Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

16.12.08

Número 168




Semana que vem não publicaremos o Boletim. Afinal, é Natal!
No de hoje, uma pesquisa preocupante da Folha de São Paulo, mostra a ignorância em relação ao AI-5, que completou 40 anos sábado passado.
Do Blog do Mello destacamos e reproduzimos uma entrevista que mostra uma faceta não muito clara da família do ministro do STF, Gilmar Mendes.
Do Blog do Rovai, o comentário de que até mesmo deputados do PSDB se revoltaram com a medalha que foi dada aos irmãos Manica, acusados de serem mandantes da chacina de Unai.
E nossa colaboradora Denise de Mattos Gaudard envia mais um artigo a respeito de questões ambientais, sua grande preocupação.
Em Navegar é preciso, muitos links interessantes, que valem a pena ser lidos, nos sites e blogues da Carta Maior, do jornal Brasil de Fato, do Blog do Mello, da Ciência Hoje, do Observatório da Imprensa.
Em Vale a pena ler, a Revista de Historia da Biblioteca Nacional, edição 39, o livro Lembranças do mar cinzento e O mito do colapso do poder americano.
A todos os leitores e leitoras, meus votos de um bom Natal. Dia 30, terça-feira, voltaremos com a última edição do ano.


Da Folha de São Paulo de 13 de dezembro

Oito em cada dez brasileiros nunca ouviram falar do AI-5
Dos 18% que dizem conhecer a sigla, só um terço sabe relacioná-la ao ato da ditadura Historiadores afirmam que resultado do levantamento do Datafolha é previsível e resulta das deficiências no ensino da história no país
DA REDAÇÃO
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Editado há 40 anos pelo general Costa e Silva, o AI-5, o principal símbolo da ditadura militar, é totalmente ignorado por 82% dos brasileiros a partir dos 16 anos. E, dos 18% que ouviram falar algo sobre ele, apenas um terço (32%) respondeu corretamente que a sigla se referia ao Ato Institucional nº 5.
Editado em 13 de dezembro de 1968 pelo então presidente, o general Costa e Silva, o AI-5 autorizava o Executivo a fechar o Congresso, cassar mandatos, demitir e aposentar funcionários de todos os poderes. O governo podia legislar sobre tudo, e suas decisões não podiam ser contestadas judicialmente. Em dez anos, o AI-5 serviu de base para a cassação de mais de cem congressistas. A censura atingiu cerca de 500 filmes, 450 peças, 200 livros e 500 canções.
Passados quase 30 anos de sua extinção, a lembrança do AI-5 vem se desvanecendo. Como observa o cientista político Marcus Figueiredo, do Iuperj, isso resulta do fato de que boa parte da população nasceu após 1968: "O fato tem 40 anos e não faz parte do calendário das datas nacionais". Mas mesmo no estrato de pessoas com 60 anos ou mais (indivíduos que tinham ao menos 20 anos quando o AI-5 foi editado), só 26% dizem ter ouvido falar dele.
O conhecimento sobre o AI-5 cresce à medida que avança a escolaridade formal. Só 8% das pessoas com ensino fundamental ouviram falar do AI-5. A taxa sobe para 53% entre quem tem nível superior, mas só 12% desse grupo se diz bem informado.
Para o sociólogo Leôncio Martins Rodrigues, professor aposentado da USP e da Unicamp, "a variável decisiva é a escolaridade": "É natural que o desconhecimento exista. A população comum é muito desinformada sobre questões políticas. O pessoal mal lê jornal. Isso não é só no Brasil. Foi feita uma pesquisa com jovens da Alemanha, e a grande maioria nunca tinha ouvido falar de Hitler".
Na opinião do historiador Marco Antônio Villa, da UFSCar, a pesquisa não revela "nenhuma surpresa": "Nós somos um país sem memória e despolitizado. Se a política fizesse parte do cotidiano, isso não aconteceria. É um duplo problema. Isso permite que quem colaborou com a ditadura possa se travestir de democrata".
Para o historiador Carlos Guilherme Mota, da USP, a pesquisa do Datafolha é previsível e resulta de um ensino ruim, da falta de financiamento às universidades e da falta de interesse num projeto nacional calcado no conhecimento histórico: "Vivemos num país em que as elites não têm preocupação em incentivar a educação e a pesquisa histórica", diz.
Mais do que um fiasco do sistema escolar, a historiadora Denise Rollemberg, da UFF, diz tratar-se de um processo que envolve esquecimento e reconstrução da história: "No Brasil pós-abertura política, quando a democracia passa a ser valorizada, há uma reconstrução do passado a partir do presente. Nessa reconstrução esquece-se o que houve para esquecer-se do aval dado".
Daniel Aarão Reis, também da UFF, concorda. Diz que sempre que uma sociedade muda de valores surge o desafio de compreender por que se tolerou a situação agora deixada de lado: "É muito mais simples não falar do assunto, esquecer".
Um sintoma de que o apoio à ditadura foi mais amplo do que aparenta transparece na pergunta na qual o pesquisador, após explicar o que foi o AI-5, questiona se Costa e Silva agiu bem ou mal ao editá-lo: 48% avaliam que ele agiu mal, e 26% acham que ele agiu bem. A pesquisa foi feita de 25 a 28 de novembro com 3.486 pessoas. A margem de erro é de dois pontos.
(MAURICIO PULS e NATÁLIA PAIVA)

