Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

12.2.08

Número 126

























EDITORIAL

Para aqueles que acreditam em horóscopos, os chineses advertem que este ano, “ano do rato”, promete turbulências. Graves turbulências, que tanto podem ser climáticas (mais tsunames) quanto econômicas. E com relação a essas últimas, li sábado passado notícia de que os ministros da economia dos países do G-7 sairam da reunião em Tóquio emitindo comunicado admitindo que o cenário econômico pode se tornar pior. As perspectivas para o crescimento econômico pioraram desde outubro (data da penúltima reunião), e o que mais incomodou a eles foi que o “declínio da economia é amplamente provocado por problemas domésticos nos EUA e não pode ser sanado por um plano coordenado de ação global”, nas palavras de Glen Maguire, economista-chefe para a Ásia e Pacífico do Banco Societé Génerale em Hong Kong.


No site do jornal Pravda (em espanhol e português e recheado de “coelhinhas brasileiras”, o que não compreendi muito bem, mas vá lá...) temos a noticia de que o megaespeculador Georges Soros, em janeiro, na cidade de Davos, arrepiou a audiência ao afirmar que “a crise que se avizinha será a maior de todas. Nos encontramos ao final de uma época: a hegemonia do Ocidente se traslada agora para o Oriente”.
E o jornal acrescenta:
La discusión entre los especialistas no está, pues, en este campo, sino en la profundidad que tendrá esta crisis. Unos dicen que afectará a todo el mundo por la amplitud que tienen los lazos financieros y comerciales con Estados Unidos que consume el 20% del producto mundial. Otros, opnan que la crisis será “amortiguada”, por la Unión Europea , el Japón y las “economías emergentes” de China, Rusia y la India , que pueden hacerse cargo de las exportaciones que no podrá comprar Estados Unidos, por la contracción de su mercado. Aun, en esta hipótesis, las coincidencias son unánimes que, en el continente americano, los más afectados serán México, Canadá (atados a Estados Unidos por el NAFTA) y los países que han firmado los Tratados de Libre Comercio con Washington.

Foi a primeira vez que consultei o Pravda, aliás, desconhecia completamente que eles tinham página na Internet, ainda mais em português e espanhol. Fiquei surpreso com a miscelânia de matérias, mas também foi o único local em que pude ver algo realmente assustador: no Haiti boa parte da população está se alimentando de bolos feitos com sal, vegetais e...pasmem...LAMA!!!
Quem quiser conferir, é aqui
: http://port.pravda.ru/photo/report/mud_cookies-1656
É uma foto-reportagem com 10 fotografias... realmente é de deixar pasmo!!!

FALAM AMIGOS E AMIGAS


1. Prezado Prof Ricardo,excelentes as matérias postadas. Profundo conhecimento transmitido juntamente com uma crítica (não ácida) e de qualidade. Parabéns

Do seu ex-aluno e pastor virtual
Luiz Fernando Ramos de Souza(antiga Fafi)

2. Caro Xará, tudo bem ? Como toda semana, seu informativo sempre atualizando-nos, com as mais recentes informações. Tornou-se fonte de consultas constantes, cada vez mais, divulgando assuntos de nosso interesse.


Aproveito para informar o endereço de um novo blog, para que seja divulgado como mais uma opção do seu catálogo.


Eu e o seu outro ex-aluno, Prof. Alexandre Trad, estamos lançando mais essa novidade, que ainda está em construção e aperfeiçoamento, mas peço que divulgue.






Qualquer semelhança no layout, será mera coincidência.


Forte abraço.


Atenciosamente,


Ricardo Carneiro Roque


3. Conceição Oliveira encaminha este artigo, capturado do blogue do Azenha. É uma outra visão da questão que anda “assombrando” o governo. E enquanto algumas pessoas só se informam pela “grande imprensa”, é bom saber que existem outras questões muito sérias, que não são ditas, mas que deveriam sê-lo, em nome da ética jornalística. Ética? Mas o que será isso....? Entenda-se: não estamos defendendo gastos abusivos, feitos por quem quer que seja, mas reclamamos o direito de ser informados que o problema não começou agora e nem é só do atual governo. Saber também que governos de partidos de oposição também gastam – às vezes até mais – e sequer dão a conhecer o que gastam.

ALTAMIRO BORGES:




CARTÃO CORPORATIVO E "MÍDIA ESGOTO"


Atualizado e Publicado em 06 de fevereiro de 2008 às 21:20
por ALTAMIRO BORGES


O jornalista Luis Nassif, numa série imperdível no seu blog sobre os podres da revista Veja, cunhou a expressão "jornalismo esgoto". Ela se encaixa perfeitamente na nova ofensiva patrocinada pela mídia hegemônica para fustigar o governo Lula. Agora o mote são os chamados cartões corporativos usados pelo presidente, ministros e outros servidores para efetuar gastos cotidianos. O terrorismo midiático já decapitou a ministra Matilde Ribeiro, da Igualdade Racial, e chamuscou criminosamente a imagem dos ministros Orlando Silva, dos Esportes, e Altemir Gregolin, da Pesca. Mas o alvo é bem maior.



A escalada agressiva do denuncismo se volta diretamente contra o próprio presidente Lula, que às vezes se finge de morto diante dos ataques da oposição de direita e da mídia e cede às pressões. O jogo é pesado e gera corrosivas conversas nas ricas camadas médias – que, segundo recente pesquisa, ainda endeusam a mídia e preferem pensar com a cabeça dos seus donos. A ofensiva confunde até parcelas progressistas da sociedade. A marcha udenista é arrasadora e intensa e pode resultar, segundo líderes da oposição liberal-conservadora, numa nova crise política e na instalação de outra CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito). É tudo o que a direita golpista, confusa e rachada, deseja para desgastar o governo Lula num ano eleitoral.


Ausência de informações sérias


Nesta brutal ofensiva, o que menos vale é a informação imparcial e a justa fiscalização do poder público. O objetivo não é denunciar os abusos e deslumbramentos dos governantes, visando a sua correção – como afirmam alguns ingênuos ou oportunistas –, mas sim fortalecer a oposição de direita. A mídia hegemônica sequer informa os seus leitores e telespectadores que o uso dos cartões corporativos ou de outros afins é comum no mundo todo. Autoridades governamentais – assim como executivos das empresas capitalistas, jornalistas vestais da ética e até intelectuais "quimicamente puros" – costumam viajar, hospedar-se em hotéis e marcar contatos para tratar de assuntos de interesse político, profissional ou acadêmico.


Frente às despesas corriqueiras, o cartão corporativo é um avanço, que, evidentemente, necessita sempre de ajustes. Ele foi criado em 2001, na gestão de FHC, devido às denúncias da falta de controle dos gastos. Antes, um ministro recebia a quantia em dinheiro, depositava na sua conta, pagava as despesas e depois apresentava a nota. Não havia qualquer transparência. Através do decreto nº. 5.355, de janeiro de 2005, o governo Lula ainda procurou regulamentar melhor o uso do cartão. Segundo o decreto, ele pode ser usado na "aquisição de materiais e contratação de serviços", na compra de passagens aéreas, locação de veículos e no pagamento de hotéis, refeições e diárias de viagem. É proibido utilizá-lo em viagens internacionais.


