Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

11.8.09

Número 199







Permitam-me iniciar o Boletim, hoje, de forma pouco usual. Mas gostaria de prestar uma pequena homenagem à Dona Nice, minha mãe, que faleceu dia 31 p.p. dois dias após completar 97 anos. Deixou 9 filhos, 16 netos e 9 bisnetos, sendo que os dois mais novos, nascidos em maio e em julho, ela não chegou a conhecer.


Pietro, meu neto (esq) e Stella, filha dos meus sobrinhos Daniel e Renata, os dois bisnetos mais novos.







Toda vez que recebia um comunicado de falecimento, eu procurava consolar os que ficavam com a frase de Guimarães Rosa: as pessoas não morrem, elas ficam encantadas. Hoje, a nossa família pode experimentar o acerto de Riobaldo, personagem escolhido pelo velho Guima para soltar ao mundo aquela frase.
Dentre os muitos emails que recebi, de condolências, tomo a liberdade de destacar apenas um, pela singeleza da imagem e pelos versos de Fernando Pessoa, que me foi enviado pela amiga Maria José, de Campinas.

A morte é a curva da estrada.
Morrer é só não ser visto.
Fernando Pessoa

Uso também este espaço para agradecer a todos que, virtual ou presencialmente, buscaram nos confortar.




No Boletim desta semana, três artigos principais. No primeiro, a advogada Eva Golinger procura mostrar a ofensiva dos EUA na América Latina, evidenciada em dólares.
No segundo, a historiadora Angela Maria Mendes de Almeida, entrevistada pelo Correio da Cidadania, afirma que a violência que vivemos hoje ainda é produto do que vivenciamos no passado.
No terceiro, extraído do Observatório da Imprensa, Luiz Antônio Magalhães fala sobre o desastre do governo de Yeda Cruisius e o silêncio da imprensa.
Na seção de Livros, muitas indicações: nova edição de 1984, de Orwell – Yuxin – A tribuna da ciência – Revista Contra a Corrente, Encontros e despedidas, e uma resenha de O mito do colapso americano.
Muitos links importantes: três sobre a crise em Honduras – novidades do Café Historia – Inhotim: a grande lavanderia mineira – Expedição percorrerá império dos Incas – Revista virtual Espaço Acadêmico – Pandemias serão freqüentes no mundo globalizado – Museu virtual do Clube da Esquina – Reflexões sobre a guerrilha do Araguaia.
Em Notícias, o curso de licenciatura em história do CPDOC, mestrados, exposições, chamadas de artigos para vários periódicos, o XXIV Encontro nacional de estudantes de Ciências Sociais, o Seminário Istvan Mészáros e os desafios do tempo histórico, a Semana de Historia da UFMS, o VI encontro nacional sobre migrações.
Finalizando, o Informe da ANPUH, de agosto.


Para comemorar a chegada do homem à lua...com humor



Siga o dinheiro: a ofensiva imperial na América Latina se evidencia em dólares
Eva Golinger *
Tradução: ADITAL
(http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40177&lang=PT)

