Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

16.8.06

Numero 053



EDITORIAL

Vamos tentar iniciar um debate aqui no boletim. Gostaria que você, leitor/leitora, expusesse suas razões para votar nulo ou não nas próximas eleições. Está-se fazendo um grande barulho, principalmente na internet, a respeito disso. Trago dois comentários, que podem servir de base para os debates. Leia-os, e comente! Envie seu comentário para rimofa@terra.com.br e no próximo boletim ele estará aqui.

Voto nulo: sim ou não?

1. Votar nulo pode ser um erro, mas é um direito. Quem afirma é Guilherme Fiúza, no blog do site nominimo. Confira aqui: http://politicaecianominimo.ig.com.br/?p=331/

2. Vilas Boas Correa (do site www.nominimo.com.br)

A longa e interminável temporada de escândalos da praga da corrupção esgotou a paciência, a capacidade de indignação da população enojada e farta. As novidades de cada dia escorrem pela alarmante indiferença, pelo conformismo que se resguarda na justificativa de que não há concerto para o que nasce torto ou que o exemplo vem do alto.

A safra de cada dia acrescenta o novo estouro que poucos ouvem e prestam atenção. Muitas são notícias requentadas ou ampliadas, como a repulsiva decisão da maioria, da quase unanimidade dos partidos de garantir a legenda, para disputar a reeleição, aos investigados pela CPI dos Sanguessugas – a bandalheira recordista do governo do presidente-candidato Lula e, não por acaso, o PT foi o primeiro a perdoar, entre lágrimas, até os parlamentares denunciados pelas CPIs dos Correios e do Bingo e pelo Conselho de Ética e assegurar-lhes a vaga na chapa partidária.

As justificativas, de um cinismo sem jaça, percorrem a escala do amparo aos companheiros caídos em desgraça à da dependência dos votos dos faltosos para fortalecer o partido.

Cada dia parece que a patifaria passa da conta. Qual, a imaginação dos espertos é um saco sem fundo. As suspeitas de ligação dos ex-ministros da Saúde do governo Lula, Humberto Costa (PT) e Saraiva Felipe (PMDB), com a máfia das ambulâncias, forçaram o relator da CPI dos Sanguessugas, senador Amir Lando (PMDB-RO), a criar uma sub-relatoria para investigar o Executivo. E na fila dos suspeitos, além da Saúde, perfilam-se os ministérios da Educação e Ciência e Tecnologia.

Ora, sem Congresso não há democracia. Convém lembrar o truísmo enquanto é tempo de sacudir a campanha eleitoral da pasmaceira do desempenho dos candidatos que lideram as pesquisas, convocando-os a assumir as responsabilidades pela limpeza do Legislativo.

Pode ser cômoda a desculpa eterna, que invoca a soberania dos poderes, para fugir dos riscos da inequívoca responsabilidade diante da ameaça de uma recaída na aventura da crise institucional.Sozinho, sem ajuda, o Parlamento não sai da cisterna em que se emporcalhou. E o eleitor não fará a sua parte sem a mobilização da sociedade, pela iniciativa das suas tradicionais lideranças.

O candidato-presidente já disse todas as tolices do seu repertório e da autolouvação do maior governo de todos os tempos. Os sinais de alerta da fadiga do eleitorado rondam o seu favoritismo e alertam para a urgência de uma correção da rota da soberba para a aterragem na dura realidade.Convém puxar a aba do paletó do candidato oposicionista, o tucano Geraldo Alckmin, para temperar o discurso com as pitadas de sal da denúncia da falência do Congresso.

O horário eleitoral em rede de rádio e TV, que começa no próximo dia 15, é a esperança para massificação do protesto que necessita sair à rua. O voto nulo é a fuga, não é o grito de indignação. Se os partidos se acumpliciam com a clara manobra da absolvição dos envolvidos na série de assaltos aos cofres da viúva – do valerioduto que abasteceu o caixa dois para o financiamento das campanhas do presidente Lula, do PT e aliados; do mensalão para a compra e aluguel de parlamentares – e, agora se esquivam diante do lamaçal podre da compra de ambulâncias, ônibus escolares superfaturados, a insensatez covarde desaguará fatalmente na pregação golpista.

É duplamente calhorda e pulha a escusa dos candidatos e dirigentes partidários em aprofundar a análise do flagelo da corrupção com a desculpa de que as urnas não renovarão os mandatos dos ladrões. Só a extensão da lista dos citados nos relatórios das CPIs, da Procuradoria Geral da República, do Ministério Público, da Polícia Federal e outros confirmam a dificuldade do eleitor para a triagem do joio misturado com o trigo.

E não é só. Compete aos partidos, aos estudantes, às entidades de classe, aos segmentos organizados da sociedade a liderança que esclareça a inutilidade do voto nulo, que só ajuda os corruptos, e iniciar o debate que imponha aos candidatos o compromisso claro, nítido e detalhado com a proposta de reforma política abrangente.

Se deixar por conta do Congresso, o corporativismo passará a mão pela cabeça dos companheiros injustiçados. E não irá além dos remendos óbvios como o financiamento público das campanhas, o controle e redução das emendas de parlamentares ao Orçamento e outras panacéias, úteis, mas insuficientes.Para cortar as pelancas das mordomias, das vantagens, dos privilégios, da madraçaria da semana de dois a três dias é preciso que o povo proteste e use o voto como a arma da cidadania consciente e possessa.

A raiva, bem utilizada, é um santo remédio.
Cura até sem-vergonhice.

2. A semana foi marcada por acontecimentos inusitados. Aqui nessas plagas, o seqüestro de dois funcionários da Rede Globo inaugura uma nova tática para ganhar visibilidade. Na Europa e nos Estados Unidos, novamente o pavor ante a perspectiva de novos ataques que poderiam causar milhares de mortes. No Oriente Médio, fala-se de paz, mas continua-se a matar, principalmente civis. Que mundo é este?

