Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

21.7.10

Numero 238





Uma descarga de vírus, cavalos de tróia e etc quase impede este Boletim de ir ao ar. Mas consegui recuperar tudo e ai está ele!






O problema dos ex
08/07/2010 17:35:07 (Carta Capital)

Marcos Coimbra
Poderíamos aprender com os americanos a lidar com os que ocuparam a Presidência da República. Lá eles não incomodam
Um dos problemas brasileiros (certamente não o maior) são nossos ex-presidentes. Vira e mexe, um deles causa algum embaraço. Fala o que não deve, se comporta de maneira inconveniente, dá maus exemplos.
Poderíamos aprender com os americanos a lidar com eles. Lá, faz tempo que não incomodam. Os contribuintes pagam para que não sejam forçados a lutar pela sobrevivência, lhes dão um gordo estipêndio e provêm a todos de amplas condições para que se dediquem a fazer nada.
Ficam à frente de suas fundações, disponíveis para missões humanitárias, participações esporádicas no debate público e, se tiverem aptidão, enriquecer no circuito internacional de palestras e consultorias. Os que terminam bem seus mandatos, como Bill Clinton, continuam a merecer o carinho de todos. Os que não, somem (como o último Bush).
Por aqui, quanta diferença! José Sarney zelava pela liturgia do cargo até no corte de seus jaquetões. Se tivesse o mesmo cuidado com verbas públicas e nomeações depois que saiu do Planalto, ninguém reclamaria dele. Fernando Collor era tão jovem e ficou tão pouco tempo no cargo que era natural que quisesse disputar outras eleições. O que não precisava é que fossem tantas, desde projetos bizarros como a prefeitura de São Paulo, ao de agora, de mais uma tentativa de voltar ao governo de Alagoas. Nessa vontade de permanecer a todo custo na vida política, Itamar Franco se parece com ele. Já foi governador de Minas Gerais e, neste ano, pretende ser senador outra vez, mesmo sabendo que o tempo passa para todos.
Ainda bem que os presidentes-ditadores tiveram a boa educação de morrer. Dá para imaginar o que seria se tivessem a longevidade de um Oscar Niemeyer? Contando todos, inclusive os três da Junta Militar, até seis poderiam estar vivos, dois (Geisel e Figueiredo) provavelmente. Quantas conspirações e articulações não estariam fazendo!
E Fernando Henrique? O mais recente e mais ilustre?
Faz tempo, mas FHC já foi considerado o mais importante cientista social do País. Todos gostavam dele, alguns com a exuberância de Glauber Rocha, que o chamava de “príncipe da sociologia brasileira”. E não era só no Brasil que tinha renome. Era respeitado internacionalmente, autor de livros que marcaram mais de uma geração.
De quem esperar uma atuação notável como ex-presidente senão daquele que mais se distinguira antes de assumir o cargo? Com sua biografia, era natural esperar que estabelecesse o padrão para seus sucessores. Depois dele, todos saberiam o que era ser um ex-presidente da República.
Semana passada, Fernando Henrique publicou mais um artigo, como tem feito com frequência nos últimos meses. É sua maneira de intervir no debate sucessório, pois a campanha Serra vê com preocupação qualquer movimento seu de maior aproximação. Ela já tem problemas de sobra com a administração da imagem negativa do ex-presidente e não quer que o candidato seja ainda mais identificado com ele.
No texto, intitulado “Eleição sem maquiagem”, FHC rea-liza uma proeza de malabarismo intelectual: consegue ser, ao mesmo tempo, um sociólogo que abdicou da sociologia e um ex-presidente que não governou.
Chega a ser fascinante ver como descreve os graves riscos que confrontam hoje o Brasil, aos quais o governo Lula estaria respondendo com uma atitude de otimismo irresponsável: “Tudo grandioso. Fala-se mais do que se faz”. Para ele, “a encenação para a eleição de outubro já está pronta. Como numa fábula, a candidata do governo, bem penteada e rosada, quase uma princesinha nórdica, dirá tudo o que se espera que ela diga, especialmente o que o mercado e os parceiros internacionais querem ouvir”.
O comentário é misógino, pois ele nunca se referiria a questões de aparência se o PT tivesse um homem como candidato (por mais vaidoso e preocupado com a aparência que fosse) e não uma mulher. Seu tom choca quem conheceu o Fernando Henrique soció-logo, sempre progressista.
Mas o mais extraordinário é ver como apagou da memória o que foi seu governo e as duas eleições presidenciais que ganhou. Será que esqueceu de como aconteceu sua primeira vitória, uma avalanche provocada pelo Real- lançado 90 dias antes, naquela que foi a eleição onde fatores não políticos mais interferiram no resultado? Será que não lembra como foi a reeleição, escorada em um câmbio artificialmente mantido pelos “parceiros internacionais”, que estourou três meses depois da apuração dos votos?
É ótimo que proponha eleições sem maquiagem. Mas é impossível levá-lo a sério, enquanto não estiver disposto a enfrentar suas verdades. Como ele mesmo diz: assumir a responsabilidade pelo que fez e deixou de fazer, mais do que falar.