* O Orçamento da USAID e do Departamento de Estado aumentará em 12% em 2010. Com 2.2 bilhões de dólares destinados para a América Latina.
* 447.7 milhões de dólares são para "promover a democracia" na América Latina.
* 13 milhões de dólares são para "promover a democracia" na Venezuela.
* 101 milhões de dólares para "promover a democracia" na Bolívia.
* 3 milhões de dólares para um fundo especial da OEA para "consolidar a democracia representativa na Bolívia, no Equador, na Nicarágua e na Venezuela.
* 20 milhões de dólares para a "transição para a democracia" em Cuba.
* O Orçamento de Comando Sul aumentará em 2% para chegar aos 200 milhões de dólares em 2010; além de 46 milhões de dólares adicionais para melhorar a base militar de Palanquero, na Colômbia, para uso estadunidense.
* Não há dúvida nenhuma sobre a escalada de agressão imperial na América Latina durante os últimos anos. Desde o golpe de Estado contra a Venezuela, em 2002; do sequestro do presidente Aristide, do Haiti, em 2004; das intervenções nos distintos processos eleitorais na região; da reativação da IV Frota da Armada estadunidense, em 2008; das tentativas de gerar um conflito regional entre Colômbia, Venezuela e Equador; o separatismo na Bolívia e até o golpe de Estado contra Honduras, em 2009 e o alarmante aumento da presença militar dos Estados Unidos na região - tudo evidencia que o império está na ofensiva de novo na América Latina. Porém, além da manifestação visível dessa agressão, que busca neutralizar os processos de mudança revolucionária na região, há provas contundentes, inegáveis de que hoje em dia Washington está apontando para o Sul, com seu grande poder militar, diplomático, econômico e comunicacional.
Segue o dinheiro e encontrarás a verdade
A evidência sobre o aumento do financiamento durante os últimos anos por parte das agências de Washington aos setores da oposição na Venezuela, na Bolívia, no Equador e em outros países que estão construindo modelos alternativos ao capitalismo estadunidense, tem sido apresentado, denunciado e não tem sido desmentido. Que existe uma tendência a financiar e apoiar a desestabilização regional por parte do império, desde a chegada da Revolução Bolivariana, há dez anos, é um fato. Porém, não temos que examinar a evidência a partir de dez anos atrás; podemos simplesmente olhar a partir de hoje em direção ao futuro para comprovar que Washington financia não somente a desestabilização regional, mas também está aumentando esse financiamento e intensificando seus planos militares nos próximos meses.
A USAID, Agência de Desestabilização Internacional
A agência, que começou como o braço financeiro do Departamento de Estado, em 1962, para atender os assuntos "humanitários"; converteu-se durante o século XXI em um dos atores principais da contrainsurgência, sob a nova doutrina de Guerra Irregular de Washington. Em princípios de 2009 esta doutrina foi assinada pelo recém chegado presidente dos Estados unidos, Barack Obama, como parte de sua nova política de "smart-power", o poder inteligente, uma política que emprega o uso do poder militar juntamente com a diplomacia, com a cultura, com a comunicação, com o poder econômico e com a política. Existem dois grandes pontos de diferença entre a Guerra Irregular e a Guerra Tradicional: o objetivo e a tática. A Guerra Tradicional tem como objetivo a derrota das forças armadas do adversário, e sua tática principal é o uso do poder militar em sua forma mais tradicional -o combate e o bombardeio. A Guerra Irregular tem como objetivo o controle sobre a população civil e a neutralização do Estado, e sua tática principal é a contrainsurgência, que é o uso de técnicas indiretas e assimétricas, como a subversão, a infiltração, as operações psicológicas, a penetração cultural e a decepção militar (a tentativa de enganar as forças armadas do adversário para que reajam a ameaças que na realidade não existem, distraindo e desgastando suas capacidades e recursos).
Durante o século XXI, a USAID desenvolveu divisões dentro da agência que funcionam juntos com o Pentágono, como os escritórios de Gerência de Conflitos, Transição e Reconstrução, Democracia e Governabilidade, e Iniciativas para uma Transição, que estão reorientando seu trabalho rumo aos esforços de contrainsurgência. Assim, a USAID converteu-se em ator principal financeiro da desestabilização e pela penetração na "sociedade civil" em países estrategicamente importantes para os interesses estadunidenses.
No caso da América Latina, são esmagadoras as cifras de investimentos financeiros da USAID nos grupos políticos e na "promoção da democracia", que se traduz em termos reais como uma invasão silenciosa. Através de um Escritório para as Iniciativas para uma Transição (OTI, por suas siglas em inglês), que foi estabelecida na Venezuela em agosto de 2002, a USAID investiu 15 milhões de dólares no conflito político na Venezuela somente durante o último ano e meio. E há previsão de um financiamento de 13 milhões de dólares para 2010, um incremento notável em relação ao ano passado. Esses milhões de dólares alimentam o conflito no país, mantendo vivos a diferentes grupos de oposição e ajudando a criar novas organizações para continuar com seus planos desestabilizadores. Os beneficiários são conhecidos: Súmate, Sinergia, CEDICE, Red de los Barrios, Primero Justicia, Consorcio Justicia, Universidad Metropolitana, Liderazgo y Visión, CESAP e centenas de outros grupos políticos, ONGs e partidos políticos que vivem do dinheiro e do apoio que vem de Washington.
Por toda América Latina vai aumentando o orçamento da USAID e do Departamento de Estado (DOS) para promover a agenda e os interesses de Washington. Vemos alguns exemplos:
-Bolívia: Orçamento da USAID/DOS para 2009 = 86 milhões de dólares; Orçamento para 2010 - 101 milhões de dólares;-Equador: Orçamento da USAID/DOS para 2009 = 35 milhões de dólares; Orçamento para 2010 = 38 milhões de dólares;-Honduras: Orçamento da USAID/DOS para 2009 = 43 milhões de dólares; Orçamento para 2010 = 68 milhões de dólares;-Nicarágua: Orçamento da USAID/DOS para 2009 = 27 milhões de dólares; Orçamento para 2010 = 65 milhões de dólares.
Também existe um fundo especial em 2010 de 3 milhões de dólares para o Fundo para Fortalecer a Democracia da Organização dos Estados Americanos (OEA), para "defender e consolidar a democracia representativa na Nicarágua, na Venezuela, no Equador e na Bolívia". Não é por acaso que o fundo vai dirigido a promover a "democracia representativa" em quatro países onde está sendo implementado um modelo de democracia participativa. Tampouco é coincidência que são países membros da Alba e que Honduras não está incluída na lista, já que o golpe de Estado contra o presidente Zelaya era tido como suficiente para resolver a "ameaça" da democracia participativa nesse país.
