Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

4.10.06

Numero 059





EDITORIAL

Bem, amigos e amigas, as eleições vieram e com elas a repetição de algumas atitudes já conhecidas por essas bandas... Teremos de esperar até o dia 29, para saber se Lula se reelege ou se o Geraldo consegue recuperar o poder para o PSDB, para dar continuidade aos projetos que FHC não conseguiu realizar (falta de tempo???). Privatização da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil, da Petrobrás... e de outras "coisinhas" que foram deixadas para trás...

Como explicitei no último boletim, meu voto foi para Lula e será novamente dia 29.
Este número do boletim está praticamente todo voltado para a questão da eleição brasileira. Deixei de postar algumas matérias que me foram enviadas por amigos(as), suprimi as seções Internacional e Nuestra América. Só dá Brasil.
E artigos que eu gostaria muito que aqueles que não votaram no Lula lessem e meditassem. Pessoas muito sérias são os autores deles, e mostram o que esteve em jogo nos dias que antecederam a eleição e o que se deve esperar do segundo turno.
Concluo com esta charge do Maringoni. Ela diz exatamente o que penso: Geraldo não chegou ao segundo turno por seus méritos ou seu programa (alguém já leu o calhamaço, dado à luz uma semana antes da eleição?), mas por conta das burradas de alguns petistas que mereciam ser excomungados e expurgados da política.

Charge de Maringoni - Agência Carta Maior


FALAM AMIGOS E AMIGAS

1. Prof. Ricardo: O Golpismo está em marcha, mas a voz do povo parece estar contrária. Cordialmente. Moura.

2. Comunico aos amigos o lançamento de meu novo blog, Miscelâneabh, http://miscelaneabh.blogspot.com
Nele trato dos mais diversos temas: História, Política, Esporte, Biblioteconomia e Ciências da Informação e outros assuntos. Saudações,Breno

3. Euler Bernardes me repassou este email:

Lula e Alkmin

"Será uma belíssima oportunidade para debate sobre ética. Ao contrário do que pensam alguns adversários nossos, o debate ético nos interessa porque teremos a oportunidade de verificar quem teve coragem de investigar, cortar na própria carne e proporcionar punições para pessoas próximas do partido governante e de todos os envolvidos. Além disso poderemos perguntar por que a compra de votos da reeleição foi abafada pelo Fernando Henrique e por que as CPIs foram vedadas no governo anterior", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro.

Além do escândalo da compra de votos para a aprovação da emenda da reeleição, a campanha de reeleição vai usar como munição a denúncia de que o governo Fernando Henrique abasteceu com US$ 1,6 bilhão os bancos Marka e Fonte-Cindam antes da desvalorização do real. O dono dos dois bancos Salvatore Cacciola está foragido da Justiça brasileira. Não bastasse, serão usados o escândalo da privatização do Sistema Telebrás e os desvios de recursos públicos das extintas Sudam e Sudene.

A estratégia também será questionar os motivos pelos quais o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin evitou a instalação de dezenas de Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) sobre escândalos na administração estadual. No total, são cerca de 60 CPIs que não tiveram a instalação concretizada na Assembléia Legislativa paulista. Tudo isso não será arma somente nos debates, a idéia é levar essa discussão aos programas do horário eleitoral gratuito.

"Não é razoável que o país seja induzido a esquecer que essa gente da coalizão PSDB e PFL é responsável pelos mais graves recentes escândalos impunes da história republicana do país (...) Em todos esses escândalos, eu estou falando de bilhões desviados"

4. Minha amiga Andréa me repassa um email recebido por ela. Aqueles que têm vocação para São Tomé devem ler e meditar...

Caros colegas,
Apesar dos escândalos que vimos por aí, como alertam os amigos abaixo, o PT ainda vale a pena... Um abraço,
Claudia Leite de Moraes

Programa de Investigação Epidemiológica da Violência Familiar (PIEVF)Profª Adjunta do Departamento de EpidemiologiaInstituto de Medicina SocialUniversidade do Estado do Rio de Janeiro

Caros amigos,
Apesar de um tanto afastada da vida político-social devido às atribuições de mãe-de-gêmeos e mulher-que-precisa-trabalhar, não pude deixar de escrever este mail porque amanhã, ao menos simbolicamente, é um dia muito importante.
Quero alardear que meu voto é Lula. Lula de novo. Não fosse suficiente essa eleição ter se transformado num "Lula de Novo" x "PSDB de volta" (o que já seria suficiente para eu me decidir), posso informá-los de camarote, conhecimento de causa e provas em punho, que o governo Lula investiu na saúde, educação, cultura e emprego para as camadas mais desfavorecidas deste país.

E ninguém me contou – EU VI. Como muitos de vocês sabem, há 8 meses estou morando em Araçuaí, médio Vale do Jequitinhonha (junto com o Vale do Ribeira em SP e o triângulo da seca nordestino, uma das regiões mais pobres do país). Confesso que receei vir morar aqui, mas fiquei surpresa quando cheguei. Os investimentos federais na região desde a posse do Lula são enormes e, em 4 anos, grandes transformações ocorreram. TODAS as crianças na escola, mesmo aquelas que moram nas comunidades mais distantes, que são atendidas pelo Bolsa Família. Programa Saúde da Família atendendo a TODO o município e também às populações indígenas (que tem programas específicos e postos instalados nas aldeias). O Pró-água instalou banheiros em todas as residências do município. TODAS, pode apostar. Se me contassem eu não acreditava, mas já andei aqui por estradas onde nem Jesus passou e vi, atrás dos casebres mais isolados, aquele banheirinho semi-novo.

O programa de apoio à família agrícola funciona MESMO. O governo federal compra toda a produção local e entrega ao município para a merenda escolar. O Luz Para Todos ainda não conseguiu cobrir todo o território do município, mas está aqui, eu já vi. Ao menos nos povoados formais (aqueles conjuntos de mais de 5 casinhas J ) não há mais ninguém sem luz.
Isso sem contar com a ponte sobre o Rio Jequitinhonha em Itinga (primeira promessa do Governo Lula e que foi cumprida em 6 meses) e com a recém fundada Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.

Tudo isso foi nos últimos 4 anos. Isso eu não posso garantir, porque cheguei há pouco, mas é o que o povo aqui garante.

Se aí ninguém fala essas coisas e batem insistentemente na tecla do dossiê e da ausência de Lula nos debates, me senti na obrigação de informá-los. Porque o governo investiu no social sim. Foi bom para os pobres sim!

Agora, se isso não faz nenhuma diferença pra alguém aí, se a convicção teórica e inconseqüente de que é preciso buscar a utópica democracia livre de corrupção ainda fala mais alto no coração dos meus jovens amigos, tudo bem.


BRASIL

Carlos Lopes, do Observatório da Imprensa, antes mesmo da eleição, já apontava que parte da mídia não se interessa em apurar o que há de verdade na história do tal dossiê, e, não contente com isso, ainda impede que as denúncias de Vedoin sejam apuradas.

DOSSIÊ VEDOIN

Denúncia só vale contra o governo
Por Carlos Lopes em 26/9/2006

Desde sexta-feira (22/9), e sobretudo após a história de uma suposta e fracassada compra de informações sobre as atividades ilícitas de alguns membros da oposição, uma certa espécie de mídia dedicou-se a encobrir o que realmente de novo apareceu no caso do esquema dos sanguessugas. São litros e litros de tinta e toneladas de papel, horas e horas de televisão, empregados numa única função: como impedir que as novas denúncias dos Vedoin sejam apuradas.

