Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

25.11.08

Número 165




No boletim desta semana abrimos espaço para reproduzir uma crítica feita pelo historiador Mario Maestri a uma pseudo-reportagem saída, para variar, na Veja, em que se procurou denegrir um episódio histórico, ao que tudo indica sem apresentar qualquer comprovação documental.
Em seguida, temos dois pequenos artigos, um de um analista de investimentos norte-americano e outro do sociólogo Rudá Ricci.
E concluímos com uma correspondência que nos chegou por email, dando conta de uma situação inédita e preocupante iniciada pela editora Campus.
Ao final, como sempre, muitas indicações de sites e blogs que valem a pena ser visitados, livros e mais livros bons para se ler e as notícias: concursos, seminários, chamadas de artigos.


Zumbi caçador de negro

Escrito por Mário Maestri
19-Nov-2008
A proposta de existência de escravidão em Palmares foi apresentada enfaticamente pela grande mídia quando das celebrações do terceiro centenário da destruição da Confederação e morte de seu último dirigente, em 1995. Seus objetivos eram encontrar gancho para a abordagem do transcurso e dessacralizar o sucesso referencial do movimento negro e do mundo do trabalho, naturalizando a opressão através da idéia de que os oprimidos também oprimem, logo e quando podem.
Em 1995, a discussão sobre a escravidão palmarina gorou apenas devido ao sucesso midiático do bate-boca sobre a eventual homossexualidade de Zumbi. Desde então, a afirmação retorna intermitentemente na mídia e em estudos historiográficos, sem que documentação histórica probatória seja apresentada. Continuamos a contar somente com frágeis referências a cativos que, libertados à força pelos palmarinos, adquiririam a plena cidadania apenas após recrutarem outros cativos para os quilombos.
Contribui igualmente para essa despropositada afirmação a frouxidão conceitual e epistemológica atual das ciências sociais, devido à quase geral renúncia à idéia do passado como fenômeno objetivo capaz de ser reconstituído essencialmente pela ciência histórica. A historiografia tem sido reduzida à mera reconstituição literária do ocorrido, e o passado à realidade maleável segundo os interesses do presente.
Saltos lógicos
Na falta de documentação, apóia-se a tese da escravidão quilombola na provável retomada de práticas escravistas africanas nos mucambos da serra do Barriga. A equação é simples: se na África tinha, por que diachos não teria também aqui? Destaque-se que a equação traz imbricada a velha apologia de que os negreiros apenas transferiam os homens e mulheres de uma escravidão de bárbaros para a servidão cristã e civilizada na América. E sem nem mesmo pagarem a passagem!
O artigo "O enigma de Zumbi", de Leandro Narloch, publicado na indefectível Veja (19 de no
vembro), após lembrar que a idéia de Palmares libertário surgiu nos anos 1960 e 70 sob "influência do pensamento marxista", afirma que, nos "novos estudos", o "retrato que emerge de Zumbi é o de um rei guerreiro que, como muitos líderes africanos do século XVII, tinha um séqüito de escravos para uso próprio". Folga dizer que o jornalista se cuidou em não citar os referidos "novos estudos".
A defesa da escravidão palmarina apoiou-se no silogismo de que não haveria sentido em falar "em igualdade e liberdade numa sociedade do século XVII porque, nessa época, esses conceitos não estavam consolidados entre os europeus" e seriam "impensáveis" nas culturas africanas.
Corroborando a proposta, o historiador Manolo Florentino, autor de livro de título sugestivo – Paz das senzalas –, reconstrói o passado a partir de pinote lógico apoiado em premissas fajutas: "Não se sabe a proporção de escravos que serviam os quilombolas, mas é muito natural [sic] que eles tenham existido, já que a escravidão era um costume fortíssimo [sic] na cultura da África.".