A globalização do medo – Carla Rodrigues, http://www.nominimo.com.br/

PCC seqüestra jornalista. Semana de ataques em São Paulo e de ameaças de ataques em Londres. Não há um lugar seguro no planeta. O medo é um sentimento globalizado, que caminha junto da exclusão e da invisibilidade.
O resgate exigido pelo PCC é a exibição de um vídeo na TV. Existir é ter voz, e ter voz é estar na tela da TV. A revolta é contra estar na categoria de “não-pessoas
”, como o sociólogo Luiz Carlos Fridman classifica os invisíveis do sistema. Visibilidade é o que estão buscando movimentos culturais da periferia, como a Cufa de MV Bill. O objetivo é ter cara, rosto, é mostrar “o outro lado”.
…estamos presenciando graves e radicais rupturas na vida cotidiana da cidade moderna e do mundo moderno. A modernidade se tornou obsoleta e suas grandes e fundamentais funções estão sendo questionadas na prática. No avião ou na rua, nossa vida passou a ser regulada pelo medo. Modos, costumes, jeitos, tudo já está mudado e, o que não está, muda rapidamente nessas horas.
A afirmação é de outro sociólogo, José de Souza Martins
, em artigo publicado no jornal Estado de São Paulo (apenas para assinantes).A vida regulada pelo medo é uma das principais marcas da sociedade contemporânea. Do desconhecido, do estranho, de todo outro que não identifico como igual.
Essa profunda insegurança está diretamente ligada ao desmantelamento das instituições sociais que nos amparavam. Na opinião de muitos autores, entre eles o historiador Eric Hobsbawn, o fundamentalismo é a contrapartida a esta insegurança, numa tentativa de reinventar a tradição para “fazer face aos sentimentos de dispersão, particularidade, complexidade e descentramento que alimentam a atmosfera de inconstância e incerteza.”

Publicado por Carla Rodrigues - 14/08/06 12:01 AM

3. Escassez de água afeta bilhões de pessoas no mundo – notícia pouco percebida, em meio a tantas “dignas” de maior visibilidade na mídia. Mas leia o que o Instituto Internacional de Gerenciamento da água pesquisou e publicou. É preocupante, pois um terço da população mundial (cerca de 2 bilhões de pessoas) já está afetado pela escassez de água!
http://br.news.yahoo.com/060816/5/17vd9.html

4. Para concluir... mais um convite. Dia 24 de agosto, estaremos em Nova Lima para uma palestra e noite de autógrafos do livro Historia de Minas Gerais.




INTERNACIONAL

A guerra no Líbano continua a ser manchete. No Correio Caros Amigos, Renato Pompeu tenta nos dar mais uma luz para compreendermos o que está acontecendo. Iara Pietricovsky, da Agência Carta Maior, também nos fornece bons indicadores, não poupando um lado, pelo contrário, suas críticas se dirigem tanto a Israel quanto ao Hezbollah

1. Muitos guerreiam e poucos parecem ter razão
por Renato Pompeu ;

Nesse conflito de Israel com o Líbano – o governo israelense prefere dizer que o conflito é com o Hezbollah, e não com o governo libanês – parece claro que Israel é o agressor. Com efeito, a argumentação do governo israelense não tem pé nem cabeça: diz que está procurando resgatar soldados seqüestrados pelo Hezbollah. Mas não esclarece o que esses soldados israelenses estavam fazendo no Líbano – não há dúvidas de que o Hezbollah não invadiu Israel para capturá-los e nem o governo de Ehud Olmert argumenta isso. Desta vez, o Hezbollah só começou a lançar mísseis contra cidades israelenses depois de ter sido atacado.

A outra argumentação de Israel também não convence. Segundo a continuação da argumentação, o Hezbollah é uma organização terrorista que deve ser desarmada. Os Estados Unidos e outros países ocidentais também apontam o Hezbollah como organização terrorista. Mas, para o governo libanês, o Hezbollah é um partido político que conta legitimamente com uma milícia armada, usada exclusivamente para defender o país dos invasores israelenses, que por sinal se retiraram do Líbano em 2000 sem terem desarmado o Hezbollah, apesar de anos de ocupação.

Além disso, se o objetivo é resgatar os soldados israelenses seqüestrados, ou mesmo desarmar o Hezbollah, por qual razão Israel está realizando uma matança em massa de civis desarmados, principalmente crianças, em particular por meio de bombardeios aéreos que parecem indiscriminados?

Não, sem dúvida os objetivos de Israel, como país agressor, são outros: tudo indica que o governo israelense pretende estabelecer um protetorado sobre o Líbano, para ter uma cunha contra a Síria e até contra o Iraque e o Irã, sem contar outros países árabes e muçulmanos. Para isso, a milícia do Hezbollah tem de ser extinta.

Quem tem de estabelecer se o Hezbollah tem ou não direito a manter uma milícia é o governo do Líbano. Há informações de que o Hezbollah pretende incorporar-se às Forças Armadas libanesas, embora mantendo uma estrutura própria dentro delas. Caso isso não seja aceito por Israel, pelos Estados Unidos e por outros países, não há motivo, por exemplo, para esses países concordarem, como concordam, que as milícias curdas, no Iraque, se incorporaram às Forças Armadas iraquianas, mas mantendo a sua autonomia dentro dessas Forças Armadas. O apoio de Israel, dos EUA e outros países aos curdos iraquianos é justificado pelo fato de que o governo iraquiano aceitou a situação – ora, o governo libanês aceita que o Hezbollah mantenha a autonomia de sua milícia. Nesse caso estão sendo usados dois pesos e duas medidas.

Mas, se Israel é o grande culpado na atual situação, na situação geral do Oriente Médio nem todas as partes do outro lado têm razão. Com efeito, não só o Hezbollah, mas também o Hamas, partido que governa a Autoridade Palestina e também conta com uma milícia armada, não aceitam a existência de Israel. Ora, a existência de Israel está garantida pelo Direito Internacional, por meio de uma resolução da ONU que partilhou a antiga Palestina britânica entre um Estado judeu e um Estado árabe. Do mesmo modo que Israel não pode impedir a instauração do Estado palestino, nem pode continuar a ocupação que mantém há quatro décadas, também não se pode impor pelas armas a destruição do Estado de Israel. Dois Estados para dois povos, é a linha adotada por pessoas como os colaboradores da Caros Amigos José Arbex Jr., de origem árabe, e Gershon Knispel, de origem judaica. Quem quiser que o Estado de Israel deixe de existir tem de lutar para que a partilha da ONU seja anulada pela própria ONU, pelo menos se se pretende seguir o Direito Internacional.
Renato Pompeu é jornalista e escritor.