África do Sul antecipa horizonte desanimador para 2014
Assim como o Pan do Rio em 2007, a Copa do Mundo não deixou legado algum ao povo local, apenas decepções e muitas contas a pagar depois de um mês de inesquecível e anestesiante festança. Em ambos os casos, isolou-se a pobreza dos olhos do mundo e gastou-se muito dinheiro além do previsto, com fortes rastros de corrupção. Como mostraram diversos estudos econômicos, uma Copa tem poucas chances de fazer o PIB de um país variar acima de 1%. A lição que devemos trazer da África do Sul (fora a de nunca mais inventar Dungas) é a de que um evento esportivo, por maior que seja, não é capaz de resolver os grandes gargalos de uma nação.
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/4850/9/






E pra não dizer que não falei de Copa do Mundo...
Vejam como a Vuvuzela é antiga!!!





Do Correio Caros Amigos:
Associação Atlética Brás Cubas & Macunaíma Futebol Clube selam acordo: RUMO A 2014!

Por Luiz Ricardo Leitão



Se algum demiurgo burlesco convertesse os maiores ícones da malandragem de nossas letras em patronos de agremiações esportivas, os novos clubes decerto arrebanhariam inúmeros sócios entre as elites de Bruzundanga. Não é difícil prever que a fração secular da burguesia tropical que até hoje se comporta como herdeira de Brás Cubas (aquele defunto-autor cujas memórias foram dedicadas ao verme que pela primeira vez lhe roeu as frias carnes do cadáver) logo assumiria a direção da briosa entidade, ao passo que o grupo mais arrivista e solerte não hesitaria em eleger o Conselho Deliberativo do Macunaíma Futebol Clube (uma homenagem ao herói sem nenhum caráter que, com sua ambiguidade, mimetiza o mote da identidade nacional – esse velho fantasma que há muito assusta a intelligentsia da colônia).

Os sócios da Associação Atlética Brás Cubas até hoje preservam os costumes do seu protetor: gostam de zombar do povo com a mesma desfaçatez que o narrador de Machado de Assis reservava aos leitores e jamais se preocupam em honrar as promessas que, com rara grandiloquência e cinismo, enunciam na vida pública, fazendo corar até o defunto-senador Collor de Melo. Já os associados do Macunaíma F. C. são meros aprendizes na arte da maracutaia, que, apesar de sua eventual esperteza e picardia, se tornam o mais das vezes peças muito úteis para a execução das grandes ‘jogadas’ do capital nestas plagas. Tão preguiçosos e manhosos quanto o patrono, eles se deitam em berço esplêndido, sonhando em viver nas Oropas; à falta de saúvas, divertem-se decepando salários dos tapuias, mas, quando põem os olhos em dinheiro, se movem com extrema rapidez para dandar vintém...

A face mais óbvia da moeda

O Sr. Ricardo Teixeira, que desde 1989 segue à frente da CBF, seria um nome perfeito para a presidência honorária do clube. Há anos sua figura se associa às mais escusas negociatas do “país do futebol”: afilhado do todo-poderoso João Havelange (capo mor da FIFA de 1976 a 1998), com cuja filha esteve casado até 1997, Teixeira aprimorou-se na grande arte de mudar para não mudar (traço essencial da modernização sem ruptura nesta via periférica de capitalismo), sobrevivendo sem maiores sequelas aos inúmeros escândalos que colecionou na CBF. Após uma falida incursão pelo mercado financeiro (em sociedade com o próprio sogro, o pai e um irmão), ele fez da entidade seu balcão preferencial de negócios e, por isso, teve de responder a sucessivas denúncias de nepotismo e corrupção, que incluem convocações para duas CPIs no Congresso (a do Futebol e a da CBF-Nike) e investigações da Receita por omissão de declarações de rendimentos nos anos 90, além da importação irregular de equipamentos para a choperia El Turf, no Rio de Janeiro, depois da Copa de 94 e do histórico voo da muamba.