Além disso, o Orçamento do Departamento de Estado para 2010 inclui 447.7 milhões de dólares para "melhorar a segurança, fortalecer as instituições democráticas, promover a prosperidade e investir nas pessoas" na América Latina. Dentro desse valor estão incluídos 200.7 milhões de dólares destinados a Colômbia, para "consolidar as conquistas do governo da Colômbia na luta contra os grupos ilegais e armados e o narcotráfico", e 20 milhões de dólares para "promover a democracia" em Cuba, "ajudar os presos políticos e outras vítimas de repressão" e "promover a competição política dentro de Cuba". Esse Orçamento inclui também 6 milhões de dólares para "fortalecer e promover a sociedade civil, a participação cidadã, os meios independentes, as organizações de direitos humanos e os partidos políticos democráticos" na Venezuela, e um fundo de 91.1 milhões de dólares para o uso discrecional do presidente Obama para "promover os interesses" dos Estados Unidos na região. No ano passado, esse fundo somente alcançava a cifra de 23 milhões de dólares.
No total, são 2.2 bilhões de dólares que o Departamento de Estado e a USAID utilizarão na América Latina durante 2010. É um aumento de 12% em relação ao orçamento do ano de 2009, último ano da administração George W. Bush, que separava uns 1.9 bilhões de dólares para América Latina. Todas essas grandes cifras evidenciam a ênfase que o governo de Obama coloca em seu trabalho político na A. Latina e a intenção de retomar a dominação e a influência dos Estados Unidos no hemisfério.
O Comando Sul se potencia de novo
Porém, não são somente é o Departamento de Estado e a USAID que receberam um incremento financeiro para intensificar suas operações na A. Latina. A Guerra Irregular e o "smart-power" da administração de Obama também empregam o uso da força e força militar. Nesse sentido, o Orçamento que Obama solicitou para o pentágono para 2010 ultrapassa o último Orçamento de Bush -considerado naquele momento o mais alto da história- em quase 25 bilhões de dólares. São mais de 533 bilhões de dólares solicitados e aprovados pelo governo de Obama para suas operações em matéria de defesa para o ano que vem (o Orçamento do Pentágono do ano passado foi de 515.4 bilhões de dólares). Essa cifra não inclui os 80 bilhões de dólares adicionais para as guerras no Iraque e no Afeganistão e tampouco inclui o Orçamento da comunidade de inteligência de Washington, que se mantém secreto.
Porém, dentro dessa imensa cifra -sobre a qual as Nações Unidas disseram que com somente uma quarta parte do Orçamento de defesa dos Estados Unidos referente a um ano, poderíamos dar comida, casa, atendimento médico e educação a todas as crianças do planeta-, existem colaborações interessantes para a América Latina. O aumento do Comando Sul para 2010 é de 2% para chegar a 200 milhões de dólares, mais 46 milhões de dólares adicionais para melhorar as instalações da base militar em Palanquero, Colômbia. Também o Orçamento do Pentágono indica que uma das prioridades orçamentárias é a implementação da Doutrina da Guerra Irregular, incluindo a zona de operações do Comando Sul. Especificamente, destaca que, "O Orçamento para 2010 para o Comando Sul completará sua transformação e reorganizações para ser uma Organização ‘interagências’, que posiciona os Estados Unidos como o sócio mais atrativo nas Américas. O Comando Sul está marcando o padrão para assegurar que a organização opera de maneira eficaz em um ambiente do século XXI e que promove a democracia, os direitos humanos e as liberdades individuais, o livre comércio, a diplomacia, o desenvolvimento e a segurança para as Américas". Em essência, o ‘smart-power’ atua como tática da Guerra Irregular que emprega o uso do poder militar.
Privatização da Guerra na Colômbia
Adicional a essas cifras multimilionárias estão mais 550 milhões de dólares destinados anualmente para o Plano Colômbia. Quase a metade desses milhões chega às mãos de contratistas privados que operam como mercenários de um exército privado dentro do país sulamericano. Alguns dados de um documento desclassificado do Departamento de Estado, de 2007, revelam as operações, nomes e quantidades outorgadas a 31 contratistas estadunidenses trabalhando na Colômbia. A informação evidencia que a Polícia Nacional da Colombia, as forças armadas colombianas e até os corpos de inteligência são manejados por contratistas privados dos Estados Unidos, que são pagos pelo Departamento de estado e pelo Pentágono.
Aqui mencionamos alguns deles:
* - 52.868.553 dólares para Lockheed Martin, grande empresa do complexo militar-industrial, encarregada de subministrar apoio logístico e recursos humanos para ajudar a Polícia Nacional da Colômbia.
* - 164.260.877 dólares para DynCorp International, para a provisão de pilotos, técnicos e apoio logístico para o Exército colombiano e para o programa de erradicação aérea da Polícia Nacional da Colômbia.
* - 7.875.000 dólares para ARINC, Inc., para o apoio logístico, engenheiros, manutenção de sensores e formação para a Polícia Nacional da Colômbia no uso de aviões C-26 equipados com equipamentos de monitoramento, espionagem, coleta de sinais.
* - 20.953.000 dólares para ARINC, Inc., para formar pessoal e subministrar apoio logístico para os aviões a ser utilizados no Programa Colombiano de Pontes Aéreas e para a supervisão aérea das forças estadunidenses.
* - 5.000.000 dólares para Oakley Networks para subministrar um software de monitoramento de Internet e para ajudar os programas conduzidos pela Polícia Nacional da Colômbia de monitoramento da Internet.
* - 6.533.502 dólares para ITT para operar e manter um Sistema de Radares Hemisféricos na Colômbia. Também subministrar os recursos humanos para operar cinco radares na Colômbia e um nó de comunicação via satélite, em Bogotá.
* - 2.345.442 dólares para Lockheed Martin para operar um sistema de inteligência e espionagem aérea, que inclui a condução de missões de inteligência comunicacional e a coleção de sensores e imagens.
* - 3.394.768 dólares para o Grupo Rendon (através de Lockheed Martin) para dar cursos de formação sobre operações psicológicas em apoio ao Plano Colômbia. Isso inclui o uso de uma plataforma do programa Echelon da Agência de Segurança Nacional (NSA) dos Estados Unidos, que é o maior programa de espionagem e comunicações do mundo.
[Em um próximo artigo, detalharei mais sobre os contratistas privados operando na Colômbia, e também divulgarei uma lista crescente de organizações políticas na América Latina financiadas pela National Endowment for Democracy (NED) para promover a agenda imperial. O dinheiro revela tudo, e ao descobrir isso e denunciar, destapamos a conspiração].
* Advogada venezuelano-estadunidense


