigação a polícia civil de Campinas concluiu que meu marido havia sido morto por quatro rapazes, em duas motos, por ter reagido a um assalto. Essa tese foi desbancada por testemunhas que estavam no local, na hora do assassinato.

Os rapazes acusados disseram, posteriormente, terem sido coagidos por policiais a assumir a autoria do crime.
A condução das investigações passou então para o DHPP (Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa), que concluiu que meu marido foi assassinado por atrapalhar o trânsito do bando do seqüestrador Andinho que fugia (não se sabe de quê ou de quem) depois de uma tentativa de seqüestro frustrada que havia ocorrido a uma distância de dois quilômetros do local do assassinato. Só Andinho está vivo, os outros acusados, inclusive o que a polícia disse ter puxado o gatilho, foram mortos por policiais de Campinas, numa operação clandestina em Caraguatatuba. Andinho está numa prisão de segurança máxima, condenado a 100 anos de prisão e é réu confesso em vários outros crimes, mas nunca assumiu o crime do prefeito.

Os promotores de Campinas, diferentemente dos promotores que acompanham o caso Celso Daniel, concordaram com a tese do DHPP e encerraram as investigações.

Desde então venho fazendo vários apelos de reabertura das investigações pela polícia federal. Pedi formalmente ao presidente Fernando Henrique e seu ministro da justiça Aloysio Nunes e posteriormente ao presidente Lula e seu ministro da justiça Márcio Thomas Bastos. Não fui atendida. O que me deixa desesperada é que não há interesse nem do governo estadual, nem do governo federal em esclarecer esse crime.

Antonio da Costa Santos era doutor em arquitetura e urbanismo pela FAU-USP e foi eleito vice-prefeito de Campinas, em 1989, com Jacó Bittar. Em 1990 descobriu e denunciou irregularidades no governo municipal (superfaturamento de obras) o que culminou com a saída de Jacó do PT. Desde essa época, Antonio transformou-se num lutador contra a corrupção e a especulação imobiliária, na cidade de Campinas. Eleito em 2000 prefeito de Campinas, nos meses que ficou à frente do governo municipal renegociou o contrato de lixo, reduzindo-o de 133 milhões para 93 milhões de reais, economizando 40 milhões para os cofres públicos; não autorizou o funcionamento de bingos; decretou como área de preservação ambiental (APA) grande região do município, contrariando interesses imobiliários; exigiu renovação das frotas de ônibus urbanos e a volta dos cobradores para aumento da passagem que pretendia congelar nos quatro anos de seu mandato; e muitas outras coisas. Em suma, Antonio jamais compactuou ou compactuaria com qualquer esquema de corrupção e mais: ele sempre os denunciou.

Esse é o perfil de Antonio que a polícia disse ter sido assassinado, por “estar no lugar errado, na hora errada”. Fica difícil de acreditar.
Roseana Garcia é psicóloga.


2. Crise: o destino do PT – Mário Sérgio Conti (No Mínimo – Ibest)

Marilena Chauí disse que a crise política evidenciou um ódio ao PT que ela não imaginava. E que tal ódio se devia ao partido ter sido o “principal criador da democracia” no Brasil. Como para provar que a avaliação tinha o seu grão de verdade, a filósofa foi condenada e xingada com veemência.

Antonio Tito Costa, ex-prefeito de São Bernardo, escreveu uma carta à “Folha de S. Paulo” para lembrar a Chauí que, nas grandes greves do ABC no final dos anos 70, estavam lá, apoiando os operários, caciques do PMDB e do que viria a ser o PSDB. Logo, conclui Tito Costa, o fim da ditadura e a democracia foram conquistados não apenas pelos que viriam a fundar o PT (os líderes das greves), e sim por outras forças.

Os fatos estão corretos. Mas a sua interpretação é política. Quem estava em greve eram os metalúrgicos. Alguns dos líderes dos partidos oficiais da ditadura davam apoio retórico às greves. Portanto, a espinha dorsal do movimento, que na prática atacava os fundamentos do regime militar, eram os próprios operários. Foram eles que atraíram o apoio de outras categorias de trabalhadores, democratas de outros quadrantes, de estudantes, de setores da igreja católica, do chamado “movimento social” – e dessa articulação, fomentada por enfrentamentos concretos contra o regime militar, contra os governos civis que o sucederam, contra o empresariado, com uma perspectiva socialista, dessa articulação surgiu o PT.