Enquanto a mídia da província e a nebulosa opinião pública debatem acirradamente quais são os “culpados” pela precoce eliminação dos soldadinhos de Dunga na África, especulando a todo vapor sobre o nome e o perfil (liberal ou disciplinador / discreto ou midiático?) do futuro técnico da seleção, o ambicioso “Rico” Terra porta-se como uma eminência parda em terras da Mãe África. Pouco importa se o time que ele representa já foi embora, amargando a segunda pior campanha desde a Copa de 90: 2014 já está logo ali, bem ao alcance dos consórcios e empresas que operam o futebol, sem dúvida a mais valiosa mercadoria da sociedade espetacular pós-moderna. Não é à toa que o Sr. Rico, há 21 anos no cargo, agora se apressa em pregar renovação (obviamente, só para o time e o técnico), sob a cúmplice chancela da TV Globo, a emissora ‘oficial’ da festa. De fato, há muito a faturar com a próxima Copa...

Que o diga a onipotente FIFA, que somente pelos direitos de transmissão do Mundial 2010 recebeu das redes televisivas a bagatela de 2,5 bilhões de dólares, mais que o dobro do que se pagou há quatro anos na Copa da Alemanha. O evento da África, aliás, parece ter sido o ápice da gestão mafiosa e Blatter & Cia: com cotas mínimas de US$ 240 milhões para cada sponsor (patrocinador, na língua do capital), logrou uma arrecadação total não inferior a US$ 3,4 bilhões, dos quais ‘míseros’ 30 milhões são destinados ao campeão do torneio. Graças à ‘magia da bola’, em meio a rumorosos casos de corrupção, suborno, compra de votos e desvio de ingressos (vale a pena ler o livro do jornalista esportivo Andrew Jennings, ainda inédito no Brasil, Foul! The secret World of FIFA), cresce o faturamento da entidade, que em 2009 obteve uma receita de US$ 1,059 bilhão, ao passo que os grandes clubes europeus acumulam centenas de milhões em dívidas (o deficit de Manchester United e Real Madri supera US$ 800 milhões!).

Cá na terrinha, Brás Cubas e Macunaíma já selaram seu acordo rumo a 2014. A Copa promete, sem dúvida, lucros fabulosos para as entidades promotoras e, como sempre, despesas infindáveis para o poder público, como bem o sabe a África do Sul, que continuará a pagar cifras astronômicas para custear o torneio (R$ 2,92 bilhões pelos estádios + 3,32 bi em transporte + 325 milhões por segurança, segundo informa o Ministério das Finanças de lá). Não é difícil prever o destino da tão decantada parceria público-privada (PPP), a fórmula mágica com a qual a tchurma de Teixeira justificou às nossas ‘autoridades’ o financiamento do convescote. A atual previsão de gastos para o evento em Bruzundanga já gira em torno de R$ 17 bilhões (estádios + transporte + infraestrutura urbana), além de R$ 5 bi para os aeroportos, um valor total duas vezes maior do que a despesa sul-africana. Quem pagará essa conta, Dilma?

A outra face imponderável do (vil) metal

Em meio às expectativas pela partilha dos contratos, há surdas e renhidas disputas políticas em jogo, como a sinuosa definição do estádio de abertura da Copa, um imbróglio de que participam desde os tucanos e demos paulistas até os aliados do Sr. “Rico”. O cenário, sem dúvida, é de dar dó: quando vejo Orlando Silva, Sérgio Cabral e outras sorridentes criaturas na telinha, logo ponho a mão no bolso, ciente do que nos aguarda. Depois de décadas de infortúnio com os governos do PMDB, desde o casal Little Rose & Little Boy até o atual Playboy, o Rio arcará com mais essa conta. Não faltarão, decerto, confete e serpentina para o carnaval de inverno, enquanto os professores permanecem há nove anos sem reajuste, com salários mensais de R$ 540,00 (culpa dos royalties do pré-sal!, diz o playboy), e o nível do ensino médio no estado disputa com Sergipe o último lugar no país (cf. os dados do IDEB 2009).