Naturalmente, tal tentativa está condenada a não prosperar. As revelações dos Vedoin na entrevista dada à IstoÉ não vão ser apagadas porque se escrevem litros de tinta para escondê-las, ou porque se tenta confundi-las com um suposto dossiê que nem apareceu. O que está na IstoÉ já é material suficiente que demanda apuração urgente.

Por outro lado, tal tentativa de abafamento parece mais própria a manicômios do que a órgãos de imprensa, pois desde que a Polícia Federal, convocada pelos ministros Humberto Costa e Saraiva Felipe, estourou o esquema dos sanguessugas, os seus organizadores, Darci e Luiz Antônio Vedoin, tinham se transformado nos oráculos da mídia e da oposição ao governo. Com base nas declarações e documentos apresentados por eles, foram acusados e estão sob processo de cassação 72 parlamentares e, segundo alguns, podem chegar a mais de 120.

Mas, pelo jeito, a oposição e essa mídia acham que isso somente vale quando o alvo são parlamentares da base governista. Quando é o seu próprio terreiro, aí trata-se de “armação”, de “baixaria”, ou seja lá que tergiversação diversionista se escolha. No entanto, não pode ser assim. Afinal, todos não são iguais perante a lei?

Realmente, a mídia oposicionista foi muito imprudente. Ela açulou o PSDB e o PFL para que formassem a CPI dos Sanguessugas, ela os impulsionou a tomar de assalto essa CPI, ela dirigiu, com suas pautas diárias, os interrogatórios, ela fez com que os parlamentares oposicionistas levassem colegas ao pelourinho – e fez tudo isso promovendo os Vedoin de réus a acusadores.

Era uma imprudência porque, desde o início, era claro que o esquema existia desde 1998, ou seja, por coincidência, desde que o José Serra assumiu o Ministério da Saúde. Sem dúvida que as revelações não ficariam nos parlamentares da atual base governista. No entanto, essa foi a ilusão, desde o início. Bastava os Vedoin falarem alguma coisa, que era tido por verdade inabalável. Qualquer menção deles a alguém, transformava-se imediatamente numa sentença à pena capital. O prêmio pela delação não era apenas escapar da cadeia: era a notoriedade ofuscante sob os refletores da mídia.

Muito a investigar

Pois bastou os Vedoin chegarem aonde a mídia e a oposição não queriam para ser um Deus nos acuda e tudo virar ao contrário. E isso, literalmente, de um dia para o outro. Aliás, algumas horas depois que a IstoÉ saiu às bancas com uma entrevista dos Vedoin, lá estavam os mesmos escribas, os mesmos locutores e os mesmos tucano-pefelistas que antes os incensavam como a fonte do “desmascaramento do maior esquema de corrupção da História da República” (sic) deblaterando contra a falta de credibilidade daqueles que eram os seus heróis na manhã daquele mesmo dia.

Mas o que não se quer investigar? O que disseram os Vedoin na IstoÉ? Vejamos alguns trechos:
Luiz Antônio – No melhor período, quando o Serra e depois o Barjas eram os ministros, a bancada do PSDB é que conseguia agir com maior rapidez. Com eles era muito mais fácil e muito rápido. Quando as emendas eram da bancada era coisa de um dia para o outro.
Darci – A confiança de pagamento naquela época era tão grande que nós chegamos a entregar cento e tantos carros somente com o empenho do Ministério da Saúde, antes de o dinheiro ser liberado. Isso acontecia no País inteiro. Sempre quando se tratava de parlamentares das bancadas ligadas ao governo.
IstoÉ – Os srs. estiveram reunidos pessoalmente com o ex-ministro José Serra alguma vez?
Darci – No ano de 2001 estivemos com ele em dois eventos no Mato Grosso. Um na capital e outro em Sinop.
IstoÉ – O ministro sabia que nos bastidores daqueles eventos havia um esquema de propinas?
Luiz Antônio – Era nítido a todos.
Darci – Posso te afirmar que as emendas quando eram destinadas para esses eventos saíam ainda mais rápido.
IstoÉ – Quem é Abel Pereira?
Luiz Antônio – É um empresário de Piracicaba que operava dentro do Ministério da Saúde para nós. Era ele quem conduzia todo o processo e fazia sair todos os empenhos... Era um operador, uma pessoa indicada e muito ligada ao Barjas Negri, secretário executivo do Ministério quando José Serra era o ministro e seu sucessor.
Darci – O Barjas Negri é o braço direito do José Serra. Nosso esquema já funcionava no Ministério. Quando o Serra saiu, o Barjas assumiu o Ministério e foi indicado o Abel para continuar a operar.
IstoÉ – O Abel, então, deu continuidade a um esquema que já existia?
Darci – Quando nós iniciamos a montagem, em 1998, já existia esquema dentro do Ministério da Saúde, com os parlamentares. Nós acertávamos com os parlamentares e o dinheiro saía. Naquela época era muito mais rápido para sair os empenhos e os pagamentos.
IstoÉ – A que época o sr. se refere exatamente?
Darci – Entre 2000 e 2002.
Quando o Serra era ministro foi o melhor período para nós. As coisas saíam muito rápido. (grifo meu)

Tudo isso é essencialmente corroborado pela documentação e pelos dados do próprio Ministério da Saúde. Por exemplo, das 891 ambulâncias que a empresa dos Vedoin entregou entre 2000 e 2004, 70% delas (681) foram até o fim de 2002, ou seja, durante a gestão de Serra e de Barjas Negri.
Sobre os documentos referidos na reportagem da IstoÉ encontram-se “cópias de pelo menos 15 cheques emitidos pela Klass [outra empresa dos Vedoin]”, que foram entregues ao mencionado Abel Pereira, somando R$ 601,2 mil. “Um deles, o de número 850182, datado de 30 de dezembro de 2002, tem o valor de R$ 87,2 mil. No mesmo dia, há outros sete cheques, seis deles são de R$ 30 mil e recebem os números de 850183 a 850188. O cheque 850181, também de 30 de dezembro de 2002, tem o valor de R$ 45 mil”. Segundo Darci Vedoin, “depois que eles perderam a eleição, o Abel me procurou e passamos a fazer muitas liberações”. E, realmente, como observa a revista, em 2002 a empresa dos Vedoin vendeu mais ambulâncias, pagas com a verba do Ministério da Saúde, do que em qualquer outro ano: 317.

Barulho inútil

Há também vários depósitos em conta de empresas, indicadas por Abel Pereira. Por exemplo, uma denominada Kanguru Factoring Sociedade de Fomento Comercial, com o CGC 003824340/0001-25, que fechou após a posse do presidente Lula. Outros foram feitos na conta de empresas como a Datamicro Informática, de Governador Valadares (MG) e a Império Representações Turísticas, de Ipatinga.
Já se sabe que Abel Pereira é hoje um emérito vencedor de licitações na Prefeitura de Piracicaba, cujo prefeito chama-se Barjas Negri.
Portanto, o que investigar, naquilo que os Vedoin já disseram, é o que não falta. Quanto mais não seja para descobrir como a gestão ministerial daquela época não conseguiu perceber, em meio a tal enxurrada de ambulâncias, que elas eram superfaturadas. Diante de questões tão evidentes, não há barulho que possa impedir as investigações de continuarem.