Maior transparência e fiscalização


Outro importante avanço é que atualmente todos os dados das despesas estão disponibilizados na internet, através do Portal da Transparência, implantado em 2004. É possível acompanhar os gastos dos 11.510 servidores da administração federal que possuem o cartão corporativo, segundo balanço de dezembro de 2007. As despesas ainda são fiscalizadas pela Controladoria Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Diante das recentes denúncias, o governo decidiu apertar mais o cerco. Um novo decreto restringe a conta "tipo B", que ainda previa saques em dinheiro, e limita gastos em viagens.


Segundo Luiz Navarro, secretário da CGU, "o cartão é uma instrumento moderno, que permite melhor controle do que o velho talonário de cheques. O aumento das despesas acontece simultaneamente à redução do volume de pagamentos feitos pelo sistema antigo (tipo B)".




Mesmo assim, ele defende a manutenção dos saques em dinheiro para os casos inevitáveis, como o dos servidores do Incra, Ibama e Funai, que operam em zonas rurais, e para ações sigilosas da PF e da Abin. Por fim, ele lembra que "a imprensa e a sociedade hoje podem acompanhar fácil e completamente tudo isso graças à política de transparência pública adotada pelo atual governo. Até 2004 essa possibilidade simplesmente inexistia".


Mídia tucana e gastos de FHC


Estas e outras informações, decisivas na formação da opinião pública, não têm destaque nos noticiários. Além de tratar o tema como um escândalo político, a mídia hegemônica esbanja parcialidade. Ele sequer informou os seus inocentes úteis que o relatório da Controladoria Geral da União (CGU), divulgado em janeiro, atesta que a despesa total com o cartão corporativo situa-se entre 0,002% e 0,004% das despesas totais do Poder Executivo – uma mixaria comparada ao que é gasto com os juros pagos aos rentistas (R$ 174 bilhões em 2007) ou mesmo aos R$ 1,04 bilhão gastos em publicidade oficial na mídia mercenária.


O "jornalismo esgoto" e descaradamente tucano também não deu manchetes aos dados da CGU sobre os gastos do governo FHC com suprimento de fundos (que envolvem os cartões corporativos). Eles foram de R$ 213,6 milhões, em 2001, e de R$ 233,2 milhões, em 2002. No governo Lula, eles foram reduzidos e mantêm-se, nos últimos cinco anos, a média anual de R$ 143,5 milhões. Segundo a CGU, as despesas só superaram este patamar em 2007, atingindo R$ 176,9 milhões, devido às despesas da Abin na segurança dos jogos Pan-americanos, à realização de dois censos do IBGE e à intensificação das operações da Polícia Federal. Elas representaram 82,4% do aumento dos gastos com cartões.


Blogueiros e o sumiço dos pragmáticos


Tamanha manipulação da "mídia esgoto" tem gerado a justa revolta dos que ainda prezam pela ética e pelo oficio do bom jornalismo. Bem diferente de certos políticos pragmáticos, que temem a ditadura midiática, fogem do debate de idéias e cedem às pressões, alguns blogueiros partem para o contra-ataque. Renato Rovai, editor da revista Fórum, critica inclusive o presidente Lula. "Ao deixar a ex-ministra Matilde Ribeiro sendo massacrada pelos meios de comunicação até ser obrigada a entregar o cargo para saciar a sanha de setores da mídia, o governo cometeu mais uma dos seus estúpidos erros políticos na relação com a oposição midiática... Ao oferecer aliados para saciar a fome dos opositores, em geral o que se faz é aumentar o apetite desses".


Diante desta passividade, os blogs dão munição para ajudar na batalha de idéias. Lembram, por exemplo, que a filha de FHC, que era funcionária da presidência, utilizou um avião da FAB para vistoriar as fazendas do pai e nunca prestou contas da despesa; que outro filho, Paulo Henrique, gastou R$ 10 milhões dos cofres públicos para montar um stand numa feira na Alemanha; e que ministros tucanos, como José Serra e Raul Jungmann, fizeram viagens de turismo com verbas públicas. O Onipresente até pesquisou o Portal da Transparência para investigar o uso do cartão corporativo por seguranças de FHC – a lei garante a regalia aos ex-presidentes. Somente em 6 de agosto de 2007, o servidor Eduardo Sacillotto encheu quatro vezes o taque do carro de FHC.


Serra e os jantares no Fasano


Eduardo Guimarães, do blog Cidadania, adverte que está em curso uma nova guerra da mídia contra o governo Lula. "Os cartões corporativos, a CGU e o Portal da Transparência constituem uma fonte inesgotável de 'matéria prima' para a mídia acusar o governo. Cada compra feita e devidamente registrada será tratada como se fosse gasto pessoal do membro do governo... Não importa se era assim, se é assim em qualquer parte e se continuará sendo assim. O que importa é dizer ao povo: 'enquanto você come pescoço de frango, o Lula come picanha argentina". Ele propõe a imediata mobilização dos "sem mídia" para denunciar que "as contas do governo Serra são uma caixa preta e que ele, ao contrário de Lula, não tem coragem de expô-las".


Já o jornalista Luiz Antonio Magalhães, que não morre de amores pelo governo Lula, afirma que "a histeria da grande imprensa com os gastos nos cartões corporativos é apenas mais uma forma de jogar para a torcida e de apostar no udenismo rastaqüera para tentar prejudicar a imagem do governo. O problema é que talvez a opinião pública esteja uma pouco mais madura do que os jornalões imaginam. Ela já sabe que Orlando Silva gosta de tapioca, mas talvez queira saber direitinho como os secretários de José Serra fazem para pagar os jantares no Fasano".
Altamiro Borges é jornalista, membro do Comitê Central do PCdoB e autor do livro "As encruzilhadas do sindicalismo" (Editora Anita Garibaldi, 2ª edição).

BRASIL

1. Fúria do Opus Dei na América Latina


[Altamiro Borges]


O jurista Ives Gandra da Silva Martins, principal expoente da seita fascista Opus Dei no Brasil, está preocupado com o avanço das esquerdas na América Latina. Num artigo raivoso na coluna Tendências/Debates da Folha de S.Paulo, ele destilou ódio e preconceito. (http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=941)




2. Ainda a propósito da questão que a Conceição Oliveira me encaminhou, a dos cartões corporativos, vale a pena ler esta matéria, que tirei do Blog do Rovai:

Governo Serra gasta 108 milhões no cartão em 2007
(07/02/2008 00:50)


O Conversa Afiada de Paulo Henrique Amorim recebeu, do líder do PT na Assembléia Legislativa de São Paulo, duas tabelas dos gastos com cartões de créditos corporativos. Em São Paulo os gastos com os tais cartões não ficam na internet, só quem tem acesso a esses dados são os líderes de partidos políticos.




