Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

10.9.08

Número 155



200 bilhões de dólares!!!

Esta a quantia” irrisória” que o governo norte-americano (o maior defensor do livre mercado e do Estado Mínimo) está disponibilizando para estatizar (atenção...você leu certo, é isso mesmo: ESTATIZAR duas empresas que estão na pindura por conta de hipotecas de imóveis que ninguém consegue pagar mais...
Como é bom viver num país como os EUA, em que o governo é super coerente com o que prega!!!
Que delícia é o neoliberalismo deles!!!
Como é bom poder ver, ao vivo e a cores, a prova de que o mercado realmente resolve tudo!!!
E de quebra, temos de modificar urgentemente os livros que falam que o liberalismo prega a privatização de empresas.... Olha só que mentira deslavada estamos ensinando aos nossos alunos!!!


Eu pensei em escrever neste Boletim mais alguma coisa a respeito dos “grampos” e de tudo aquilo que essa balbúrdia pretende esconder. Mas acabei desistindo. Não vou falar mais desse assunto, visto que tudo o que observo só me leva a acreditar que se alguma vez a expressão “mar de lama” designou alguma coisa, ela se aplica como uma luva ao atual momento, em que vemos os três poderes chafurdando na pocilga do sr. Daniel Dantas.
A capa da Carta Capital diz tudo. Quem quiser, compre a revista e leia lá. Aqui no boletim este assunto não vai entrar mais. Só em referências a outros blogs, como se pode ver na seção Navegar é preciso.


Vamos falar de educação.
Três artigos interessantes podem ser lidos a seguir. O primeiro mostra uma faceta desconhecida ou pouco conhecida do sistema escravista brasileiro; o segundo aborda a transformação dos professores universitários em burocratas e o terceiro nos mostra as angústias de professores que se vêem impotentes para continuar seu trabalho de educadores.
Vamos falar, ainda, de Josué de Castro, um brasileiro pouco conhecido das novas gerações, mas de importância ímpar no mundo. Ele estaria completando 100 anos este mês. O que ele pensou, o que ele representa, na visão de três doutorandos que fizeram do homem e da obra seu objeto de estudo.