***

O Muro de Berlim caiu, o stalinismo ruiu, a União Soviética se desmembrou, a propriedade privada foi ressuscitada no leste europeu e a China caminha em marcha acelerada rumo à liquidação do que foi feito na revolução de 1949. Tudo isso aconteceu. O que não acabou, antes muito pelo contrário, foi o capitalismo. E quem diz capitalismo diz classes sociais. Diz burguesia (hoje pudicamente chamada de empresariado), diz proletariado (a palavra foi banida do vocabulário político), diz classes médias, diz campesinato, diz lúmpen.

A democracia não é uma abstração, um conjunto de princípios atemporais. Ela existe em sociedades concretas, em períodos históricos determinados, sob a égide de um determinado sistema econômico.O PT, enquanto expressão política independente, enquanto partido de massas dos trabalhadores, foi um marco fundamental da democracia conquistada nos estertores da ditadura. O mesmo raciocínio vale para a CUT, que é a expressão sindical da independência dos trabalhadores.Esse entediante beabá sociológico serve para demonstrar que Marilena Chauí, para quem reconhece que a sociedade brasileira está dividida em classes, tem razão ao afirmar que o PT foi o principal criador da democracia no Brasil.

***

O elemento fundamental da crise política, pois, é o destino do PT, que se imbrica com o futuro da democracia no Brasil. Essas figuras lamentáveis – Roberto Jefferson, José Dirceu, Janene, Genu, Severino Cavalcanti et caterva são poeira na história. (O meu personagem predileto, na semana passada, foi Sebastião Buani, que pagava o mensalinho ao presidente da Câmara: em cinco minutos ele rezou, pediu dinheiro a empresários, exibiu o decote de sua mulher e reconheceu que era um criminoso, um corruptor.)

A crise fez explodir, e trouxe para o centro da arena política, as contradições do PT com a sua própria história. De há muito, a direção do partido vinha solapando a sua própria independência política. Aos trancos e barrancos, com métodos burocráticos, a direção impôs sua linha, promoveu a aliança com os partidos da direita, rendeu-se ao marquetismo e chegou ao poder. Ela argumentava, no fundo, que era preciso fazer concessões, adiar a melhoria das condições de vida dos trabalhadores, para não criar uma crise, tornar o país ingovernável. Reprimiu e expulsou os “radicais” do partido, aceitou os ditames dos financistas, pagou a dívida tostão por tostão. A direção do partido fez com que o PT se tornasse respeitável. Angariou aplausos do FMI, de Bush, dos banqueiros, de Delfim Neto. E obteve justamente aquilo que dizia esconjurar: crise e desgoverno.

Em matéria de fracasso, difícil imaginar um mais completo e profundo.


3. Minha amiga Luciana Macedo tem um blog cultural muito interessante. E, sem pedir licença a ela, estou usando agora o famoso Ctr C, Ctr V. Trata-se de uma crônica do Luis Fernando Veríssimo, dando conta da morte da Velhinha de Taubaté. Talvez a moçada não saiba quem era ela, mas quem já era maduro na época do governo do general Figueiredo, com certeza deliciou-se com as histórias dela, a mulher mais crédula da história brasileira. Pois bem... ela faleceu... e aí está, copiado do Blog Canastra da Emília (link ai ao lado, nos favoritos), a crônica final:

A morte desta personagem do Veríssimo representa muito... Era a última que acreditava no governo... Morreu de desgosto...

Velhinha de Taubaté (1915-2005)
(Crônica de Luiz Fernando Veríssimo)

"Morreu no último dia 19, aos 90 anos de idade, de causa ignorada, a paulista conhecida como "a Velhinha de Taubaté", que se tornou uma celebridade nacional há alguns anos por ser a última pessoa no Brasil que ainda acreditava no governo.

O fenômeno, que veio a público durante o governo Figueiredo, o último do ciclo dos generais, levou multidões a Taubaté e transformou a Velhinha numa das maiores atrações turísticas do estado.

Além de estandes de tiro ao alvo e de venda de estatuetas da Velhinha e de uma roda-gigante, ergueram-se tendas para vender caldo de cana e pamonha em volta da pequena casa de madeira onde a Velhinha morava sozinha com seu gato, e não era raro a própria Velhinha sair de casa e oferecer seus bolinhos de polvilho a curiosos que chegavam em ônibus de excursão para serem fotografados com ela e pedirem seu autógrafo.