É uma boa pergunta para o Roda Viva de hoje. Mas, será feita? A denúncia foi publicada na Carta Capital, mas só consegui achá-la aqui. Está no meio de uma entrevista com o prefeito eleito de Diamantino, Erival Capistrano (PDT), que derrotou o candidato da família Mendes por pouco mais de 400 votos, nas últimas eleições. Nela, além da denúncia de que um dos irmãos de Gilmar, Moacir, o ameaçou de morte (o que ele registrou em boletim na delegacia), há suspeitas de desvios de verbas da prefeitura da cidade, nos últimos anos. Detalhe: o atual prefeito (no poder há oito anos) é outro irmão de Gilmar Mendes, Francisco Mendes, conhecido como Chico Mendes. Eis a entrevista:
Depois de vencer, por 418 votos, uma eleição improvável contra o candidato da família do ministro Gilmar Mendes, o futuro prefeito de Diamantino (MT), Erival Capistrano (PDT), ainda não pode afirmar, com todas as letras, que vai mesmo assumir o cargo em 1º de janeiro de 2009. Isso porque Moacir Ferreira Mendes, irmão do presidente do STF, mandou avisar a Capistrano que vai matá-lo, até o dia da posse, segundo o prefeito eleito. Aos 52 anos, 40 dos quais dedicado a trabalhar no cartório de notas da família, Capistrano não perde a calma e entende a reação do clã dos Mendes, derrotado depois de duas décadas à frente do poder local. O desespero da família do ministro vem de uma promessa de campanha do prefeito eleito: fazer uma auditoria nas contas da prefeitura. “Quero descobrir para onde foi o dinheiro de Diamantino nos últimos 20 anos”, anuncia Capistrano.

CartaCapital: O senhor venceu o candidato Juviano Lincoln, do PPS, por uma margem muito pequena de votos. Por que foi tão difícil vencer o candidato da família do ministro Gilmar Mendes?
Erival Capistrano: As eleições sempre foram difíceis em Diamantino, mas o povo estava querendo mudança. E mesmo com toda a dificuldade, o eleitor teve a coragem de enfrentar o grupo de Gilmar Mendes.

CC: O presidente do STF teve influência direta na campanha?
EC: Gilmar Mendes é mais político do que ministro. Ele deveria estar além da política de Diamantino, que é uma coisa muito pequena. Ele usa de influência aqui desde a época em que era advogado-geral da União. Sempre usou a máquina administrativa do governo federal e vinha usando. Isso nos preocupou, mas não foi barreira.

CC: De que maneira Gilmar Mendes usava de influência nas campanhas?
EC: Ele foi ativo nas duas campanhas do irmão, Chico Mendes (Francisco Ferreira Mendes Júnior, atual prefeito de Diamantino), e também nesta última, do Juviano Lincoln, o candidato da família. Na primeira campanha, ele usou jatinhos da FAB. Quando era da AGU, usava de influência nos ministérios, pressionava políticos do estado, pressionava o governador (Blairo Maggi, do PR). Isso intimidava muitos agricultores endividados, que precisavam negociar com o Banco do Brasil, e eram levados a apoiar o grupo de Chico Mendes.