Servidão doméstica
Por ignorância e oportunismo, os negreiros europeus identificaram como escravidão as múltiplas formas de servidão doméstica da África pré-colonial. Prisioneiros de guerra, condenados da justiça, indivíduos sem famílias, estrangeiros etc. eram incorporados às famílias extensas, com obrigações e direitos delimitados. Casavam, tinham bens, integravam a comunidade e, em poucas gerações, extinguia-se a lembrança da origem inferior. A posse comunitária da terra e o caráter semi-natural da economia impediam que tais formas de dominação se degradassem na exploração escravista americana, regida pelo açoite de mercado de fome pantagruélica. Identificar servidão africana e escravidão colonial é procedimento analítico inaceitável.
O caráter relativamente benigno daquela servidão devia-se em boa parte à incapacidade e falta de sentido nas sociedades domésticas africanas em investirem substancialmente recursos na subjugação desses agregados.
Fenômeno ainda mais premente em comunidades de resistência, como os quilombos, que dependiam do consenso para furtarem-se aos ataques permanentes dos escravistas. É até interessante imaginar os mocambeiros ocupados no combate aos escravistas e de olho nos seus cativos, para que não fugissem e se ... aquilombassem!
E, mesmo que a África tivesse sido sociedade escravista – então, por que exportaria cativos? –, deduzir instituições do Novo Mundo de instituições da África Negra é outro tropeço epistemológico primário. Os quilombos palmarinos e todos os demais foram instituições americanas, e não africanas, nascidas da oposição à escravidão. Quando muito, e nem sempre, eles reelaboraram elementos culturais africanos, já que era materialmente impossível restaurar, no Brasil, a vida do continente negro.
Um Novo Mundo
Os próprios títulos angolanos utilizados em Palmares – nzumbi, nganga nzumba etc. – ganharam no Brasil conteúdos diversos aos que tinham na África. Nesse sentido, como já foi exaustivamente proposto, fenômenos como o kilombo dos yagas, nos sertões da atual Angola, muito pouco têm a ver, no essencial, com o fenômeno identicamente nomeado no Brasil escravista.
Entre as inúmeras sandices do jornalista da Veja, destaca-se certamente a pérola de que o palmarino "não lutava contra o sistema da escravidão". Proposta que reduz aquela população e todos os quilombolas à situação de verdadeiros energúmenos, já que viviam, apenas por querer, metidos na mata, em cima dos serros, por entre cobras e lagartos, longe das maravilhosas praias de areias brancas das Alagoas da época!
Desde os anos 1950, autores como Benjamin Péret, Clóvis Moura, Édison Carneiro, José Alípio Goulart, Décio Freitas empreenderam detidos estudos sobre as comunidades quilombolas que realçaram as inevitáveis contradições entre os mocambeiros e o interesse que tinham em manter-se distante dos escravizadores, sem perder a possibilidade de estabelecer trocas com os mesmos. Tudo isso tem, no mínimo, meio século de vida.
Sobretudo, esses e tantos outros autores sugeriram e apontaram o que foi essencial e único na experiência quilombola, nos limites determinadas pelas condições materiais da época: seu caráter necessariamente libertário, já que eram comunidades em contradição insuperável com a opressão escravista – desculpem- a formulação marxista. Uma liberdade que se materializava nas solas dos pés dos fujões e nos braços armados dos quilombolas, e não em discussões conceituais sobre a igualdade e a liberdade cívica entre os homens, em quimbundo ou latim!
Mário Maestri é historiador e professor do Programa de Pós-Graduação em História da UPF. E-mail: maestri@via-rs.net
Artigo publicado originalmente no Correio da Cidadania


