Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

13.9.06

Número 057




EDITORIAL

7 de setembro, 11 de setembro. Duas datas interessantes, muito próximas, com significados bem distintos. Para comemorá-los (comemorar = trazer de volta à memória), coloquei, neste editorial, um artigo do Marcos Sá Correa, sobre uma faceta meio que desconhecida do José Bonifácio de Andrada e Silva. E uma série de artigos do Le Monde Diplomatique, sobre o 11 de setembro e suas repercussões.

1. Marcos Sá Correa, no dia da pátria, recordou uma figura, dando-lhe uma outra concepção. Na verdade, José Bonifácio, conhecido nos livros didáticos como “patriarca da independência”, teve uma atuação científica muito pouco estudada e, portanto, quase totalmente desconhecida aqui no Brasil. O artigo foi publicado no jornal Estado de São Paulo e no blog do http://www.nominimo.com.br/

Cadê o patriarca do ambientalismo?

Sete de Setembro, nesta coluna, é o Dia do Patriarca. Ele não figura nos palanques oficiais. E ultimamente o clima no Brasil não é mesmo de festa cívica. Mas não custa lembrar que este país já teve pelo menos um político do tamanho de José Bonifácio de Andrada e Silva. Com ele, a conservação da natureza passou muito perto das orelhas dos dois imperadores, na fundação do Estado nacional. E não pegou. Deve ser por isso, em respeito à tradição, as autoridades não falam mais disso.

José Bonifácio já retratado como pioneiro de nosso fracasso ambiental pelo historiador José Augusto Pádua. E, há 28 anos, teve sua “Memória sobre a Pesca das Baleias e Extração do seu Azeite, com algumas reflexões a respeito de nossas pescarias” relançada numa edição que nem chegou às livrarias. É o texto de 1790 onde ele critica a fórmula de extermínio vigente das armações brasileiras, com a “prática perniciosa de matarem os baleotes de mama para assim arpoarem as mães com mais facilidade”. Atribuiu-lhes “tanto amor aos seus filhinhos” que, para não largá-los, elas entregam “igualmente a vida na ponta dos farpões”. Reconheceu que, pelos resultados, o método parecia “excelente”. Mas, “olhado de perto”, ao trocar duas gerações por uma presa, acabaria levando esse comércio “à ruina total”.

Professor e apóstolo

Inédito, portanto, o naturalista José Bonifácio não é. Mas os compêndios escolares afogaram sua biografia na ressaca da Independência, como se ele tivesse nascido aos 55 anos, aflorando de repente na junta de governo que arrebanhava deputados em São Paulo para discutir em Lisboa a transição do absolutismo português para a monarquia constitucional. José Bonifácio, na ocasião, acabava de voltar ao Brasil, depois de passar a maior parte da vida adulta na Europa.

Ele saíra de Santos, aos vinte anos, para estudar numa Coimbra que o governo de Pombal tinha virado pelo avesso, convertendo o decrépito centro de gargarejo escolástico numa universidade com laboratório, arboreto e salas de dissecação, onde se aprendia química, física, medicina e botânica. Na Escola Real de Minas, Geologia, Agricultura e Ciências Florestais, José Bonifácio pegou carona na reforma educacional de Domenico Vandelli, trazido da universidade de Pádua para ensinar que o atalho mais curto para o sucesso econômico não era queimar recursos naturais a torto e direito. Vandelli foi um autêntico animador cultural que, sem cruzar o Atlântico, desancava os estragos da colonização portuguesa no Brasil. Disse que ela avançava a ferro e fogo pelo território “despovoado e inculto”, destruindo “antiquíssimos bosques” e, com eles, árvores “desconhecidas dos botânicos”, presumivelmente “de muita utilidade”.

José Bonifácio virou seu apóstolo. Trouxe para o Brasil três décadas depois um currículo suntuoso, que se materializou em Portugal como reflorestamentos que ficaram de pé. Freqüentou os maiores centros de pesquisa numa Europa em plena ebulição científica. Pela intimidade com as ciências naturais, tinha mais lastro acadêmico que o advogado, fazendeiro, arquiteto, violinista e horticultor Thomas Jefferson, que assumira a presidência dos Estados Unidos na virada do século 19. No ocaso político, de sua casa na ilha de Paquetá, mais ou menos degredado nos cafundós da baía de Guanabara, ele ainda trocava cartas com Alexander von Humboldt, tentando convencê-lo a incluir o Brasil no programa de exploração que redescobriu a América. No resto do mundo, ele estava à frente de seu tempo. Aqui, talvez esteja até hoje.