CC: Vocês nunca denunciaram essa situação?
EC: Sim, mas os processos eleitorais contra Chico Mendes nunca dão em nada. Os juízes eleitorais designados para Diamantino são sempre substitutos, colocados em cima da eleição. A Justiça já é morosa por natureza, mas parece que os processos contra o irmão do ministro são ainda mais. É muita influência de Gilmar Mendes. Nas campanhas passadas, a gente entrava com os processos e o ministro aparecia aqui, quando era da AGU (2000 a 2002), nos bairros, fazendo visitas, pedindo votos. Entrava nas casas.

CC: Por que o senhor decidiu fazer uma auditoria nas contas da prefeitura?
EC: Diamantino tem uma arrecadação de 3,1 milhões de reais mensais, com uma folha de pagamento de 1 milhão de reais. Logo, sobraria mais de 2 milhões de reais para investimentos, todo mês. E, nos últimos anos, a gente viu que não teve investimento em Diamantino. O que foi feito com a verba do governo federal? Nosso objetivo é saber onde colocaram esse dinheiro de investimento nos últimos oito anos.

CC: Como o senhor pretende averiguar isso?
EC: Vamos fazer uma auditoria independente. A gente gostaria que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso e o Tribunal de Contas do Estado fizessem parte dessa investigação, mas, no caso, eles não fazem. Mas vamos usar a Lei de Responsabilidade Fiscal, porque as contas foram aprovadas, tanto pela Câmara Municipal como pelo TCE. Então, a gente vai procurar saber, depois que assumir, a realidade das coisas.

CC: Teme que a ameaça de morte contra o senhor se concretize?
EC: Não tenho medo. Eu estava fazendo uma visita em um bairro da cidade, quando recebi um telefonema do comitê. Um candidato a vereador do PDT e mais duas pessoas tinham ido à fazenda do irmão do ministro, o Moacir, e ele disse que eu poderia ganhar as eleições de Diamantino, mas que não assumiria, porque ele iria me matar. Fiz um boletim de ocorrência na delegacia de polícia. Não sei por que ele teve essa reação. Eu o conhecia como funcionário do Banco do Brasil, soube que anda sempre armado, mas nunca tive problema com ele.

CC: A vinda do frigorífico Bertin para Diamantino, comemorada com a presença do ministro Gilmar Mendes, no ano passado, foi muito usada na campanha de Juviano Lincoln. O senhor acha que houve interferência política nesse caso?
EC: Um pedido de Gilmar Mendes ao governo do Estado tem muita influência. Ele exerce o cargo dele para fazer política, também. No evento de anúncio da vinda do Bertin, o governador Blairo Maggi chegou a dizer que Gilmar Mendes valia mais do que a bancada de deputados e senadores de Mato Grosso. Quem é eleito pelo povo tem mais valor. O governador foi infeliz na declaração dele. Mas para o ego dele (Mendes) foi muito bom. Na campanha, eles começaram a dizer que, se eu viesse a ganhar as eleições, o Bertin iria embora de Diamantino. Eles falavam isso para ressaltar a influência do ministro Gilmar Mendes, que trouxe o Bertin para cá.

CC: O senhor acha que o ministro Gilmar Mendes tem pretensões eleitorais em Mato Grosso?
EC: Eu acredito que ele queira ser deputado federal ou senador. Quando a gente se encontra com o governador Blairo Maggi, a primeira coisa que ele lembra é que Diamantino é a terra do ministro Gilmar Mendes. É complicado por causa do poder que ele exerce, como presidente do Supremo, com influência no Tribunal Superior Eleitoral. A presença dele no dia da eleição foi ostensiva.

CC: Repercutiu, na política diamantinense, o caso do suposto grampo telefônico numa linha do ministro Gilmar Mendes?
EC: Esse grampo do STF foi ótimo para a gente, porque ele sumiu da campanha, ficou mais tempo em Brasília. Tenho que descobrir quem foi que fez esse grampo para ir lá depois fazer um agradecimento (risos).