A Velhinha sempre acompanhou a política e acreditou em todos os governos desde o de Getúlio Vargas, inclusive em todos os colaboradores dos governos militares, "até", como costumavam dizer muitos na época, com espanto, "no Delfim Netto!"

O presidente Sarney telefonava freqüentemente para Taubaté para saber se a Velhinha, pelo menos, ainda acreditava nele, e Collor foi visitá-la mais de uma vez para pedir que ela não o deixasse só.

As circunstâncias da morte da Velhinha de Taubaté ainda não estão esclarecidas. Sua sobrinha Suzette, que tem uma agência de acompanhantes de congressistas em Brasília embora a Velhinha acreditasse que ela fazia trabalho social com religiosas, informou que a Velhinha já tivera um pequeno acidente vascular ao saber da compra de votos para a reeleição do Fernando Henrique Cardoso, em quem ela acreditava muito, mas ficara satisfeita com as explicações e se recuperara.

Segundo Suzette, ela estava acompanhando as CPIs, comentara a sinceridade e o espírito público de todos os componentes das comissões, nenhum dos quais estava fazendo política, e de todos os depoentes, e acreditava que como todos estavam dizendo a verdade a crise acabaria logo, mas ultimamente começara a dar sinais de desânimo e, para grande surpresa da sobrinha, descrença.

A Velhinha acreditara em Lula desde o começo e até rebatizara o seu gato, que agora se chamava Zé. Acreditava principalmente no Palocci. Ela morreu na frente da televisão, talvez com o choque de alguma notícia. Mas a polícia mandou os restos do chá que a Velhinha estava tomando com bolinhos de polvilho para exame de laboratório. Pode ter sido suicídio. O ambiente no parque de diversão em torno da casa da Velhinha de Taubaté é de grande consternação."

4.Vale a pena ler, no Blog Tamos com Raiva, a carta que Antônio Carlos Poerner escreveu para Fausto Wolff. É uma longa carta, em que ele fala de coisas muito interessantes dos últimos anos da história brasileira, para tentar entender todo esse qüiproquó que estamos vivendo atualmente. Não deixem de olhar lá: http://www.tamoscomraiva.blogger.com.br/#

5. Brasil império – Período das Regências. No sul explode uma revolta, a maior daquela época, que ficou conhecida como Guerra dos Farrapos, ou a Farroupilha, que já foi até tema de minisséries globais. Há exatos 170 anos tinha início esse movimento, analisado pelo historiador Mário Maestri, na revista NovaE.

Farroupilha: A Revolução dos Fazendeiros
Mário Maestri

A Guerra Farroupilha [1835-45] foi um entre os muitos movimentos liberais provinciais contra o centralismo do Império e, a seguir, as tímidas concessões regenciais. A crise que abalava o Brasil era alimentada pelas dificuldades da economia escravista. Movimentos como a Balaiada e a Cabanagem radicalizaram-se com a participação das classes subalternizadas, levando os liberais regionais a abandonarem a luta.

O movimento farrapo interpretou as reivindicações dos criadores do meridião do RS. Sua longevidade deveu-se também à capacidade dos seus chefes de manterem as classes infames na sujeição. A revolta não galvanizou todo o RS. Os comerciantes, a população urbana, os colonos alemães mantiveram-se neutros ou optaram pelo Império, pois o programa farroupilha opunha-se aos seus interesses. Charqueadores e comerciantes escravistas temiam que a separação comprometesse o tráfico negreiro.

Essas defecções facilitaram a perda das grandes cidades e do litoral. Porto Alegre sublevou-se e resistiu aos farroupilhas, recebendo do Império o título de “Mui leal e valorosa”. Em 1835, os farroupilhas dominavam a província. Em 1845, apenas as bordas da fronteira.

Propõe-se caráter progressista ao movimento porque parte das suas tropas era formada por peões, nativos e ex-cativos. Os gaúchos eram em geral descendentes de nativos que haviam perdido as terras comunitárias para os criadores. Eles acompanhavam os caudilhos nos combates como o faziam nas lides campeiras. O gaúcho buscava na guerra churrasco, saque e soldo. A política era monopólio dos proprietários.