Passado ocultado pelo exército faz perpetuar a violência

Escrito por Rodrigo Mendes http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3598/9/
06-Ago-2009
Se a ditadura militar no Brasil faz parte do passado, muita gente diz que sua herança ainda faz parte do presente. E que o período em que os militares estiveram no poder não é algo a ser esquecido, de maneira nenhuma. Com as buscas do exército no Araguaia atualmente em curso, voltou à tona o debate acerca de outro ponto obscurecido de nossa história.
Para a historiadora Angela Maria Mendes de Almeida, entrevistada pelo Correio da Cidadania, a violência que vivemos hoje ainda é produto do que vivenciamos no passado. E é a partir disso que ela explica por que a sociedade deve ter acesso aos arquivos que hoje são guardados pelo exército e pelo corpo diplomático brasileiro.
Angela cita a pesquisadora Kathryn Sikking como referência no assunto, que concluiu, por exemplo, que "a punição aos torturadores do período militar não traz risco de instabilidade à democracia. Pelo contrário: além de consolidar o regime democrático, pode melhorar a vida da população, com o avanço da preservação dos direitos humanos no país". Pelos seus estudos, feitos em mais de 100 países que vivenciaram regimes ditatoriais, a quantificação de índices de respeito aos direitos humanos (elaborado pela Anistia Internacional) permite a afirmação de que os países que revisitaram seu passado e julgaram os perpetradores de tortura têm, hoje, um grau maior de respeito aos direitos humanos.
As tentativas realizadas por nossas forças oficiais não devem trazer grandes novidades à sociedade tampouco algum alívio aos parentes dos assassinados pelo Estado ilegal de então. No entanto, servem para compreender alguns hábitos mortíferos de nosso atual Estado democrático para com sua população.
Correio da Cidadania: Qual a importância, do ponto de vista da História, de um processo de desvelamento dos arquivos do período de ditadura militar no Brasil? Não será algo movido, em essência, pelo revanchismo?
Ângela Mendes de Almeida: Eu sou historiadora, mas a questão vai muito além da História. Para qualquer país, a abertura dos arquivos é essencial. Os arquivos que estão fechados não são apenas os referentes à ditadura militar, são todos os que vêm desde a guerra do Paraguai, que aconteceu no século XIX. Isso tem mais de 130 anos.
O exército e o corpo diplomático são os guardiões desses arquivos. No caso do Paraguai, o argumento para não se publicizarem os arquivos é que se pode modificar ou causar danos nas relações com o país, mas existem outros problemas, como os relativos à fronteira com a Bolívia.
Qualquer país precisa da verdade histórica.
A palavra revanchismo foi inventada pelos militares, e foi assumida pela esquerda mais moderada. Se olharmos a Lei de Anistia, ela diz que estão anistiados os crimes políticos e conexos. A interpretação corrente diz que conexos são os torturadores, mas isso é uma interpretação que os militares, e os moderados de esquerda, deram. A Lei de Anistia foi outorgada pelo governo Figueiredo, mas não era essa a anistia que os movimentos pediam. Essa lei foi feita ainda durante a vigência da ditadura, sob a base de concessões dos deputados da dita esquerda, mas que trabalhavam sob aquela máxima da ‘abertura possível’.
CC: Mas que efeito isso tem na realidade hoje?
AMA: Quando você diz que a anistia perdoou os militares e que entramos numa democracia, parte-se do pressuposto de que vivemos numa democracia, que na verdade é pra lá de limitada. As populações pobres estão sendo massacradas, a tortura continua a existir, a polícia mata desesperadamente, e isso tem a ver com esse passado oculto. Os direitos civis dos pobres não são respeitados nos territórios pauperizados, não existe democracia.
A estudiosa Kathryn Sikking fez um estudo de transição democrática de 80 países e construiu índices de elementos da violência de Estado, fazendo uma categorização numérica. Nos índices dela, o Brasil hoje tem um grau de violência dos agentes do Estado maior que o da ditadura e maior que o da ditadura argentina.
Essa violência tem a ver com esse ocultamento, com esse fingir que não se está vendo. Se houvesse julgamento, ia ficar muito claro que hoje existe assassinato, tortura.
CC: Qual a situação atual do processo de abertura dos arquivos?
AMA: Em relação a essa questão especificamente, podemos dizer que no governo federal há hoje duas alas, uma delas do Nelson Jobim e do Gilmar Mendes. Esses escândalos de corrupção, como os desvendados pelo Protógenes, têm tudo a ver com a política do Jobim, que propõe mudanças que são absolutamente formais. Mandes tirou o Daniel Dantas da prisão provisória, enquanto milhares de pessoas estão presas sem julgamento porque não têm advogado. É uma modalidade de civilização para o espetáculo.
E nessa questão, eles fazem o jogo do exército, concordando com essa interpretação da Lei de Anistia. Há uma outra ala, do Tarso Genro e do Vannucchi, que acha que pode pressionar o governo ao limite. O Tarso falou que se a Advocacia Geral da União não assumisse que houve crimes na ditadura ele entregaria o cargo. Mas a AGU não assumiu e ele não entregou o cargo.
CC: Como se encaixaria, nessa discussão, a questão do Araguaia?
AMA: Este é um bom exemplo. O Jobim já falou que pode ser que não se ache nada, que só estão fazendo as buscas às ossadas para cumprir a sentença (promulgada em 2003 pela juíza Solange Salgado, que intimou o governo brasileiro a esclarecer "as circunstâncias e a localização dos restos mortais dos guerrilheiros do Araguaia", e que provocou uma onda de pressões, nacional e internacional, sobre o governo). No fim, o Lula vai dizer que fizeram o possível, mesmo que não encontrem nada.
Por isso é que várias entidades e militantes dos direito humanos fizeram um manifesto contra o Comitê Interinstitucional de Supervisão. O Comitê foi formado pelo próprio Ministério da Defesa. Como pode então fiscalizar suas próprias ações? Não se pode participar de uma busca às ossadas comandada pelos próprios militares.
CC: O que você acha que deveria ser feito hoje?
AMA: O maior problema é a parte mais progressista da sociedade não assumir essa luta. Não há grande contestação, mas pouca gente percebe a importância dela. Pouca gente percebe que aquele passado oculto pelo exército tem tudo a ver com a violência hoje, e ninguém quer enxergar a violência por parte do Estado. Ainda por cima temos uma opinião pública obscurantista que defende o extermínio dos pobres, ou faz alguns espetáculos de civilização que são inócuos.
Mesmo a reparação, feita às vítimas de tortura ou aos parentes das vítimas, reproduz a desigualdade do Brasil. Quem ganhava muito recebe uma reparação grande, mesmo que tenha ficado três semanas preso. A família de um assassinado político que fosse pobre recebeu uma miséria. Assim eles colocam valores diferentes para a vida de cada pessoa. Mas essa reparação conseguiu apaziguar, calar a boca das pessoas.

Rodrigo Mendes é jornalista.