Comentário de Marc Faber, Analista de Investimentos e empresário americano.
Ele encerrou seu boletim Mensal com o seguinte comentário sobre o projetoamericano de ajuda à economia, naquela ocasião ainda em estudos:
- 'O Governo Federal está concedendo a cada um de nós uma bolsa deUS$600,00.
Se gastarmos esse dinheiro no supermercado Wall-Mart, esse dinheiro vai paraa China.
Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.
Se comprarmos um computador, vai para a Índia.
Se comprarmos frutas e vegetais, irá para oMéxico, Honduras e Guatemala.
Se comprarmos um bom carro, irá para aAlemanha.
Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan e nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.
O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.
Estou fazendo a minha parte.


do blog do professor Rudá Ricci
O absurdo da política de premiação na educação

Gilberto Dimenstein escreve artigo na Folha de SPaulo de domingo ("As filhas de Obama e o professor de rua") onde revela o ponto mais baixo desta política de premiações para definir condutas e resultados na educação. Revela que a Prefeitura de Washington começou a oferecer, neste semestre, R$ 400 mensais para os estudantes de escolas públicas que se comportarem bem e tirarem boas notas. Este é o caminho que logo chegarão os secretários estaduais de educação que pretendem adotar a trilha fácil da proposta deste movimento Todos pela Educação, que procura adotar mecanismos tayloristas na educação. Começa ao premiar professores que conseguirem melhorar o desempenho dos alunos. Como se desempenho de aluno estivesse vinculado ao pecúlio profissional. Como se os professores só trabalhassem motivados pelo dinheiro. Mesmo que a maior empresa de estudos de produtividade (HAY) revele que desempenho profissional não se relaciona com salário ou prêmio. No Japão, algumas empresas chegaram a adotar como premiação o pagamento de funcionários a bordéis. Será que algum dia esta idéia será adotada em nosso país? Até que nível chegaremos nesta história de premiar o que é dever profissional? Qual o motivo (não falado) de mercantilizar a educação?


Recebi de minha colega/amiga Margarete e creio que vale a pena ser lido com atenção:
Prezados colegas,

Gostaria de alertá-los para uma situação "insólida" criada pela Editora Campus-Elsivier: você compra um livro impresso e as notas deste livro você deve baixá-las através do site da editora, que ainda demanda o seu cadastro!

Questões:

* É certo vender um livro (no presente caso: VEYNE, P. O império greco-romano; valor: R$ 179,00), que tem 340 notas de referência numeradas, mas que para obtê-las você tem que acessá-las no site da editora?
_ Apesar de haver um aviso da editora na página inicial do capítulo 1 e na orelha final do livro de que as notas de referências estão disponíveis no site da editora, é um absurdo ter que gastar tempo e mais dinheiro (papel e tinta) para imprimir 340 notas de referência e ainda ter que anexar as numerosas notas ao livro, o que pode deformá-lo se colocá-las dentro do livro (como deveria ser), além de estar sujeito a perda das notas "avulsas", que acarretaria uma nova impressão. A meu ver, as notas fazem parte intrínseca do livro e, ao comprar o livro, no seu preço, elas já estariam imbutidas. Uma situação é um livro que não tenha nota; outra bem diferente é um livro que tenha notas numeradas e venha sem as mesmas! Desta forma, se a prática se expande, teremos um livro impresso "parcelado", que, para lê-lo em sua íntegra, teríamos que "baixar" aos poucos e às nossas custas as referências bibliográficas, a apresentação, a introdução, a conclusão... Isto nos coloca frente à questão: esta é a nova concepção de livro impresso para as editoras? Sem dúvida, o custo de impressão do livro para a editora ficaria bem mais barato à custa do leitor/consumidor interessado no livro...

* É certo você ter que se cadastrar no site desta editora para obter as notas do livro que você comprou?
_ Se você se prestar a imprimir, às suas expensas, as 340 notas em vista do seu interesse em ter o livro na sua integralidade, isto é usado contra você para constrangê-lo a se cadastrar no site da editora!

* É certo fazer uma queixa no "0800" da editora que não tem a prática de registrar o número da queixa?
_ Como acompanhar o processamento da queixa?

Como leitora, professora e pesquisadora e, por conseguinte, consumidora de livros, não poderia de deixar de manifestar e divulgar a minha indignação com esta prática.

Grata pela atenção,
Profa. Dra. Regina Bustamante




NAVEGAR É PRECISO...

Site da Agência Carta Maior – http://www.cartamaior.com.br/

Só há uma solução: pôr fim ao retrocesso salarial, modificar a distribuição das riquezas: menos lucros, mais salários e investimentos sociais. A margem de manobra é considerável, já que os lucros distribuídos pelas sociedades não-financeiras representam, hoje, 12% de sua massa salarial, contra 4%, em 1982. Isso implica uma redução drástica de privilégios da pequena esfera social que aproveitou bem o neoliberalismo. A análise é de Michel Husson. > LEIA MAIS
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Gilson Caroni Filho

A favor do Big Bang - http://cienciahoje.uol.com.br/132906
Artigo celebra 50 anos da detecção da primeira evidência concreta de que o universo está em expansão
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3. Blog do Mello - http://blogdomello.blogspot.com/