Tinha planos para todos os gostos. Abolir a escravidão logo na Independência, para livrar as florestas do machado que os braços escravos empurravam sem parar pela mata adentro. “Se os senhores de engenho não tivessem uma multidão demasiada de escravos”, argumentava, “eles mesmos aproveitariam terras já abertas e livres de matos, que hoje jazem abandonadas como maninhas”. Quis revogar em 1823 as doações de terras por sesmarias, que estimulavam a agricultura predatória. Previu muita coisa. Por exemplo, que os desvios artificiais levariam os rios de São Paulo a inundar a cidade. Errou outras, como declarar “guerra contínua às formigas” e sugerir a introdução de camelos no semiárido nordestino ou de lhamas no planalto gaúcho. O país enterrou tudo junto no panteão das oportunidades perdidas.
Este artigo foi publicado originalmente em "Estado de S.Paulo"



2. ESPECIAL: Dossiê 11 de SetembroCinco anos após os atentados, a globalização parece tomar outros rumos. Na edição de setembro do Le Monde Diplomatique, dossiê com um ensaio especial de Ignacio Ramonet sobre o novo estado do mundo. Outros nove textos debatem o ataque às liberdades, prisões secretas da CIA, Líbano, Israel, Talibã, Somália, Neoconservadores e Internet. Além disso, artigos sobre crise social na África do Sul, poder popular na Venezuela, aproximação Índia-EUA, Guatemala e direitos dos animais. http://diplo.uol.com.br/2006-09,a1393

FALAM AMIGOS E AMIGAS

Ana Claudia Vargas, de São Paulo, recomenda um site. Já conferi, é muito interessante!

Este site disponibiliza as primeiras páginas dos jornais do dia, do Brasil e do mundo. Tem jornais de Piracicaba, Taubaté e dezenas de outras cidades.Cada bolinha laranja nos mapas dos continentes corresponde a um jornal de cidades daquele estado ou País. Todo dia tem a 1.a página de cada jornal.
Ao posicionar sobre a bolinha desejada, ao lado, aparece a 1 página do jornal escolhido e CLICANDO sobre a bolinha, você tem a pagina em tamanho maior, para facilitar a visualização. É possível ainda abrir o arquivo em pdf para leitura completa da 1.a página e até salvar em seu computador, caso interesse.
Uma viagem ao mundo inteiro pela primeira pagina dos jornais. http://www.newseum.org/todaysfrontpages/flash/


BRASIL

1. Marilena Chauí é bastante conhecida, dispensa apresentações. Nesta entrevista (melhor, parte de uma entrevista, concedida à revista Fórum) ela aborda questões relevantes da política brasileira, fala sobre o PT e o grupo do Palocci e do Zé Dirceu, que se recusaram a fazer uma devassa no governo FHC, fala sobre as origens do PSDB e revela o caráter elitista dos criadores desse partido, que só não entraram para o PT porque se recusavam a ter uma liderança metalúrgica... E otras cositas más... Leiam e comprem a revista para ler toda a entrevista!

É preciso democratizar o Estado

Segundo Marilena Chauí, estrutura criada pela classe dominante é autoritária e não corresponde aos anseios da sociedade brasileira
Por Renato Rovai e Glauco Faria

Conversando com a filósofa Marilena Chauí percebe-se algo que já é evidente em suas obras: não se trata de uma intelectual qualquer. Fala de fato aquilo que pensa e não tem medo de assumir posições difíceis quando o momento é adverso. Foi assim recentemente quando, em meio à crise vivida pelo governo Lula, virou “saco de pancadas” de muitos, principalmente da mídia conservadora que chegou a aventar um dito ”silêncio” irreal.Mas isso não a abalou. Continua na esquerda, no PT e acredita na refundação do partido que ajudou a construir. Repudia o acordo feito com o PSDB que evitou uma devassa no governo FHC e prega, como tarefa urgente para o país, a reforma política para a “democratização do Estado brasileiro, que tem uma forma completamente oligárquica e autoritária”. Na entrevista a seguir, a filósofa fala sobre estrutura partidária, direita e esquerda e o que se pode esperar de um eventual segundo governo de Lula.

Fórum - Levando em consideração que estamos em meio ao processo eleitoral, a senhora pode iniciar esta entrevista fazendo uma reflexão a respeito da reforma política?

Marilena Chauí - A reforma política é questão prioritária, e digo isso porque aconteceram dois momentos decisivos na história brasileira que transformaram a forma das instituições políticas brasileiras e fizeram-na a ser como são hoje. O primeiro instante abordei em Leituras da Crise, livro da Editora Perseu Abramo. Trata-se da reforma realizada por Geisel e Golbery. Naquele momento, se faz um arranjo político de maneira a garantir mais poderes à Arena em relação ao MDB. E o resultado incide particularmente no problema da representação. Por conta disso, a forma da representação no Brasil ainda hoje está toda determinada por uma visão de poder do final da ditadura.Mesmo com o processo de democratização do país, não se tocou naquilo que, do ponto de vista da operação da política, foi a chave do poder ditatorial. Então, quando me refiro à necessidade da reforma política, o primeiro alvo é desmontar a estrutura partidária montada pelo general Golbery do Couto e Silva.
O segundo instante é o que acontece com o Estado brasileiro durante o governo Fernando Henrique, que, entre outras metas, teve as de desconstruir, desinstitucionalizar e desconstitucionalizar o país pela demolição do aparelho estatal. Aí temos um campo minado. Como é que se vai efetivamente governar, legislar, representar e operar a presença do Estado na área social e na definição do perfil econômico do país se, por conta da forma como se estrutura a representação, o governante não pode contar com base legislativa? A noção do voto proporcional, a aritimetização da representação, a falsa proporcionalidade e a desconsideração dos mecanismos efetivos dessa representação tornam impossível um partido político que ganhe no Executivo governar o país. E os governantes convivem em escala menor com esse problema no plano do estado e no plano municipal. O resultado disso é a falsa aliança, na medida em que, para que ela existisse efetivamente, seria necessário definir um projeto político e um programa de governo que representasse efetivamente as posições sociais, econômicas e políticas dos aliados. E isso não tem acontecido no Brasil. Nem mesmo na aliança do PFL com o PSDB ou na do PT com o PL, que foi uma brincadeira. Isso significa que o atual modelo também compromete o partido como instituição, porque ele não consegue exprimir-se em termos nacionais e não tem condições de realizar no governo a expressão do seu projeto político-partidário. Isso é uma catástrofe e vale para todos os partidos.