Do Observatório da Imprensa:
Ruína de Yeda e omissão da imprensa
Por Luiz Antonio Magalhães em 11/8/2009
Os leitores dos jornalões editados em São Paulo e Rio de Janeiro já conhecem com muitos detalhes cada falcatrua cometida no Senado Federal. Até os pecadilhos dos parlamentares, coisas consideraras (por eles próprios) "menores", como ceder passagens aéreas para familiares, vão logo parar nas manchetes – o último desses casos envolve o presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE). Se alguém perguntar aos leitores o que está acontecendo no Rio Grande do Sul, porém, é provável que a resposta seja evasiva. De fato, a gestão Yeda Crusius (PSDB) à frente do governo gaúcho é uma tragédia de graves proporções e não está merecendo dos grandes jornais uma cobertura à altura do desastre – político e gerencial – em curso nos pampas.
É bem verdade que nos últimos dias, especialmente depois que o Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul (MPF-RS), protocolou, em 5 de agosto, uma ação de improbidade administrativa na Justiça Federal de Santa Maria contra a governadora e outros oito réus, os jornalões do Rio e São Paulo decidiram dar uma colher de chá e publicaram reportagens sobre o assunto. Tudo muito insuficiente.
Sim, insuficiente, porque o descalabro começou antes mesmo de Yeda Crusius botar os pés no Palácio Piratini, em janeiro de 2007. Durante a campanha, a então candidata se indispôs com seu vice, Paulo Afonso Feijó (DEM), porque ele defendia as privatizações como saída para resolver os problemas financeiros do estado. Desautorizado, Feijó permaneceu na chapa, foi eleito e depois rompeu politicamente com Yeda. Ainda durante a campanha, o marqueteiro Chico Santa Rita abandou o comando da estratégia de marketing acusando a governadora de deixar de pagar os salários da sua equipe. Em seguida, já eleita, mas antes de tomar posse, Yeda pediu ao então governador Germano Rigotto (PMDB) que enviasse à Assembléia Legislativa um projeto para cortar despesas e aumentar o ICMS. Tal projeto foi derrubado em 29 de dezembro de 2006, em uma votação que teve como articulador político o vice-governador. Só que contra, e não a favor do projeto de Yeda...

Consequências eleitorais
A crise, permanente, se arrasta desde a campanha eleitoral de 2006. De lá para cá, Yeda jamais conseguiu momentos de tranquilidade política no Piratini. A grande imprensa do Sudeste vem noticiando tudo com muita discrição e sem contextualizar o problema. Aliás, um problemão. O ruinoso governo de Yeda de certa forma quebra a espinha dorsal do discurso tucano da "excelência da gestão", que deveria ser o diferencial da candidatura presidencial do partido em 2010. Pior ainda, no campo político, a governadora conseguiu se isolar de tal maneira que DEM e PMDB, tradicionais aliados do PSDB no estado, já pularam da canoa de Yeda. Se ela insistir em se candidatar à reeleição, qual será o palanque do presidenciável tucano em terras gaúchas? José Serra (ou Aécio Neves) estarão ao lado de Yeda, única governadora brasileira que tem taxa de rejeição superior à de aprovação? Difícil, a julgar pela defesa tímida que os próceres tucanos vêm fazendo do governo da correligionária gaúcha. E alguém leu análises sobre isto nos jornalões?
Boa parte das matérias, aliás, conseguiram inverter a questão, atribuindo ao PSOL uma importância que nem mesmo a deputada federal Luciana Genro (RS) poderia almejar. Sim, porque o desastre político do governo Yeda tem como protagonista a própria governadora, que em um raro espetáculo de inabilidade política conseguiu perder apoio de aliados tidos como muito fiéis, a exemplo do DEM e do PMDB. Definitivamente, não foram as denúncias da filha do ministro Tarso Genro que colocaram Yeda nas cordas, foi a própria governadora que preferiu se postar no corner. E isto também ficou de fora da cobertura dos jornalões sobre o caso.
Cobertura descontextualizada
A falta de contextualização vai além dos aspectos político-partidários. O Rio Grande do Sul vive uma crise estrutural há muito tempo, com problemas especialmente nas finanças do estado e na sua economia. O PIB gaúcho, que representava em 2008 quase 7% do nacional, permanece neste patamar há pelo menos 10 anos. Ao contrário da região Nordeste, altamente beneficiada pelo crescimento dos últimos anos, a economia do Rio Grande vive uma situação que já antes da crise econômica mundial beirava à estagnação.
A situação econômica do Estado deveria necessariamente aparecer nas matérias e reportagem sobre a crise do governo Yeda porque é parte explicativa dos problemas enfrentados pela governadora. De fato, a tentativa, talvez um tanto açodada, de zerar o déficit do Rio Grande em quatro anos foi uma das causas de boa parte dos problemas da governadora. Em casa que falta pão, como se sabe, todos gritam e ninguém tem razão.
Com a cobertura fragmentada e direcionada para os momentos mais espetaculares – as denúncias, o anúncio do processo, os rompimentos com os aliados –, a imprensa do eixo Rio-São Paulo acaba prestando um desserviço aos seus leitores, que ficam com a impressão de que Yeda Crusius é apenas uma vítima do radicalismo do PSOL ou da fúria do Ministério Público. Há uma ótima história para ser contada por trás de um governo ruinoso, mas a mídia parece não querer contar. Por preguiça ou por motivos obscuros. Em ambos os casos, perde o leitor.



VALE A PENA LER
1.


2. 1984, nova edição com posfacios de Erich Fromm, Bem Pilott e Thomas Pinchon
Publicada originalmente em 1949, a distopia futurista 1984 é um dos romances mais influentes do século XX. Uma obra magistral que ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre a essência nefasta de qualquer forma de poder totalitário 1984 é um inquestionável clássico moderno. Publicado poucos meses antes da morte do autor, tem como herói o angustiado Winston Smith, refém de um mundo feito de opressão absoluta. Em Oceânia, ter uma mente livre é considerado crime gravíssimo, pois o Grande Irmão, líder simbólico do partido único que controla a tudo e todos, "está de olho em você". No íntimo, porém, Winston se rebela contra a sociedade totalitária na qual vive: em seu anseio por verdade e liberdade, ele arrisca a vida ao se envolver amorosamente com uma colega de trabalho, Júlia, e com uma organização revolucionária secreta. Muitos leram 1984 como uma crítica devastadora às belicosas ditaduras nazifascistas da Europa, de cujos terríveis crimes o mundo ainda tentava se recuperar quando o livro foi lançado. Nos Estados Unidos, foi visto como uma fantasia de horror quase cômico dirigida contra o comunismo da hoje extinta União Soviética, na época sob o tacão de Stálin e seu Partido único e inquestionável. Entretanto, superando todas as conjunturas históricas, e até mesmo a data futurista do título, há muito ultrapassada, 1984 ainda se impõe como uma poderosa reflexão ficcional sobre os excessos delirantes, mas perfeitamente possíveis, de qualquer forma de poder incontestado. R$ 39,50.