O jornalismo ‘independente’ da Globo não deu tiro na Bolsa
O diretor de jornalismo da Rede Globo, Ali Kamel, escreveu há tempos que o que define a independência da imprensa é a quantidade de anunciantes. Quanto maior, mais livre é. Comentei sobre isso aqui.
Mas o assunto hoje é outro. Tem a ver com isso, apenas porque mostra que a tal independência é só da boca pra fora. Foi o que fiquei sabendo ao ler um
artigo do Uraniano Mota, no Direto da Redação
.
Na segunda-feira, um operador da Bolsa de Valores de São Paulo tentou suicídio, bem no meio do pregão. Casado e pai de quatro filhos, o homem deu um tiro no próprio peito, enquanto os outros gritavam vende, vende, vende, compra, compra, compra. Detalhe importante: o suicida operava para a Corretora Itaú.
No entanto, a notícia não apareceu no Jornal Nacional.
Você, meu detetivesco leitor, você, minha investigativa leitora, pode nos ajudar a compreender por que o Jornal Nacional não noticiou a tentativa de suicídio?
a) Porque um corretor tentar suicídio no meio do pregão é fato corriqueiro
b) Porque a notícia não atingia o governo Lula
c) Porque a notícia não enaltecia o governador Serra
d) Porque o delegado Bruno não bateu a foto
e) Porque o corretor é da Corretora Itaú, o Itaú anuncia nos intervalos do JN, é um dos maiores anunciantes das Organizações Globo, e o Unibanco (comprado pelo Itaú) é o patrocinador do top de cinco segundos que antecede o jornalismo independente de Kamel
Clique aqui para ler as notícias de hoje do Blog do Mello
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4. Site do Historianet – http://www.historianet.com.br/
Notícias
Na infância, uma história de aventura, mas que deixa uma marca: a união, a fidelidade.20/11/2008
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Brasil República
Filho de ex-escravos, Lino Guedes destacou-se como jornalista, escritor e ativista político.20/11/2008



VALE A PENA LER

1. Nas bancas a revista Fórum de dezembro

Num canto da Amazônia
O cotidiano dos povos da floresta é o tema da primeira reportagem da série "Rumo ao FSM 2009"


Veja também



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2- BARROS, Jose' Marcio. (org.) "Diversidade Cultural - da proteção a promoção". Belo Horizonte: Editora Autentica, 2008.

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3- BORELLI, Silvia H. S. e FREIRE FILHO, João. (orgs.) "Culturas Juvenis no Século XXI". São Paulo: Educ., 2008.

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4- FILGUEIRAS, Fernando. "Corrupção, democracia e legitimidade". Editora UFMG, 2008.

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5- BECKER, Bertha e STENNER, Cláudio. "Um futuro para a Amazônia". Editora Oficina de textos, 2008.
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6- Civilização Brasileira e Adriana Barreto convidam para o lançamento de seu livro "Duque de Caxias: o homem por trás do monumento". O lançamento será no dia 27/11/2008 (quinta-feira), às 19h, na Livraria Arteplex (Praia de Botafogo, 316 - Rio de Janeiro).

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7- Foi lançado livro de Ricardo Salles "E o vale era o escravo: Vassouras, século XIX - senhores e escravos no coração do Império", Editora Civilização Brasileira, 2008.
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8.


NOTICIAS

1. Concursos

a- Universidade Federal de Viçosa - Dep. História
Classe: Professor Adjunto (Edital nº 66/2008) - DOU nº 221, de 13.11.08Área/Subárea: História do Brasil Contemporâneo. Nº vagas: 01 Titulação exigida: Graduação em História; Mestrado e Doutorado em História ou áreas afins. Inscrição: até 15 de dezembro de 2008.