2. Iara Pietricovsky
Tempo de lutar contra os fundamentalismos (clique no resumo para ler a matéria)

São aviltantes os ataques de Israel ao Líbano e do Hezbollah a Israel. Faz muito tempo que os ódios de ambas as partes são alimentados, para servir à conveniência dos poderosos do mundo. Como fazer com que os mandatários das grandes potências desistam de uma política beligerante, acirrada após o 11 de setembro de 2001? - 11/08/2006

Para os defensores da Globalização, tida como inevitável...para aqueles que consideram dinossauros os que se opõem a ela. Vale a pena ler:

3. DISTORÇÕES DA GLOBALIZAÇÃO
Países do Sul transferem aos do Norte o equivalente a 3 Planos Marshall por ano

Susan George, especialista nas distorções e desigualdades ligadas à globalização, calcula que, em 2004, o Sul transferiu ao Norte US$ 274 bilhões (saldo das transações); apenas os pagamentos de serviços da dívida chegaram a US$ 374 bilhões. > LEIA MAIS Economia 11/08/2006

4. O medo que tomou conta da Inglaterra e se alastrou aos Estados Unidos, provocando o alerta vermelho pela primeira vez desde o fatídico 11 de setembro de 2001:


Em alerta vermelho
Prisão de 24 suspeitos no Reino Unido frustra maior atentado desde 2001, leva caos aos aeroportos e deixa no ar a pergunta: quando e onde será a próxima tentativa? - leia em: http://www.terra.com.br/istoe/1921/internacional/1921_em_alerta_vermelho.htm


5. A Índia tem sido largamente noticiada. Aponta-se que ela em breve será uma grande potência mundial, que está se desenvolvendo de forma extraordinária, etc, etc, e etc... Mas até que ponto esse crescimento (e não desenvolvimento) indiano beneficia realmente a população? Emir Sader critica o modelo:

14/08/2006
O "modelo" indiano

“Cerca de 260 milhões de pessoas sobrevivem com menos de um dólar por dia. Quase 50% das crianças com menos de seis anos são subnutridas. Mais da metade das mulheres são analfabetas. Metade dos domicílios não tem eletricidade.” “...muitas, se não a maioria das crianças, terminam a escola primária pública incapazes de dominar a aritmética simples.” “Outro estudo detectou que de 1999 a 2003 o percentual de crianças totalmente imunizadas contra enfermidades que atacam na infância caiu de 52% a 45%.”

“Mas há só cinco paises no mundo com um gasto público menor no setor” (de saúde). “Assim, até os pobres estão pagando por assistência médica privada.” “Em muitas cidades....mais da metade das crianças está em escolas particulares. Uma pesquisa de abrangência nacional, baseada em visitas de surpresa a escolas públicas, descobriu que menos de metade dos professores nas folhas de pagamento estava presente e dando aulas. Enquanto em muitos países pobres os moradores nas cidades têm acesso ininterrupto à água, em muitas cidades .... as torneiras só não estão secas durante umas poucas horas por dia. Os ricos compram bombas, abrem poços e constróem caixas d´água. Os pobres ficam horas nas filas para obter água de bicas e caminhões.”

E no entanto os dados se referem a um país que a direita considera “modelo”, que tomam como referência para se perguntar “por que o Brasil não cresce como eles”.

Esse país é a Índia e as citações são tiradas do último número da revista conservadora The Economist. Este é o novo “modelo” que o pensamento liberal tem a propor ao mundo.
(Blog do Emir, no site da Agência Carta Maior)


BRASIL


(Charge de Maringoni. Agência Carta Maior)


1. É assustador pensar que mais da metade dos sanguessugas já descobertos está filiado ou ocupa cargos importantes na estrutura de algumas igrejas chamadas de “evangélicas”. Mas... este nosso país é fértil em contradições....
58% da propina foi para evangélicos, diz CPI dos Sanguessugas.
leia em: http://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u81306.shtml

2. Mais uma contradição tupiniquim. Enquanto o mundo olha para nós de forma confiante, a ponto de o chamado risco-país atingir o mais baixo patamar de sua história.... o risco que cada cidadão e cidadã enfrenta diariamente nas ruas só faz aumentar....

Risco-país despenca...mas o risco-rua...

Na semana em que o risco-país caia ao patamar mais baixo de sua (curta) história, o risco de se caminhar nas ruas explodia. Mais de 170 ataques do PCC e o medo das populações de dezenas de cidades mostram: uma coisa é uma coisa e outra coisa não diz coisa com coisa. Indicadores neoliberais não têm nada a ver com a vida real. > LEIA MAIS Economia 11/08/2006

3. Continuando a reportagem sobre o ciclo de debates promovido pela Agência Carta Maior sobre o tema do desemprego, mais alguns artigos reveladores de medidas que podem e devem ser tomadas –algumas até simples! – conseguiriam dar o empurrão para minimizar ou até mesmo resolver a questão da empregabilidade...

DEBATES CARTA MAIOR
Só pressão popular fará governo adotar metas de emprego

Na segunda rodada de Debates Carta Maior, especialistas fazem diagnóstico da situação crônica de desemprego no país e concluem que a situação só será revertida se o país crescer a taxas mais elevadas por um longo período, além de ter políticas ativas para absorver a massa de subempregados. Mas isso só ocorrerá se o governo for pressionado pela sociedade.
> LEIA MAIS Política 09/08/2006
• Política econômica tem de ter compromisso com emprego
• Mais recursos do FAT para o Sistema Público de Emprego, Trabalho e Renda
• Crescimento econômico maior não garante emprego para todos
• Sem crescimento sustentável, políticas para gerar empregos são inócuas
• Agricultura familiar: chave para criar e manter emprego no campo

4. No Observatório da Imprensa uma denúncia importante. A ONG Transparência Brasil, que teve a “audácia” de publicar o currículo secreto das Excelências, mostrando as falcatruas daqueles que desejam se reeleger, está sendo ameaçada de processo pelo procurador da Câmara dos Deputados. Leia e se indigne...

NOVOS MODOS DA VELHA CENSURA
Procurador da Câmara ameaça Transparência Brasil
Por Nota oficial da TB em 10/8/2006

O deputado Ney Lopes, procurador legislativo da Câmara dos Deputados, ameaçou processar a organização não-governamental Transparência Brasil pelo fato de esta promover a campanha "Não vote em mensaleiro" (e sanguessuga, gafanhoto etc.).
A campanha exorta o eleitor a não votar em indivíduos indiciados na Justiça por diferentes tipos de crimes.
Conforme ofício dirigido à entidade pelo gabinete do deputado Lopes, a campanha "Não vote em mensaleiro" atentaria contra o Parlamento Nacional.
Em resposta ao deputado Lopes, o diretor executivo da Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo, afirma que:
"Não há razão jurídica que impeça qualquer cidadão ou organização de pregar ao eleitor que evite votar neste ou naquele indivíduo por qualquer razão que seja, desde que verídica.
"É verídico que parlamentares foram indiciados na Justiça como réus em inquéritos relativos a escândalos como os do Mensalão, dos Sanguessugas, dos Gafanhotos e tantos outros.
"Sendo verídico, nada há que nos impeça de instar o eleitor a evitar votar no gênero de indivíduo que se comporta de modo a dar motivos para sofrer indiciamento criminal.
"Observo, ainda, que o uso da Procuradoria Parlamentar da Casa para pressionar uma entidade no sentido de esta deixar de exercer o que é um direito constitucionalmente assegurado nada tem a ver com a preservação de direitos da Câmara dos Deputados, mas representa meramente a defesa de interesses individuais de parlamentares acusados de crimes."