Revista Educação, edição n. 136
Escravos letrados
Em Minas Gerais, entre os séculos 18 e 19, atributos como leitura, escrita e capacidade musical eram valorizados; no 19, os negros eram maioria na escola
Alex Sander Alcântara
Os corpos de 70 negros se espalham pelos arredores do Quartel de Cavalaria, em Água de Meninos, Salvador. Outros 280 são presos. Cai à bala a Revolta dos Malês, levante de escravos e libertos islâmicos na Bahia, em janeiro de 1835. No corpo, amuletos trazem papéis escritos pelos próprios revoltosos.
"Nas senzalas da Bahia de 1835 havia talvez maior número de gente sabendo ler e escrever do que no alto das casas-grandes."A frase, de Gilberto Freyre em Casa grande & senzala, ilumina um fenô­me­no pouquíssimo difundido: o da fa­mi­liaridade dos escravos com a escrita, portuguesa ou não (os malês escreviam em árabe suas orações a Alá).
Por tempo demais a historiografia tradicional difundiu a idéia de que os negros trazidos ao Brasil até o século 19 não sabiam ler nem escrever. Aos poucos, esse mito perde espaço. Pesquisas em história da educação levantam evidências de uma disseminação da cultura escrita entre escravos e alforriados. Há pistas de que, nos séculos 17 e 18, os negros foram decisivos na difusão do português no Brasil.
Um estudo de Christianni Cardoso Morais, do Departamento de Educação da Universidade Federal de São João del-Rei, em Minas Gerais, reforça a idéia de que mesmo os escravos e alforriados iletrados sabiam se utilizar da escrita numa época em que eram proibidos de freqüentar escolas. A pesquisa se baseia em anúncios de jornais e em documentos. Nos anúncios, era comum a descrição física e das habilidades dos escravos foragidos ou à venda. Além de marcas e cicatrizes, realçavam-se atributos, como ofício, capacidade musical, de leitura ou de escrita.
"Ter profissão especializada, como alfaiate, pedreiro ou carpinteiro, que exigia o uso de medidas e cálculos, indica um grau refinado de "letramento", termo que ajuda a entender os usos sociais, culturais e históricos atribuídos à palavra escrita", diz Christianni.
Consciência escritaA pesquisadora faz doutorado sobre a disseminação da escrita na região. Analisou 1.612 documentos de 1731 a 1850, relatórios do Ministério da Agricultura, testamentos, processos-crime, além de anúncios de O Astro Minas, um jornal do perío­do. A região analisada é a comarca do Rio das Mortes, cidade mineira escolhida pela importância econômica e cultural que teve no século 18. O recorte temporal seguiu lógica imposta pela documentação, mais abundante naqueles anos.
"A cidade exercia a função de entreposto, pois era centro de exportação dos produtos mineiros e de redistribuição das mercadorias da Corte. Possuía vida política e cultural intensa, com biblioteca pública e imprensa periódica", diz Christianni.
Para determinar os graus de letramento dos escravos, ela usou um método de análise de assinaturas a partir de escala de cinco níveis desenvolvida pelo português Justino Magalhães. O primeiro corresponde ao mero uso de siglas ou sinais; o nível 2, à assinatura ainda rudimentar, imperfeita; o 3 indica assinatura completa; o nível 4, uma caligrafia mais precisa e o 5, mais personalizada. Maior a complexidade do traçado, maior o domínio do idioma.
"Fotografo e analiso as assinaturas tendo por base a caligrafia da época. Busco perceber se a pessoa tinha traço firme, bem organizado e distribuído na folha, se conseguia fazer arabescos, ligava as letras ou tinha boa escrita cursiva, o que não era fácil na época porque os ensinos da leitura e da escrita eram dissociados. Então, se o assinante se encaixa no nível 2, provavelmente sabia ler", conclui.
Combinado O método não é exato, admite Christianni. Mas, na ausência de fontes diretas, as assinaturas assumem a condição de documento, sobretudo, pelo poder simbólico entre os assinantes. "Quando sabiam assinar, os negros aumentavam seu status numa sociedade basicamente iletrada."
O ensino "combinado" da leitura e da escrita se disseminou só após 1850. Antes, primeiro se aprendia a ler, depois a escrever. Depois, surgiram pessoas com assinaturas bem compostas, mas que, na prática, não sabiam ler. Essas foram descartadas por Christianni. Ela ainda coletou 76 anúncios, dos quais 5 com mulheres, pois só homens tendiam a ser identificados, como o "escravo pardo de nome Vicente", "oficial de alfaiate, [que] sabe ler e escrever".
Evidência mais segura do letramento escravo é a presença de negros nas escolas do século 19, em Minas Gerais, em proporção superior à dos brancos. Para Marcus Vinicius Fonseca, autor de Educação dos negros (Edusf, 2002), quando se fala em educação elementar nas Minas Gerais do período é preciso ter em mente uma escola negra.
O perfil populacional de 1830 o comprova. Segundo Fonseca, a comunidade livre de Minas era de 270 mil pessoas, 59% das quais negras, somando-se os 130 mil escravos locais.
"No Brasil, a escola sempre foi vinculada à modernização, ao passo que o negro foi associado ao atraso. A discussão sobre a democratização das universidades e a de que a inserção dos negros pode comprometer o nível das instituições é manifestação tácita desse raciocínio" diz Fonseca.
VazioHá, no entanto, um silêncio da historiografia sobre a relação do escravo com a língua portuguesa. Fervilham hipóteses. Como a da professora da Faculdade de Educação da UFMG Cynthia Greive Veiga, para quem os negros tiveram participação ativa na difusão da língua portuguesa no Brasil Império. Os africanos precisavam dominar o idioma que os adaptasse à sociedade. Tal fato fez coro à oficialização do português nos tempos da Independência.
Os registros de inspetores e professores das aulas elementares do século 19, sobre o desempenho de alunos em leitura e escrita ("sofrível", "não sabe nada"), podem ter relação com as tensões entre um português oficial e outro misto, marcado pelos dialetos africanos.
Os sinais, desde Gilberto Freyre, abrem veio importante a investigar. Já se pode provar a distância entre ser negro e escravo, por exemplo, e de que essa distância parece passar pelo letramento. Os escravos letrados podem ter sido exceção no Brasil, como os de Minas ou os da Bahia de 1835. Mas será preciso muita pesquisa para entender a real difusão das práticas de leitura e escrita negra no Império, e a relação dos escravos com a língua portuguesa. O terreno está a explorar. Mas está dado.

Na revista virtual Espaço Acadêmico, um artigo nos mostra em que os professores universitários estão se transformando no Brasil de hoje.