No mesmo diapasão, Bia Barbosa, da Agência Carta Maior, faz uma acusação grave: o delegado da Polícia Federal que entregou as fotos do dinheiro pronunciou uma frase muito significativa ao jornalista que recebeu o CD: “ta aqui. Agora vamos f... o governo e o PT”. E ainda querem nos fazer acreditar que não houve manipulação alguma nessa história...

A OPÇÃO DA MÍDIA
Globo silencia diante do crime do vazamento das fotos do dinheiro

Emissora não divulga gravação que comprova as intenções políticas do delegado Bruno ao entregar as fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal e sua decisão de forjar um boletim de ocorrência para justificar o suposto “desaparecimento” do CD com as imagens.
Bia Barbosa – Carta Maior

SÃO PAULO – Jornalistas ouvidos pela Carta Maior neste sábado informaram que três jornais, uma emissora de rádio e a TV Globo possuem a gravação da fala do delegado Edmílson Pereira Bruno no momento em que ele entregou aos repórteres o CD com as fotos do dinheiro apreendido pela Polícia Federal. Na fita, o delegado diz “tá aqui. Agora vamos f... o governo e o PT” e informa à imprensa que, dali, iria forjar um boletim de ocorrência para justificar o suposto “desaparecimento” do CD com as imagens.

Em reportagem do Jornal Nacional deste sábado (30), o repórter César Tralli informa que o delegado afirmou que não divulgou as fotografias por vingança, mas por se sentir prejudicado pela Polícia Federal por ter feito as prisões daqueles que tentaram vender o dossiê contra José Serra e depois ter sido afastado do caso.

No entanto, em coletiva dada na tarde deste sábado, o coordenador da campanha eleitoral do PT à Presidência, Marco Aurélio Garcia, garantiu que os jornalistas que receberam as fotos sabiam da intenção do delegado Bruno de prejudicar o governo e a candidatura de Lula à reeleição.

"Temos absoluta certeza de que estas fotos foram passadas por um delegado a vários profissionais e, no momento em que foram passadas, foi dito por este delegado que o propósito dele era, sim, um propósito político e que ele pretendia prejudicar com essas fotos”, disse Garcia.

A TV Globo exibiu no Jornal Nacional este trecho da coletiva. Mas, logo na seqüência, o apresentador e editor William Bonner afirmou aos telespectadores que nenhum jornalista da emissora tinha essas informações.

Mas, segundo garantiu um funcionário da TV, a direção da Globo recebeu na tarde de sexta, mais de 24 horas antes, a fita que comprova as claras intenções políticas do delegado Bruno e sua iminente fraude de um boletim de ocorrência. Por que então não questionou a fala do delegado? Por que não colocou no ar a gravação com a sua declaração? Por que disse aos telespectadores que não sabia das intenções do delegado da PF?

Ao saber das intenções políticas do delegado, que não poderia divulgar as imagens, e que ele forjaria um boletim de ocorrência – ou seja, que um alto funcionário da Polícia Federal, com objetivos eleitorais, estava a caminho de cometer um crime – a única coisa que os jornalistas que receberam as fotos foram capazes de fazer foi se calar. A imprensa justificou a divulgação de imagens que quebraram um sigilo de justiça com base no interesse público. Mas “esqueceu” que também seria de mesmo interesse público informar seus leitores, ouvintes e telespectadores do crime que estava por trás deste “vazamento”.

Coincidências?

Neste sábado, o candidato ao governo de São Paulo pelo PT, senador Aloízio Mercadante, também declarou que alguns veículos estão omitindo informações do público que podem prejudicar o processo eleitoral. A imprensa não divulgou o trecho do depoimento à Polícia Federal em que Hamilton Lacerda, seu ex-assessor, o inocenta de participação no episódio de compra do dossiê contra Serra.

"Ontem, o Hamilton Lacerda foi à Polícia Federal e disse que eu não tinha nada a ver com esse episódio e alguns veículos simplesmente omitiram essa informação. Pode até discordar da informação, mas não pode omitir", criticou Mercadante. "Vocês [jornalistas] correm o risco de fazer uma brutal injustiça em relação, não apenas à minha candidatura, mas a esse momento da história do país", disse Mercadante.

Quando Luiz Antônio Vedoin depôs à Polícia Federal na última semana e isentou Serra de participar da máfia das sanguessugas – apesar de acusar seu sucessor, Barjas Negri – a Folha de S.Paulo estampou a seguinte manchete no dia 22: "Vedoin isenta Serra do caso sanguessuga". A um dia das eleições, não pareceu importante à grande imprensa fazer o mesmo com Mercadante.


Ainda no Observatório da Imprensa, Jorge Luiz Marques faz uma interessante analogia. Vale a pena ler... e refletir sobre a questão de que não se deve aceitar nada pelas aparências...

DOSSIÊ VEDOIN

As lições de Le Carré ou Eva e a serpente
Por Jorge Luis Marques Lima em 26/9/2006

Sou fã de livros de espionagem. Meu escritor favorito é John Le Carré e, entre seus personagens, prefiro o baixo, gordo e desiludido George Smiley. Antítese dos espiões de histórias de aventuras, Smiley é, para mim, o personagem mais verossímil como agente de inteligência, pois não utiliza armas futuristas, não vive situações rocambolescas e, como “espião”, só é reconhecido por seus colegas e pelo “Centro de Moscou”, gíria do serviço de inteligência inglês, do qual Le Carré foi agente, para a hoje extinta KGB.

Toda essa história de “dossiegate” me trouxe à lembrança uma história de John Le Carré, em que é mencionada uma aula para novos agentes. Nessa aula, o instrutor utiliza a história bíblica do fruto proibido para ensinar que não se deve aceitar nada pelas aparências.
Segundo o veterano agente, deve-se indagar:
a) Eva comeu a maçã?;

b) Tendo comido, por que o fez? b-1) Estava entediada?; b-2) Desejava desafiar a autoridade divina? b-3) Havia sido cooptada por alguém que pretendia atingir Deus?; b-4) Esperava recompensa de algum tipo? b-5) O desafio à autoridade divina tinha motivação ideológica?; b-6) Eva se sentia preterida e desejava vingar-se de Deus?

c) Qual a motivação da serpente no recrutamento de Eva?; c-1) A serpente só queria se divertir?; c-2) A serpente agia por conta própria ou estava a serviço de terceiros?; c-3) A serpente estava a serviço de alguma potência inimiga? c-3) Se estava a serviço de uma potência inimiga, qual sua motivação? c-3.1) Ideológica?; c-3.2) Promessa de vantagens?; c-3.2.1) A serpente tinha dívidas que desejava que fossem perdoadas?; c-3.2.2) A serpente havia cometido crimes que desejava que fossem esquecidos em caso de sucesso da operação?

Todas estas questões, com a devida adaptação, podem ser argüidas no caso da desastrada compra do tal dossiê. Esperemos, todos nós que queremos o completo esclarecimento desse imbróglio, as respostas a essas perguntas. Saberemos, então, se o que ocorreu foi obra de incompetentes ou uma magistral operação de desacreditamento executada por agente provocador. Façam suas apostas.