NUESTRA AMERICA

Enviado pela amiga Ana Claudia Vargas:

Entrevista de Aleida Guevara ao JORNAL BRASIL DE FATO 07/07/2006

"A revolução cubana é processo humano"O governo dos EUA gasta US$ 55 milhões por ano para provocar problemas internos em Cuba

Direitos Humanos

Este é um assunto muito manipulado contra Cuba. Quando você vai à Europa, eles gostam de falar dos "direitos individuais", da "liberdade de expressão", da "liberdade de imprensa". Chovem perguntas. "E a democracia em Cuba?", te perguntam e eles próprios respondem: "Não há democracia em Cuba". Então, eu pergunto: "Pelo o que vocês chamam de democracia?". Porque a palavra democracia vem do grego, "poder do povo". E vocês têm democracias com reis, o que é um pouco difícil de entender, mas está bom, existe. Então depende de cada país, mas, a nós, soa muito estranho juntar um rei com a palavra democracia. De todo maneira, eu digo, onde está a democracia de um país em que 95% do seu povo num plebiscito disse "não" à guerra e depois o seu governante manda tropas a esta guerra. Onde está esta tal de democracia, este poder do povo?

Cuba hoje

A revolução cubana é um processo humano, portanto não é perfeita. Precisamos também saber olhá-la de maneira crítica. Mas também temos que avaliar de onde vêm os problemas. Primeiro, entra em Cuba um grande número de turistas, europeus sobretudo, que traz consigo os males de sua sociedade de consumo. Por que culpam as prostitutas, por exemplo, quando és tu quem se beneficia delas, quem as "utiliza"? Da mesma forma que o império yankee (estadunidense) diz: "Vamos cair matando em cima da Colômbia por causa da cocaína. Mas você é que é consumidor de cocaína, homem. Não é a Colômbia, é você. É você, Estados Unidos, que tem que melhorar os seus problemas internos e não acabar com um povo. Por uma necessidade econômica, tivemos que permitir a entrada do turismo, com todos os seus males e problemas. A entrada do turismo coincidiu com uma crise econômica brutal por que passávamos. Crise econômica é uma porta aberta para crise de valores. O que acabou por propiciar uma situação muito crítica. Por que cada uma das mulheres que se prostituem em Cuba é como se um fosse um punhal sendo enfiado em nosso peito. Por que lutamos pela dignidade do nosso povo, lutamos para que a cada dia nosso povo tenha mais cultura. Não podemos aceitar isso mesmo que esta situação atingisse apenas uma pessoa. Por isso, estamos trabalhando "mulher-a-mulher" para que isso acabe.

Dissidentes

Não sei em português, mas em espanhol, dissidente significa que você não está de acordo com algo que eu penso, que eu digo. Você é contrário ao que eu sinto, você é dissidente frente a uma situação. Mas dissidente não recebe dinheiro da Europa e dos Estados Unidos para dizer coisas contra a revolução, porque quando você recebe este dinheiro, você se converte em mercenário, não em dissidente. Muda e muda muito fortemente para o povo cubano porque estamos defendendo nossa integridade como povo. Vocês sabem quanto gasta o governo dos Estados Unidos anualmente para provocar problemas internos em Cuba? US$ 55 milhões. Cerca de US$ 5 milhões estão destinados para que cada uma das embaixadas dos EUA espalhadas pelo mundo faça propaganda contra a revolução cubana. São US$ 5 milhões para que seus diplomatas não sejam diplomáticos. Por que vamos permitir que esta gente vendida aos interesses do inimigo mais criminal da história do meu povo venha a dizer coisas a um jornal nacional? Por quê? Isso já dizem todas as televisões do mundo.

Estados Unidos

Temos problemas com a publicidade e a propaganda que atingem Cuba. Estamos a 160 quilômetros dos Estados Unidos. Isto significa que estamos vulneráveis a cinco estações de rádio, emitidas de lá, em perfeito espanhol para Cuba, não em inglês. Há um canal de televisão que eles emitem, que chamam de José Martí, numa completa falta de respeito ao nosso herói nacional. Para falar mal do processo cubano e dizer que nos Estados Unidos se encontra a nossa felicidade. Além disso, há uma lei criada em 1966 pelo governo dos Estados Unidos que deveria ser alvo de protestos de todos os latino-americanos. Esta lei diz que qualquer cidadão cubano que chegar aos EUA ilegalmente, e pôr seus pés lá, tem direito à moradia, a trabalho, a uma ajuda financeira para começar e se quiser pode tornar-se cidadão estadunidense. Eles não querem cubanos legalmente, querem cubanos ilegalmente - somando-se isso a um bloqueio criminal. Mas agora com a união em torno da Alternativa Bolivariana para a América (Alba), as pessoas estão mais tranqüilas, conseguem vislumbrar que existem sim outras possibilidades que podem ajudar a viabilizar Cuba economicamente.