Numa delas constam as despesas totais apenas de 2007 e o quanto desse montante foi sacado em dinheiro.Outra compara os gastos nos últimos anos. Os valores com saques são altíssimos e representam 44,58% do total. A secretaria da Saúde por exemplo, teria gastado 32,2 milhões nos cartões coorporativos em 2007, sendo que desse total 17,3 milhões teriam sido saques. Na Secretaria da Segurança Pública dos 24,4 milhões utilizados por esse procedimento, 14 milhões foram em saques. Ainda são 23h e os jornais poderiam reproduzir amanhã as tabelas. Aliás, Paulo Henrique Amorim afirma que a Folha teria recebido o material antes do seu site. Aposto um doce de abóbora com quem quiser que ninguém vai dar nada. Depois dessa, se alguém tinha dúvida em relação ao texto abaixo onde digo que a ministra Matilde Ribeiro não caiu por conta dos gastos com o cartão é bom começar a deixar de ler o Estadão e passar a ler mais os blogs independentes. Quero ver os moralistas que assinam colunas exigindo que o governador se explique e demita todos os que fizeram saques desproporcionais, por exemplo. Se fizerem isso, passo até acreditar em coelhinho da páscoa. O que não seria ruim, já que estamos perto da dita cuja.


PS: Ganhei a aposta, até agora os jornais que li não deram nada sobre o assunto, incluindo a Folha de S. Paulo que recebeu a denúncia e preferiu dar quase um dezena de retrancas tratando do caso em Brasília, only.


3. Paulo Henrique Amorim escreve, Guilherme Souto me envia:

A CIA PAGOU A CONTA DE FHC ?
Paulo Henrique Amorim
. O Estadão de hoje, domingo, dia 10 de fevereiro, publica no caderno Cultura dois interessantes artigos sobre o palpitante livro “Quem pagou a conta ? – A CIA na Guerra Fria da Cultura”, de Frances Stonor Saunders, Editora Record.
. Clique aqui para ler “Corrupção intelectual”, de Ubiratan Brasil, e clique aqui para ler “O preço da expressão americana”, de Antonio Gonçalves Filho - apenas para assinantes do Estadão.
. O livro de Saunders chega ao Brasil com OITO anos de atraso, cinco anos depois que FHC deixou a Presidência ...
. E, como diria o inesquecível Leonel Brizola, Saunders começou a “arrodear o alambrado”.
. Permito-me fazer um modesto acréscimo aos dois artigos do Estadão.
. Saunders dedica uma parte significativa de seu trabalho ao casamento da CIA com a Fundação Ford, “uma vasta massa de dinheiro cercada por pessoas que querem algum”, na opinião de Dwight Macdonald...
. Saunders expende 23 páginas do livro para tratar da Fundação Ford.
. Mostra que, com a chegada de John McCloy à presidência da Fundação Ford, em 1953, montou-se a ligação indissolúvel entre a Ford e a CIA – a ponto de a Ford ter uma “unidade administrativa” para gerir os pedidos e a infiltração da CIA na Fundação.
. McCloy era o que Saunders chama de “arquétipo do poder e da influência norte-americana no Século XX”.
. McCloy foi presidente do Chase Manhattan Bank (veja o asterisco * que trata da ligação do Chase com a Editora Abril) e, portanto, “empregado dos Rockefeller, assim como, mais tarde, foi Henry Kissinger.
. Tudo isso para lembrar ao prezado leitor que uma das “ações” mais notórias da Fundação Ford no Brasil foi financiar o Cebrap, por obra e graça de Fernando Henrique Cardoso, aquele que, como o Farol de Alexandria, iluminava a Antiguidade.
. O papel da Fundação Ford, segundo Saunders, era precisamente financiar organizações e pesquisas culturais e cientificas, de acordo com a política da CIA de criar um ambiente cultural a favor dos Estados Unidos.
. A bem da verdade, deve-se registrar que a primeira linha de investigação do Cebrap esteve sob a responsabilidade da excelente demógrafa Elza Berquò.
. Porém, não se deve imaginar que a Fundação Ford fosse composta de um conjunto de néscios.
. É bom não esquecer que entre as obras – ou seja, entre os best-sellers – de Fernando Henrique Cardoso se inclui “”Dependência e Desenvolvimento na América Latina – Ensaio de Interpretação Sociológica”, com Enzo Falleto, de 1970.
. Diz o livro no capitulo da conclusão:
“... a compreensão da situação atual dos países industrializados da América Latina requer a análise dos efeitos do que chamamos de ‘internacionalização do mercado interno’ expressão que caracteriza a situação que responde a um controle crescente do sistema econômico das nações dependentes pelas grandes unidades produtivas monopolisticas internacionais.” (Grifo do PHA.)
“...a situação atual de desenvolvimento dependente não só supera a oposição tradicional entre os termos ‘desenvolvimento’ e ‘dependência’, permitindo incrementar o desenvolvimento e manter, redefinindo-os, os laços de dependência como se apóia politicamente em um sistema de alianças distinto daquele que no passado assegurava a hegemonia externa. Já não são os interesses solidários (???) com o mercado interno nem os interesses rurais que se opõem aos urbanos ...a especificidade da situação atual da dependência está em que ‘interesses externos’ radicam (???) cada vez mais no setor de produção para o mercado interno...”
. Se o amigo leitor conseguiu entender alguma coisa, merece uma cocada baiana, daquelas que a “tapioca” do Serra gosta de comprar
(clique aqui para se ilustrar sobre a “tapioca do Serra”).
. Como leio o autor há algum tempo, desde quando meus professores, padres jesuítas da PUC do Rio, indicavam Fernando Henrique Cardoso como exemplo “exuberante” do método marxista de interpretação da realidade, vou tentar uma “tradução”.
. É a seguinte:
. É melhor o Brasil tirar o cavalo da chuva, porque os Estados Unidos mandam e vão mandar sempre no pedaço.
. É a “dependência” irrevogável, irreversível, inexorável ...
. Houve duas leituras para a tese da “dependência”.
. Uma parte da esquerda achou que, de fato, não havia saída e foi para a luta armada.
. É por isso que muitos estudiosos – sérios – responsabilizam Cardoso e Falleto por jogar alguns jovens na luta armada – aqueles que conseguiram entender o que Cardoso escreveu !
. Há também a leitura pela direita.
. Foi a leitura que o Presidente Fernando Henrique Cardoso fez: não adianta, eles é que mandam mesmo, vamos ao FMI porque lá é que se decidem as coisas.
. É o que ele diz até hoje: mais cedo ou mais tarde, vem um tsunami lá de fora e “eles” vão voltar a mandar no pedaço ...
. Eu trabalhava na Globo quando FHC tomou posse pela primeira vez.
. O Globo Repórter me encarregou de entrevistar o professor Albert Hirschman, em Princeton, sobre seu ex-aluno. (*2)
. Hirschman disse que a eleição de Fernando Henrique era uma prova de que a tese da “dependência” estava errada...
. De qualquer forma, errada ou não a tese da “dependência”, a Fundação Ford aparentemente fez um grande investimento em Fernando Henrique Cardoso.
. Entre as várias explicações que o Farol de Alexandria deve aos brasileiros aparece agora mais essa: ele sabia que o dinheiro para o Cebrap vinha da CIA ?
. Qual o papel da CIA política acadêmica do Cebrap ?
(*) O Chase Manhattan Bank, por sugestão do Governo americano, ajudou Victor Civita a se instalar no Brasil. Um advogado aposentado do Chase me contou, em Nova York, que o Governo americano considerava que Victor Civita se tornaria um aliado importante no Brasil. A ligação da Abril com o Chase se manteve depois da morte de Victor Civita, através de seu filho Roberto, e um executivo do Chase no Brasil, Bob Blocker.
(*2) Hirschman tem um livro “The Rhectoric of Reaction – perversity, futility and jeopardy”, Harvard University Press, 1991, que pode ser um guia muito interessante para entender a posição atual do Farol de Alexandria – “uma retórica reacionária ...
. O jornalista Sebastião Nery, na Tribuna da Imprensa, foi o primeiro a levantar o véu da relação “Fundação Ford-CIA-FHC”.
Clique aqui para ler.