Fórum - Mas a crise de 2005 teve como ponto central a questão da corrupção, a senhora então parece apontar que isso está relacionado à forma de organização política do país?

Marilena - Não se pode fazer do combate à corrupção um combate moral. É verdade que têm aqueles que não se deixam corromper, mas a verdadeira corrupção se dá por conta da forma como está estruturada a instituição, que produz como ação possível dela a corrupção. Então, quando penso a reforma política, tenho que tratar da mudança da representação e da reforma partidária, do modo de expressão do Legislativo e do Judiciário, da relação entre cada partido e a aliança que ele realiza e sua expressão nos projetos e programas sociais. Isto tudo implica também uma mudança no nível do aparelho estatal. É bem verdade que o governo Lula recompôs muito do aparelho estatal, mas há ainda outro problema para além da decomposição a que foi submetido no governo FHC. Na medida em que o Estado brasileiro foi montado pela classe dominante brasileira, ele é regulado juridicamente por um conjunto de leis, pareceres, resoluções, decretos e portarias que a concepção que essa classe tem da política, do Estado e do que deve ser um governo. Há uma muralha jurídica que impede um partido de esquerda realizar metade de suas propostas.Quando estávamos na prefeitura [Marilena Chauí foi secretária de Cultura no governo de Luiza Erundina em São Paulo], cada proposta que vinha de uma das secretarias ou da prefeita e que tinham relação com a questão social encontrava uma barreira no setor jurídico que explica por que, do ponto de vista da lei, não se podia realizar aquilo. Então, a primeira resposta que se tem do ponto de vista jurídico é sempre um “não pode”. E vai desde o “não pode” de uma gravidade imensa até o “não pode” folclórico. Não pode uma atividade cultural com os deficientes mentais, porque isso é uma coisa para a Secretaria de Saúde. E a Secretaria de Saúde não pode fazer oficinas com os deficientes mentais porque isso é uma coisa da Secretaria de Cultura. Além dessa coisa ridícula, deste “não pode” ridículo, há o não pode para valer. Não pode mexer na iluminação da cidade, na rede de esgoto, não pode intervir no plano diretor, não pode fazer a tarifa zero... E assim vai, ou seja, não há como realizar um projeto de esquerda. Um programa de governo de esquerda é minado, destruído cotidianamente pela estrutura do Estado.Sendo assim, reforma política também tem que ter em mente a democratização do Estado brasileiro que tem uma forma completamente oligárquica e autoritária. Não basta o conjunto de propostas que a Constituição tem, fruto do trabalho dos movimentos populares, é preciso vontade política e um poder político capaz de desenvolver a democratização do Estado.

Fórum - O presidente Lula no início do seu mandato não optou por um certo “bom-mocismo” na relação com o status quo? Será que ele não pode repetir esse caminho caso seja reeleito?

Marilena - Infelizmente ele optou pela transição. E eu fui contra isso. Achei um absurdo aquela coisa de bolo de noiva [nome do local onde se instalou a equipe de transição do governo Lula]. Muitas vezes, escrevi sobre o risco de pensar o início do governo como uma transição. Não se podia fazer com a política neoliberal do FHC uma transição, teria que ter havido uma ruptura. O que você chama de ”bom-mocismo” foi efetivamente não mexer na política econômica que estava implantada e não fazer aquilo que, ao meu entender, teria sido indispensável e que teria evitado o que aconteceu no ano de 2005. Deveria ter sido feita uma devassa naquele governo. Não se fez a devassa, não se propôs a ruptura com o poder econômico e se aceitou como forma de iniciar o percurso a transição.

Fórum - A senhora tentou argumentar contra isso, conversar com outros acadêmicos, com gente do PT a respeito de suas posições contra esse modelo de transição?

Marilena - Fizemos reuniões de intelectuais com o Paulo Vanuchi, fizemos uma primeira reunião lá no Banco do Brasil, com o Lula, Palocci, todos. E houve uma longuíssima arenga do Palocci, do Zé Dirceu etc., explicando porque seria daquele jeito. Um grupo, do qual faziam parte o Chico de Oliveira e o Fabio Konder Comparato, disse então “tchau e bênção”. Outro grupo se mortificou, comeu as unhas e foi para casa. E alguns, como eu, ficaram lá para ser saco de pancadas do país. Para poder justificar ao país o injustificável, viramos saco de pancadas. Mas à época, pensava o seguinte: é por um desejo infantilmente esquerdista que não quero que seja assim. Preciso ser racional, realista, e entender os limites que a realidade impõe ao nosso desejo...

Fórum - O argumento a favor do caminho de uma transição era convincente?

Marilena - Sim, era uma coisinha depois da outra. Tudo o que eles explicavam tinha uma certa lógica, um caminho. Houve momentos em que havia até cronograma. Coisas como, no mês tal será assim, no outro assado e nós ficamos completamente convencidos de que o cronograma tinha sentido (risos). A sorte do Lula é que ele tinha um outro conjunto de ministros e de quadros no setor social fazendo, dentro dos limites que a estrutura estatal permite, uma mudança profunda.