Venezuela

Quando nós, em Cuba, percebemos que o presidente Chávez, em nome do processo bolivariano, realmente começou a fazer mudanças importantes, como uma reforma agrária massiva, quando começou a se preocupar com o estudo gratuito, com a saúde gratuita para o seu povo, nós dissemos: "Podem contar conosco". Hoje, existem 23 mil profissionais da saúde trabalhando junto ao povo venezuelano, que são cubanos. Existem professores, instrutores de arte, de esporte. Enfim, companheiros que estão acompanhando o processo por dentro. Isso para nós, nos fez rejuvenescer. É como se voltássemos aos primeiros anos da revolução, mas agora com mais experiência, mais cultura, portanto podendo ser mais úteis. Agora, o processo venezuelano, diferentemente do cubano, vive dificuldades sérias. Porque em Cuba, durante os primeiros anos da revolução, a grande maioria da burguesia nacional emigrou para os Estados Unidos, o que fez com que nós ficássemos à época com a metade dos profissionais de saúde que tínhamos. Para 5 milhões de pessoas, nós ficamos com 6 mil médicos. Talvez tenha sido melhor porque conseguimos formar uma nova geração de profissionais. Isso não ocorre hoje na Venezuela, onde a maior parteda burguesia nacional que é corrupta e vendida aos interesses dos Estados Unidos continua no país. Os meios de comunicação pertencem a esta burguesia e causam muitos danos porque desinformam o povo. Há pouco, estive em Caracas. Eu estava participando de um programa de televisão e um rapaz me perguntou: "A senhora fala que o presidente Chávez é solidário, mas ele se desfaz do nosso petróleo enquanto ainda temos problemas a resolver" e eu disse: "E o petróleo tem algum sabor? É saboroso para comer o petróleo? Então, querido, ele está trocando o petróleo pela carne que vocês ainda não produzem, pelas sementes que fazem falta para produzir. Então, ele não está dando de presente o seu recurso, mas intercambiando-o de uma forma que todos os povos da América Latina deveriam fazer: intercambiar nossas riquezas para nos tornarmos independentes da velha Europa de uma vez por todas, dos Estados Unidos, das transnacionais. Mas as pessoas na Venezuela começam a perceber as mudanças. Eu fui visitar médicos cubanos nas colinas de Caracas. E quando chego lá em cima com a língua de fora, me sai uma mulher negra que diz: "Daqui você não vai tirar nenhum médico. Ele é meu". Eu respondi: "Claro que é seu, eu só vim visitá-lo, mas com uma condição, você tem que cuidar dele". E ela retrucou: "Eu trato dele como se fosse meu filho". Essas coisas é que podem fazer com que povos tornem-se irmãos.

Bolívia

O presidente Evo Morales tem mostrado vontade política de mudar este país. De nacionalizar os recursos, de permitir que, pela primeira vez, o povo possa ser dono do que produz, de que as riquezas um dia não sejam mandadas para a Europa, mas que fiquem aqui para o seu povo. Que o dinheiro não vá para as mãos das transnacionais, mas sim que fiquem no país para ser investido em melhor educação, saúde, moradia e trabalho. Evo está fazendo isso. Conquistando seus recursos para poder fazer nascer a sociedade que queremos. Então, ele tem todo o apoio do povo cubano. Além do mais, a Bolívia, do ponto de vista histórico, representa algo especial porque ali caiu combatendo o Che, e é muito lindo que este país possa seguir adiante a sua luta.

Coca-cola

Estava no Equador, durante o Fórum das Américas, quando um grupo de pessoas começou a atirar pedras contra um edifício, depois de termos completado com muito êxito uma marcha de protesto. Sabe o que aconteceu? Os meios de comunicação nem citaram a marcha, apenas falaram de vandalismo, de terrorismo. No dia seguinte, conversei com o grupo: "Vocês querem combater o capitalismo? Então, temos de atingir a sua economia, certo? Vamos fazer um acordo, nem vocês e nem eu vamos tomar mais Coca-Cola. Nunca mais. Tanto é que quando estou no Brasil e peço uma guaraná, pergunto: "É Antarctica ou não?" Se não for, eu não tomo. É uma questão de princípio. É muito mais fácil, através do teu exemplo, fazer uma pessoa te seguir, do que você ter de fazer força para empurrar alguém. O exemplo pessoal é fundamental. Cada um de nós se converte no reflexo de outras pessoas, cada um de nós é importante para manter a unidade, a integridade do movimento contestador. Temos de ter um auto-princípio que nos faça exigir de nós mesmos antes que nós exijamos dos outros alguma coisa. Temos de marcar a diferença com a nossa própria vida.

Aracruz

Uma vez, um jornalista brasileiro me perguntou se eu apoiava a destruição dos laboratórios da Aracruz pelas mulheres da Via Campesina, e eu respondi: "eu não posso julgar uma realidade que eu não vivo. Eu tenho um teto, eu tenho comida, eu tenho um lugar para estar com meus filhos, mas muitas mulheres e homens deste país não têm". Então, eu disse a ele, por que você não pergunta diretamente a eles.
http://www.brasildefato.com.br/v01/agencia/entrevistas/

SITES INTERESSANTES

1. Quer ler livros clássicos, de Política, Filosofia, Literatura, Sociologia, Ciências?
Veja aqui:

http://www.ateus.net/ebooks/index.php

2. Aristóteles, nosso contemporâneo
Senso comum perpetua idéias do filósofo grego sobre genética e hereditariedade, mostra colunista
Leia em: http://cienciahoje.uol.com.br/54755

3. Visite o novo site do Centro Cultural UFMG
http://www.centrocultural.ufmg.br/
mais informações sobre a programação no telefone 3238-1090
ou no email: ccult-comunic@proex.ufmg.br

4. O professor Wilson de Oliveira Netto, de Joinville, abriu um blog destinado à discussão de questões didáticas de História. Recomendo a todos e quem quiser pode enviar contribuições para ele. http://diariosdehistoria.zip.net/


NOTICIAS



1. A Universidade Federal de Tocantins (UFT) está promovendo o IV Seminário Fontes Históricas:Patrimônio da Sociedade - História, Educação e Práticas Culturais.

A programação pode ser pedida por mail para givaldo@gmail.com

Participação de Mary Del Priori(USP),Virgínia Amoedo (UFPE), Ernesta Zamboni (UNICAMP) e outros

Evento: de 11/09 até 15/09

INSCRIÇÕES

PARTICIPAÇÃO NAS OFICINAS:De 26 de julho a 31 de agosto de 2006, pela Internet, no site da UFT (Eventos) ou na abertura do evento em 11 de setembro de 2006, para vagas remanescentes

APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS NA FORMA DE COMUNICAÇÃO COORDENADA E/OU COMUNICAÇÃO LIVRE: De 26 de julho a 21 de agosto de 2006, somente pela Internet, no site da UFT

LANÇAMENTO DE LIVROS E REVISTAS: Até 31 de agosto de 2006

2. 1ª Semana do LABDOC na UFSJ

A sigla LABDOC significa Laboratório de restauração e conservação de Documentos e Obras Raras, funciona na UFSJ - Universidade Federal de São João del-Rei (MG).

Esta 1ª Semana do LABDOC na UFSJ será um ciclo de palestras, no campus Dom Bosco e no Museu Regional, está sendo programado para o evento, que é gratuito e aberto a todos os interessados. Entre os palestrantes, professores do Departamento de Ciências Sociais, Políticas e Jurídicas da UFSJ (Decis) e profissionais ligados a entidades preservacionistas, como o Instituto Histórico e Geográfico de São João del-Rei (IHG) e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Tema: Patrimônio Cultural da Comarca do Rio das MortesData: 16 a 19 de agosto de 2006. Outras informações pelo telefone (32) 3379-2458.
http://www.ufsj.edu.br/Pagina/labdoc/1a._semana_do_labdoc.php

3. PBH recebe inscrições para estágio de ensino superior

Entre os dias 14 e 31 de agosto, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte recebe inscrições de candidatos a estágio de ensino superior em órgãos da administração municipal. As inscrições serão feitas pela internet, a partir das 8 horas do dia 14.