Era antigo direito do homem livre substituir-se por, em geral, um liberto, quando arrolado. Os libertos eram obrigados a combater nas tropas farroupilhas; preferiam a guerra à escravidão; criam na promessa da liberdade. Os chefes farroupilhas reforçavam as tropas com cativos comprados.

Não houve democracia racial farroupilha. Negros e brancos marchavam, acampavam e morriam separados. Eram brancos os oficiais dos soldados negros. Em suas Memórias, Garibaldi lembrava: “[...] todos negros, exceto os oficiais [...].” Para a Constituição republicana eram cidadãos apenas os “homens livres”.
A República apoiava-se no latifúndio e na escravatura. Os chefes farroupilhas jamais prometeram terras aos gaúchos e liberdade aos cativos, como Artigas. Eles dependiam dos cativos para explorar as fazendas. Terra e liberdade eram conquistas que deviam nascer das reivindicações das então frágeis classes sociais.
Não foi por democratismo que os farroupilhas exigiram do Império respeito à liberdade dos soldados negros. Eles receavam que se formasse guerrilha negra e que os ex-cativos se homiziassem no Uruguai. O Império não aceitava que negros gozassem da liberdade por combaterem a monarquia.

A solução encontrada foi o massacre do serro de Porongos, quando o general David Canabarro, chefe militar republicano, em conluio com o barão de Caxias, entregou os soldados negros aos inimigos, no mais vil fato de armas da história militar do Brasil. Carta do barão elucidou as razões da falsa surpresa militar.
Caxias ordenou ao coronel Francisco de Abreu que não temesse surpreender os rebeldes. A infantaria farrapa estaria desarmada, devido à “ordem de um ministro e do General-em-Chefe”. Ele esperava que o "negócio secreto" levasse em “poucos dias ao fim da revolta” e solucionasse o caso dos soldados negros.

Caxias ordenava: "[...] poupe o sangue brasileiro quando puder, particularmente de gente branca da província ou índios, [...] esta pobre gente ainda nos pode ser útil no futuro." Preparava já a intervenção no Prata, na qual os ex-farrapos marcharam com o Império, em defesa das suas fazendas no Uruguai.

Na madrugada de 14 de novembro de 1844, as tropas imperiais caíram sobre os 1.200 soldados farroupilhas. Cem combatentes foram mortos e 333 presos. Eram sobretudo negros.

A infâmia abriu as portas à rendição acertada em Ponche Verde. O Império pagaria as contas republicanas e manteria os postos dos oficiais. Os rebeldes aceitariam a anistia e entregariam os soldados negros restantes.
Em novembro de 1844, 220 lanceiros, aprisionados em Porongos e no Arroio Grande, foram remetidos ao Rio de Janeiro. Em início de 1845, 120 soldados negros foram entregues aos imperiais. Na Corte, em 1848, eles trabalhavam como cativos no Arsenal e na fazenda de Santa Cruz, como assinala Moacyr Flores em Negros na Revolução Farroupilha [Porto Alegre: EST, 2004]

Neste 20 de setembro, merece celebração sobretudo a vontade libertária dos milhares de cativos que aproveitaram o confronto senhorial para aquilombar-se e fugir sobretudo para o Uruguai, seguindo a sábia lembrança de que, se “deus é grande, o mato é maior!”
Mário Maestri, 57, historiador, é professor do PPGH da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net


Internacional

1. Ainda o furacão Katrina e seus efeitos. Um depoimento muito contundente pode ser lido em http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=756


Livros e revistas

1. A Revista de História chega ao terceiro número, com nova diagramação e novo visual. Traz uma entrevista com o historiador Daniel Aarão Reis Filho e artigos sobre Lampião, os cangaceiros no cinema, O ruidoso nascimento do Brasil, Hercule Florence, o pioneiro da fotografia, a ciência e os criminosos no final do século XIX, a Revolta da Cachaça, O I Congresso Afro-brasileiro de 1934, a morte de Goulart, Fora de enfoque: os parâmetros curriculares não levam em conta a realidade dos professores e D. Pedro II, o imperador poeta.

2. Devoção e arte – Imaginária religiosa em Minas Gerais. Organizado por Beatriz Coelho e publicado pela Edusp, 294 p. R$ 130,00.