4. Vânia Facury me envia o artigo abaixo, motivo de mais e mais preocupações...


AMAZÔNIA, ECOCÍDIO ANUNCIADO


Frei Betto

"Não existe cana na Amazônia. Não temos conhecimento de nenhum projeto na região, nem recente nem antigo", afirmou Reinhold Stephanes, ministro da Agricultura, dando eco ao boato oficial de que a cana se mantém distante da floresta (O Globo, 29-07-2007).




Dados oficiais revelam que o plantio de cana-de-açúcar avança sobre a Amazônia, apesar das negativas do governo federal. Projetos sucroalcooleiros instalados no Acre, Maranhão, Pará e Tocantins vivem momento de expansão acelerada. A região não só é fértil como também competitiva. Lula se equivocou ao afirmar que a cana "fica muito distante da Amazônia".




Segundo levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento - Conab -, vinculada ao Ministério da Agricultura, a safra de cana na Amazônia Legal - que compreende estados como Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins -, aumentou de 17,6 milhões de toneladas para 19,3 milhões de toneladas no período 2007/2008.




Esse cultivo na Amazônia atrai inclusive investidores estrangeiros. O fundo de investimento Cooper Fund, de aposentadas estadunidenses, agora é sócio do grupo TG Agro Industrial/Costa Pinto, que produz álcool em Aldeias Altas, no Maranhão. No município de Campestre do Maranhão, o empresário Celso Izar, da Maity Bioenergia, negocia com investidores estrangeiros quatro projetos, cada um orçado em US$ 130 milhões, para produzir 1,2 milhão de toneladas de cana. A empresa produz atualmente um milhão de toneladas.




O Greenpeace acredita que o governo não tem condições de fazer valer a proibição do plantio de cana na Amazônia. Ainda que haja leis proibitivas, como o governo pretende fiscalizar? Não basta proibir, é preciso inibir o plantio. Seria bem mais eficiente se o governo levasse a efeito o que cogitou o presidente Lula: fechar a torneira dos bancos públicos aos investidores e parar de liberar financiamentos. Só assim seria possível coibir novos projetos.




Outro problema grave na região amazônica é a extração ilegal de madeira nobre: ipê, cedro, freijó, angelim, jatobá. A cada dia, 3.500 caminhões circulam no interior da floresta, carregando madeira ilegal. Com a escassez no mundo, o preço do metro cúbico da madeira retirada da Amazônia é pago, pelos madeireiros aos proprietários da área, em média R$ 25 por metro cúbico. Depois, eles serram e exportam em pranchas ou blocos quadrados.
Na Europa, a mesma madeira é vendida pelos comerciantes locais aos fabricantes de móveis ou consumidores comuns a um preço equivalente a R$ 3.200 o metro cúbico. Uma diferença de 1.280%!! O Brasil é o segundo maior exportador de madeira do mundo, atrás da Indonésia.




Nos últimos 37 anos, desde que a ditadura acionou a corrida para a Amazônia, foram desmatados 70 milhões de hectares, dos quais 78% são ocupados por 80 milhões de cabeças de gado. No entanto, pela madeira exportada o Brasil amealhou apenas US$ 2,8 bilhões. Menos do que um ano de exportações da Embraer, fabricante de aviões.




Pecuaristas desmatam para abrir pasto. Basta conferir. Os maiores produtores de carne estão exatamente nos municípios paraenses onde há mais desmatamento: São Félix do Xingu, Conceição do Araguaia, Marabá, Redenção, Cumaru do Norte, Ourilândia e Palestina do Pará. Detalhe: 62% dos casos de trabalho escravo ocorrem em fazendas de pecuária.




Grandes empresas, que possuem vastas extensões de terra na Amazônia legal, desmatam para plantar eucalipto e transformá-lo em carvão vegetal destinado às suas siderúrgicas na região. Põem abaixo a floresta tropical mais rica em biodiversidade do mundo e implantam o monocultivo de eucalipto, sem nenhuma diversidade vegetal, e o transformam em carvão, que aumenta o aquecimento global. Enquanto as empresas se agigantam, a nação fica com o ônus da degradação ambiental.




A Amazônia é vítima de um ecocídio em função da ganância do capital. Se a sociedade não pressionar e o governo não agir, no futuro haverá ali um novo Saara, com graves conseqüências para a sobrevivência da humanidade e da Terra.




Frei Betto é escritor, autor de "Calendário do Poder" (Rocco), entre outros livros.


5. Definitivamente não sou fã da autora deste artigo, mas acredito que ela acertou na mosca desta vez!



ELIANE CANTANHÊDE




Da tapioca à pizza


BRASÍLIA - Os R$ 108 milhões dos cartões do governo Serra em 2007 são o Eduardo Azeredo da crise da tapioca. Quando os tucanos mais comemoravam o mensalão, Azeredo entrou na roda e estragou-lhes a festa. Quando começavam a brindar a tapiocaria, vem a água fria dos cartões de Serra.




Quanto mais se acusam, mais tucanos e petistas se parecem. Os dois lados blefam ao alardear a criação de uma CPI em Brasília e outra em São Paulo para investigar uso do dinheiro público em restaurantes caros e baratos, lojas de doces e de jóias, hotéis e carros alugados em feriados. Uma orgia.




A CPI e a crise tendem a evoluir de tapioca para pizza e emperram três movimentos que tucanos e petistas vinham ensaiando antes e durante o Carnaval: Serra e os filhos de Lula aos sorrisos num camarote no Rio de Janeiro; conversas mais do que amigáveis entre Aécio Neves e Fernando Pimentel para uma candidatura única em Belo Horizonte; os acertos Lula-Serra-Aécio para acabar com a reeleição e rever o cronograma.




Como pano de fundo, a entrevista de José Dirceu à revista "Piauí", em que ele releva antigas e sólidas divergências e elogia Serra como homem público e presidenciável. Neste momento, Dirceu deixou de lado o consultor e se reassumiu como um dos principais quadros políticos do país. Não foi descuido.




Os petistas e tucanos de internet, essas novas categorias do cenário político, irresponsáveis e agressivas, ficariam surpresíssimos se ouvissem a troca de elogios que Serra e ilustres lulistas trocam fora dos holofotes. Mas não seguiriam.




Aliás, nem compreenderiam.