Fórum - Dentro desse contexto, como a senhora explica o PSDB? Qual a seu ver é o projeto político-partidário deles?

Marilena - É preciso levar em conta que o PSDB nasce contra o quercismo. Sai de dentro do PMDB contra o Quércia e com um discurso moralista, mas, na prática, a saída teve a ver com o fato de o grupo que o organizou ter perdido poder no PMDB. Ou seja, o Quércia tinha ganho a parada e esse grupo resolveu sair. A saída também precisa ser entendida a partir da mesma lógica da não-entrada desse grupo no PT. Por que esse grupo não entrou no PT? Ouvi deles que não iam entrar porque não aceitavam ser conduzidos por um macacão azul. É literal. Diziam “não vamos ser conduzidos por um macacão azul”. A criação do PSDB se dá por falta de alternativa. E por que decidem se assumir como social-democratas? Também é preciso levar em conta o que tinha acontecido com a social-democracia que os levou a se denominar assim. A social-democracia era o new labor e a Terceira Via, portanto um compromisso claro com a política neoliberal. A aliança que se deu com o PFL, embora deva ser explicada a partir de todos os defeitos que é o horror da nossa estrutura partidária e a forma da representação que temos, não é gratuita. Foi a escolha de um aliado que não tem programa. O programa do PFL é manter as coisas como estão para ver como é que fica, ele tem como meta a manutenção do poder que vem desde o período colonial. Por isso, insisto, essa aliança não foi casual. Foi a aliança da ausência de programa e projeto de um grupo que tinha por objetivo a permanência de certas formas de poder econômico e político, com o programa da Terceira Via, que é perfeitamente compatível com a hegemonia neoliberal e com a perspectiva oligárquica do PFL.

Fórum - E o Fernando Henrique foi o grande intelectual desse processo?

Marilena - Sem dúvida. Ele é uma inteligência fervorante. Em 1981, estava escrevendo Democracia e Socialismo e fui estudar um pouco o que se dizia do Brasil e, particularmente, o que os sociólogos diziam. E a diferença entre os escritos dele e os dos outros me deixou impressionada. Era de uma inteligência extraordinária. Ele é a alma dessa concepção, não tenho a menor dúvida. Por um lado, o que estava na cabeça dele era dar a si próprio um destino. Para ser rei, ele teria que se dar um destino. Mas também, além de assegurar a si um destino, tinha por objetivo realizar aquilo que todos os escritos dele, como sociólogo, sugeriam. E uma coisa nuclear nos escritos dele é a idéia de modernidade. E o que é a modernização nessa concepção? É fazer o país se equiparar aos países do capitalismo desenvolvido. Se estivermos up to date com o que os países de capitalismo central estão realizando, então estamos realizando algo moderno. Ora, o que eles realizavam era o neoliberalismo, mas com viés da Terceira Via.A busca dessa modernidade definiu a política do PSDB. Ou seja, não é verdade o “esqueçam o que eu escrevi”. Um dos pólos fundamentais da escrita sociológica do Fernando Henrique é a paixão pela modernidade, que o leva, no momento em que vai fazer política, a realizá-la com aquilo que era entendido naquele momento como modernizador.O segundo elemento, se você toma a tese sobre os escravos, todos os textos sobre a teoria da dependência, ele explica o Brasil a partir de um critério. Esse critério é Estado, o capital nacional e o capital internacional. Ou seja, a análise exclui a classe trabalhadora. Não tem classe trabalhadora. O trabalhador não é sujeito histórico, não é sujeito político. É o que aparece na tese de doutorado dele sobre os escravos, tidos como instrumentos passivos da vontade do senhor. As revoltas, as rebeliões, as formas de compromisso que assumem com os senhores, todo o trabalho dos escravos para se constituir em um novo sujeito foi ignorado.

Fórum - Mas com toda essa trajetória do Fernando Henrique e do próprio PSDB, por que o PT cogitou uma aliança com os tucanos para as eleições de 1994?

Marilena - Essa aproximação quase ocorreu várias vezes. E está programada uma nova aproximação. Ouvi dizer que vai haver tentativas nesse sentido.
(Esse texto poder ser reproduzido desde que citada a fonte)
(A íntegra desta entrevista está na edição comemorativa de cinco anos da revista Fórum, já nas bancas)

2. O que vale mais: uma suíça seqüestrada ou setenta mil brasileiras que se prostituem no exterior? Ligia Martins de Almeida mostra as razões da mídia.

Mulheres sem destaque na mídia
Por Ligia Martins de Almeida em 12/9/2006

Setenta mil brasileiras trabalham como prostitutas no exterior. (Informação apresentada nos noticiários de TV).

Quase a metade de todos os imigrantes internacionais é, atualmente, de mulheres, mas suas necessidades continuam sendo ignoradas, segundo um relatório apresentado em Londres pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). Do total de imigrantes internacionais, 49,6% – 95 milhões – são mulheres que abandonam seus países para se casar, se unir a suas famílias ou trabalhar. A cada ano, entre 600 mil e 800 mil mulheres, homens e crianças são vítimas das redes de tráfico de pessoas e, deles, 80% são mulheres e meninas. Segundo o relatório, que indica que o tráfico de pessoas é o terceiro comércio ilegal mais lucrativo que existe – após o contrabando de drogas e o de armas – essas mulheres são normalmente usadas na exploração sexual, obrigadas a fazer tarefas domésticas ou empregadas em trabalho abusivo em fábricas. Muitas delas morrem devido a essa “servidão”, em conseqüência da violência ou por contraírem doenças, como a aids. (Notícia apresentada pelos jornais de 6/9/2006)

Jovem suíça seqüestrada foge do cativeiro 10 anos depois. (Matéria de página inteira no Estado de S.Paulo de 10/9/2006).