A burocratização do professor universitário

Em uma carta ao professor Fernando de Azevedo, datada de 13 de novembro de 1935, o sociólogo Gilberto Freyre confessa ao amigo que jamais assumiria “deveres definitivos de professor” e se explica: “tenho medo de me burocratizar – e a burocracia pedagógica é a mais esterilizante”.
Qualquer professor universitário sabe que suas obrigações rotineiras o deixam muito longe de realizar o seu projeto de vida como alguém voltado para a busca do conhecimento e para a ação educativa.
Membro de comissões de inquéritos administrativos, autor de inúmeros e inúteis relatórios e participante de reuniões intermináveis, o professor universitário tem seu tempo de pesquisa e de ensino roubado. Some-se a tudo isso o tempo dedicado às articulações políticas em defesa ou ataque à sanha competitiva dos pares e encontraremos um pseudo-educador que precariamente pesquisa, escreve e leciona.
Como já advertia Florestan Fernandes nos anos setenta, o professor universitário corre o risco de deixar de ser um investigador, um cientista, para tornar-se um mero funcionário com horário marcado e ponto para assinar, deixando, assim, embaixo do tapete do cumprimento das normas a sua covardia, mediocridade e falta de criatividade.
Sufocado pela burocracia e corrompido pela competição por cargos e prestígio institucional, resta ao professor universitário tornar-se repetidor mecânico daqueles pensadores que conseguiram fazer de seus projetos de vida o oposto do que nós estamos fazendo com o nosso.
A sentença para a nossa decadência já foi proclamada por Hegel: “Naquilo com que um espírito se satisfaz, mede-se a grandeza de sua perda”.
A competição meritocrática da vida universitária pode até produzir gênios, mas todos nós sabemos como produz também neuróticos e esquizofrênicos. A concentração obsessiva facilmente se transforma em introversão narcisista. O medo de ousar na busca do novo tem nos tornado a cada dia mais conformistas.
Acredito que temos que pensar em novas possibilidades de reeducação daqueles que têm como missão a educação das novas gerações. Venho tentando imaginar alternativas que apontem para a nossa reeducação. Ainda não cheguei a nenhuma conclusão que possa ser apresentada para o debate, mas não tenho dúvidas de que a responsabilidade pela passividade, evasão ou oportunismo e falta de compromisso com o conhecimento por parte de muitos dos nossos alunos pode ser atribuída aos exemplos que lhes apresentamos.
WALTER PRAXEDES

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo, mestre e doutor em Educação pela mesma instituição. Co-autor dos livros O Mercosul e a sociedade global (São Paulo, Ática, 2002, 12ª Edição) e Dom Hélder Câmara: Entre o poder e a profecia (São Paulo, Ática, 1997 / Brescia (It.), Editrice Queriniana, 1999). Professor de sociologia da Universidade Estadual de Maringá e Faculdades Nobel em Maringá, Paraná
É livre a reprodução para fins não comerciais, desde que o autor e a fonte sejam citados e esta nota seja incluída - Copyleft © 2001-2008