Qualquer tentativa de pensar grande, seja de Lula, seja de Serra, seja de Aécio, acaba indo de roldão na avalanche de pequenos e grandes erros comuns aos dois lados. O dinheiro público vai para o ralo, e a política vai junto. Certamente porque o poder é deletério e talvez porque falte grandeza ao ser humano.



6. O artigo do Dimenstein vale, entre outras coisas, pela apresentação do verdadeiro “primor” que é a descrição do objetivo da avaliação feita em pedagogês. Veja no último parágrafo do texto dele.

GILBERTO DIMENSTEIN




Teste de múltipla falta de escolha


Na prática, o brasileiro está impedido de ler e entender uma notícia com um mínimo de complexidade



SEM NENHUM AVISO PRÉVIO , submeti a duas meninas de 12 anos, estudantes de uma escola privada paulistana (Oswald de Andrade), um teste de leitura que foi aplicado aos alunos da rede de ensino municipal da cidade de São Paulo, cujo resultado acaba de ser divulgado. Elas não estão entre as primeiras da classe nem estão abaixo da média, entretanto atingiram a pontuação de 325, ou seja, acertaram todas as questões -a escala vai de 0 a 325, correspondendo a diferentes habilidades. Acertaram sem demonstrar dificuldade.A força desse fato só aparece na comparação: só 2,9% dos alunos da oitava série da rede pública conseguiram chegar ao nível mais alto. O detalhe é que as duas estudantes da escola privada vêm da sexta série. Se a comparação fosse com a mesma série, elas estariam quase sozinhas no topo da avaliação. Para não dizer sozinhas, estariam entre 0,3% dos que fizeram a prova. Daí se vê como prospera a desigualdade social. Espantado? Espere para ver.

Para chegar ao nível 300, seria preciso ler um artigo de nove linhas no qual se informa que, ao contrário da maioria dos rios que correm para o mar, o Tietê vai para o interior. Logo em seguida, apresentou-se uma poesia de Mário Andrade, onde se lê: rio que entras pela terra/ e que me afastas do mar. Diante de um teste de múltipla escolha, cerca de 90% dos alunos da oitava série não souberam fazer uma relação entre a imagem poética e a explícita informação sobre a direção do Tietê, ou seja, não indicaram a opção de que o rio segue em direção ao interior, já explícita, com todas as letras, no artigo. Atingiu a pontuação máxima (325) quem soube dizer, também em questão de múltipla escolha, que uma crônica de Fernando Sabino faz um relato no tempo presente para falar do passado. Menos de 97% dos estudantes chegaram lá.

Vamos descer um pouco na pontuação. No nível 275, pediu-se que o aluno identificasse uma frase em que aparecia o nome de um país com letra maiúscula. A palavra China aparece logo na primeira linha de um artigo sobre um golfinho. Resultado: 70% dos alunos da oitava série erraram; 90% da sexta série não acertaram. Prepare-se, então, para mais uma surpresa.

Com esse resultado, tomando por base o último teste nacional ( Prova Brasil), os alunos da oitava série da rede municipal paulistana, dos quais 70% não acertaram a frase com a palavra China, seriam vice-campeões em leitura se comparados a seus colegas das demais capitais. Estariam, na verdade, praticamente empatados em primeiro lugar. A tradução, em essência, é que, na prática, o brasileiro está impedido de ler e entender uma notícia com um mínimo de complexidade. Não por outro motivo, as eleições se resumem, basicamente, a um jogo de imagens e frases de efeito.

Para não dizer que tudo é má notícia, a Prova São Paulo traz a inovação, que deveria ser copiada em todo o país, de que pela primeira vez se pode saber o desempenho não só de cada escola mas também de cada aluno -o problema é saber quantos podem ler e, acima de tudo, entender os seus resultados.

PS - Assim como houve um esforço, no passado, de explicar o "economês" dos economistas, vamos ter de traduzir o "pedagogês" dos pedagogos. Não há nenhuma razão para que não se divulgue também uma versão simplificada em uma escala de 1 a 10 ou coisa parecida. Assim os pais saberiam com clareza se seu filho está aprendendo, e a pressão popular seria maior. As avaliações trazem trechos só acessíveis a especialistas, e olhe lá. Veja as habilidades necessárias para a pontuação 325, segundo o manual que acompanha a Prova São Paulo. O aluno deve conseguir o seguinte para chegar a esse nível:
1) Estabelecer relações lógico-discursivas, em texto literário narrativo (crônica), identificando o efeito expressivo produzido pelo narrador no discurso enunciado, com a mudança de categoria de tempo (debreagem temporal) do fato narrado projetado no passado (não agora) para o fato narrado projetado no presente (agora); 2) Inferir item de informação subentendida, em texto expositivo informativo, com base em dada proposição hipotética, avaliando sua aplicação prescritiva em situação pública.

NUESTRA AMERICA



Mega-projeto de infra-estrutura, IIRSA busca integrar continente sul-americano de modo a facilitar exportações


Igor Ojeda (correspondente em La Paz, Bolívia) e Luís Brasilino (da Redação)
Do centro da América do Sul, para os oceanos. Do Pacífico, para o Atlântico. Do Atlântico, para o Pacífico. Não importa a direção e o sentido. O destino será quase sempre o mesmo: o mercado externo.
Essa é a lógica da Iniciativa para a Integração da Infra-Estrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), mega-projeto que, como o nome revela, tem como objetivo a conexão rodoviária, fluvial, marítima, energética e de comunicação do continente.
A IIRSA foi criada em agosto de 2000, em Brasília, por 12 países sul-americanos (só a Guiana Francesa não aderiu), quando, em um encontro que tinha o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso como anfitrião, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) apresentou o projeto. Todos os governantes aceitaram a sugestão.


Extração


“A IIRSA obedece ao modelo de liberalização dos mercados, privatização e extração de recursos. O objetivo é o de acelerar a exportação de matérias-primas”, opina a mexicana Paulina Novo, coordenadora do Projeto Biceca (Construindo Consciência Cívica Informada para a Incidência e a Conservação na Amazônia Andina, na sigla em inglês), que realiza amplos estudos sobre a IIRSA.
Ela lembra que, além dos inúmeros impactos que os mega-projetos podem causar no meio ambiente e nas comunidades camponesas e indígenas (quase nunca consultadas ou ouvidas de modo inadequado), o projeto, além de manter a dependência da América do Sul em relação às nações ricas, pode aprofundar as assimetrias internas e regionais, pois abrirá as portas para os produtos brasileiros nos demais países do continente. O Brasil, por sinal, figura como o grande impulsionador regional da iniciativa.


Privatização


A IIRSA prevê 507 grandes obras em 20 anos, com um investimento total estimado em 70 bilhões de dólares. Destes, segundo Paulina, 21,2 bilhões de dólares já estão sendo executados, em 145 projetos.
Para o sociólogo Luis Fernando Novoa, da Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais, a iniciativa representa o estágio final das reformas neoliberais levadas a cabo desde os anos 1990. “Os setores econômicos que sobrevivem aos processos de reestruturação são absolutamente dependentes dos mercados internacionais como supridores, intermediários ou distribuidores. Ao invés do tripé desenvolvimentista dos anos 1960/1970 (Estado, capital nacional e capital estrangeiro), o que se prefigura em projetos como esse é um organismo público-privado que operacionaliza e naturaliza a lógica do capital financeiro e dos setores privatistas, em nome da competitividade, da produtividade e do crescimento”, avalia.