Essas notícias têm em comum o fato de falarem de mulheres e da miséria humana. Mas o que justifica a diferença de espaço destinado a cada uma delas? Por que 70 mil mulheres – brasileiras – valem apenas um rápido registro e a jovem da Suíça vira quase um tratado psicossociológico?
O destaque dado à moça seqüestrada talvez se deva ao fato de que se trata de um crime de Primeiro Mundo. Ou porque a moça já virou celebridade. Ou simplesmente porque a história teve um final feliz. Tão feliz que, além de o seqüestrador ter optado pelo suicídio, a moça, ao que tudo indica, vai transformar sua tragédia em filme, virar estrela e, se não for feliz, certamente entrará para a nem tão seleta lista de celebridades que fascinam a mídia. Além disso, há o componente psicológico e a possibilidade de se tratar de mais um estranho caso de amor.
Afinal, trata-se de uma menina de classe média, loira, bem alimentada, articulada e bonita, que é notícia no primeiríssimo mundo.
Imagem trágica
Já o problema das mulheres que se prostituem, lá fora e aqui dentro, é apenas mais um problema social do Brasil envolvendo pessoas pobres e sem perspectiva de futuro. Discutir esse tipo de assunto é fazer os leitores enfrentarem uma realidade que tentamos esquecer: a de que nosso país não dá perspectivas de futuro aos jovens de classe média, quanto mais às mulheres pobres que nascem, crescem – e se não forem exportadas como prostitutas – vão morrer sem conhecer uma condição de vida que não a da miséria absoluta.
E, como sempre, alguém pode dizer que elas se prostituem por escolha – e não por falta de opção.
Cada vez que um organismo internacional ou uma ONG nacional apresenta estatísticas e discute o problema – na esperança de comover o público e motivar governos a tomar uma atitude –, a imprensa se limita ao registro frio. Os pauteiros de jornal podem alegar que isso não é novidade e que os leitores não se interessam. Os leitores, a acreditar no noticiário, estão mais preocupados em saber como anda a vida de Suzane Richtoffen na cadeia ou onde as socialites estão fazendo suas compras, já que a Daslu (o templo do luxo, segundo a própria mídia) está enfrentando sérios problemas para encher suas araras com grifes importadas.
Diante de notícias tão excitantes como a vida penitenciária de Suzane, o seqüestro no Primeiro Mundo ou os problemas financeiros da Daslu, quem vai se preocupar com as mulheres que forçadas a se prostituir no outro lado do mundo? De vez em quando, quando uma delas é presa ou morre no exterior, a imprensa acorda e dá uma matéria maior. Mas a grande matéria que é esse seqüestro em massa não rende mais que o simples registro. Afinal, não são duas nem três. Setenta mil pessoas é um grupo populacional maior do que o de muitas cidades brasileiras. Mulheres que, além da tragédia pessoal, representam uma verdadeira tragédia para a nossa imagem lá fora. Mas que a mídia insiste em ignorar.

3. Para quem ainda acha que Heloisa Helena é uma boa solução...

Afinal, o que quer essa mulher?
Por Gilson Caroni Filho (do Correio Caros Amigos)

Afinal, o que querem as mulheres? A indagação atribuída ao pai da psicanálise, Sigmund Freud, parece passar por uma atualização perversa quando a deslocamos do contexto em que teria sido formulada originalmente para o nebuloso campo da política brasileira, precisamente quando observamos o que tem dito a candidata á Presidência da República, Heloísa Helena (PSOL-AL) ao tentar produzir sua significação. Por sua prática discursiva, faz todo sentido perguntar: afinal, o que quer essa mulher?

Apresentada como alternativa de esquerda a uma suposta polarização falsa, a senadora se desloca com velocidade espantosa da condição de “fenômeno” para uma caracterização que beira o ridículo. Presta, sem pestanejar, dois desserviços: à luta das mulheres brasileiras por uma inserção ativa no espaço público e à crença de que trariam um aporte diferenciado à esfera política. Sai fortalecido um imaginário que julga ser possível reduzir o gênero feminino a um jogo cego de pulsões.

Quando diz que uma eventual vitória em primeiro turno do presidente Lula poderia trazer conseqüências negativas para a democracia, Heloísa alega que "seria a vitória do parasitismo político, de mensaleiros, sanguessugas e outras formas mais degeneradas de apropriação do aparelho partidário por uma gangue partidária". Nesse ponto, o que a diferencia, em termos argumentativos, de um Bornhausen ou mesmo de um Jair Bolsonaro? Ou será que há lugar para ambos no socialismo figadal da senadora alagoana? Afinal, o que quer essa mulher?