Os interessados devem preencher o formulário disponível no site da Prefeitura. Qualquer estudante de nível superior pode se inscrever, independente do período que estiver cursando. Com a iniciativa, a Prefeitura pretende gerar um banco de dados de 15 mil nomes, com prazode validade de um ano.

Confira abaixo as principais informações sobre o estágio

- As inscrições objetivam a criação de um banco de dados com no mínimo 15.000 estudantes interessados em estágio, a ser utilizado no suprimento das demandas da PBH;

- Tendo em vista o grande número de interessados, a inscrição não garante necessariamente o acesso à vaga;

- Pode se inscrever qualquer estudante de nível superior, sendo que a maior oferta de vagas é para os cursos de Direito, Psicologia, Serviço Social, Pedagogia, Normal Superior, Arquitetura e Urbanismo, Administração, Engenharia Civil, Comunicação Social e Ciências Contábeis;

- A validade da inscrição é de 1 ano, podendo ser prorrogada a critério da Secretaria Municipal de Administração e Recursos Humanos;

- Os estudantes que se inscreveram em cadastramento anterior, deverão efetuar nova inscrição, uma vez que o novo cadastro substituirá o banco de dados atual;

CONDIÇÕES PARA INSCRIÇÃO

- Poderão se inscrever estudantes regularmente matriculados e freqüentes nos Estabelecimentos de Educação Superior, reconhecidos pela legislação vigente e que tenham domicílio na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

- O candidato portador de deficiência deverá declarar a deficiência da qual é portador no momento da inscrição e, posteriormente, protocolizar na Gerência de Estágio o laudo médico atestando a espécie e o grau ou nível de deficiência, com expressa referência ao códigocorrespondente da ClD - Classificação Internacional de Doença.O laudo médico deverá ser protocolizado, no período de 1º de setembro de 2006 a 29 de setembro de 2006, na Gerência de Estágio ou encaminhado via SEDEX, endereçado à Gerência de Estágio - Av. Álvares Cabral, 200 - 8º andar - Centro CEP 30.170.000.Na falta do laudo médico ou não contendo as informações indicadas, o requerimento de inscrição será processado como de candidato não portador de deficiência, mesmo que declarada tal condição.

CARGA HORÁRIA /BOLSA

A carga horária do estágio é de 20 horas semanais e a bolsa de complementação educacional no valor de R$324,00;

ORIENTAÇÕES DE PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO

Para sua segurança, não tenha pressa em preencher o formulário. A inscrição só estará concluída com a emissão do comprovante contendo o número de inscrição, que deverá ser impresso ou anotado

- No campo série/período atual deve ser feita a conversão do ano escolar em períodos;

- O contato com o candidato será feito através de telefone fixo sendo imprescindível que o número informado esteja absolutamente correto;

- Os candidatos que residem na região metropolitana de Belo Horizonte devem digitar no campo referente a bairro - BAIRROS REGIÃO METROPOLITANA.-

A inscrição estará concluída após clicar o botão ADICIONAR.

Informações ou dúvidas entre em contato com a Gerência de Estágio no telefone:3277-4951 ou 3277-4610.


LIVROS E REVISTAS

1. Ministério Público da União lança Dicionário de Direitos Humanos

O lançamento, em 31 de julho, de uma nova obra reforça a batalha pelos direitos humanos no Brasil: o Dicionário de Direitos Humanos. A iniciativa, encabeçada pelo Ministério Público Federal de São Paulo, de elaborar uma publicação on-line de fácil acesso à população merece aplausos, pois além de fornecer definições e informações sobre o tema, possibilita a participação de interessados.

Os verbetes já escritos foram elaborados por especialistas e qualquer que se sinta preparado pode participar de sua elaboração e complementação, devendo para tanto passar pelo crivo do Conselho Consultivo do Dicionário. Registrando-se no site, também é possível enviar comentários e sugestões aos autores dos verbetes. (Fonte: Redação do Idec) http://www.esmpu.gov.br/dicionario/tiki-index.php

2. Com satisfação, noticiamos a publicação de mais um número do BHD - Boletim de História Demográfica. Os endereços indicados a seguir conduzem diretamente aos números já publicados do BHD. Para tanto basta clicar sobre qualquer um dos endereços ou copiá-lo na caixa "Endereços" do seu navegador (Explorer ou outro qualquer).http://www.brnuede.com/boletinsenha.htm

http://historia_demografica.tripod.com/boletinsenha.htm

http://members.tripod.com/~Historia_Demografica/boletinsenha.htm

3. O terceiro numero da Revista do Brasil encontra-se nas bancas, mas também pode ser lido no site da Agência Carta Maior: http://www.agenciacartamaior.uol.com.br/ - Artigos variados: Nossa imprensa livre – As eleições mexem com todos – Renda, motor do país – A batalha das mulheres pelo direito de votar – Educação: a receita certa fará a diferença – o Estatuto da Criança e do Adolescente – Sônia Braga agradece a Jorge Amado – O espetáculo na notícia – Agentes penitenciários: trancados por dentro – Alcoolismo é doença, entre outros.

4. já está no ar a décima primeira edição da REVISTA TEMA LIVRE (http://www.revistatemalivre.com/), que apresenta:

Entrevistas com os historiadores:

Prof. Dr. CARLOS GABRIEL GUIMARÃES (UFF)

Profª. Drª. CLAUDIA WASSERMAN (UFRGS)

Os artigos:
CAPÍTULOS PARA A HISTÓRIA LUSO-PLATINA: A CIDADE DE BUENOS AIRES COMO PONTO DE INTERSEÇÃO DO COMÉRCIO ENTRE POTOSÍ E O ATLÂNTICO PORTUGUÊS (De FÁBIO FERREIRA)
CAMPOS HISTÓRICOS – AS DIVERSAS MODALIDADES HISTORIOGRÁFICAS NO MUNDO CONTEMPORÂNEO (De JOSÉ D’ASSUNÇÃO BARROS)
A GÊNESE DA HISTÓRIA DO TRABALHO E DOS TRABALHADORES NO BRASIL E OS PARADIGMAS DA ‘TRANSIÇÃO’ E DA ‘SUBSTITUIÇÃO’ (De MARCIA REGINA OLIVEIRA LUPION)
Matéria Especial sobre o REAL GABINETE PORTUGUÊS DE LEITURA: jóia cultural, histórica e arquitetônica localizada no centro da cidade do Rio de Janeiro.
E a sétima parte da EXPOSIÇÃO VIRTUAL IMAGENS DE PORTUGAL apresentando o CASTELO DE VILA DA FEIRA, além de outros sítios histórico-culturais da região.