Caso Unai: até deputado tucano pede cassação da medalha
(09/12/2008 00:45) ( do Blog do Rovai)
Na sexta-feira passada, numa reunião extraordinária da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, o deputado estadual Durval Ângelo (PT/MG) repetiu, na frente do prefeito de Unai, Antero Mânica, que considera uma vergonha a ALMG conceder a Medalha da Ordem do Mérito Legislativo a ele, que é acusado de mandante da chacina de quatro fiscais na cidade. Ao mesmo tempo repetiu na frente do prefeito que iria encaminhar a solicitação de cassação do prêmio ao presidente da Casa, o deputado Alberto Pinto Coelho (PP).
O deputado João Leite, também do PSDB e membro da Comissão, participou dos trabalhos e apoiou o discurso e a solicitação de Durval Ângelo. Ele considera que o prefeito do seu partido deve devolver a medalha recebida.
O requerimento tornando o pedido oficial foi aprovado na Comissão e nesta semana a presidência da Assembléia deve convocar os membros da Mesa Diretora e as lideranças dos partidos para tratar do assunto.
Esse caso é um daqueles vexames nacionais que envergonha gente de todos os segmentos sociais, inclusive gente do partido do acusado, o PSDB, como o deputado João Leite.
Mas como a nossa mídia é mais realista do que o rei, não trata do assunto. O faria com grande estardalhaço se fosse um prefeito do PT ou um comunista do PCdoB. Mas o suspeito da chacina é do PSDB. E o Serra está bem nas pesquisas. Melhor não tornar isso manchete.



Capital O de risco para empresas “sustentáveis”

Por (*) Denise de Mattos Gaudard

Há algum tempo atrás li uma notícia que não tem diretamente a ver com o Protocolo de Quioto, nem com o Mercado de Certificados de Credito de Carbono (CREs), mas que poderia perfeitamente caber nas exigibilidades do desenvolvimento sustentável conforme estabelecido pelos parâmetros do Anexo III, constante no Protocolo. Sinceramente não consigo deixar de sentir uma certa sensação de desconforto quando vejo empresas e ou fundos de capital exclusivamente especulativo financiarem empresas que se auto classificam como, digamos, " negócios verdes".
Mesmo aquelas com capital de origem essencialmente brasileira. Pessoalmente acho que o dinheiro não tem mais pátria, seus donos não tem rosto nem qualquer escrúpulo, seu credo é próximo lucro financeiro.
Assistimos investidas em todas as partes do Brasil, principalmente no Centro Oeste e na Amazônia, onde estas empresas que trazem suas malas cheias de alguns "generosos" euro-dólares, vem ao nosso país representando fundos financiados por grandes conglomerados financeiros que estão muito longe de se preocuparem com a sustentabilidade socioambiental inerente ou a exequidade de projetos que possam realmente beneficiar ou melhorar a qualidade de vida das populações que vivem (e dependem) diretamente da extratividade destes biomas.
Quais destas empresas realmente desenvolveram projetos que tenham contribuido para preservar culturas e florestas nativas locais? O que realmente move os interesses que estão por trás desses investimentos? Será que os produtos de origem exclusiva da floresta amazônica brasileira estariam sendo - mais uma vez - indiretamente expropriados? Tomei conhecimento de alguns casos em que o milenar conhecimento adquirido por gerações de comunidades indígenas brasileiras e produtos locais, são comprados a preços vis e depois são levados do nosso país com as bênçãos ou pela total omissão de nossas autoridades fiscalizadoras.
Continuamente assistimos, atônitos, produtos essencialmente brasileiros irem aos poucos se tornando os principais princípios ativos de produtos cujas patentes e ou marcas de cosméticos vendidas em todo mundo através de um marketing, digamos, baseado em "responsabilidade ambiental e social", acabam sendo vendidas para grandes grupos multinacionais. Para ilustrar, cito o recentíssimo caso da The Body Shop, que acabou de ser comprada pela gigante francesa L'Oréal, pela inacreditável soma de 1,14 bilhão de dólares. Boa parte dos produtos da TBS, são ainda originados pela hoje bastante preocupada Cooperativa dos Pequenos Produtores Agroextrativistas de Lago do Junco (MA), da qual fazem parte 147 famílias que já se mostram bastante apreensivas com a venda da BS. Estas famílias vivem da venda média de 50 toneladas de óleo de babaçu para a empresa britânica e faturaram R$ 1,2 milhões em 2007. Ninguém sabe se a L'Oréal irá continuar as compras. A empresa francesa ainda não se manifestou sobre os desdobramentos da aquisição da BS. Me pergunto então, qual a participação de cooperativas como estas na valorização das ações de empresas como a TBS? Será que a TBS chegaria a esta impressionante valorização sem os insumos brasileiros? Dá o que pensar não acham?
Os bravos garotos e garotas do Ministério Público, literalmente os maiores “salvadores desta pátria” deveriam estar monitorando mais atentamente as atividades e a forma como estas empresas operam ou vem operar aqui, na nossa tão cobiçada Amazônia.
(*)Denise de Mattos Gaudard tem graduação em Administração com ênfase em Gestão Empresarial, pela Univ Santa Úrsula (USU-RJ). Pós-graduação em Economia pela Fundação Getúlio Vargas (FGV-RJ) e Comércio Exterior pela Univ Católica de Brasília (UCB). Extensão em Educação Ambiental, pela Univ Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e Gestão de Projetos pelo Project Management Institute (PMI-RJ). Consultora de Gestão Empresarial e Socioambiental, com foco em projetos de gestão de resíduos, energia renovável, mercado de créditos de carbono e Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL).
Criadora do PROJETO BIOREDES que visa a implantação da formação de redes cooperativadas que conjugam coleta seletiva com reciclagem reversa de oleo de fritura feita por associações e ou cooperativas de catadores urbanos (junto a prefeituras e com empresas financiadoras parceiras).
Escreve artigos em mídias nacionais, participa de seminarios, palestras e ministra cursos sobre implantação de projetos MDL, florestais; modalidades Quioto e Não Quioto