As angustias dos educadores
Maria Jose Speglich

Vivemos numa sociedade completamente invadida pela publicidade, pelo consumo e pelo seu impacto. Os pais tornam-se acríticos perante tamanho poder televisivo e comercial e rendem-se a esses apelos. Querem viver num pretenso "modernismo", mostrar-se atualizados e na moda. Esquecem-se que estão a promover a sua própria escravidão. Uma dupla escravidão, ao consumismo desenfreado e aos filhos enquanto consumidores em formação e sem restrições. Relegam o papel educativo enquanto pais e a sua ação como tal e, o pior, esperam que a escola responda e valorize esses consumismos difundidos, qual conteúdo programático.
Os valores? Mas, que valores? Os da Paz, respeito, cooperação, aceitação das diferenças, justiça, o tão falado amor… Sem duvida todos acenam positivamente a cabeça a tais preocupações, mas, não passa de folclore. Tudo é vazio de significado profundo. Os valores não passam de palavras bonitas e estereotipadas, palavras de ocasião.
A escola não tem que viver em ruptura com a sociedade consumista, mas, não pode conviver pacífica e passivamente com o que é contraditório á sua ação e aos seus objetivos. A escola enquanto primeiro espaço de vida em grupo, numa perspectiva, também, inclusiva e multicultural vai ser palco de confronto de opiniões, resolução de conflitos, consciência de perspectivas e valores diferentes que fomentarão atitudes de respeito pela diferença. Deve com coerência desenvolver educação. E, como diz Nietzsche, a "primeira tarefa da educação é ensinar a ver" mas gastamos horas na contemplação das imagens banais e grosseiras da televisão e de não gastarmos nenhum tempo comparável na contemplação dos assombros da natureza". O que é uma indicação em que ponto a que a nossa cegueira chegou. Uma cegueira completa ao belo e ao outro na sua individualidade.
Mas mais angustiante é quando procuramos estimular o olhar dos pais e deparamo-nos com uma cegueira insensata que é "comemorada" em dias comerciais estabelecidos, tais como os Dias do pai e da Mãe, da Criança. Dias que pretendem ver comemorados na escola, de forma homogênea, por TODAS as crianças, independentemente da composição da família ou grupo doméstico a que pertencem. E, para quê? Por quê? Não interessam as razões! É bonito ver a criançada levar um presente feito "em série", mesmo que seja para um pai que não têm, mesmo que a criança more num Internato ou com os avós. Essas, crê-se que são uma pequena minoria... Paciência!... O Dia Internacional da Família (declarado desde 1994 para 15 de Maio), não é publicitado na TV, logo não está na moda, embora seja algo a que todos pertencem. A família pode adotar várias formas, pois não existe um conceito único nem um consenso quanto á sua definição. Independentemente da cultura é, nela que as pessoas e em especial as crianças, recebem o afeto e o apoio físico e financeiro para sobreviverem.
Face a este panorama, como esperar que pais assim tão irrefletidos se preocupem com a Formação pessoal e social dos seus filhos, que a educação pré-escolar pretende iniciar? Eles até sabem os desenhos animados mais atuais e cantar as músicas da novela, mas o que não sabem é que a educação pré-escolar pretende iniciar um processo de desenvolvimento da criança com atitudes e valores que lhe permitam tornar-se um cidadão consciente, solidário, autônomo, livre e inserido em sociedade.
Como disse Rubem Alves: "Ver não é o bastante. O assombro das coisas vistas provoca o pensamento…" E a educação é também ensinar a pensar no que isso significa de questionamento e de sensibilidade
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Obra de Josué de Castro é referência de estudos
Por Marcelo Torres [Sexta-Feira, 5 de Setembro de 2008 às 16:36hs]
Josué de Castro foi um dos brasileiros mais ilustres de todos os tempos. Três vezes indicado ao Prêmio Nobel, primeiro presidente da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). Ganhou o Prêmio José Veríssimo, da Academia Brasileira de Letras e o Prêmio Roosevelt, da Academia de Ciências Políticas dos Estados Unidos.
Josué, pernambucano, nascido em Recife, às margens do rio Capibaribe, foi um dos primeiros pesquisadores no mundo a abordar a temática da fome e um dos maiores estudiosos das causas da miséria, da pobreza, do subdesenvolvimento. Cassado pelo regime militar, por defender idéias e causas progressistas , morreu no exílio, na França, nos anos 70. Neste 5 de setembro de 2008 ele completaria 100 anos de nascimento.
Suas obras, idéias e legados de Josué de Castro são objetos de estudos de graduação e pós-graduação em universidades do país e do exterior. Encontramos três doutorandos que desenvolvem estudos sobre Josué.
Renato Carvalheira é bacharel em Sociologia e Relações Internacionais e mestre em Sociologia pela Universidade de Brasília, com dissertação sobre Josué de Castro. Faz doutorado na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
Rosana Magalhães é graduada em Nutrição, mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz, onde atualmente é pesquisadora. Faz doutorado em Saúde Coletiva na Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Sirlândia Schappo tem graduação em Serviço Social e mestrado Sociologia Política – ambos pela Universidade Federal de Santa Catarina. Faz doutorado em Sociologia pela Universidade de Campinas (Unicamp).
Nesta entrevista, eles falam sobre o mestre e suas idéias.
O que Josué representa para você?
Sirlândia -- A esperança e os anseios daqueles que lutam por justiça, democracia, reforma agrária, distribuição de renda e demais condições para a construção de uma sociedade onde a vida humana esteja acima de qualquer outro interesse econômico.
Rosana -- Uma leitura indispensável para todos que se interessam pela questão do desenvolvimento social e humano. Especialmente no Brasil, o autor é uma referência obrigatória na medida em que marca um debate vigoroso em torno de um projeto de nação, onde obstáculos como o latifúndio e a escravidão deixam de ser intransponíveis . Através de um esforço claro para "desfatalizar" a fome e a miséria , Josué afasta-se da mera especulação filosófica sobre tais problemas e aponta caminhos e alternativas conjugadas a fortes investimentos políticos, econômicos e culturais.