A (im)parcialidade da mídia no trato com os candidatos esmiuçada na pesquisa feita por Marco Antônio R. de Brito, no Observatório da Imprensa:

Cresce exposição negativa de Lula

Por Marco Antonio R. de Brito em 26/9/2006

As matérias negativas sobre o candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tiveram, na semana de 16 a 22 de setembro, o maior índice já registrado pelo Observatório Brasileiro de Mídia. Segundo pesquisa do OBM, divulgada nesta segunda-feira, 25/9, Lula teve 62,5% (218 matérias negativas) contra 20,6% (12 matérias negativas) registradas para seu principal adversário, o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin.
Desde o início dos trabalhos, em 6 de julho, o Observatório Brasileiro de Mídia só havia registrado aumento próximo no período de 12 a 18/8, quando o índice saltou de 42,2% para 57,8%. A partir de então e nas quatro semanas seguintes, entre 19/8 e 15/9, a média de matérias negativas sobre Lula era de 53%.
Inversamente, Geraldo Alckmin, que entre 19 e 25/8 alcançou um teto de 57,6% de matérias negativas, passou a ter menos reportagens “negativas” nas semanas seguintes. Segundo o levantamento do OBM nos cinco jornais pesquisados – Folha de S. Paulo, O Estado de S. Paulo, O Globo, Correio Braziliense e Jornal do Brasil –, as matérias negativas ao candidato caíram de 57,6% para 45,3% (entre 26/8 e 1º/9); 38,9% (entre 2/9 e 8/9); e depois para 32,7% (entre 9/9 e 15/9), fechando agora em 20,6%.
Na primeira semana da pesquisa o presidente Lula obteve 61,4% de matérias negativas, passando a 49,6% entre 9 e 15/9 e depois a 57,6%. Paralelamente ao índice de matérias negativas, a exposição de Lula como candidato e presidente também aumentou na semana passada. Das 569 matérias publicadas nos cinco jornais pesquisados, Lula candidato foi citado em 349 delas (61,3%), enquanto Alckmin apareceu em apenas 58 (10,2%). A candidata do PSOL, Heloísa Helena, foi mencionada em 16 matérias (2,8%), e Cristovam Buarque, do PDT, em 7 (1,2%). Lula presidente aparece em 139 matérias (24,4%).

Mais uma demonstração de que a imprensa foi realmente muito parcial (e continua a ser) ao tratar a eleição.

Mídia 'abafa' investigações contra PSDBSegundo relatos de jornalistas das principais redações do país, há 'ordem velada' para se poupar candidaturas tucanas. Equipes são destacadas para investigar suposta venda do dossiê, enquanto pautas sobre relação de tucanos com sanguessugas são vetadas. > LEIA MAIS Política 29/09/2006

O jornalista Tão Gomes Pinto (que tem um curriculo invejável, consulte o blog dele: http://taogomespinto.blig.ig.com.br), publicou esta matéria, leitura imperdível, que pode trazer um pouco de luz a uma das mais obscuras manobras já realizadas na política brasileira, qual seja o caso do dossiê:

03/10/2006 08:20 Teoria da conspiração começa a pipocar na mídia

Atenção tucanagem, que alguns preferem chamar de tucanalha: Começam a pipocar na mídia, versões novas sobre o episódio do dossiê, baseado na "Teoria da Conspiração".

Joge Hori, o meu analista político já detectou esse movimento.E diz que se não for verdade, serviria para caracterizar o PT e Lula como vítimas. E seria a melhor arma para se combater num segundo turno que será duríssimo.

A nova versão seria a seguinte: os Vedoins teriam interesse no retorno do PSDB ao governo, pois foi dentro dele que começaram os esquemas e ganharam dinheiro. Os esquemas eram mais controlados, mais sutis e com taxas mais razoáveis. Com a chegada do PT as taxas se tornaram exorbitantes, com a necessidade de montar esquemas de maior risco, com uma ampliação de escala.

Para derrubar Lula e o PT montaram uma falsa operação de venda de um dossiê: um dossiê vazio. Um estelionato.

Então junto com a "inteligência tucana" (se é que existe) montaram uma armadilha para a inexperiente turma do PT. Prometeram um dossiê, que diziam ser contra o Serra, negociando valores altos, para chegar a valores que o grupo poderia conseguir. Não podia ser muito, pois o grupo atraído não era o central.

A negociação era uma forma de dar veracidade à operação.Montaram a entrega do material, contra o dinheiro, quando o delegado Edmilson Bueno estivesse de plantão. O delegadinho, dito plantonista, seria uma peça chave na montagem da operação. Os armadores da operação atrairiam os petistas que seriam presos com o dinheiro.

E assim foi feito. Surpreendidos, os petistas recitaram a versão previamente combinada (agora entre eles).

Presos os envolvidos e recolhido o dinheiro, o mesmo foi fotografado, como de hábito, até porque é a prova do crime. Precisa ilustrar o processo. A operação foi montada para mostrar as fotos do dinheiro, que teria um efeito arrasador na campanha de Lula.

A Superintendência Regional da Polícia Federal e a cúpula em Brasília, surpreendidos, de imediato, tomaram duas providências: impedir a divulgação das fotos e afastar o delegadinho plantonista.

Abortado o esquema, o delegado afastado conseguiu uma brecha para fotografar o dinheiro e promoveu a sua distribuição. Em função de procedimentos processuais, ele só foi afastado do caso, mas não de suas funções. Isso lhe permitiu tirar as fotos.Por essa razão, Lula insiste tanto na identificação dos "aloprados" que montaram a operação. Em requerer a identificação do "engenheiro que arquitetou a operação tabajara". Essa insistência teria uma razão: seria a caracterização da armadilha e da ingenuidade de alguns companheiros que foram envolvidos. Porém o que ficaria forte seria a imagem da armação contra o PT. Não teria sido uma operação desastrada do PT, mas uma operação montada para pegar o PT.Seria uma forma de passar de vítima e não de autora.

A Agência Carta Maior realiza um debate, ouvindo personalidades. O tema: O que está em jogo no segundo turno? Vejam as primeiras opiniões: Leonardo Boff e Emir Sader.

DEBATE
O que está em jogo na reeleição presidencial
Lula dá corpo a um projeto de mudança. Apesar dos constrangimentos encontrados num ambiente hegemonicamente neoliberal, tentou, com relativo sucesso, fazer a transição de um estado elitista e privatista para um estado republicano e social.
Leonardo Boff

Quem derrotou Lula não foi Geraldo Alckmin mas o próprio partido do Presidente, o PT. O destemor insano de altos dirigentes petistas pôs a perder uma vitória garantida de Lula já no primeiro turno. O que pesou mesmo não foi tanto o escândalo do dossiê contra o candidato Serra, pois dossiês sempre existiram, fabricados por políticos afeitos à intimidação e ao manejo da mentira como arma política. A ausência de Lula no debate final contou negativamente mas não foi o decisivo.

O que destroçou o PT e atravancou o caminho da vitória foi a mostragem por todos os meios de comunicação da montanha de dinheiro para a compra do dossiê. Mais de 30% da população trabalhadora não ganha mais que um salário mínimo. Quando vê toda essa dinheirama se enche de auto-vergonha e pensa: meu trabalho não vale nada mesmo; nem que vivesse duas vidas acumularia tanto dinheiro quanto aquele mostrado aí. E esses corruptos tiraram de onde esse dinheiro? A indignação não tem tamanho. Políticos que usam esses expedientes mereceriam a excomunhão política e religiosa, tão grande é seu pecado contra o povo, sua dignidade e a economia popular.