Segurança jurídica


Para ele, a IIRSA deve ser encarada não como um projeto em si mesmo, e sim como “uma metodologia de repasse de recursos naturais, mercados potenciais e soberania a investidores privados, em escala continental, com respaldo político e segurança jurídica”.
Na página na internet da IIRSA (
www.iirsa.org), pode-se ler que a iniciativa tem “como objetivo promover o desenvolvimento da infra-estrutura com base em uma visão regional, procurando a integração física dos países da América do Sul e a conquista de um padrão de desenvolvimento territorial eqüitativo e sustentável”.
Para Magnólia Said, presidente do Centro de Pesquisa e Assessoria (Esplar), não é bem assim. De acordo com ela, o projeto não foi pensado como proposta de aproximação entre países e suas populações, mas como incorporação e adaptação de territórios, de modo que estes possam trazer benefícios de interesse ao capital.


Endividamento


“Nenhum dos projetos de infra-estrutura definidos para as áreas de maior incidência de recursos estratégicos têm em vista favorecer as populações pobres, ribeirinhas, indígenas, quilombolas e camponesas”, analisa Magnólia, que lembra que um plano coordenado e financiado pelo BID não pode resultar em quebra de estrutura de dominação.
De acordo com dados de Paula Novo, do Biceca, os governos financiarão 62,3% dos projetos da IIRSA. A iniciativa privada bancará 20,9%, enquanto o restante virá de instituições financeiras, como o BID, a Corporação Andina de Fomento (CAF) e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), do Brasil.
Ou seja, há ainda o risco da dívida externa dos países sul-americanos crescerem. “A dívida não é apenas uma questão financeira, mas, principalmente, um instrumento político, pois garante a implementação do interesse das instituições financeiras multilaterais e das grandes corporações, translatinas e transnacionais”, alerta Elisângela Soldatelli Paim, coordenadora de projetos do Núcleo Amigos da Terra Brasil
(leia reportagem completa na edição 258 do jornal Brasil de Fato).


2. Eleições no Paraguai e miopia da imprensa brasileira
por jpereira
Contribuidores: Pe. Alfredo J. Gonçalves


O que sabe o povo brasileiro sobre o processo eleitoral do país vizinho? Quem são os candidatos e quais as novidades do processo?
Pe. Alfredo J. Gonçalves


Impressiona a cegueira ou miopia dos grandes Meios de Comunicação Social brasileiros. Desde algum tempo, como sabemos, vêem dando ampla cobertura ao processo eleitoral dos Estados Unidos. Os candidatos à presidência desse país, tanto do partido democrata quanto republicano, têm desfilado com uma freqüência inusitada, seja nas páginas dos principais periódicos, seja nos rádio e telejornais diários.
Em contrapartida, o que sabemos, ou melhor, o que sabe o povo brasileiro sobre o processo eleitoral do vizinho Paraguai? Quem são os candidatos à presidência e quais as novidades do atual processo? Ora, enquanto as eleições estadunidenses representam um cenário mais ou menos familiar, sem grandes rupturas com o passado, no país vizinho, ao contrário, verifica-se um fato novo que, por si só, mereceria maior atenção da mídia e dos cientistas políticos em geral.
O fato novo chama-se Fernando Lugo, um dos atuais candidatos à presidência da República Paraguaia. Trata-se de um ex-bispo, historicamente vinculado às lutas camponesas, e que, segundo as pesquisas, vinha ameaçando a hegemonia política do partido colorado, há mais de seis décadas no poder. Da mesma forma que Lula e Evo Morales, Lugo tem suas raízes mergulhadas nos movimentos e nas causas populares.
Ao lado de Fernando Lugo, outros candidatos disputam a presidência: Lino Oviedo, autor de um golpe de Estado fracassado, ex-exilado político no Brasil e recente prisioneiro político no Paraguai; Blanca Avelar, pelo partido colorado, abertamente apoiada pelo atual presidente, Nicanor Duarte Frutos; e Pedro Fadul, por um partido de oposição.
Convém lembrar que Oviedo teve sua prisão suspensa pelo Poder Judiciário com a clara intenção de comprometer a preferência do eleitorado por Fernando Lugo. E convém não esquecer, ademais, que o presidente Lula e seu governo, embora com uma trajetória política semelhante à de Lugo, parecem pender mais para Lino Oviedo, que na verdade representa a continuidade da política paraguaia, onde, notória e escandalosamente, a corrupção está na ordem do dia.
Tudo isso vem sendo ignorado ou conscientemente encoberto pela grande imprensa brasileira. Com maior estranheza, ainda, se consideramos que as eleições no Paraguai estão às portas, marcadas para o mês de abril, ao passo que nos Estados Unidos ocorrerão somente no final do ano. No ar fica a pergunta: quais as razões desse silêncio? O certo é que, como em épocas passadas, o Brasil mais uma vez vira as costas para a história de seus vizinhos hispano-americanos e se rasga em notícias diante dos acontecimentos da Europa e Estados Unidos.
No caso das eleições paraguaias, há um agravante. É sabido que Fernando Lugo, por estar fortemente ligado às causas populares, promete rever, entre outras coisas, o contrato binacional da hidrelétrica Itaipu. O contrato foi firmado no tempo dos militares e apresenta cláusulas lesivas aos interesses do povo vizinho.
Talvez uma forma de reverter esse quadro de desconhecimento quanto ao que ocorre do outro lado da fronteira fosse incorporar na agenda dos debates nacionais a revisão do tal contrato entre os governos brasileiro e paraguaio. Não será essa uma dívida que seguimos teniendo con nuestros hermanos paraguayos”?



INTERNACIONAL

1. Bush colocou os EUA num pântano", diz Wallerstein
por jpereira
Eventual presidente democrata traria tão poucas mudanças quanto Lula, diz sociólogo
08/02/2008
Tatiana Merlino,da redação




Na opinião do sociólogo estadunidense Immanuel Wallerstein, “há um protecionismo crescente dentro dos EUA”. Ele acredita que o livre comércio não será o principal tema na próxima administração estadunidense, já que não haverá apoio no Congresso para isso. Em entrevista ao Brasil de Fato, o professor afirma que o presidente Bush “colocou os EUA num pântano, e qualquer maneira de sair dele será negativa ao país”. Em relação à possível chegada de um democrata na presidência, Wallerstein faz uma analogia com o Brasil. “Vai, provavelmente, trazer tão poucas mudanças quanto Lula.”


Brasil de Fato- As eleições nos Estados Unidos podem alterar a política externa do país?
Immanuel Wallerstein - A política externa terá um estilo bem diferente, mas o que será diferente substancialmente ainda está indefinido. Os Estados Unidos estão numa situação de muitas dificuldades no Oriente Médio, dificuldades que os EUA têm criado para si mesmo. Basicamente, Bush colocou os EUA num pântano, e qualquer maneira de sair dele será negativa para o país. Por isso, a incerteza de o que fazer. Não está claro para mim que algum candidato democrata tenha uma alternativa clara para oferecer.