“O MEIO AMBIENTE É RESPONSABILIDADE DE TODAS AS PESSOAS, DE TODAS AS PROFISSÕES.”




NAVEGAR É PRECISO
1.Site da Agencia Carta Maior – www.cartamaior.com.br
Editorial Brasil de Fato (ed. 302)
A maneira encontrada pelas elites para lidar com o desemprego e a pobreza foi criminalizar os desempregados, a juventude, os pobres e os movimentos sociais
Roberto Malvezzi
A água também é nossa. Entretanto, está sendo entregue às empresas privadas nacionais e internacionais em várias dimensões
Eduardo Gudynas
É evidente que o descalabro financeiro afeta a América Latina e as idéias da blindagem estão sendo derrubadas
Frei Betto
O modelo de exploração em vigor é uma das heranças neoliberais que persistem na administração federal
Waldemar Rossi
Seria oportuno esperar pelo menos o desfecho da atual crise econômica para falar em tal previsão de aumento da expectativa de vida do brasileiro
3. Blog do Mello –
Monsanto responde às acusações de ‘O Mundo segundo a Monsanto’ e diz que agiu sob ordem do governo dos EUA
Posted: 10 Dec 2008 04:10 AM CST
Em nota, que pode ser lida aqui, a Monsanto se defende das acusações que lhe são feitas no documentário O Mundo segundo a Monsanto. A respeito do “agente laranja”, a nota diz o seguinte:
Agente Laranja – A antiga Monsanto Company era um dos sete fabricantes que a lei exigia que produzisse o Agent Orange, sob solicitação específica do Governo norte-americano, para uso militar. O governo decidiu que os benefícios para as tropas (privando o inimigo de cobertura vegetal) superavam em muito quaisquer riscos do spray de Agente Laranja.
Tiram da reta e põem toda a culpa no governo americano. Eles afirmam que os EUA exigiam a produção do “agente laranja”, sem se importarem com os efeitos no Vietnam e seus habitantes.
Vejam agora no documentário a seguir o crime que praticaram.