Pode ocorrer um impasse jurídico, policial e institucional nas investigações do dossiê, especialmente se seu conteúdo for revelado, coisa que ainda não se fez e que pode eventualmente incriminar a gestão do PSDB quando começou a corrupção das ambulâncias. Mesmo assim o segundo turno traz também lá a suas vantagens: finalmente se criará a oportunidade de confrontar dois projetos de Brasil.

Geraldo Alckmin representa o velho projeto das classes dominantes. Não sem razão os banqueiros e os grandes industriais o apoiaram, pois sentem afinidade de classe e comunhão de propósitos: garantir políticas ricas para os ricos e pobres para os pobres. Notoriamente não possui carisma e não apresenta nada de realmente inovador, capaz de suscitar uma nova esperança. A retórica que usa é despistadora. Mas cabe à análise pôr à luz os interesses de classe ocultos. A macroeconomia que enfeudou a política, seguirá seu curso neoliberal deixando fatalmente anêmica a política social. Sua vitória representará o retorno daqueles que sempre construíram um Brasil para si, sem o povo ou contra o povo.

Lula dá corpo a um projeto de mudança. Apesar dos constrangimentos encontrados num ambiente hegemonicamente neoliberal, tentou, com relativo sucesso, fazer a transição de um estado elitista e privatista para um estado republicano e social. Agora ele se vê obrigado a definir claramente seu projeto: dar a centralidade ao povo destituído, garantir seus meios de vida e sua inclusão cidadã. Para isso ele precisa se reaproximar de sua base real de sustentação: os movimentos sociais organizados e a imensidão dos excluidos. Esses poderão inviabilizar qualquer ameaça de impeachment. Tirar Lula é tirar nosso poder, dirão, é anular nossa vitória, é abortar nossa esperança.

Para se diferenciar claramente de Alckmin, Lula deverá mexer em pontos importantes da macroeconomia para que ela seja de fato o sustentáculo de uma política social maciça. Deverá ter a coragem de colocar um gesto fundador de um novo Brasil: retomar o projeto de Plínio Arruda Sampaio, um dos que melhor entende de reforma agrária, e realizá-lo integralmente a fim de fixar o camponês no campo e desinchar as cidades favelizadas. Aí sim se consolidará seu governo, inaugurando a transformação social possível para o Brasil.

Leonardo Boff é teólogo e escritor.

O que está em jogo
O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a Petrobrás vai ser privatizada – como afirma o assessor de Alckmin, Mendonça de Barros à revista Exame – e, com ela, o Banco do Brasil, a Caixa Economica Federal, a Eletrobrás.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se os movimentos sociais voltarão a ser criminalizados e reprimidos pelo governo federal.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se o Brasil seguirá privilegiando sua política externa de alianças com a Argentina, a Bolívia, a Venezuela, o Uruguai, Cuba, assim como os países do Sul do mundo, ao invés da subordinação à política dos EUA.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se retornará a política de privataria na educação.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se a política cultural será centrada no financiamento privado.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se teremos menos ou mais empregos precários, menos ou mais empregos com carteira de trabalho.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se haverá mais ou menos investimentos públicos em áreas como energia, comunicações, rodovias, saneamento básico, educação, saúde, cultura.

O que está em jogo no segundo turno não é apenas se seguiremos diminuindo as desigualdades no Brasil mediante políticas sociais redistributivas – micro-crédito, aumento do poder aquisitivo real do salário mínimo, diminuição do preço dos produtos da cesta básica, bolsa-família, eletrificação rural, entre outros – ou se voltaremos às políticas tucano-pefelistas do governo FHC.

O que está em jogo no segundo turno é tudo isso – o que, por si só, é de uma enorme proporção e já faz diferença entre os dois candidatos.

O que está sobre tudo em jogo nos segundo turno é a inserção internacional do Brasil, com conseqüências diretas para o destino futuro do país.

Com Lula se manterá a política que privilegia a integração regional e as alianças Sul/Sul, que se opõem à Alca em favor do Mercosul. Com Alckmin se privilegiariam as políticas de livre comércio: Alca, assinatura de Tratado de Livre Comércio com os EUA, isolamento da Alba, debilitamento do Mercosul, da Comunidade Sul-Americana, das alianças com a África do Sul e a Índia, o Grupo dos 20.

O que está em jogo no segundo turno é a definição sobre se o Brasil vai subordinar seu futuro com políticas de livre comércio ou se o fará em processos de integração regional. Isso faz uma diferença fundamental para o futuro do Brasil e da América Latina. Adotar o livre comércio é abrir definitivamente a economia do país para os grandes monopólios internacionais – norte-americanos em particular -, é renunciar a definir qualquer forma de regulamentação interna – de meio ambiente, de moeda, de política de cotas, etc. É condenar o Brasil definitivamente à centralidade das políticas de mercado, com a perpetuação das desigualdades que fazem do nosso o país mais injusto do mundo.

O que está em jogo no segundo turno então é se teremos um país menos injusto ou mais injusto, se teremos um país mais soberano ou mais subordinado, se teremos um país mais democrático ou menos democrático, se teremos um país ou se nos tornaremos definitivamente em um mercado especulativo e nos consolidaremos como um país conservador dirigido pelas elites oligárquicas (como um mistura de Daslu mais Opus Dei). Se seremos um país, uma sociedade, uma nação – democrático e soberanos - ou se seremos reduzidos a uma bolsa de valores, a um shopping center cercado de miséria por todos os lados. Tudo isto está em jogo no segundo turno. Diante disso ninguém pode ser neutro, ninguém pode ser eqüidistante, ninguém pode ser indiferente.
Postado por Emir Sader

NÚMEROS NÃO DIZEM TUDO, MAS AJUDAM A ENTENDER MUITAS COISAS...

Não acredite nestes números só porque estão aqui. Tire a prova: consulte as fontes citadas e os arquivos dos jornais da época!
Fontes: IBGE, IBGE/Pnad (Pesquisa Nacional de Amostragem Domiciliar - desde 1994); ANEEL; Bovespa; CNI; CIESP; Ministérios Federais e Agências Reg.; SUS; CES/FGV; jornais FSP, O Globo e O Estado.
Na listagem abaixo, os valores são totalizados considerando 8 anos de governo PSDB e 3 anos e 1/2 de governo Lula.