Contudo, ao contrário de alguns pares, desanimados com a pífia atuação dos canarinhos e com a enxurrada de maracutaias que se anuncia, vislumbro nos fatos mais recentes alguns sinais auspiciosos para o futuro. Não me incomoda o fascínio da pelota: nascido em um pacato subúrbio carioca e criado desde os dez anos na Vila de Noel, o futebol representa a primeira paixão de minha vida. Socializei-me nas peladas de rua e desde cedo me encantei com as artimanhas do jogo. Militante clandestino na luta contra o regime militar e torcedor do Botafogo de João Saldanha, Afonsinho e Paulo César Caju, jamais dissociei a política do futebol. Os embates que esses craques sustentaram contra os ‘donos da bola’ me ensinaram precocemente que nem tudo deve ser conformismo nas manifestações da cultura popular.

Por conta disso, escrevi esta semana em uma crônica que, apesar da Jabulani e do famigerado padrão toyotista do “futebol de resultados”, nem tudo é motivo para pessimismo no planeta-bola. A Copa da África, em especial, suscitou um intenso debate acerca das relações sociais e mercantis que gravitam ao redor do bilionário espetáculo. Até as mazelas desta era pós-moderna e biocibernética do capital nos foram expostas, como atesta o total desequilíbrio da França de Raymond Domenech, retrato da fratura étnica e social do país, onde a imigração pós-colonial africana assusta a ‘elegante’ burguesia e acirra as reações racistas dos torcedores, que, três dias após o vexame na África, invadiram a sede da Federação para exigir “uma seleção branca e cristã”, sem nenhum atleta negro ou muçulmano.

O próprio duelo entre Dunga e a mídia nos ensejou uma rara chance de refletir sobre o estágio em que se encontra a civilização de Bruzundanga, onde os atos de truculência e destempero são uma súmula irretocável do comportamento que as elites da colônia cultivam há séculos, hoje disseminado pelo conjunto da classe média e já visível em vários estratos populares. A turma de Brás Cubas e Macunaíma também não se esqueceu de destilar seu ódio de classe contra os vizinhos do Mercosul, mas, ao menos desta vez, o tiro parece ter saído pela culatra, como se viu na tosca matéria do Sportv sobre o Paraguai, tachado de “paraíso obscuro do mundo” pelo canal – a agressão, similar àquela que o tucano Serra fez à Bolívia de Evo Morales, gerou reação indignadas do público e um inédito pedido de desculpas ao vivo.

Malgrado o sucesso dos europeus, a Pátria Grande terá sido, afinal, a grande personagem da primeira Copa em solo africano. Além de belos gestos de fair-play dos atletas, atos como o apoio dos argentinos à indicação das Avós da Plaza de Mayo para o Nobel da Paz, ou a singela iniciativa uruguaia de firmar um acordo de intercâmbio técnico com seus anfitriões na África, indicam-nos que ainda há sinais de vida inteligente entre nós. Se o chauvinismo barato de Galvão & Cia parece estar em baixa e até Lulinha Paz & Amor já sugeriu à CBF que realize eleições de 8 em 8 anos, é bom que os donos da pelota não se esqueçam de que toda moeda possui o seu reverso – a contraface inelutável do (vil) metal.

Luiz Ricardo Leitão é escritor e professor adjunto da UERJ. Doutor em Estudos Literários pela Universidade de La Habana, é autor de Noel Rosa: Poeta da Vila, Cronista do Brasil (lançado em 2009 pela Expressão Popular).