Carvalheira -- Um dos intelectuais que melhor explicou o Brasil, o maior teórico brasileiro sobre o fenômeno da fome em suas múltiplas expressões, o pioneiro dos estudos ecológicos no mundo, um grande cientista social que deixou como legado uma importante obra e o responsável pelo desenho das políticas públicas sobre alimentação e nutrição no Brasil e no mundo.
Quando e como você passou a se interessar pela obra de Josué de Castro?
Sirlândia -- Infelizmente não estudei Josué a partir dos conteúdos curriculares e só o descobri em minhas andanças pela biblioteca, entre ácaros, poeira e folhas quebradiças. Desde a primeira leitura me encantei e senti de imediato um desejo profundo de estudar seu pensamento.
Rosana -- Tive a sorte de ingressar no curso de nutrição da UFRJ e, lá, ter aulas de sociologia com a filha de Josué, Anna Maria de Castro. Tive contato com professores e pesquisadores entusiasmados com o tema da fome no país. Mais tarde, no mestrado na Escola Nacional de Saúde Pública, a possibilidade de estudar a obra do autor foi aberta de maneira generosa pela instituição. A dissertação, um mergulho na obra do autor, foi divulgada pela editora Fiocruz em formato de livro e, com isso, novos diálogos puderam ser fortalecidos.
Carvalheira -- Em meados dos anos 1990, época de minha graduação em Relações Internacionais e principalmente graduação em Sociologia (fiz ambas), quando escutava músicas do movimento mangue beat (Mundo Livre S/A e Chico Science e Nação Zumbi), que tratavam do tema da fome e de Josué de Castro, e ao mesmo tempo procurava um tema para minha monografia (Josué de Castro: o teórico do mangue).
Vocês acham que Josué é devidamente reconhecido pelo seu país?
Sirlândia -- Ainda encontro muitos brasileiros que desconhecem Josué. A ditadura assegurou, por um longo tempo, a expatriação da memória de seu pensamento. Após esse período, revigoraram-se os reconhecimentos, exemplos são as várias homenagens e eventos no seu Centenário.
Rosana -- Esta questão é complexa, teríamos que ter clareza sobre de qual "reconhecimento" estamos falando. Sem dúvida, a projeção internacional da obra de Josué de Castro tende a ser valorizada, mas acredito que há muito ainda a aprender com o seu pensamento.
Carvalheira -- Quando escrevi minha monografia (1998) e mesmo quando do meu mestrado (2002) seu reconhecimento era insignificante para a obra que teve, mas hoje em dia não é mais possível falar que ele é indevidamente reconhecido. Muito pelo contrário. O problema está não no reconhecimento, mas nas lacunas que a análise de sua obra ainda não conseguiu cobrir.
O que mais chamou a sua atenção ao estudar a vida e a obra desse brasileiro?
Sirlândia -- A ênfase de que o combate a fome não se resume em práticas assistencialistas e ações restritas à distribuição de alimentos, mas em propostas que priorizem as condições necessárias para obtê-los e que proporcionem uma vida sustentável.
Rosana -- A capacidade rara de combinar esforço intelectual e engajamento político. Para alguns, esta é uma conjugação difícil, muitas vezes impensável. Mas Josué de Castro mostra que talvez a oposição entre estes "dois mundos" seja artificial.
Carvalheira -- Primeiro foi essa lacuna na análise do autor, segundo foi o pioneirismo com que trabalhava os temas do desenvolvimento humano e de aspectos ecológicos. Além disso, o autor discorre sobre um tema tão trágico e duro como a fome, mas de uma forma leve, literária, ensaística. Suas obras dão prazer de ler, apesar de um contexto muito triste.
Qual a sua análise sobre a fome nos estudos de Josué e a situação da segurança alimentar e nutricional hoje?
Sirlândia -- Josué apresenta elementos fundamentais para essa discussão na atualidade. Vários avanços foram obtidos pela ação conjunta do atual governo e da Sociedade civil. Porém, os fatores geradores das desigualdades e da miséria ainda persistem.
Rosana -- Na medida em que o país que Josué analisa era predominantemente rural e hoje a maioria da população é urbana, torna-se imperioso rever vários pressupostos e perspectivas. A queda nas taxas de fecundidade, os novos contornos do perfil das políticas sociais, o envelhecimento da população e a maior heterogeneidade dos grupos sociais criam exigências novas de reflexão e ação. No entanto embora as tendências de diminuição da desnutrição infantil e o crescimento da obesidade, por exemplo, impliquem em novas propostas de intervenção, ainda permanece extremamente atual a importância de compreender territórios, estruturas e organizações sociais e, também, aspectos culturais para a construção de sistemas de segurança alimentar e nutricional efetivos e com equidade.
Carvalheira -- A situação na época de Josué (entre as décadas de 30 e 60) é muito diferente. A começar pelo interesse que hoje se tem pelo tema, iniciando com Betinho. Outro fator é o conhecimento que se tem da realidade, hoje mais completa do que no tempo de Josué, que, ao iniciar seus estudos nos anos 1930, mal se tinha estatísticas sobre a população. Além disso, houve avanços científicos na Nutrição e nas Ciências Sociais não conhecidos por Josué. No entanto, permanece sua metodologia inovadora e sua marca nas políticas de alimentação e nutrição encontradas até hoje.
Sobre segurança alimentar e nutricional, quais são os principais desafios do Brasil hoje?
Sirlândia -- Os desafios se assemelham àqueles analisados por Josué, especialmente quando o autor nos chama a atenção para a importância da “agricultura de sustentação” e da reforma agrária como medidas imprescindíveis para a ampliação das condições alimentares e nutricionais.
Rosana -- Fortalecer arenas de negociação e concertação ampliadas, garantir a "polifonia das vozes" e criar uma forte cultura de avaliação das ações, iniciativas e programas na área.
Carvalheira-- Os principais desafios certamente se referem à efetiva implementação do Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. O que implica na garantia de uma alimentação suficiente, saudável, permanente, sustentável e digna para as populações historicamente excluídas de nossa sociedade brasileira (quilombolas, indígenas, moradores de rua e agricultores familiares). O que representa para o Brasil uma política de Estado e não de governo.
Marcelo Torres