Ao afirmar que se tiver a honra de chegar ao Palácio do Planalto, nem Chávez, nem Bush mandarão no seu governo, para que moinhos a candidata do PSOL leva sua água? Para uma esquerda que pretende manter a política externa como expressão de soberania e integração solidária na América Latina ou para a inserção subalterna pretendida pelos tucanos? Com tanta ambigüidade e dissimulação, cabe novamente a pergunta. Afinal, o que quer essa mulher?
E quando assegura, em sabatina promovida pela Folha de São Paulo, que não dormiu com o " cara"( o ex-senador Luiz Estevão), enfatizando que " não durmo com homem rico e ordinário, eu vomito em cima", que estratégia se pode vislumbrar? Um socialismo escatológico que almeja seduzir a classe média com fantasias bizarras? A luta de classes reposicionada no libidinoso terreno dos fetiches? É dessa forma que sua candidatura cumpre a promessa de ressaltar as virtudes da mulher brasileira?

Na reta final da campanha, a pergunta recorrente parece encontrar uma resposta bem mais simplória do que imaginávamos no início. Afinal, o que quer essa mulher? Simplesmente aparecer. É humano, mas é muito pouco. E para a democracia brasileira, um episódio que deve ser esquecido.

Gilson Caroni Filho é professor de sociologia da Facha (RJ). Colabora com o JB, Observatório da Imprensa e La Insignia

4. Ser professor(a) está ficando cada dia mais difícil... Olhem o que um aluno resolveu aprontar na Universidade de Brasília...

E-mail revela plano para desmoralizar professora na UnB

Um e-mail enviado por engano revelou uma operação para desmoralizar a diretora de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), Lúcia Avelar, durante uma atividade acadêmica. A mensagem foi enviada pelo estudante Gustavo Amora, celebrizado pelo costume de gravar declarações de professores suspeitos de manifestações racistas durante aulas na instituição.

Segundo o jornal O Estado de São Paulo, a idéia foi exposta quando Amora enviou um e-mail para o endereço coletivo do curso em vez de enviar para um estudante, aliado em suas denúncias, que estaria à mesa de um evento definido como "Semana Política". No texto, Amora afirma que aproveitaria a oportunidade para deixar a professora com "cara de trouxa".

"Você já sabe, né: me passa a palavra no primeiro momento, eu destruo com ela, você não me corta em nenhum momento, deixa ela lá com cara de trouxa e depois agradece e passa a palavra para o próximo", diz o texto. Ao perceber o erro, o estudante enviou uma nova mensagem à lista dizendo que tudo não passara de uma brincadeira.

A UnB, que reserva 20% de suas vagas para alunos considerados negros, tem registrado denúncias de supostas declarações racistas por parte de professores. No caso com maior repercussão, uma gravação em que o professor Paulo Kramer utiliza o termo "crioulada" durante uma aula foi entregue às autoridades acadêmicas. Lúcia Avelar, que cumpriu um lugar importante nas investigações a respeito do professor Kramer, foi contra uma condenação rápida. Redação Terra


NOTICIAS

1. SEMINÁRIO - SP - III Seminário de Educação de São Paulo: Dias 15 e 16 de setembro.Teatro Brigadeiro Av. Brigadeiro Luís Antônio, 884, Bela Vista, São PauloVagas limitadas
Informações e inscrições www.aprenderafazer.com.br Tel. (41) 3312-4090.

2. Um sítio arqueológico foi descoberto no traçado onde será construído o trecho sul do Rodoanel, na Serra do Mar, em São Paulo. A arqueóloga Érika González conta que se trata de um achado lítico, da era da pedra lascada, de 2000 a 9500 anos antes de Cristo.
De acordo com o Estado de S.Paulo, Érika é responsável pelo acompanhamento das obras do Rodoanel e também das linhas Amarela e Verde do Metrô.
"Não é só por isso que essa obra promete boas descobertas. O fato de o traçado passar por áreas não habitadas alimenta a expectativa de encontrarmos muita coisa importante por lá", diz a arqueóloga ao jornal.
O aumento do número de obras de expansão, como metrô e Ronoanel, a ocupação de antigos galpões industriais por empreendimentos imobiliários, aliados ao rigor da nova legislação, está fazendo São Paulo viver uma espécie de época de ouro da arqueologia. Só o trecho oeste levou à descoberta de 14 ocorrências no total.
Dos 87 sítios arqueológicos descobertos em São Paulo, relacionados da tese de doutorado do arqueólogo Paulo Zanettini na Universidade de São Paulo, 60% (52) surgiram a partir de 2000.
Redação Terra