3. A Geografia do crime – violência nas Minas setecentistas, de Carla Maria Junho Anastásia, ed. UFMG, 173 p. R$ 43.00

4. A Hidra e os Pântanos: mocambos, quilombos e comunidades de fugitivos no Brasil (séculos XVII-XIX), de Flávio dos Santos Gomes. Ed. UNESP, 464 p. R$ 58,00.

5. Revista Historia Viva, número 23. Traz um dossiê sobre Bizâncio, biografia de Danton, e artigos: a) Petroleo, causa (inconfessada) de guerra, b) Os enigmáticos faraós negros, c) Primeira Guerra fez naufragar os grandes impérios, d) Revolta Farroupilha, e) Imaginário e realidade no retrato dos bandeirantes, f) Cinema e cangaço na terra do sol.

6. Pedro Paulo Funari & Aline Vieira de Carvalho. Palmares, ontem e hoje. Zahar, 2005. www.zahar.com.br

7. Os autores-organizadores e a Editora Saraiva anunciam o lançamento do livro:
Relações Brasil-Estados Unidos: assimetrias e convergências
organizado por Paulo Roberto de Almeida, doutor em ciências sociais e ministro-conselheiro na Embaixada do Brasil em Washington (1999-2003) e por Rubens Antônio Barbosa, embaixador do Brasil em Washington (1999 a 2004), com a participação, como colaboradores, dos referidos diplomatas e de eminentes especialistas acadêmicos e atores públicos e privados das relações bilaterais (Lincoln Gordon, John DeWitt, Eliana Cardoso, Jeffrey Schott, Thomas Guedes da Costa, Peter Hakim, Thomas Skidmore, Eduardo Viola, Joseph Love, Marcelo de Paiva Abreu e Paolo Giordano).
O livro analisa, histórica e tematicamente, o conjunto das relações bilaterais (diplomáticas, econômicas, comerciais e de segurança) entre o Brasil e os Estados Unidos, com destaque para a agenda de negociações em torno de uma área hemisférica de livre comércio.
Maiores informações sobre o livro: www.saraivauni.com.br. Sumário do livro no link:
http://www.pralmeida.org/01Livros/2FramesBooks/65RelBrEUA.htm

8. Já disponível o número triplo da revista Trapézio, do Centro de Estudos Brasileiros da UNICAMP, que contém “Notas sobre Octavio Ianni” , de Walquiria Leão Rego e “7 Teses sobre o Brasil Moderno”, de Octávio Ianni. Informações pelo email pub_ifch@unicamp.br

9. Lançado o numero 24 da revista semestral “Cadernos Pagu”, do Núcleo de Estudos de Gênero – Pagu, da UNICAMP. Para adquirir a revista, acessar www.unicamp.br/pagu/assinatura/html . Demais informações pelo email cadpagu@unicamp.br



Sites interessantes

1. O CRUZEIRO E A MORTE DE JOÃO PESSOA
Desde quinta, dia 15, tem uma nova revista O Cruzeiro no ar. A edição é de 1930 e reporta o assassinato de João Pessoa.
Nesta semana, tem o segundo número de O Malho e, no dia 29, o de A Careta.
O Cruzeiro On line: www.memoriaviva.com.br/ocruzeiro

2. Para quem gosta de Medieval, um artigo interessante, porém bem básico, sobre a Inquisição pode ser encontrado no site do Historianet: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=759

3. E para os amantes do Renascimento, o Historianet oferece um artigo, bem ilustrado: http://www.historianet.com.br/conteudo/default.aspx?codigo=191

4. Revista da USPComo se autodefine em seu editorial, a Revista da USP, criada em 1988, é um canal de comunicação entre a produção acadêmica e a sociedade. No site da publicação, você pode fazer uma busca por títulos ou autores e encomendar edições já publicadas.

Dissertações e teses

1. O sangue, a palavra e a lei: faces da ilegitimidade na Vila de Sabará (1713-1770). Tese defendida por Ana Luiza de Castro Pereira, na UFMG, analisa a forma como estavam inseridos, no cotidiano mineiro, os filhos ilegítimos.
2. Fazendo a guerra, vendendo bananas: EUA e Brasil na política de boa vizinhança. A tese de Virginia Melo, da UNB, reflete sobre a imagem do Brasil ante os discursos validados na construção da idéia de nação enquanto conceito moderno no contexto social da política de boa vizinhança.