Guerra do Vietnam - Chuva Tóxica, o Agente Laranja
Documentário de 44 minutos sobre os efeitos devastadores dos 80 milhões de barris com produtos tóxicos que os americanos lançaram sobre o Vietnam durante a guerra. Entre os produtos tóxicos, o Agente Laranja. Foram mais de 70 milhões de litros.
O Agente Laranja tem entre seus componentes uma das variantes da dioxina mais poderosa. Para dar uma idéia de sua toxicidade, um cristal dessa dioxina misturado à água de uma cidade como Berlim, por exemplo, poderia eliminar todos os seus habitantes.
Os efeitos sobre a população e seus descendentes foram devastadores. Soldados americanos também foram afetados. Estes, pelo menos, receberam uma indenização total de US 180 milhões. Para os vietnamitas – entre os quais mais de 150 mil crianças afetadas -, nada.
Ao encontro dos objetivos do blog
Não é um documentário agradável de se ver. Mas é necessário. Para que se tenha presente o que é a estupidez de uma guerra e aonde ela nos pode levar.E também a cara de pau de uma empresa, que lava as mãos sobre um produto devastador criado por ela. Quem garante que não agirá assim futuramente, a respeito das sementes transgênicas?
Sempre faço questão de postar trabalhos desse tipo por aqui, remando contra a maré e mostrando um outro lado dos EUA que não o de Nova Iorque, da Disneylândia, das filas no consulado para conseguir um visto.
Veja também:
» Vídeo: ¡Papi, cómprame un Kalashnikov!
» Vídeo: Sargento, em quem estamos atirando?
» Vídeo: A guerra do Vietnam como você nunca viu
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AI-5, 40 anos. Ouça Médici: Ele reclama que Costa e Silva era ‘tolerante demais’. Dono da Folha elogia
Posted: 14 Dec 2008 03:34 AM CST
Tem gente querendo reescrever a história e transformar o sanguinolento ex-presidente Carrascazu Médici em democrata. Mas a intervenção do ditador, quando ainda era chefe do SNI, na reunião que aprovou o AI-5, não deixa dúvidas sobre a personalidade autoritária do general, que veio a ser o sucessor do general Costa e Silva na presidência do Brasil.
4. Revista Espaço Acadêmico – http://espacoacademico.com.br
6. Site do Observatório da Imprensa - http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/
ANÚNCIOS DA TFP
Alberto Dines
AVANÇOS SOCIAIS NA MÍDIA
Luciano Martins Costa
AI-5, QUARENTA ANOS
Carlos Brickmann
BUSH PARA A POSTERIDADE
Fernando Massote
VALE A PENA LER
1.Revista de Historia da Biblioteca Nacional nº 39.

Dossiê Angola-Brasil.
Artigos principais: Mazzaropi, o jeca-tatu – Luz sobre os trópicos: as pesquisas científicas na colônia – IHGB: saber sem fronteiras – Cartas da borracha – O Gato de Botas vai à aula – As praças mágicas de Helio Oiticica – A Cabanada: guerreiros da mata.
ocorre nesta quinta, na Livraria Argumento, no Rio de Janeiro. > LEIA MAIS




NOTICIAS

1. Lembramos que o III Simpósio Internacional sobre Religiosidades,
Diálogos Culturais e Hibridações
será realizado de 21 a 24 de abril de 2009,
na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), em Campo Grande.

As informações e prazos de inscrições encontram-se na home-page do evento: http://www.simposioreligioes.ufms.br/

2. I Encontro Estadual de Estudos Medievais

de 26 a 29 de maio de 2009 - Porto Alegre

Informações e inscrições www.gtestudosmedievais.ufrgs.br

Curso de 40h

Inscrições abertas para ouvintes e apresentadores:As inscrições de ouvintes serão aceitas até 01 de maio de 2009. As inscrições de apresentadores de comunicações serão aceitas até 15 de marçode 2009.

As inscrições de comunicações devem ser acompanhadas do texto da comunicação, conforme normas divulgadas no site do evento. O aceite das comunicações estará sujeito ao parecer do Comitê Científico e ao preenchimento das vagas nas mesas de comunicações. As comunicações aceitas para apresentação serão publicadas em edição especial da *Revista Eletrônica AEDOS (PPGHistória/UFRGS).

Apoio: ABREM – Associação Brasileira de Estudos Medievais -www.abrem.org.br

Pró-Reitoria de Extensão (PROREXT - UFRGS)Memorial do Rio Grande do Sul - www.memorial.rs.gov.brwww.ufrgs.br/gtensinodehistoriawww.gtestudosmedievais.ufrgs.br