3. I Encontro Puc Minas debate Educação
Dia 16 de setembro de 2006

Local: Puc Minas Betim – Rua do Rosário, 1081 – bairro Angola

Inscrições gratuitas até 15/09

4. O MPF, em parceria com a ABOTTC - Associação Brasileira das Operadoras de Trens Turísticos e Culturais e com a Rede Metodista de Educação / Instituto Metodista Granbery, promoverá o evento Memória 2006 - IV Seminário de Museologia, História e Documentação, no Sesc Pousada Juiz de Fora, no período de 05 a 07 de outubro próximo, conforme programação preliminar e ficha de inscrição anexas.
O Seminário será mais um dos eventos comemorativos do aniversário do MPF - 1'0 Anos de Resistência, Sonhos e Realizações.
A programação incluirá palestras, painéis, intercâmbio de experiências e quatro Oficinas Temáticas, a saber:
A - Restauração e Conservação de Fotografias;
B - Organização e Gestão de Museus;
C - Organização e Gestão de Arquivos;
D - Memória e História Oral.
Serão os seguintes os valores das taxas de inscrição:
- R$ 10,00 - estudantes; - R$ 20,00 - outros participantes.
Serão concedidos certificados aos participantes com frequência integral às atividades da programação (excluídas a Noite da Mineiridade e as Visitas Técnicas, que serão opcionais).
O Sesc Pousada de Juiz de Fora será a hospedagem oficial do evento, cobrando as seguintes diárias (pernoite com café da manhã):
- Apartamentos individuais: R$ 49,50; - Apartamentos duplos: R$ 69,00; - Apartamentos triplos: R$ 93,00.
As reservas de hospedagem e o pagamento das diárias deverão ser efetuados por cada participante ou sua entidade, diretamente com o Sesc Pousada JF:
- Tel. (32) 3233-1144 - Ramal 222; - Fax (32) 3233-1005 - Ramais 229 ou 224
- E.mail: http://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=sescmgpj@uai.com.br
As inscrições para o Seminário deverão ser efetuadas junto ao Instituto Metodista Granbery:
- Tel. (32) 2101-1830; - Fax (32) 2101-1803;
- Site: www.granbery.edu.br/memoria2006;
- E.mail: memoria2006@granbery.edu.br

5. As inscrições para o mestrado acadêmico e doutorado em História, Política e Bens Culturais do Programa de Pós-Graduação do CPDOC ocorrerão entre os dias 18 de setembro e 17 de novembro.
Os cursos terão as seguintes áreas de concentração: Cidadania e políticas públicas; História política do Brasil Republicano; Memória, acervos e bens culturais.
O endereço para informações é: http://www.cpdoc.fgv.br/cursos/pos
E-mail: pphpbc@fgv.br

7. As inscrições para o mestrado profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais também acontecem entre os dias 18 de setembro e 17 de novembro.
O objetivo deste curso é qualificar profissionalmente aqueles que, tendo concluído o curso de graduação, atuem ou queiram atuar no planejamento, elaboração, desenvolvimento, gestão, assessoramento, difusão, acompanhamento ou avaliação de atividades e propostas voltadas para bens culturais - como acervos, patrimônio, centros de memória e de cultura, exposições e eventos - ou para projetos sociais - em especial aqueles que tomam a cultura como via privilegiada para o desenvolvimento da cidadania e para a redução da exclusão social.
Para mais informações sobre o curso: http://www.cpdoc.fgv.br/cursos/bensculturais
E-mail: http://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=pphpbc@fgv.br


SITES INTERESSANTES

1. Conheça a Biblioteca Virtual de Educação. Nela você encontra dicas de sites para a pesquisa de 37 temas relacionados à educação, como avaliação, filosofia e movimentos sociais.
http://bve.cibec.inep.gov.br/default.asp

2. O Pasquim, famoso jornal alternativo dos anos 60-70, será digitalizado e poderá ser acessado no site Memória Viva. Vejam o aviso que recebi:
A maior e mais recente novidade diz respeito ao site dedicado a' O PASQUIM. Ele será lançado no próximo dia 25 de setembro. Até lá, você confere uma prévia, com atualização diária, no BLOG DO PASCA.E
sta semana, falamos sobre Henfil, sobre as famosas entrevistas d' O Pasquim (incluindo a da Leila Diniz), sobre o primeiro número do jornal e ainda informamos uma série de links para reportagens recentes feitas pela grande imprensa falando sobre o lançamento do site. BLOG DO PASCA - www.memoriaviva.com.br/opasquim
BLOG MEMÓRIA VIVA
Outra área que vem tendo constantes atualizações é o Blog Memória Viva. Além de ficar por dentro das novidades nas áreas culturais e de preservação histórica, você ainda pode comentar ou mesmo complementar os artigos com mais informações. BLOG MEMÓRIA VIVA - http://www.memoriaviva.com.br/blogmv.htm
JAL E O AMIGO DA ONÇA
No Memória Viva Hoje, o cartunista Jal fala sobre sua carreira e sobre um dos personagens mais famosos dos quadrinhos brasileiros: O Amigo da Onça. MEMÓRIA VIVA HOJE - www.memoriaviva.com.br/hoje.htm

3. Veja as novidades do historianet: http://www.historianet.com.br/
a) Brasil Colônia
Pânico no Rio de Janeiro
Algumas páginas da história nos revelam uma triste herança deixada pelas aventuras francesas comandadas por Nicolau Durand de Villegaignon no século XVI, numa região que ainda iria receber o nome de Rio de Janeiro.
b) Brasil República
Lampião, bandido de marketing
Nos últimos 70 anos a imagem de Lampião tem sofrido transformações maiores que as suas proezas.
c) Livros
Um passeio pela África
Primeiro livro infanto-juvenil do maior africanista do Brasil.