Basta acessar: http://www.revistatemalivre.com/

INFORME 14/2006 DA ANPUH

1. EVENTOS

(a) O III Simpósio Regional do Centro de Estudos da História da Igreja na América Latina - CEHILA-Brasil, acontecerá nos dias 24, 25 e 26 de agosto na cidade de Goiás, Unidade Universitária Cora Coralina, da Universidade Estadual de Goiás. Para programação e outras informações, acesse http://www.cehila-brasil.com.br/Detalhe.aspx?;A=17&C=126

(b) O Centro de Documentação e Pesquisa Histórica (CDPH) da Universidade Estadual de Londrina apresenta, entre 21/8 e 06/9, como parte das atividades da III Semana de História e Arquivologia, a exposição Fotos do Acervo "Oswald Nixdorf". Oswald Nixdorf nasceu em agosto de 1902, na cidade de Bremen na Alemanha e faleceu em 1981, na cidade de Londrina. Oswald era Engenheiro Agrônomo, formado na Alemanha, e trabalhou em diferentes lugares como Sumatra, Estados Unidos, Alemanha, Brasil e Paraguai. Chegou no Brasil em abril de 1932 para assessorar a Companhia de Terras Norte do Paraná. Fundou a cidade e colônia de Rolândia e foi Presidente do Conselho da Ricasa - Rolândia, Indústria, Comércio e Agricultura S/A. Oswald, durante a 2ª Guerra Mundial, foi preso, juntamente com outros líderes da colonização, por suspeita de propagarem a ideologia nazi-fascista no Paraná. O acervo é composto de, aproximadamente, 8.000 folhas de documentos, mais de 69 livros, além de filmes, fotos e anotações pessoais.http://www.uel.br/cch/cdph/

(c) O Centro de Estudos e Documentação do Pensamento Antigo Clássico, Helenístico e sua Posteridade Histórica, do IFCH/Unicamp, apresenta o Ciclo interdisciplinar de seminários do segundo semestre de 2006. Para programação, acesse aqui: Ciclo

2. CONCURSO

Por ocasião dos 200 anos da chegada da Corte portuguesa ao Brasil, a serem comemorados em março de 2008, a Comissão Luso-Brasileira para Salvaguarda e Divulgação do Patrimônio Documental - COLUSO lança o "Prêmio D. João VI de Pesquisa". O concurso será realizado pela COLUSO com a interveniência da Universidade de Coimbra e da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro - UNIRIO, integrantes do Grupo Tordesilhas; e apoio do Real Gabinete Português de Leitura; do Liceu Literário-Português e da Real e Benemérita Sociedade Portuguesa Caixa de Socorros D. Pedro V, além do Arquivo Nacional do Brasil e do Instituto dos Arquivos Nacionais Torre do Tombo (IANTT), de Portugal. O Prêmio tem por objetivo estimular o uso de fontes sobre o período joanino, custodiadas por arquivosbrasileiros, portugueses e estrangeiros, difundindo-as por meio da publicação dos seis melhores trabalhos (três selecionados pela Comissão Julgadora de Portugal e três pela Comissão Julgadora do Brasil). Calendário: Agosto a dezembro: Lançamento e divulgação do Prêmio D. João VI de Pesquisa; Fevereiro: Prazo final para recebimento dos trabalhos; Maio: Divulgação dos 6 (seis) trabalhos vencedores; Junho: Ato público para a abertura dos envelopes, contendo a documentaçãoe conseqüente identificação dos vencedores. Para mais informações, consulte o edital na página do Arquivo Nacional: http://www.arquivonacional.gov.br

3. LANÇAMENTO DE REVISTAS

a) O Curso de História da Fundação Universidade Federal do Tocantins lançará no dia 11 de setembro no Auditório do Centro de Ensino Médio de Palmas - TO na abertura do IV Seminário Fontes Históricas, o primeiro número da Revista Fontes Históricas. Mais informações juciene@uft.edu.br

(b) Já estão disponíveis no endereço www.uepg.br/rhr os mais recentes números da Revista de História Regional, do departamento de História da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

Artigos do Volume 09, número 01: Método, raça e identidade nacional em Silvio Romero (Ricardo Luiz de Souza); Biografia e gênero; repensando o feminino (Tania Regina Zimmermann e Márcia Maria de Medeiros); Revisão crítica da tese do "suicídio revolucionário" (Durbens Martins Nascimento); A imprensa e a ação da Igreja Católica de Taubaté em meados do século XX (Mauro Castilho Gonçalves); Ex-escravos, imigrantes e estado na constituição da classe trabalhadora de Uberabinha/MG(1888-1915) (Antônio de Pádua Bosi); Nota de Leitura: GIANNATTASIO, Gabriel. Sade, um anjo negro da modernidade. São Paulo:Imaginário, 2000, 206p. (Daniela Casoni Moscato)

Artigos do Volume 09, número 02: Encontros de um empleado: a violência bárbara e a coerção civilizadora em José Encarnación de Zás (Uruguai, 1817-1851) (Juan Andrés Camou Viacava); Trajetória do poder e transformações na vida política (sul de minas, Estação Dias, 1940-1990) (Igor José de Renó Machado); Caminhos do ecumenismo (Agemir de Carvalho Dias); Imprensa, história e imagens: questões sobre a cobertura das guerras da Coréia (1950-1953) e do Vietnã (1964-1973) (Orivaldo Leme Biagi); Representações: A Polícia Militar feminina no Paraná (1979-1984) (Andréa Mazurok Schactae);

Artigos do Volume 10, número 01: Saúde pública: centralização, autoritarismo e expansão dos serviços - São Paulo nas décadas de 1930 e 1940.(Antonio Carlos Duarte de Carvalho); La alimentación como reflejo del desarrollo físico en dos comunidades rurales de México: Cholula e Ixtenco (Carlos Arturo Giordano Sánchez Verín); Autonomismo, contratualismo e Projeto Pedrino: Minas Gerais na Independência (Wlamir Silva); História, região e espacialidade (José D'Assunção Barros); Posseiros do Córrego da Onça: luta e resistência em Itapuranga - 1970-80 (Valtuir Moreira da Silva);.