VALE A PENA LER

1. História da Filosofia – dos pré-socráticos a Santo Agostinho
Paulo Ghiraldelli Jr.

É possível conhecer a filosofia a partir de sua história? Se antes eram poucos os privilegiados que podiam entrar na Academia de Platão, hoje conhecer filosofia é obrigação até de estudantes brasileiros. O objetivo desta obra é tornar cada leitor um pensador autônomo. Afinal, garante o autor, filosofar não é tão difícil assim.
Nº de Páginas: 192
Formato: 16x23
Data de chegada: 11/09/2008
39,00

2.
Hora da Guerra: A Segunda Guerra Mundial vista da Bahia Crônicas (1942-1944)
Seleção de Myriam Fraga e Ilana Seltzer Goldstein Prefácio de Boris Fausto
Nestas 103 crônicas inéditas em livro, publicadas originalmente no jornal O Imparcial, de Salvador, nos primeiros anos da década de 1940, Jorge Amado comenta os acontecimentos da guerra direto da Bahia, à medida que recebia as notícias do front e moviam-se as peças no cenário internacional. Hora da Guerra traz também um caderno com imagens históricas da guerra e das personalidades citadas nas crônicas. Previsão de lançamento: 05/09/08


3. Revista de Historia da Biblioteca Nacional, n. 36.
Dossiê: Machado de Assis como você nunca viu.
Entrevista : Sidney Chaloub.
Artigos principais: Orgulho da cor – Ficando pra titia – Cinema de terror brasileiro – Contestado: guerra modelo – Clara Nunes: canto mestiço – Nobreza de índio – O valor do trabalho – Heróis de ocasião: nossos personagens nos livros didáticos.
4. Jango: as múltiplas faces
Angela de Castro Gomes e Jorge Ferreira, Editora FGV, 280 páginas, R$ 28,00.

O livro traz contribuições importantes para a interpretação do personagem e para o esclarecimento de nossa história recente, e passa a integrar a escassa bibliografia dedicada a Goulart. Aguardemos novos trabalhos, que ajudem a explicar as questões ainda em aberto: qual era, afinal, o projeto político de Jango; desejaria ele uma solução autoritária, como diziam os adversários? Qual a influência efetiva exercida pela esquerda revolucionária em seu governo? Em que medida ele estava comprometido com o projeto reformista, ou seria apenas um expediente tático? Perguntas ainda sem resposta definitiva, elas encontrarão algum dia explicação satisfatória? (Rodrigo Patto Sá Motta)


NAVEGAR É PRECISO...
Segundo ele, primeiro capítulo é a ocupação de instituições públicas por parte de grupos de choque financiados pelos governos departamentais controlados pela oposição Escreve Igor Ojeda, correspondente do Brasil de Fato em La Paz

Paraguai
Manifestantes rechaçaram uma possível tentativa de golpe de Estado organizado pela oposição paraguaia
Argentina
A iniciativa governamental de resgate da linha aérea foi aprovada pelo Senado com 46 votos a favor e 21 contra.

3. Blog do Mello - http://blogdomello.blogspot.com/2008/09/imagens-do-golpe-em-marcha-na-bolvia-e.html

Imagens do golpe em marcha na Bolívia, e reação de Evo
Posted: 06 Sep 2008 07:42 AM CDT
Inconformados com a vitória consagradora (67,41% dos votos) do presidente Evo Morales no referendo revocatório de agosto, a direita revista boliviana radicaliza suas posições, na tentativa de tirar do poder aquele a quem chamam de “índio de mierda”.
Em Beni, soldados do exército foram atacados por rebeldes. Agora, ameaçam uma divisão inteira (a VI Divisão do exército boliviano), que querem que saia de Beni. Apenas para recordar, Beni é o departamento, onde, na semana passada, o presidente Evo foi impedido de reabastecer o helicóptero, tendo que pedir ajuda ao Brasil para voltar a La Paz.
Estradas do país estão bloqueadas, impedindo a chegada de diesel da Argentina e do Paraguai. Agora, ameaçam impedir a distribuição do gás.
4. Blog Tamos com Raiva - http://www.tamoscomraiva.blogger.com.br/
O ralo de 5 bilhões de dólares (Daniel Dantas, para variar)

5. Blog do Paulo Henrique Amorim - http://www.paulohenriqueamorim.com.br/forum/Post.aspx?id=603
Muitas matérias...para variar sobre o Daniel Dantas e seus comparsas

6. Blog do Nassif - http://www.projetobr.com.br/web/blog/5
A maleta e a viagem do ministro Jobim


NOTICIAS

1. III Simpósio Lutas Sociais na América LatinaTrabalhadore(a)s em movimento: constituição de um novo proletariado?
24, 25 e 26 de setembro de 2008
Universidade Estadual de LondrinaLondrina/Paraná/BrasilTel.: + 55 43 3371 4456
Maiores informações: http://www2.uel.br/grupo-pesquisa/gepal/iiisimposio.htm