3. YUXIN
Ana Miranda
Ambientado em plena floresta amazônica, o livro cria uma linguagem para investigar o que compõe o pensamento de uma indiazinha brasileira. Um romance da biodiversidade, ousado e revelador. Acompanha CD com leituras e músicas de Marlui Miranda
R$ 51,00



5. Livro analisa repercussão das ideias de Charles Darwin nos jornais do Rio de Janeiro no século 19
No século 19, no bairro da Glória, no Rio de Janeiro, um ciclo de conferências para a disseminação das artes e da ciência trouxe à pauta popular um tema que já era alvo de polêmica na Europa e nas instituições letradas no Brasil: o darwinismo. Essas preleções não foram ignoradas pela imprensa, e os jornais cariocas tornaram-se veículo de repercussão e sedimentação das ideias nelas expostas. É esse o tema do livro A tribuna da ciência: as Conferências Populares da Glória e as discussões do darwinismo na imprensa carioca (1873-1880), da historiadora paulista Karoline Carula. A partir de uma extensa pesquisa nos anais da imprensa do Rio de Janeiro do século 19, a autora busca mostrar de que forma esses veículos repercutiram as ideias – nem sempre alinhadas ao pensamento darwinista original – propagadas pelas conferências e sua importância na formação da opinião pública em relação ao conceito de raça. Para exemplificar como o grande público assimilou a teoria darwinista, Carula fecha seu recorte histórico em 1880, ano de publicação do romance O Mulato, de Aluísio Azevedo. A boa recepção da obra pelas classes mais letradas foi um indício, para a autora, de que tanto as conferências da Glória quanto sua repercussão na imprensa ajudaram a preparar o público leitor para um romance de leitura darwinista.



6. Esta revista (Contra a Corrente – Revista Marxista de Teoria, Política e História Contemporânea), baseada em Brasília, organizada e levada adiante através do esforço de intelectuais, professores e estudantes de vários cantos do país, pretende ser mais um espaço para o debate crítico e anti-capitalista sobre a barbárie social e política que vem corroendo a vida social e da classe trabalhadora sob todas as formas.





7. Infelizmente, o convite só me chegou às mãos no dia de hoje. Mas fica o registro deste lançamento. Conhecendo a capacidade da autora, posso afirmar que é leitura obrigatória!




NAVEGAR É PRECISO
2. Café Historia de roupa nova
Acesse a rede e veja o que mudou!
Política Externa pode oferecer novas perspectivas ao historiador.A Entrevista na Escrita da História - Participe do debate!O Socialismo de Mercado seria hoje uma alternativa para o Capitalismo Neoliberal?Passado e Presente da América Latina: relação entre Hugo Chávez e Fidel CastroPeças inéditas de Mozart executadas na Áustria
O Café História indica a leitura da entrevista ddo historiador José Murilo de Carvalho, publicada hoje no jornal "Diário do Nordeste".E MAIS:Vídeos da Família Real, Notícias Exclusivas de História, Artista Colombiano em destaque e novos fóruns!Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/
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3. INHOTIM: A Grande Lavanderia Mineira
Após desmonte do mensalão mineiro, sócio agora utiliza organização não governamental para prática criminosa .
Leia em http://www.novojornal.com/politica_noticia.php?codigo_noticia=10499
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4. Expedição percorrerá império dos Incas na América do Sul.
A Rota Inca 2009 começou na região sul da Colômbia, onde se alcançou a extensão máxima do Tahuantinsuyo, o império da dinastia inca na América do Sul. Cerca de 40 estudantes de 14 diferentes participam da expedição, entre eles Vitor Taveira, correspondente da NovaE.
http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1316
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5. Golpe em Honduras
Entrevista com Manuel Zelaya: "hondurenhos têm direito a pegar em armas"
Em entrevista exclusiva ao Brasil de Fato, o presidente deposto de Honduras, Manuel Zelaya, advertiu que “se as armas voltaram às mãos da direita para derrocar presidentes reformistas, então os povos também têm direito de voltar a buscar soluções nesse caminho”
http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/entrevistas/entrevista-com-manuel-zelaya-hondurenhos-tem-direito-a-pegar-em-armas
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7. a Revista Espaço Acadêmico, edição nº 99, agosto de 2009, foi publicada.
Acesse: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/EspacoAcademico/issue/current/showToc
Por favor, colabore com a divulgação da revista.
Permanecemos abertos às sugestões, críticas e contribuições.
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8. Pandemias serão frequentes no mundo globalizado
(IHU - Unisinos)
http://www.adital.com.br/site/noticia.asp?boletim=1&cod=40357&lang=PT
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9. É só clicar e entrar....Boa visita a este museu virtual...Clube da Esquina http://www.museudapessoa.net/clube/expo_clube2/
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10. Reflexões sobre a guerrilha do Araguaia
http://www.correiocidadania.com.br/content/view/3609/9/