Número de policiais federais: Lula: 11 mil PSDB: 5 mil
Operações da PF contra a corrupção, crime organizado, lavagem de dinheiro, etc...: Lula- 183 PSDB – 20
Prisões efetuadas: Lula: 2.971 PSDB: 54
Criação de empregos : Lula: 6 milhões (4 milhões com carteira assinada) PSDB: 700 mil
Média anual de empregos gerados : Lula: 1,14 milhão PSDB: 87,5 mil
Média mensal de empregos gerados: Lula: 95 mil PSDB: 8,7 mil
Taxa de desemprego nas regiões metropolitanas: Lula: 8,3% PSDB: 11,7%
Desemprego em SP: Lula: 16,9% PSDB: 19,0%
Exportações (em dólares): Lula: 118,3 bilhões PSDB: 60,4 bilhões
Balança comercial (em dólares): Lula: 103,3 bilhões (positivos) PSDB: - 8,4 bilhões (negativos)
Transações correntes (em dólares): Lula: 30,1 bilhões (positivos) PSDB: - 186,2 bilhões (negativos)
Risco-país: Lula: 204 * No governo Lula, o país atingiu o patamar mais baixo da história. PSDB: 2.400 (!!)
Inflação em 2006: Lula: 5% PSDB: 12,53%
Dívida com o FMI (em dólares): Lula: dívida paga PSDB: 14,7 bilhões
Dívida com o Clube de Paris (em dólares): Lula: dívida paga PSDB: 5 bilhões
Dívida pública: Lula: 34,2% PSDB: 35,3%
Dívida externa (em %): Lula: 2,41% PSDB:12,45%
Investimento em desenvolvimento (em reais): Lula: 47,1 bilhões PSDB: 38,2 bilhões
Empréstimo para habitação (em reais): Lula: 4,5 bilhões PSDB: 1,7 bilhões
PIB: Lula: 2,6% ao ano (até 2005) PSDB: 2,3% ao ano
Crescimento industrial: Lula: 3,77% * O lucro líquido das grandes empresas com ações em Bolsa quase triplicou nos três anos e meio de governo de Lula em relação ao período da segunda gestão de FHC, de 1999 a 2002. Folha de S. Paulo (20/08/2006) PSDB: 1,94%
Produção de bens duráveis: Lula: 11,8% PSDB: 2,4%
Aumento na Produção de veículos: Lula: 2,4% PSDB: 1,8%
Crédito para a agricultura familiar: Lula: 6,1% PSDB: 2,4%
Crescimento real do salário mínimo: Lula: 25,3% * Ganho real de 25,7% em três anos PSDB: 20,6%
Valor do salário mínimo em dólares: Lula: 152 PSDB: 55
Poder de compra do salário mínimo em relação à cesta básica: Lula: 2,2 cestas básicas PSDB: 1,3 cesta básica
Aumento do custo da cesta básica: Lula: 15,6% PSDB: 81,6%
Índice de Desigualdade social: Lula: 0,559 PSDB: 0,573
Participação dos mais pobres na renda: Lula: 15,2% PSDB: 14,4%
Número de pobres: Lula: 33,57% PSDB: 34,34%
Número de miseráveis: Lula: 25,08% PSDB: 26,23%
Transferência de renda (em reais): Lula: 7,1 bilhões PSDB: 2,3 bilhões
Média por família: Lula: 70 reais PSDB: 25 reais
Atendidos pelo programa Saúde da Família: Lula: 43,4% PSDB: 30,4%
Atendidos pelo programa Brasil Sorridente (atendimento odontológico): Lula: 33,7% * 15 milhões de brasileiros foram pela primeira vez ao dentista. PSDB: 17,5%
Mortalidade infantil indígena (por 1000 habitantes): Lula: 21,6 PSDB: 55,7
Número de turistas que vêm ao Brasil: Lula: 4,6 milhões PSDB: 3,8 milhões
Pró-jovem - estudo subsidiado Lula: 93 mil (18 a 24 anos) * 100 reais por mês de subsídio a cada estudante PSDB: não havia programa, nem registro
Bolsa Família Lula: 11,1 milhões de famílias * Educação e subsídio alimentar PSDB: o programa era o Bolsa Escola com menos atendidos e atendimento mais limitado.
Incremento no acesso a água no semi-árido nordestino Lula: 762 mil pessoas e 152 mil cisternas PSDB: zero, não havia programa
Distribuição de leite no semi-árido (sistema pequeno produtor) Lula: 3,3 milhões de brasileiros PSDB: zero, não havia programa.
Áreas ambientais preservadas Lula: incremento de 19,6 milhões de hectares (2003 a 2006) Do ano de 1500 até 2002: 40 milhões de hectares
Apoio à agricultura familiar Lula: 7,5 bilhões (safra 2005/2006) * O governo Lula investirá 10 bilhões na safra 2006/2007 PSDB: 2,5 bilhões (último ano de governo)
Compra de terras para Reforma Agrária Lula: 2,7 bilhões (2003 a 2005) PSDB: 1,1 bilhão (1999 a 2002)
Investimento do BNDES em micro e pequenas empresas: Lula: 14,99 bilhões PSDB: 8,3 bilhões
Investimentos em alimentação escolar: Lula: 1 bilhão PSDB: 848 milhões
Investimento anual em saúde básica: Lula: 1,5 bilhão PSDB: 155 milhões
Equipes do Programa Saúde da Família: Lula: 21.609 PSDB: 16.698
População atendida pelo Prog. Saúde da Família: Lula:70 milhões PSDB: 55 milhões
Porcentagem da população atendida pelo Prog. Saúde da Família: Lula: 39,7% PSDB: 31,9%
Pacientes com HIV positivo atendidos pela rede pública de saúde: Lula: 151 mil PSDB: 119 mil
Juros: Lula: 16% PSDB: 25%
BOVESPA Lula: 35,2 mil pontos PSDB: 11,2 mil pontos
Dívida externa (em $$): Lula: 165 bilhões PSDB: 210 bilhões
Relação Dívida/PIB: Lula: 51% PSDB: 57,5%
Desemprego no país: Lula: 9,6% PSDB: 12,2%
Eletrificação Rural Lula: 3 milhões de pessoas PSDB: 2,7 mil pessoas
Livros gratuitos para o Ensino Médio Lula: 7 milhões PSDB: zero
Geração de Energia Elétrica Lula: 1.567 empreendimentos em operação, gerando 95.744.495 kW de potência. Está prevista para os próximos anos uma adição de 26.967.987 kW na capacidade de geração do País, proveniente dos 65 empreendimentos atualmente em construção e mais 516 outorgadas. PSDB em final de governo: apagão


LIVROS E REVISTAS

1. As novas ciências e as humanidades – da academia à política
Obra analisa as conseqüências das inovações da cibernética, da genética, sistemas auto-regulados, ciências da organização, caos determinista, fractais, entre outras descobertas, sobre a produção do conhecimento, a sociedade e o sistema político
Da Redação - Carta Maior
Qual o impacto, para as ciências humanas e para o pensamento crítico, da revolução científica dos últimos anos? As novas ciências e as humanidades: da academia à política, analisa as conseqüências das inovações da cibernética, da genética, sistemas auto-regulados, ciências da organização, caos determinista, fractais, entre outras descobertas, sobre a produção do conhecimento, a sociedade e o sistema político.O sociólogo Pablo González Casanova com sua experiência imensa de investigação científica e filosófica, explora estas relações com ousadia intelectual e política, estudando as profundas implicações dessa revolução científica com os novos sistemas de dominação, de apropriação, de mediação e de repressão por parte das classes dominantes.Recusando-se a fazer da crítica um dogma, o autor estabelece um diálogo entre as novas tecnociências do conhecimento e da informação com o pensamento crítico e alternativo, assinalando as mudanças que daí advêm para a dialética e a “forma como a dialética alterada opera em um capitalismo complexo”. Um livro, enfim, que explora a complexidade dos problemas contemporâneos e faz um convite tanto ao pensamento-ação crítico para aprender com as novas ciências, como para as novas ciências pensarem suas implicações com os sistemas de poder que hoje comprometem o desenvolvimento da humanidade e o próprio meio ambiente no planeta.

Pablo González Casanova é doutor em sociologia pela Sorbonne. Foi diretor do Centro de Investigações Interdisciplinares em Ciências e Humanidades (UNAM). Atualmente é professor na Universidade do México. Autor, entre outras obras, de Exploração, colonialismo e luta pela democracia na América Latina (Vozes, 2002), O colonialismo global e a democracia (Civilização Brasileira, 1995) e Historia Contemporânea da América Latina : imperialismo e libertação (1987, Vértice).