O fim do século XX e o começo do XXI viram ressurgir os estudos sobre a filosofia de Henri Bergson. Com isso, uma nova geração de filósofos tem se dedicado à releitura de sua obra. Muitas de suas ideias estão presentes no pensamento contemporâneo, em autores centrais para o debate atual, como Gilles Deleuze, cuja obra está repleta de temas caros a Bergson.
Neste livro, organizado por Débora Cristina e Silena Torres Marques, o significado desse retorno é analisado tendo em vista a variedade de trabalhos em torno de seus temas. Dessa maneira, Henri Bergson é também um convite à leitura desse autor clássico do século XX, que soube como poucos depurar a crosta linguística que há séculos recobre nossa experiência e conferir originalidade a noções como duração, memória, vida, intuição, absoluto, criação e mesmo ao “velho” conceito de metafísica.
Bergson nos faz pensar sobre nós mesmos, sobre o que somos: nossa dualidade complexa, nossa relação com um universo criador que nos ultrapassa. Provocando espanto, além de revelar o imediatamente dado, mas não constatado. Assim, este livro convida-nos a uma experiência profunda, original e absoluta. Mas ao mesmo tempo mostra-nos, na existência e no eu, diferentes níveis de profundidade.

Os autores: Frédéric Worms, Franklin Leopoldo E Silva, Arnaud François, Rita Paiva, Patrice Maniglier, Maria Adriana Cappello, Hisashi Fujita, José Gonçalves Coelho, Eduardo Socha, Geovana Da Paz Monteiro, Aristeu Mascarenhas, Fernando Monegalha, Débora Morato Pinto.
Alameda Editorial
Preço: R$36
278 páginas
Autor: Débora Cristina Morato Pinto e Silene Torres Marques (orgs.)
Gênero: Filosofia



O intelectual, entre mitos e realidades
por HELENICE RODRIGUES DA SILVA
Convertido em objeto de estudo, no momento mesmo em que o modelo do intelectual engajado, na versão francesa, perde a sua eficácia, esse novo ator histórico vem suscitando debates e questionamentos. Presente na luta política ao longo dos três quartos do século XX, portanto, participando ativamente da História, o intelectual engajado desaparece da cena pública no início dos anos 1980, em razão mesmo das mudanças de paradigmas intelectuais e das transformações conjunturais. O enfraquecimento das ideologias do progresso e a ascensão dos valores individualistas explicam, em grande parte, o final de um modelo de intelectual que buscava, através de seus atos públicos, aliar moral e política. Na verdade, o engajamento intelectual, sob a forma de combates políticos (contra as opressões e as injustiças), pretendeu reduzir a distância que separa pensamento e ação... LEIA NA ÍNTEGRA: http://espacoacademico.wordpress.com/2010/07/03/o-intelectual-entre-mitos-e-realidades/





As tentações imperiais da França
A incapacidade do Estado Francês em desenvolver uma política eficiente que integre os imigrantes está fortemente baseada no desejo de promover a homogeneidade numa nação “única e indivisível”, que na verdade é impossível de se realizar, a não ser que Sarkozy assuma de vez o seu desejo de restaurar o velho e detestável Império francês. As identidades dentro das nações são instáveis e é muito difícil uma comunidade cultural coincidir com uma entidade política, tornando impossível buscar a realização daquilo que se chama “França autêntica”. O artigo é de Reginaldo Nasser.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16808&boletim_id=730&componente_id=12234





A Editora Contexto apresenta um importante lançamento: História da sexualidade, de Peter N. Stearns.
Falar de sexo usando a História, este é o projeto deste livro escrito por Peter N. Stearns. Na obra sua preocupação principal é a de lançar luz sobre aspectos da sexualidade ligados à maioria das pessoas."O público leitor brasileiro não precisa de lembretes acerca da importância da sexualidade", considera Stearns, em sua introdução escrita especialmente para o leitor brasileiro. Mas se não precisa ser lembrado de sua importância, certamente pode aprender muito conhecendo a sua história. Até agora não havia em nossa língua uma única obra abrangente, no tempo e no espaço, como esta História da sexualidade.Obra pioneira de historiador experiente, leitura agradável, envolvente e necessária.
Nº de Páginas: 288Formato: 16 x 23Preço: 47,00




MISCELÂNEA
Um Império de Documentos
Site disponibiliza milhares de documentos sobre a vida e a obra de José Bonifácio e ajuda a compreender a importância política e cultural de uma das figuras mais emblemáticas do Império Brasileiro
Filosofia: amiga e vizinha
Site "Dossiê Gilles Deleuze & Félix Guattari" reúne importante acervo sobre os dois filósofos contemporâneos franceses e mostram que mesmo na internet a filosofia é tanto amiga quanto vizinha dos historiadores

CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS
ANPUH Intitui o prêmio Manoel Luís Salgado Guimarães
França guilhotina festa do Dia da Bastilha para economizar
Arqueólogos encontram arma de caça de 10 mil anos nos EUA
Nixon queria Allende fora da presidência do Chile
CINE-HISTÓRIA
"Poucas e Boas", de Woody Allen fala sobre uma personagem ficcional dos Estados Unidos dos anos 1930.
VÍDEOS IMPERDÍVEIS
2ª Olimpíada nacional em História do Brasil
Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/2-olimpiada-nacional-em
Iluminismo
Assista: http://cafehistoria.ning.com/video/iluminismo-1
FÓRUNS EM DESTAQUE
O que leva um professor a cometer um Bullying ?
Acesse: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/o-que-leva-um-professor-a
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Recomendação de minha amiga Débora Amorim:

De 26 a 30 de novembro acontecerá a III Conferência Internacional sobre Humanização do parto e Nascimento. As inscrições são feitas pelo site: www.conferenciarehuna2010.com.br
Quem ainda não conheceu o blog que fiz sobre o assunto, pode visitar no www.parirsorrindo.blogspot.com




Informamos que, a pedidos, foi prorrogado até 10 DE AGOSTO o prazo para encaminhamento de propostas de apresentação de trabalhos no evento Preserve 2010 - XI Seminário Nacional de Preservação e Revitalização Ferroviária, que será realizado no Auditório do CREA-RJ, no Rio de Janeiro, no período de 16 a 18 de setembro próximo, conforme cartaz anexo.

São os seguintes os eixos temáticos sobre os quais poderão ser encaminhadas as propostas de apresentação de trabalhos:

A - Preservação do Patrimônio Construído
B - Memória - Museologia, História e Documentação
C - Turismo Cultural

Para maiores informações, consultar o REGULAMENTO, que está disponível na Internet, na página principal do site do MPF. Clicar neste link:

www.trembrasil.org.br

Os trabalhos selecionados e apresentados no evento serão editados em CD Rom, que será distribuído para os participantes do evento e para autoridades dos setores de cultura, turismo, transportes etc.




Portaria CNPq/Capes autoriza acúmulo de bolsa com atividade remunerada
Portaria conjunta assinada ontem (15) pelos presidentes da Capes/MEC e do CNPq/MCT, Jorge Guimarães e Carlos Alberto Aragão, permite aos bolsistas dessas agências matriculados em programas de pós-graduação no país receberem complementação financeira proveniente de outras fontes. Esta iniciativa vem atender antiga reivindicação dos bolsistas que, a partir de agora, poderão exercer atividade remunerada, especialmente quando se tratar de docência como professores nos ensinos de qualquer grau. É vedada, porém, a acumulação de bolsas provenientes de agências públicas de fomento. Aragão disse que para receber complementação financeira ou atuar como docente, o bolsista deve obter autorização, concedida pelo seu orientador, e devidamente informada à coordenação do curso ou programa de pós-graduação em que estiver matriculado e registrada no Cadastro Discente da Capes. No caso de comprovado desrespeito às condições estabelecidas na Portaria, o bolsista será obrigado a devolver a Capes ou CNPq os valores recebidos a título de bolsa, corrigidos conforme legislação vigente. Além disso, a concessão prevista na portaria não exime o bolsista de cumprir com suas obrigações junto ao curso de pós-graduação e à agência de fomento concedente da bolsa, inclusive quanto ao prazo de sua vigência. Bolsas PQTambém foi assinada ontem outra Portaria conjunta Capes/CNPq que autoriza o recebimento da bolsa de Produtividade em Pesquisa (PQ) ou de Produtividade em Desenvolvimento Tecnológico e Extensão Inovadora (DT) do CNPq, bem como dos recursos financeiros relativos ao Adicional de Bancada elas vinculados, pelos bolsistas beneficiários destas modalidades que estejam participando do Programa Professor Visitante Nacional Sênior (PVNS) da Capes. A Portaria destaca que o nível da bolsa PQ ou DT e sua vigência ficam inalterados, devendo o interessado solicitar renovação nos prazos regulares de acordo com o calendário do CNPq.