2. simpósio 1968

Maiores informações: http://www.unisinos.br/eventos/1968/index.php

3. Seleção para Mestrado e Doutorado em Antropologia/UnB
As inscrições para os cursos de Mestrado e Doutorado Acadêmicos em Antropologia da Universidade de Brasília estarão abertas ate' 19/9/2008, para o primeiro, e ate' 30/9/2008, para o segundo. Os editais encontram-se no site http://www.unb.br/posgraduacao/stricto_sensu/editais.php.
Mais informações no site http://www.unb.br/ics/dan, pelos tels.: (61) 3273-3264/3307-2368/33073006, ou e-mail: dan@unb.br.
4. Seleção para Mestrado em Sociologia/UFG
O Programa de pós-graduação em Sociologia da Universidade Federal de Goiás anuncia o período de inscrições de seleção para a turma de 2009 do Mestrado em Sociologia: 1 a 31/10/2008. Edital e outras informações no site http://www.ufg.br/pos-sociologia.
5. XIV Congresso Brasileiro de Sociologia/UFRJ
O XIV Congresso Brasileiro de Sociologia realizar-se-á entre os dias 28 e 31/7/2009, na UFRJ, e tem como tema "Sociologia: consensos e controvérsias". O site sobre o evento ira' ao ar no dia 26/9. A partir desse mesmo dia ate' 17/11/2008, poderá ser feita inscrição on-line de propostas de trabalho nos GTs. Já a inscrição on-line de propostas para "Sociólogos do Futuro" irá ate' 10/11/2008. Mais informações em http://www.sbsociologia.com.br/.

6. Seminário 200 anos de Ensino Superior no Brasil/UNIFESP
A Fundação de Apoio 'a Universidade Federal de São Paulo e o Curso de Historia da UNIFESP promovem o Seminário 200 anos de Ensino Superior no Brasil, a realizar-se no Teatro Prof. Marcos Lindenberg, Rua Botucatu, 862 - Vila Clementino, São Paulo, nos dias 7 e 8/10/2008. As inscrições estão abertas ate' 6/10/2008 pela Internet. Mais informações em http://dpdphp.epm.br/acad/siex/index.htm.
7. Lançamento de livro- Foi lançado "Ile Aiye e a relação com o Estado: interfaces e ambigüidades entre poder e cultura na Bahia", livro de Walter Altino. Editoração Fast Design. Financiamento Fapesb.
8. Revista/Lançamento e chamada de artigos
- Foi lançado o primeiro numero da revista Mundos do Trabalho, destinada a divulgar produções inéditas na forma de artigos, resenhas, entrevistas, fontes primarias comentadas, conferencias, debates e noticias de eventos relacionados a Historia Social do Trabalho e temas conexos. Mais informações em: http://www.periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho.
- A Revista Humanitas (PUC-Campinas) recebe contribuições para seu próximo numero ate' 15/10/2008. Os artigos devem ser encaminhados para o e-mail agenorjfarias@puc-campinas.edu.br. Mais informações em http://www.puccampinas.edu.br/biblioteca/periodicos/instrucao_autores.asp?id=16.