As novas ciências e as humanidades – da academia à política - Pablo González Casanova -Editora: Boitempo 336 páginas Preço: R$ 45,00

2. Nas bancas o numero 36 da revista Nossa História. Dossiê sobre Minas colonial e artigos sobre a era do rádio, umbanda, Brasil holandês, hino nacional, entre outros.

3. Segurança pública e violência
Crises recorrentes na política carcerária, crescimento do crime organizado, conflitos agrários, violência doméstica, envolvimento de jovens com o crime, justiça e direitos humanos incipientes. Essas são apenas algumas das faces da violência que implementam o medo na sociedade brasileira. Nos últimos vinte anos, a violência passou a ser discutida por todas as esferas da sociedade e deixou de ser um tema apenas relacionado às periferias dos grandes centros urbanos. O momento atual é fundamental para se entender como o Estado, em suas múltiplas esferas e poderes, tem atuado para enfrentar a violência criminal no país. Neste livro, policiais, operadores do sistema de justiça e cidadãos encontrarão uma leitura esclarecedora e abrangente sobre o tema.
Preço 33,00 NºPágs.176 Editora Contexto


NOTICIAS

1. SEMINÁRIO - TURISMO, CULTURA E ARTE: UMA VIAGEM HISTÓRICA.

Promoção: Curso de Turismo/UNIBH
Coordenadora do Curso: Professora Wanda Lacerda
Organização: Professores Loque Arcanjo, Magno Mello e Wantuil Miguel de Barcelos
Período: 04 e 05 de Outubro de 2006
Local: UNI/BH Campus Estoril – auditório do Bloco B5

Dia 04 – Quarta-feira

Manhã: 8hs. às 11hs.: Abertura
Diálogos entre História e Turismo Cultural
Prof. Loque Arcanjo Jr. Mestrando em História /UFMG Professor de História do UNI-BH

Viajantes e exploradores na época helenística (323/30 a. C)
Cynthia Cristina de Morais Mota Doutoranda em História Antiga/USP
Professora de História Antiga e Medieval na Faculdade ASA de Brumadinho

Noite: 19:30 hs. às 22hs.

Turismo e Patrimônio Cultural
Prof. José Newton Coelho Meneses Doutor em História /UFF Professor / UFMG

Considerações acerca de D. Pedro II como um Viajante
João Ricardo Pires Mestrando em História/UFMG

Dia 05 – Quinta-feira

Manhã: 8 hs. às 11hs.
François Hartog:Viagens, fronteiras e alteridade no Mundo Grego
Prof. Daniel Barbosa dos Santos doutorando em História/UFMG – Professor substituto de História Antiga da UFMG

Realismo e utopia no Renascimento
Prof. Wantuil Miguel de Barcelos Mestre em Filosofia/UFMG Professor de Filosofia do UNIBH

Noite: 19:30 hs. às 22hs.

A Viagem de Vincenzo Bacherelli a Lisboa em 1701
Prof. Magno Moraes Melo Doutor em História da Arte pela Universidade Nova de Lisboa
Professor de História da Arte/UFMG

Realismo e utopia no Renascimento
Prof. Wantuil Miguel de Barcelos Mestre em Filosofia/UFMG Professor de Filosofia do UNIBH

2. Integrando a programação da tradicional Festa das Rosas de Barbacena, o “2º Seminário sobre Imigração Italiana em Minas Gerais” contemplará contribuições diversas, não apenas acadêmicas e cientificas, mas sobretudo depoimentos e pesquisas de ítalo-descendentes sobre a própria história. O Seminário contará com a presença de palestrantes de Barbacena, Juiz de Fora, São João del Rey, Astolfo Dutra, Belo Horizonte, Zona da Mata, Itueta, Leopoldina e do maior pesquisador sobre Imigração Italiana no Brasil, o Professor Emilio Franzina, da Universidade de Verona, Itália.As palestras serão realizadas no Auditório da Escola Agrotécnica Federal, no horário de 9.00 às 19.00 no dia 21/10 e de 9.00 às 12.00 no dia 22/10.O encerramento do Seminário acontecerá no âmbito da Festa das Rosas, no Parque de Exposições, ás 13.00 horas com a apresentação do espetáculo do grupo de teatro de rua italiano Giullari del Diavolo.

AS INSCRIÇÕES PARA O SEMINÁRIO SÃO GRATUITAS. INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES: comites@comitesbh.org.br tel.(31) 3226.3088

pontentreculturas@terra.com.brtel (31) 3227.9963 / cel.(31) 97811938 seminarioitaliaminas@barbacena.com.br tel.(32) 3333.2298

SITES INTERESSANTES

1. REVISTA HISTÓRICA Nº 14

www.historica.arquivoestado.sp.gov.br

a) A pesca na cidade de São Paulo, 1890-1940 - Janes Jorge http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/materia01/

b) A Ditadura das Imagens - Adilson José Gonçalves http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/materia02/

c) A imprensa negra em São Paulo no início do século XX - Pedro de Souza Santos http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/materia03/

d) Imagens de uma época: Sophia Loren http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/imagemepoca/


2. http://www.revistapesquisa.fapesp.br/?art=3009&bd=1&pg=1&lg=
Sangue e areia
Estudar os antigos gladiadores ajuda a entender a sociedade atual
Carlos Haag

3. Minha amiga Luciana Macedo, da Universidade Federal de Viçosa, recomenda um site muito interessante para os educadores

http://revistaescola.abril.com.br/pensadores/Arvore.html

INFORME 19/2006 DA ANPUH

1. EVENTOS

(a) O Instituto de Pesquisas e Estudos Históricos do Brasil Central (IPEHBC), da Universidade Católica de Goiás, realizará entre os dias 25 e 27 de Outubro, o III Ciclo de Estudos do IPEHBC, com o tema História, Arte e Religião: Registro documental e pesquisas. A programação e a ficha de inscrição podem ser encontradas no site: http://agata.ucg.br/formularios/ucg/eventos/IIICicloIPEHBC/index.asp

(b) A Faculdade de Estudos Sociais de Barra do Garças (FESB) estará realizando no período de 23 a 27 de Outubro de 2006 a sua VI Semana de História: "História, Territórios e Fronteiras". Informações www.univar.edu.br As atividades a serem desenvolvidas no evento serão organizadas em conferências, simpósios temáticos, mini-cursos, fóruns e exposições. Este evento acontecerá de 01 a 04 de novembro de 2006, no campos da Universidade Federal Rural de Pernambuco -UFRPE.