(c) O número 15 A revista INVESTIGACIONES SOCIALES, editada pelo Instituto de Investigaciones Històrico Sociales, Facultad de Ciencias Sociales, Universidad Nacional Mayor de San Marcos (Peru), e vários números anteriores, estão disponíveis em versão digital no seguinte endereço: http://sisbib.unmsm.edu.pe/BibVirtual/Publicaciones/inv_sociales/default.htm


4. LANÇAMENTO DE LIVROS

(a) O Departamento de História da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) publica os primeiros títulos de sua Coleção de Teses e Dissertações, como parte das atividades do I Fórum de História. A coleção pretende dar publicidade à produção científica dos professores do DEHIS, defendida em diversos programas de pós-graduação do país, bem como contribuir para a renovação dos estudos historiográficos a nível regional. São os seguintes os títulos a serem lançados: As outras faces do sagrado: protestantismo e cultura na Primeira República Brasileira (Lyndon de Araújo Santos); Família e fortuna no Maranhão Colônia (Antonia da Silva Mota); Nos fios da trama: Quem é essa mulher? Cotidiano e trabalho do operariado feminino em São Luís na virada do século XX (Maria da Glória Guimarães Correia); Operários da saudade: os novos atenienses e a invenção do Maranhão (Manoel de Jesus Barros Martins); Sob o signo da morte: o poder oligárquico de Victorino a Sarney (Wagner Cabral da Costa). Contatos: DEHIS/UFMA - (98) 2109-8331 http://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=dehis@ufma.br ou http://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=w_cabral@hotmail.com

(b) Será lançado no dia 17 de agosto, durante a Semana do Patrimônio Cultural da Fundação Cultural do Tocantins, o livro "Os Akroá e outros povos indígenas nas Fronteiras do Sertão - As práticas das políticas indígena e indigenista no norte da capitania de Goiás, atual Estado do Tocantins – Século XVIII (Editora Kelps), de Juciene Ricarte Apolinário. Mais informações http://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=juciene@uft.edu.br

(c) A Annablume editora e Livraria da Vila - Casa do Saber convidam para o lançamento do livro "Jesus de Nazaré, uma outra história" de André Leonardo Chevitarese Gabriele Cornelli Monica Selvatici (orgs), dia 18 de agosto de 2006, sexta-feira, das 19 às 22h, na Livraria da Vila - Casa do Saber, Rua Dr. Mario Ferraz, 414 - Itaim Bibi São Paulo - Capital, Tel. (11) 3073-0513.

Segue comentário do prof. Leandro Karnal (do Depto. de História da Unicamp) sobre o livro "Há personagens tão fortes na memória histórica que parece impossível estabelecer uma análise objetiva sobre elas. Jesus talvez seja a idéia mais trabalhada pela tradição ocidental. Esta obra registra o esforço enorme e bem-sucedido de analisá-lo sob diversos enfoques, tentando resgatar e dialogar com dois milênios de reflexão apaixonada. O resultado é um livro extraordinário e denso que opta pela diversidade de enfoques e recortes para que o leitor possa ter mais dados e inserir num mosaico mais rico a figura e a mensagem de Jesus de Nazaré e dos seus seguidores. Descobrir os debates em torno do seu legado não é apenas identificar uma figura religiosa e histórica extraordinária, mas igualmente entender como nossa sociedade constituiu representações a partir do seu anúncio. Entender Jesus de Nazaré é tentar sentir uma parte expressiva do nosso mundo". http://www.annablume.com.br/

(d) A Universidade Federal do Tocantins e a Fundação de Apooio Científico e Tecnológico do Tocantins convidam para o lançamento do livro História e Sensibilidade, organizado por Marina Ertzogue e Temis Parente, dia 22/8, às 20h, na OAB Palmas - 201 Norte, conj2, lotes 1 e 2. A obra reúne um representativo painel da perspectiva da História Cultural, colocando lado a lado jovens e consagrados pesquisadores.

(e) Foi lançado o livro A 'Escola Metódica', com seleção de textos, tradução e organização de Glaydson José da Silva. Apresentação de Leandro Karnal. Campinas: IFCH/Unicamp, 2006. Coleção Textos Didáticos, número 61 - Julho de 2006. Para aquisição, contatar IFCH/UNICAMP/PUBLICAÇÕES, Cx. Postal 6110, 13081-970 - Campinas - SP, Fone: 0xx19 3788-1604

5. OUTROS

(a) A Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP informa as novas teses e dissertações disponíveis on-line na área de História:"Entre a revolução e o corporativismo - a experiência sindical dos ferroviários da E. F. Sorocabana nos anos 1930", de Adalberto Coutinho de Araújo Neto; "Uniformes da Guarda Nacional: 1831-1852. A Indumentária na Organização e Funcionamento de uma Associação Armada", de Adilson José de Almeida; "A primeira década da AIDS no Brasil: o Fantástico apresenta a doença ao público (1983 a 1992)", de Germana Fernandes Barata; "Do sertão para o mar - um estudo sobre a experiência portuguesa na América, a partir da colônia: o caso do diretório dos índios (1751-1798)", de Mauro Cezar Coelho; "O império dos sonhos - narrativas proféticas, sebastianismo e messianismo brigantino", Luis Filipe Silverio Lima; "Negócios de Trapaça: caminhos e descaminhos na América Portuguesa (1700-1750)", de Paulo Cavalcante de Oliveira Junior; "Artífices do próspero mundo novo: colonos, migrantes e imigrantes em São Paulo e no Pará (1868-1889)", de Jonas Marçal de Queiroz; "A república e a espada: a primeira década republicana e o florianismo", Guillaume Azevedo Marques de Saes; "Da espada à águia: construção simbólica do poder e legitimação política de Napoleão Bonaparte", Raquel Stoiani. Para consultar a Biblioteca Digital, acesse http://www.teses.usp.br/

(b) Estão abertas até sexta-feira, 08 de setembro, as inscrições para propostas de trabalho do GT 19 -"Etnia, Raça e Região": Novas Abordagens de Processos Identitários e Culturais Contemporâneos" a ser realizado durante a XIV Semana de Humanidades organizada pelo Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN (2 a 6 de outubro de 2006). GT 19 -"Etnia, Raça e Região": Novas Abordagens de Processos Identitários e Culturais Contemporâneos Coordenadores: Prof. Dr. Carlos Guilherme Octaviano do Valle, Profa. Dra. Julie Cavignac. Para mais informações: http://br.f373.mail.yahoo.com/ym/Compose?To=cg.valle@uol.com.br