- O Conselho Editorial da Revista Historia (UNESP) divulga os temas de Dossiê e os prazos para submissão de colaborações, na forma de artigos, resenhas e traduções para os volumes 27, de 2008, e 28, de 2009: Patrimônio Histórico (volume 27, no.2, 2008) ate' 31/10/2008; Império Português (volume 28, no.1, 2009) ate' 30/5/2009; Historia, Direito e Justiça (volume 28, no.2, 2009) ate' 28/8/2009. As normas para publicação estão disponíveis no site do SciELO (http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_serial&pid=0101-9074&lng=en&nrm=iso) e o e-mail para envio e' revistahistoria@unesp.br.
9. Seleção para pós-graduação Lato Sensu em Historia do Brasil/UFF
Estão abertas ate' 20/9 as inscrições para a seleção do Curso de pós-graduação Lato Sensu em Historia do Brasil (Especialização) da Universidade Federal Fluminense, com 15 vagas. Mais informações em http://www.historia.uff.br.
10. IV Colóquio sobre relações luso-brasileiras: D.João VI e o Oitocentismo/RJ
O IV Colóquio do Pólo de Pesquisa sobre Relações luso-brasileiras: D.João VI e o Oitocentismo realizar-se-á no Real Gabinete Português de Leitura (Rua Luiz de Camões, 30, Centro-Rio de Janeiro) de 17 a 19/9/2008. As inscrições devem ser feitas na Secretaria do Real Gabinete. Mais informações em http://www.realgabinete.com.br/coloquio/coloquio2008/4_coloquio/index.htm.
11. Seminário Internacional Portugal e Brasil nos séculos XVIII e XIX/UFOP
O Seminário Internacional Administrando Impérios: Portugal e Brasil nos séculos XVIII e XIX será realizado no período de 17 a 19/9/2008, no salão nobre da Escola de Farmácia da Universidade Federal de Outro Preto. As inscrições devem ser feitas pelo e-mail administrando.imperios@gmail.com. Mais informações em http://www.ilb.ufop.br/.
12. I Encontro de Historia do Império Brasileiro/UFPB
O I Encontro de Historia do Império Brasileiro - Múltiplas Visões: cultura histórica no oitocentos será realizado pela Universidade Federal da Paraíba, do dia 24 ao 27/9/2008. Ainda encontram-se abertas as inscrições para os mini-cursos. Mais informações em http://www.cchla.ufpb.br/ppgh/imperio2008/.
13. Seminário Sete anos do 11 de Setembro/UFRJ
O Grupo de Acompanhamento e Analise do Terrorismo Internacional (GAATI), do Laboratório de Estudos do Presente (UFRJ) promove o "Seminário Sete Anos do 11 de Setembro de 2001: da guerra ao terror 'a estratégia antiterrorista", dia 11/9/2008, de 9 'as 18 horas, no Auditório do CFCH, UFRJ - Campus da Praia Vermelha (Av. Pasteur, 250 - Fundos, Urca, Rio de Janeiro). Mais informações em http://www.tempopresente.org ou pelo e-mail gaati.ufrj@gmail.com.
14. V Colóquio Internacional Trabalho Forçado Africano: Brasil, 120 anos de abolição/UFBA
O "V Colóquio Internacional Trabalho Forcado Africano: Brasil, 120 anos de abolição" realizar-se-á na Escola de Medicina da Universidade Federal da Bahia, entre os dias 3 e 5/11/2008. Mais informações e inscrições on-line no site http://www.fpc.ba.gov.br/coloquio.asp.
15. I Seminário Nacional de pós-graduandos em Historia das Instituições/UNIRIO
O Programa de pós-graduação em Historia da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro convida para o "I Seminário Nacional de pós-graduandos em Historia das Instituições: instituições, culturas e poder", a realizar-se entre os dias 25 a 28/11/2008, no Auditório Paulo Freire, CCH (Av. Pasteur, 458, Urca - Rio de Janeiro). A conferencia de abertura será proferida por Ângela de Castro Gomes (CPDOC/FGV). O prazo para envio de trabalhos e' ate' 12/10/2008, o prazo para inscrições vai ate' 19/10/2008 e a divulgação da programação será dia 26/10/2008. Mais informações em http://br.geocities.com/historiadasinstituicoes.
16. IV Simpósio Nacional de Historia Cultural: Sensibilidades e Sociabilidades/UCG
Estão abertas ate' 14/10/2008 as inscrições para ouvintes do IV Simpósio Nacional de Historia Cultural: sensibilidades e sociabilidades, que se realizara' entre os dias 13 e 17/10/2008, na Universidade Católica de Goiás. Mais informações em http://www.historiacultural2008.ucg.br/.
17. I Simpósio do GT de Historia Cultural da ANPUH/UFG
O I Simpósio do GT de Historia Cultural da ANPUH acontecera' no período de 23 a 26/9/2008, no Campus Jataí da Universidade Federal de Goiás, simultaneamente 'as atividades do II Congresso do Curso de Historia da UFG/Jataí, que terá como tema geral os 200 anos da transferência da corte portuguesa para o Brasil. Mais informações em http://www.anpuh.org.
18. II Encontro Nacional de Historia das Religiões/UNESP
O GT regional Historia das Religiões da ANPUH realizara' o II Encontro Nacional de Historia das Religiões, cujo tema e' "Tolerância e intolerância nas manifestações religiosas", de 13 a 16/10/2008, na UNESP - Campus de Franca, SP. O período de inscrição já' esta em vigência. Mais informações em http://www.franca.unesp.br/gth/.

19. II Seminário sobre Historia do Café: historia e historiografia/Itu, SP
O Museu Paulista da Universidade de São Paulo, o Museu Republicano Convenção de Itu e a Cátedra Jaime Cortesão realizarão, no período entre 10 e 14/11/2008, o II Seminário sobre Historia do Café: historia e historiografia. As propostas de trabalho deverão ser enviadas para o e-mail seminariodocafe2008@gmail.com ate' 30/9/2008. Mais informações em http://www.mp.usp.br/cafe/cafe2008/cafe2008.html.


INFORME ANPUH - EDIÇÃO ESPECIAL
XXV Simpósio Nacional de História
História e Ética
12 a 17 de julho de 2009
Universidade Federal do Ceará (UFC) - Fortaleza – Ceará
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Comunicamos a todos o Cronograma do XXV Simpósio Nacional de História - ANPUH Nacional

* 01 a 31/10/2008 – envio de propostas de Simpósios Temáticos e mini-cursos
* 01/11 a 15/11/2008 – análise das propostas
* 16/11/2008 – divulgação dos Simpósios e mini-cursos aprovados
* 20/11/2008 - abertura de inscrições para participação nos simpósios, mini-cursos, painéis de iniciação científica e ouvintes

* 12/07 a 17/07/2009 – XXV Simpósio Nacional de História
Universidade Federal do Ceará (UFC) - Fortaleza – Ceará

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http://www.snh2009.anpuh.org

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