2. CURSOS

(a) O curso de difusão "Reforma Urbana, Instrumentos Urbanísticos e Preservação do Patrimônio" se realizará na Casa de Dona Yayá, entre os dias 24/10 e 14/11. O curso tem como objetivo familiarizar os alunos com os instrumentos do urbanismo no que diz respeito às suas relações com a preservação do patrimônio cultural. Serão abordados tanto instrumentos de uso mais tradicional como o Zoneamento, os inventários e o tombamento, quanto os novos instrumentos relacionados à reforma urbana e ao Estatuto da Cidade, como o Plano Diretor, em seus aspectos jurídicos, urbanísticos e políticos. As inscrições podem ser feitas até o dia 24/10 na sede do CPC-USP (Rua Major Diogo, 353 - Bela Vista). A carga horária é de 18 horas, com aulas às terças e quintas-feiras, das 19h00 às 22h00. As vagas são limitadas. Para programação e outras informações, entrar em contato com o CPC-USP pelo telefone (11) 3106 3562, pelo e-mail cpcpublic@usp.brou no site www.usp.br/cpc

(b) Curso "A História Através de Imagens - Introdução à Teoria e Prática do Uso de Imagens no conhecimento Histórico", no Instituto Histórico de Olinda (Auditório), Av. Liberdade, 214, Praça do Carmo, Olinda.ministrado pela professora Ms. Maria Lana Monteiro (IHO - UFPE). Número máximo de alunos: 40, carga horária: 30hs. Aulas aos sábados, a partir de 07/10. Contato e informações: Darlan/ Dep. História-UFPE (81)9965-0209. www.iholinda.org

(c) O Centro de Documentação e Pesquisa Histórica www.uel.br/cch/cdph da UEL promove, de 3/10 a 06/11, o curso de extensão Introdução à Paleografia, ministrado pelo Prof. Ms. José Cézar dos Reis - DH/UEL. Informações e inscrições no CDPH - Térreo do IRCH - Instituto de Referência em Ciências Humanas, Campus Universitário - UEL Tel: 3371-4568 - 30 HORAS - 20 VAGAS - R$ 20,00

3. CONCURSO
Estão abertas até o dia 13/10/2006 inscrições para o Concurso Público para Professor Assistente na área de História Medieval e Moderna. O concurso é para preenchimento de 1 (uma) vaga no Campus de Caicó da UFRN (Caicó dista cerca de 275km de Natal, mais ou menos 4h de ônibus). Os requisitos básicos são graduação e mestrado em História. Para consulta ao edital 010/2006-UFRN e maiores informações acesse www.prh.ufrn.br.

4. SELEÇÃO MESTRADO/DOUTORADO

O CPDOC divulga os processos seletivos para Doutorado, Mestrado Acadêmico e Mestrado Profissional do Programa de Pós-Graduação em História, Política e Bens Culturais do CPDOC da Fundação Getulio Vargas. Os editais estão disponíveis no Portal CPDOC www.cpdoc.fgv.br. As inscrições vão até 17 de novembro.

5. LANÇAMENTO DE REVISTAS

(a) Os editores da revista Tempo do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense convidam para o lançamento de seu dossiê n.º 20 intitulado "África" coordenado pelos professores Mariza Carvalho e Marcelo Bittencourt. O lançamento se realizará no dia 04 de outubro de 2006 às 18h no Campus do Gragoatá, Bloco O, Auditório da Área de História, 5º andar, em Niterói (RJ).

(b) Saiu o novo volume, números 21/22, da "Anos Noventa", revista do PPG em História da UFRGS, com os seguintes artigos: "Internacionalismo: um breviário" (Perry Anderson - Tradução e apresentação: Hugo Arend). Dossiê Etnicidade: Apresentação do dossiê (Regina Weber); "Notas sobre a formação de uma "identidade açoriana" na colonização do Sul do Brasil ao século XVIII" (Martha Daisson Hameister); "Desrespeito e violência: fazendeiros de café e trabalhadores negros no oeste paulista, 1887-1914" (Karl Monsma); "Benguelas, congos, minas, angolas: a África no Brasil. Grupos étnicos e organização social em São Paulo na primeira metade do século XIX" (Regiane Augusto de Mattos); "Os Casamentos árabes: anotações de campo sobre a recriação de tradições entre imigrantes palestinos no sul do Brasil" (Denise Fagundes Jardim e Roberta Peters); "Narrativas sobre o Brasil Alemão ou a Alemanha Brasileira: etnicidade e alteridade através da literatura de viagem" (Sílvio Marcus de Souza Correa); "Conquista da terra e civilização do gentil: algumas imagens do fenômeno imigratório italiano no Rio Grande do Sul" (Luís Fernando Beneduzi); "A identidade teuto-brasileira pensada por Aloys Friederichs, um dos intelectuais do grupo étnico" (Haike Roselane Kleber da Silva). Artigos variados: "Criatividade e história, entre a ação e o discurso" (Maria Luiza Martini); "O Oeste Historiográfico Norte Americano: a Frontier Thesis vs. a New Western History" (Arthur Lima de Avila); "Proximidade e distância: Arqueologia do Sul do Brasil e Política Colonial em Hermann von Ihering" (Lúcio Menezes Ferreira); "A comemoração do 21 de Abril: o cenário do jogo político (1930-1960)" (Thais Nivia de Lima e Fonseca); "Ensaio de uma abordagem microanalítica: a Baixada Fluminense em perspectiva" (Linderval Augusto Monteiro); "'A noite dos desesperados': motim no Presídio Central em Porto Alegre" (Cláudio Pereira Elmir). Informação e vendas: secretaria do PPG em História da UFRGS (à tarde); tel.(51) 3316-6639 / ppghist@ufrgs.br

6. LANÇAMENTO DE LIVROS

(a) Foi lançado no dia 21/9 o livro "Hungria 1956" (editora Contexto), de autoria de Ladislao Szabo, Angelo Segrillo, Maria Aparecida de Aquino e Pedro Aubert. A obra trata, nesse aniversário de 50 anos, do Levante húngaro de 1956, em que a Hungria, no contexto da desestalinização, se rebelou contra a URSS e foi invadida pelas tropas soviéticas.

(b) Foi lançado o livro "América Latina em construção – Sociedade e Cultura – século XXI" (Editora 7 Letras), organizado por Maria Teresa Toríbio, Alexis Dantas e Luiz Henrique Bahia "Com o intuito de analisar a pluriculturalidade que norteia as sociedades americanas, o livro América Latina em construção – Sociedade e Cultura – século XXI, reúne textos de professores e pesquisadores que pretendem identificar e interpretar as mudanças sociais e culturais que acompanham o desenvolvimento da América Latina".

(c) Foi lançado o livro "Balanço da Economia Brasileira, 1940 - 1985", de Wilson Barbosa (São Paulo: LCTE, 2006). (d) Foi lançado o livro "Elementos de Demografia Econômica", de Luiz Eduardo Simões de Souza (São Paulo: LCTE, 2006).

7. OUTROS

A banca examinadora do Concurso de Seleção de Monografia Arquivo Geral da Cidade do RJ/Prêmio Afonso Carlos Marques dos Santos – 2006, composta pelos Professores Doutores André Luiz Vieira de Campos (UERJ e UFF), Beatriz Kushnir (Diretora do Arquivo Geral da Cidade do RJ), Ismênia de Lima Martins (UFF), Paulo Knauss (UFF) e Tânia Maria Tavares Bessone da Cruz Ferreira (UERJ); deliberou por premiar, com menção honrosa, sem grau de classificação: "Retalhos da memória: trabalho e identidade nas falas de operários têxteis do Rio de Janeiro", de Ricardo Medeiros Pimenta; "Febre esportiva: esporte náutico e modernidade no Rio de Janeiro (1895-1914)", de Cláudia Maria de Farias; "Ganhou leva... do vale o impresso ao vale o escrito – uma história social do Jogo do Bicho no Rio de Janeiro (1890-1920)", de Felipe Santos Magalhães; e "Paschoal Segreto: “ministro das diversões” do Rio de Janeiro (1883-1920)", de William de Souza Nunes Martins. O 1º lugar coube a: "À flor da terra: o cemitério dos pretos novos no Rio de Janeiro", de Julio César Medeiros da Silva Pereira.
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