4. Receita para uma humanidade desracializada
Colunista mostra como o conceito de “raça humana” não tem fundamento biológico
http://cienciahoje.uol.com.br//56561


INFORME 16/2006 DA ANPUH

1. XXIV SIMPÓSIO NACIONAL DE HISTÓRIA 2007 - MUDANÇA NA PROPOSIÇÃO DE SIMPÓSIOS
A Comissão Coordenadora do XXIV Simpósio Nacional de História, a se realizar na Unisinos, em São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, entre os dias 15 e 20 de julho de 2007, comunica aos associados que, atendendendo a solicitações de vários associados, alterou as exigências para a apresentação de Simpósios. Doravante, o Simpósio Temático não mais necessitará ser apresentado por dois proponentes de instituições diferentes, mas "poderá ser proposto por até dois associados, preferencialmente de instituições diferentes". Esta mudança originou-se da queixa de colegas que entendiam como injusta a obrigatoriedade de dois proponentes por Simpósio com a manutenção de compromisso de financiamento de apenas um deles. Os proponentes que já enviaram suas propostas poderão revê-las face às novas orientações, sob simples demanda à Comissão Organizadora.

2. EVENTOS:
(a) II Seminário Histórias das Doenças, a se realizar entre os dias 27 e 29 de setembro, no Copacabana Mar Hotel , no Rio de Janeiro. Para programação e outras informações, clique aqui:

(b) III Seminário Nacional Religião e Sociedade: o espaço do Sagrado no século XXI, que será realizado em Curitiba nos dias 10 e 11 de novembro. Para programação, acesse o site do NUPPER (Núcleo Paranaense de Pesquisa em Religião) www.geog.ufpr.br/nupper

3. SELEÇÃO MESTRADO/DOUTORADO: As inscrições para os processos seletivos para Mestrado e Doutorado do Programa de Pós Gradução em História da Universidade Federal da Bahia realizar-se-ão entre os dias 02 e 16/10. Mais informações poderão ser obtidas na home page www.poshisto.ufba.br.

4. LANÇAMENTO DE REVISTA:
Já se encontra disponível a edição número 3 de "História, imagem e narrativas" - http://www.historiaimagem.com.br/. Segue sumário com os títulos: Editorial (por Walter Marcelo Ramundo); "Identidades Possíveis: Quão “grega” é a espartana?" (Isabel Sant’Ana Martins Romeo); "“O Voto de saias”: breve análise das imagens veiculadas na Revista do Globo (1930-1934)" (Mônica Karawejczyk); "Diogo Pires - Considerações lingüísticas, históricas e literárias sobre o poema De exilio suo" (Dr. Álvaro Alfredo Bragança Júnior); "A construção da eternidade: indústria cultural e mitologia urbana" (Paulo Henrique Dantas Pinto); "Angelo Agostini e seu “Zé Caipora” entre a Corte e a República" (Carlos Manoel de Hollanda Cavalcanti); "Reflexões sobre a filosofia da história em Kant" (Dominique Vieira Coelho dos Santos); "A Textura da Modernidade Ocidental: o papado medieval e a secularização do tempo" (Leandro Duarte Rust); "O Bem versus o Mal: Brasil e Paraguai através da visão dos caricaturistas" (Mariana Nunes de Carvalho); “Shakespeare” entre atos Editoriais: A Propósito de uma Crítica a Roger Chartier" (Alexander Martins Vianna); "Estética e juízo de valores na Corte Imperial" (Rita de Cássia Boeira Campos"; "Desvendar e Crítica de uma Identidade: Mexicanidade e Americanidade em Octavio Paz" (Roosevelt Araújo da Rocha Júnior); Resenhas: "Reculer pour mieux sauter". Resenha de ELIAS, Norbert. Envolvimento e alienação. Bertrand Brasil: Rio de Janeiro, 1998. 352p. (Walter Marcelo Ramundo); A volta dos bárbaros: Asterix e os vikings no cinema e na HQ". Resenha da obra Asterix e os Vikings. Studio/Mandarins SAS, 2006.(Prof. Dr. Johnni Langer).

5. LANÇAMENTO DE LIVRO:No último dia 21 de Agosto foi lançado na Universidade Estadual do Ceará o livro "Cultos Orientais e magia no mundo helenístico-romano. Modelos e perspectivas metodológicas". De autoria do Professor de História das Religiões Dr. Ennio Sanzi da Universidade de Messina na Itália. O volume foi organizado e traduzido pela Professora Silvia M.A. Siqueira da UECE e o prefácio escrito pelo Professor Ivan Esperança Rocha da UNESP de Assis/SP. Mais informações pelo e-mailhttp://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=siqueirasilvia@yahoo.com.br .

6. OUTROS:
a) Edital Estágio Voluntário 2º semestre / 2006, do Centro de Documentação e Pesquisa Histórica da Universidade Estadual de Londrina. O CDPH - Centro de Documentação e Pesquisa Histórica abre o processo seletivo para estágios voluntários no segundo semestre de 2006: nº de vagas: 10; pdoem se inscrever alunos dos cursos de História e Arquivologia; inscrições de 5 a 13 de setembro; seleção: dia 14/09/2006 às 14h no CDPH;

b) Foi criado o GEMPO – Grupo de Estudos Medievais Portugueses. Poder e relações de solidariedade em Portugal medieval. O grupo está associado à Cátedra Jaime Cortesão. Paricipam do Grupo: Carlos Roberto Figueiredo Nogueira (USP); Osvaldo Humberto Leonardi Ceschin (USP); Gracilda Alves (UFRJ); Maria Helena da Cruz Coelho (Universidade de Coimbra); Pesquisadores: Candice Quinelato Barbosa Ceschiari - USP; Denise da Silva Menezes do Nascimento - USP; Sooraya Karoan Lino de Medeiros - USP; Rodrigo Salgado - UFRJ.
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