NOTICIAS

1. Curso de Licenciatura em Historia/CPDOC
O CPDOC esta' lancando um novo curso de Licenciatura em Historia, a comecar em marco de 2010. O projeto do curso reflete uma perspectiva interdisciplinar, caracteristica do CPDOC. Ele foi integralmente baseado na tradicao de pesquisa e tratamento documental do CPDOC. Concebido e ministrado por seus pesquisadores, este curso de graduacao busca o cruzamento entre uma solida formacao teorica e as perspectivas praticas de pesquisa e ensino, constituindo um padrao formativo de professores-pesquisadores preparados para enfrentar os novos desafios da educacao - e da Historia em particular - aptos a vincularem as tradicoes de pesquisa e de manutencao e tratamento de acervos documentais da instituicao 'a pratica pedagogica critica e reflexiva. A filosofia da Escola se orienta para formar profissionais com uma solida base conceitual interdisciplinar, estimulados a desenvolver suas praticas profissionais no dialogo constante com as demandas oriundas da sociedade e dos novos instrumentos disponibilizados pelos avancos das tecnologias de ensino e de transmissao de conteudos. O curso permite ainda ao aluno optar por cursar as seguintes linhas de estudos complementares: Historia do Brasil Republicano; Bens Culturais; Politica e Sociedade; e Relacoes Internacionais no Mundo Contemporaneo. As inscricoes vao ate' 28/9/2009, no site do Vestibular FGV: http://www.fgv.br/vestibular. O periodo de inscricoes com valores diferenciados vai ate' 13/8. mais informacoes sobre o curso podem ser obtidas tambem no Portal CPDOC: http://www.fgv.br/cpdoc
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2. Programa de Pos-Graduacao em Museologia e Patrimonio/UNIRIO
A Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) e o Museu de Astronomia e Ciencias Afins (MAST) lancam edital para processo seletivo do Programa de Pos-Graduacao em Museologia e Patrimonio (PPG-PMUS), que oferece 15 vagas para o Mestrado. As inscricoes estarao abertas de 13/8 ate' 13/9/2009. Mais informacoes em http://www.unirio.br/cch/ppg-pmus/ ou coordenacaoppg-pmus@unirio.br, marcus@mast.br.
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3. Revista/Chamada para artigo
- O Centro de Educacao e Assessoria Popular (CEAP) anuncia que esta' no ar o numero 2,volume 4, da revista eletronica Patrimonio e Memoria. Mais informacoes em http://www.assis.unesp.br/cedap/patrimonio_e_memoria/patrimonio_e_memoria_v4.n2/home4_2.html.
- A Revista Eletronica Cadernos de Historia lanca chamada de trabalhos para a edicao ano IV nº 2, com secao tematica de artigos Republica, Democracia e Cidadania e secao livre para resenhas, transcricoes comentadas, entrevistas e traducoes. O prazo para envio de trabalhos vai ate' 31/8/2009. Mais informacoes em http://www.ichs.ufop.br/cadernosdehistoria.

Africa e africanidades: Dez conferencias/RJ
A Linha de Pesquisa "Africa e Diaspora Negra" do Laboratorio de Estudos das Diferencas e Desigualdades Sociais (LEDDES), vinculado ao Departamento de Historia e ao Programa de Pos-Graduacao em Historia da UERJ (PPGH) realizara' o evento Africa e africanidades: Dez conferencias, no periodo de 22/9 a 29/10/2009, 'as tercas e quintas, das 18:30 as 21:30 h. Mais informacoes em http://leddesuerj.blogspot.com/
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4. Encontro Nacional de Estudantes de Ciencias Sociais/PBA Comissao Organizadora e Centro Academico de Ciencias Sociais Florestan Fernandes da UFPB convidam para o XXIV Encontro Nacional de Estudantes de Ciencias Sociais, que sera' realizado de 29/8 a 4/9/2009 em Joao Pessoa/PB. Mais informacoes em http://xxiv-enecs-pb.blogspot.com/
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5. VI Encontro nacional sobre migracoes/MG
O CEDEPLAR/FACE/UFMG realizara' de 12/8 a 14/8/2009 o VI Encontro Nacional sobre Migracoes. Mais informacoes em
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6. Revistas/ Chamada para artigos
- Foi lancado o primeiro numero da Revista de Antropologia Social R@U, uma publicacao eletronica com periodicidade semestral organizada pelos alunos do Programa de Pos-Graduacao em Antropologia Social (PPGAS) da Universidade Federal de Sao Carlos (UFSCar). Mais informacoes: http://sites.google.com/site/raufscar.
- A Revista Cantareira, criada e mantida por alunos de Historia da Universidade Federal Fluminense, esta' recebendo artigos para sua 15a edicao. Os interessados devem enviar seus artigos para o e-mail revistacantareira@yahoo.com.br. Mais informacoes em http://www.historia.uff.br/cantareira/novacantareira/index.php
- A revista Horizontes Antropologicos esta' recebendo artigos para o seu numero 33, que tera' como tematica "Estilos de Vida". Horizontes Antropologicos e' uma publicacao semestral. Seus artigos sao publicados na forma impressa, pelo Programa de Pos-Graduacao em Antropologia da UFRGS. Os textos devem ser enviados para horizontes@ufrgs.br ate' 31/10/2009. Mais informacoes em http://www.ufrgs.br/ppgas/ha/index.html
- A Revista IDEAS - Interfaces em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, uma publicacao semestral dos estudantes do Programa de Pos-Graduacao de Ciencias Sociais em Desenvolvimento, Agricultura e Sociedade, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro realiza chamada de trabalhos para a edicao do Vol. 3, n. 2. Os artigos a serem publicados nessa edicao serao recebidos ate o dia 8/9/2009. Informamos que sao recebidos, em fluxo continuo, artigos de carater cientifico e resenhas nas areas de Ciencias Sociais, Humanas e Agrarias. Mais informacoes em
http://www.ufrrj.br/cpda/ideas/edicoes.php