BF O senhor avalia que nessas eleições a questão econômica está concentrando maior atenção dos candidatos do que nas anteriores?
IW - A questão econômica tem se tornado muito central nos EUA em função da recessão em que o país e o mundo estão entrando. Mas não é a primeira vez que a questão econômica é central numa eleição. Na verdade, é muito comum que os eleitores dos EUA se preocupem mais com assuntos econômicos do que assuntos relacionados à política externa.


BF - Os presidenciáveis estão fazendo discursos críticos em relação aos acordos de livre comércio. Há espaço para alterar a economia do país?


IW - Há um protecionismo crescente dentro dos EUA precisamente por causa da recessão, que vem depois de um longo período de perda de empregos na indústria para outros países. Acredito que o livre comércio não será o principal tema na próxima administração estadunidense, já que não haverá apoio no Congresso para isso.


BF - O senhor sustenta que o império estadunidense está em decadência. A crise econômica pela qual o país passa hoje é um sinal disso?
IW - É claro. O que Bush fez, com seu programa duplo de corte de impostos para os ricos e o excesso de gastos para as guerras do Iraque e Afeganistão, foi prolongar a posição do país na economia mundial além do que poderia sustentar. Em função disso ele tem naufragado os dois últimos amparos do poder geopolítico dos EUA. Agora, o dólar vai deixar de ser a única moeda corrente nas reservas dos países do mundo. E as forças armadas têm demonstrado que, com todo o seu maquinário, podem não vencer uma guerra contra uma resistência um pouco fraca, mas popular.


BF - Com o possível triunfo dos democratas nas próximas eleições, que mudanças podem acontecer?


IW - Eu lhe ofereço uma analogia brasileira. Em 2002, Lula e o PT sucederam Fernando Henrique Cardoso. Em 2009, um Democrata (Hillary Clinton ou Barack Obama) vai suceder George W. Bush. O democrata vai, provavelmente, trazer tão poucas mudanças quanto Lula.


BF - Existe a possibilidade de haver uma guerra contra o Irã? Em caso afirmativo, quais seriam as conseqüências geopolíticas?
IW - O debate sobre Irã é mais ou menos exagerado. Aqueles dentro da administração Bush que são a favor da guerra (o vice-presidente Dick Cheney e os neoconservadores) perderam para os "realistas" (Condoleezza Rice e Robert Gates) que se opõem à guerra. Os realistas têm argumentado que uma guerra contra o Irã pode ser um fiasco ainda maior do que a invasão do Iraque, e que os EUA simplesmente não têm as tropas e as finanças para esta ação. Então, meu prognóstico sobre a guerra com o Irã é que nada vai mudar até o próximo ano. Bush vai fazer declarações, Ahmaninejad [Mahmoud Ahmadinejad, presidente do Irã] também. E nada acontecerá.


BF - Qual será a política adotada para o Iraque?


IW - já disse que não há uma boa política para os EUA no Iraque, para o seu ponto de vista. Então continuará a hesitação. Eu acho que o que pode acontecer é o nascimento de uma aliança nacionalista no Iraque, entre as forças sunitas, sadristas e outros grupos xiitas, em torno de um tema comum, exigindo que os EUA retirem todas as suas tropas e as suas bases. De fato, os iraquianos vão retirar os estadunidenses antes que eles tomem a decisão de se retirar.


BF - E em relação aos imigrantes, como deve ser a política (tanto dos republicanos quanto dos democratas). Devem manter o cerco aos latinos?


IW - O tema da imigração é como a questão do Irã. Vai continuar havendo muita gritaria em todos os lados, e nada vai acontecer. Os imigrantes vão continuar a entrar no país, legal e ilegalmente. Os imigrantes ilegais não vão se tornar cidadãos, mas eles não vão ser expulsos. Nesse momento, é totalmente impossível se votar alguma legislação relacionada às questões da imigração.


BF - Quais são as relações dos democratas com os grandes grupos econômicos?
IW - Os democratas têm, sempre tiveram, e vão continuar tendo relação com facções das grandes corporações.


BF - Em relação à energia, os Estados Unidos irão continuar impulsionando o etanol e buscando petróleo na África?
IW - A política de energia é um dos assuntos menos claros entre as políticas dos EUA, porque as forças internas são muito divididas em relação a esse assunto. Os políticos dos EUA continuam demandando que o país seja menos dependente da importação de energia. Eu penso que, pelo contrário, os EUA vão, provavelmente, se tornar mais dependentes no futuro do que já são hoje em dia. (TM)


Quem é
Immanuel Wallerstein nasceu em 1930, em Nova York. É doutor em Sociologia pela Universidade Columbia, onde lecionou. Foi também professor na Universidade McGill (Canadá) e na Universidade Binghamton, em sua cidade natal. Desde 2000, é pesquisador-sênior do Departamento de Sociologia da Universidade Yale. Estudioso do marxismo e crítico do capitalismo global, é uma das principais referências teóricas dos movimentos antiglobalização. É autor dos livros O Universalismo europeu: a retórica do poder, da trilogia O Sistema-mundo moderno, e de O declínio do poder americano.




José Arbex Jr.
Não se trata de uma crise qualquer; a crise estadunidense expõe a olhos nus o frágil edifício sobre o qual se construiu a chamada "globalização". (Clique no título ou então vá para o site http://www.brasildefato.com.br/)

ARTE&CULTURA

1. RUY CASTRO


Ditadura da cacofonia


RIO DE JANEIRO - Há dias, um homem foi morto na praia de Caraguatatuba (173 km de São Paulo) por se recusar a baixar o volume da suposta música que saía de seu carro. Digo suposta porque o noticiário não informava o que ele estava tocando, embora se possa garantir que não seria uma valsa, um samba-canção ou uma bossa nova. Esses gêneros musicais já mataram muita gente de paixão. A tiros, nunca.




Para alguns, pode ter parecido inusitado: alguém foi à loucura com o ruído desproporcional saído de um equipamento de som e, na briga, deu-se a tragédia. Pois, para mim, o incrível é que não aconteça a três por dois. Em toda parte, a toda hora, pessoas ou comunidades inteiras são agredidas pela boçalidade sonora de uma minoria que já ignora o que seja viver em sociedade. E, se isso não desperta mais instintos assassinos, é porque suas vítimas temem desafiar quem ouve "música" em tal volume. É como viver sob uma ditadura -e, na verdade, vivemos sob a ditadura da amplificação.




O mundo já foi bem mais silencioso. Até os anos 60, a superamplificação de instrumentos ou de caixas de som era coisa restrita aos profissionais. Não estava ao alcance das pessoas comuns. Quem quisesse submeter-se à cacofonia, tinha de ir aonde ela estivesse sendo produzida. Hoje, qualquer porta-malas de Fusca dispara uma massa sonora capaz de ensurdecer quarteirões -e de levar a gestos desesperados.




Quem tem a infelicidade de ser vizinho de bailes funk, igrejas evangélicas ou shows de "música" eletrônica já se perguntou se a vida no inferno será muito pior. Se ele fechar as janelas, a vibração quebrará os vidros. Se deixá-las abertas, sofrerá um estresse provocado por aumento da freqüência do pulso, da pressão sangüínea e da produção de adrenalina. A lei do silêncio já existe. Mas é preciso torná-la um caso de saúde pública.