III Seminário Margem Esquerda
István Mészáros e os desafios do tempo históricoDe 18/8 a 1/9 de 2009
USP, UERJ, UFRJ, UFRGS, CUFSA, UNESP, UNICAMP, CEFET-MG e UNB
O III Seminário Internacional Margem Esquerda tem por tema a obra de István Mészáros. Discípulo do também húngaro Georg Lukács, Mészáros é considerado um dos maiores pensadores marxistas da atualidade. Sua obra é fundamental para o entendimento do sistema do capital, bem como de sua crise estrutural e da sua necessária superação. Alguns dos mais importantes intelectuais do Brasil e do exterior ajudam a construir sua trajetória de reflexão e de lutas, sob o legado marxista. Esperamos que o seminário, para além da análise e do balanço da obra de grandes autores clássicos e contemporâneos, abra novos caminhos e perspectivas. Convidamos todos a participarem desta construção.
Acompanhe a programação no blog da Boitempo - http://www.boitempoeditorial.wordpress.com/Mais informações pelo email seminariomeszaros@boitempoeditorial.com.br
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A partir de hoje, detalhes do projeto que vai transformar a praça da Liberdade em um dos principais circuitos culturais do país,com abertura de Museus, Memorial, Centro de Artes e Cafés. Mostra interativa , dividida em três Módulos, terá fotos, vídeos e textos sobre a história do local, as propostas de intervenção e o processo de restauração dos imóveis. Uma das salas vai mostrar bons exemplos no mundo de novas destinações de uso em prédios tombados , como o Museu do Louvre. A exposição na primeira parte foca a história da praça (um dos principais cartões - postais de BH) e palco de grandes eventos políticos do Estado. Fotos da Pinacoteca de São Paulo, do Museu do Louvre( Paris), do museu Reina Sofia (Madri) e da Tate Modern( Londres). No segundo módulo, o projeto do circuito cultural /imagens projetadas nas paredes irão mostrar como será o planetário e o observatório astronômico a serem instalados no espaço de conhecimento; as salas chão de estrelas e língua afiada,do museu das Minas e do Metal,ou as instalações do Centro de Arte Popular.No último módulo: os detalhes do processo de restauração dos prédios das antigas secretarias estaduais,muitos com obras ainda em andamento; em monitores de computador e de televisão,o público vai se inteirar do trabalho de reconfiguração dos espaços e se admirar com pinturas e painéis descobertos nas paredes dos edifícios,debaixo das camadas de tinta ,durante revitalização dos imóveis.
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Gostaríamos que fosse divulgado entre os profissionais desta regional que a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais (ISSN 2175-3423) receberá até 30 de Setembro de 2009 os seguintes trabalhos para compor seu segundo número a ser lançado em 07 de Dezembro de 2009:
Artigos de tema livre até 10 artigos;
Dossiê Temático até 4 artigos;
Resenhas de Livros até 3 resenhas;
Transcrições de Documentos - até 3 transcrições.
No site da revista encontram-se as Normas de Publicação:
http://www.rbhcs.com/
Os trabalhos deverão ser enviados para: revistabhcs@yahoo.com.br




10. XII SEMANA DE HISTÓRIA intitulada: “Saberes históricos e a sala de aula: diálogos, convergências e divergências”
Data: 14 a 17 de setembro
A Semana de História, evento já tradicional do curso de Licenciatura em História, promove esse ano uma reflexão sobre a relação entre a escola e a universidade. Nesse sentido, oferece mesas que abordam o ensino de História tanto dentro da escola, quanto fora dela. Além de sessões de comunicação de trabalhos de pesquisas e relatos de experiências em sala de aula, serão ofertados minicursos para diferentes segmentos (da Educação Infantil ao Ensino Médio) e diferentes áreas (Língua Portuguesa, Ciências, Geografia, Sociologia, Artes e Filosofia).
Organização: Equipe docente do curso de Licenciatura em História da Uiversidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), campus de Três Lagoas.
Local: Unidades I e II do campus de Três Lagoas/MS
A programação completa pode ser encontrada no site: http://www.historia.ufms.cptl.br/
As inscrições são feitas no próprio site e o pagamento com depósito em conta corrente
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11. CHAMADA PARA PUBLICAÇÂO DE ARTIGOS
A Revista eletrônica LITTERIS (http://www.revistaliteris.com.br/ ISSN 1983-7429) torna pública a chamada para publicação do número 3 da referida revista. A revista se propõe a publicar artigos ligados às ciências humanas e sociais, dossiês, resenhas, traduções e trabalhos literários.Data limite para envio de material: 15.10.09As Normas de Publicação encontram-se no cartão de visitas, link página normas de publicação aqui. O material enviado será encaminhado para avaliação do conselho editorial:revistaliteris@revistaliteris.com.br



INFORME ANPUH – Agosto
1. Encontros
V Encontro do CEDAP
O V Encontro do CEDAP se realizará no período de 5 a 8 de outubro, na Faculdade de Ciências e Letras de Assis.Para maiores informações acesse o link abaixo:http://www.assis.unesp.br/encontrocedap/index_padrao.php
II Fórum Agentes do Patrimônio
Neste seminário, pretende-se discutir as experiências de municipalização na área de patrimônio cultural em curso no país. A idéia é congregar num mesmo evento os agentes que formulam e efetivam as políticas a nível municipal e os pesquisadores acadêmicos, dos diversos programas de pós-graduação em nosso país, para se realizar uma avaliação do processo de municipalização no Brasil, suas premissas, instrumentos utilizados, arranjos institucionais, resultados e possibilidades de financiamento.Maiores informações em: www.forumpatrimonio.com.br/mestres.

2. Lançamentos

LANÇAMENTO DA COLEÇÃO HISTÓRIA DAS PRISÕES NO BRASIL (VOLs. I e II)
Autores: Clarissa Nunes Maia, Flávio de Sá Neto, Marcos Costa, Marcos Luiz Bretas (orgs.)Rio de Janeiro: Editora Rocco, 2009.Leia mais.
CEDAP, Patrimônio e Memória.
Informamos e o lançamento do número 2, do volume 4, da revista eletrônica do CEDAP, Patrimônio e Memória, que pode ser acessada no seguinte endereço:http://www.assis.unesp.br/cedap/patrimonio_e_memoria/patrimonio_e_memoria_v4.n2/home4_2.html