2. Imagens distorcidas

Estudo traça perfil da representação da mulher na literatura brasileira contemporânea.

Veja em http://cienciahoje.uol.com.br/110589


LIVROS E REVISTAS

1. Leia as resenhas dessas três obras na Revista Fênix

- Brasil em Tempo de Cinema – Ensaio Sobre o Cinema Brasileiro de 1958 a 1966
Henrique José Vieira Neto






2.

Nas bancas o número 52 da Historia viva. Traz um dossiê sobre a Unificação Italiana. Biografia de Garibaldi. Artigos: a rebeldia dos primeiros ateus – o verdadeiro Robinson Crusoé – Nazistas a contragosto.








3. Nas bancas o numero 29 da Revista de Historia da Biblioteca Nacional. Artigos principais: Mercier: arte no exílio – Sabinada: sangue na Bahia – Mosteiro de São Bento – Pedagogia da força – Entrevista com Caio César Boschi – Soldados indígenas na guerra do Paraguai – A Constituição do Estado Novo.








4. Nas bancas o número 05 da revista Leituras da História. Entrevista com Pietra Diwan sobre a política de eugenia do começo do século XX – Mitos e lendas sobre a idade Média – As sementes da Evolução, de Tales a Darwin – Os tempos da moda – Os inimigos de Roma – o Teatro Amador Paulista – O espetáculo da realeza solar (Luis XIV).


5. Lançamentos UFMG/Arquivo Público Mineiro


ROTEIRO PRÁTICO DE CARTOGRAFIA: DA AMÉRICA


PORTUGUESA AO BRASIL IMPÉRIO

Organização de Antônio Gilberto Costa
Editora UFMG, 256 páginas









ODONTOLOGIA - A HISTÓRIA RESTAURADA Organização de Heloísa Maria Murgel Starling, Betânia Gonçalves Figueiredo, Júnia Ferreira Furtado e Lígia Beatriz de Paula Germano Editora UFMG, 208 páginas








PANFLETOS ABOLICIONISTAS - 13 DE MAIO EM VERSOS


Organização de Renato Pinto Venâncio


Arquivo Público Mineiro, 124 páginas





REVISTA DO ARQUIVO PÚBLICO MINEIRO Vários autores Arquivo Público Mineiro, 200 páginas





6. Nas bancas o numero 7 do jornal Le Monde Diplomatique Brasil. Artigos principais:
Brasil: os limites da democracia – Estados Unidos: as causas da crise econômica – Bolívia: impasses da revolução – Lucro financeiro: a lei da selva – Mercosul: iniciativas sem gás – Indústria cultural: a destruição do indivíduo.


SITES E BLOGUES

1. Conceição Oliveira indica:

Ricardo, dá uma passada no blog maria fro (http://www.mariafro.blogspot.com/), lá postei três textos de três intelectuais negros sobre o episódio dos cartões corporativos e a queda da ministra, em um dos comentários dos posts postei também um texto do blog do Eduardo Guimarães sobre a junção desse episódio a guerra sistemática da oposição tucana e democratas ao governo Lula.Triste é a queda da ministra acontecer juntamente com o aniversário de 5 anos da 10639/03 (aliás a respeito dela postei alguns textos e sugestões de trabalho no blog da história em projetos http://www.historiaemprojetos.blogspot.com/

2. Luciana Macedo indica:


Revista Super interessante (EDIÇÕES 1988 a 2006)
Os editores da Revista Super interessante liberaram o conteúdo das edições antigas da revista, de 1988 a 2006. Se você tem filhos, netos, sobrinhos, etc. não deixe de indicar a eles a leitura deste post, fonte de material de pesquisa para trabalhos escolares.
http://super.abril.com.br/super2/superarquivo

NOTICIAS

1. Simposio: Sociedad y Derecho en América Latina, siglos XIX y XX.
Organizadores: Wilton C. L. Silva (UNESP – Universidade Estadual Paulista, Brasil) http://br.f602.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=wilton@assis.unesp.br
Evelyne Sanchez (Colegio de Tlaxcala, México /Universidad de Toulouse 2, Francia) http://br.f602.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=s_evelyne@yahoo.com
53° CONGRESO INTERNACIONAL DE AMERICANISTAS (Los Pueblos Americanos – Cambios y Continuidades: La Construcción de lo Propio en un Mundo Globalizado), México, 19 – 24 de julio de 2009

Estamos nos propondo a organizar um encontro multidisciplinar a partir das referências da História e das Ciências Sociais para refletir sobre as relações entre Sociedade e Direito na América Latina dos séculos XIX e XX, um campo extenso para reflexões teóricas e empíricas voltadas para a compreensão das influências recíprocas entre os processos históricos, sociais e culturais e as realidades jurídicas.

A prioridade às comunicações será dada para aquelas que propõem explicitamente um assunto relacionado ao tema do Congresso – “Mudanças e Continuidades: A Construção de Identidades em um Mundo Globalizado ”.

As propostas de comunicação devem ser enviadas aos coordenadores pelo correio eletrônico, até 28 de fevereiro de 2008, e devem fornecer os seguintes dados: Nome, instituição e endereço eletrônico do autor, título da comunicação, um resumo sumário com no máximo 500 palavras e com 5 palavras-chaves.

2. UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO
CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E NATURAIS
DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA

Concurso Público de Provas e Títulos para provimento de 1 (uma) vaga para o cargo de Professor Assistente em Teoria e Metodologia da História

Área: Teoria e Metodologia da História
Classe: Professor Assistente
Regime de Trabalho: 40 horas – dedicação exclusiva
CRONOGRAMA DO CONCURSO
Inscrições: 7/2/2008 a 4/3/2008
Realização do Concurso: 7/4/2008 a 11/4/2008
Nomeação no Diário Oficial da União (dependendo da decisão do MEC): 30/5/2008
Posse: 30/6/2008
Local de inscrição: Departamento de História – Centro de Ciências Humanas e Naturais – Avenida Fernando Ferrari, nº 514, Campus Universitário – Alaor Queiroz de Araujo – Goiabeiras – Vitória – ES – CEP: 29075-910.
Horário das Inscrições: 9 às 13 e 14 às 17:30hsTel/Fax: (27) 4009 2507 –
PONTOS PARA A PROVA
1. HISTÓRIA, CIÊNCIA E OBJETIVIDADE
2. HISTÓRIA, NARRATIVA E FICÇÃO
3. IDEOLOGIA, IMAGINÁRIO E MENTALIDADES: CONCEITOS E DEBATES
4. HISTÓRIA E TEORIA SOCIAL
5. HISTÓRIA ORAL
6. ANÁLISE DE FONTES ICONOGRÁFICAS
7. POSITIVISMO E HISTÓRIA
8. HISTORICISMO
9. A CONCEPÇÃO MARXISTA DA HISTÓRIA
10. ESCOLA DOS ANNALES E NOVA HISTÓRIA
Atenciosamente,Prof. Dr. Antonio Carlos Amador Gil
Chefe do Departamento de História "