Edital na página:
http://www.ufv.br/soc/files/pag/editais/2008/EDITAL66-2008.pdf
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b - Concurso para professor de Antropologia Cultural e Ciência Política/UESCEsta' aberto, ate' 17/12/2008, o concurso para professor assistente de Ciência Política e professor adjunto de Antropologia Cultural da Universidade Estadual de Santa Cruz. O regime de trabalho e' de dedicação exclusiva (40 horas). Mais informações em http://www.uesc.br/concurso.
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c - Concurso para professor UESCEsta' aberto, ate' 17/12/2008, o concurso para professor assistente de Historia do Brasil e Historia Indígena da Universidade Estadual de Santa Cruz. Mais informações em http://www.uesc.br/concurso.
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2. Eventos

a - I Seminário Associações Italianas e Mutualismo
Data: 1o de Dezembro de 2008 - Horário: 9:00-13:30
Local: UNIFESP - Anfiteatro Moacir E. Álvaro - Prédio dos Anfiteatros
Rua Botucatu, 862 Vila Clementino - São Paulo - SP
Coordenador: Prof. Dr. Luigi Biondi (História/Unifesp)
luigi.biondi@unifesp.br
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b - Jornada Claude Levi-Strauss/UFRGSA "Jornada Claude Levi-Strauss - homenagem pelos 100 anos" será realizada dia 28/11/2008, na sala Pantheon do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A entrada e' livre. Interessados em atestado devem fazer inscrição pelo e-mail elisalvigna@yahoo.com.br, informando o nome completo, e-mail, endereço e telefone. Mais informações em http://www.ufrgs.br/ifch/.
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c - Ensino médio
Ensino médio integrado é tema de evento Gestores estaduais que atuam nas áreas do ensino médio e na educação profissional participaram esta semana, em Brasília, de um seminário sobre as estratégias de implantação do ensino médio integrado à educação profissional nas suas redes. O evento, com palestras e oficinas, foi promovido pela Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec). Durante três dias, os gestores receberam informações de especialistas e desenvolveram atividades sobre a construção e aprimoramento do projeto político pedagógico (PPP) dos cursos. Marcelo Pedra, coordenador de projetos especiais ? Brasil Profissionalizado, da Setec, explica que três temas foram aprofundados nesse encontro: o currículo do ensino médio integrado, os arranjos produtivos locais e a diversidade. A questão dos arranjos produtivos, por exemplo, é um item importante na construção dos PPPs. Marcelo Pedra diz que muitos projetos elaborados pelas redes estaduais não têm foco na vocação local e regional, que é um dos princípios da educação integrada. Nas oficinas os gestores trabalharam a identificação dos problemas dos PPPs e como modificá-los. A outra questão que muitas vezes foi esquecida nos projetos é a diversidade. Os PPPs devem contemplar as comunidades quilombolas, indígenas, a educação do campo e a educação profissional de jovens e adultos, lembra o coordenador da Setec. Processo O ensino médio integrado à educação profissional começou a ser implantado neste ano em 1.537 escolas das redes de cinco estados que, até julho passado, fecharam convênios com a Setec. São 495 escolas do Ceará, 451 de Mato Grosso, 303 de Tocantins, 155 do Piauí e 133 do Pará. O coordenador de projetos especiais da Setec diz que cerca de 3.500 escolas já manifestaram interesse em oferecer o ensino médio integrado. PORTAL MEC
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d - VII Encontro Estadual de Historia - Cultura, Cidadania e Violência/UFPEO "VII Encontro Estadual de Historia da ANPUH-PE: Cultura, Cidadania e Violência" ocorrera' de 1 a 5/12/2008, na Universidade Federal de Pernambuco. Mais informações em http://www.anpuhpe.org/encontro2008/.
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e - IV Encontro Escravidão e Liberdade no Brasil Meridional/UFPRO IV Encontro "Escravidão & Liberdade no Brasil Meridional", organizado pelo Departamento de Historia da Universidade Federal do Paraná, será realizado de 13 a 15/5/2009. Propostas de comunicação em simpósio ou banners devem ser enviadas ate' 5/12/2008 e o prazo da inscrição para ouvintes e participantes dos mini-cursos termina em 16/4/2009. Mais informações em http://www.labhstc.ufsc.br/ivencontro.htm.
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f - VIII Encontro Internacional de Estudos Medievais/UFESA Associação Brasileira de Estudos Medievais (ABREM) e a Universidade Federal do Espírito Santo promovem o "VIII EIEM - As múltiplas expressões da Idade Media: filosofia, artes, letras, historia e direito", a ser realizado de 11 a 14/8/2009. O prazo para inscrições de ouvintes e palestrantes começa a partir de janeiro de 2009 e vai ate' 1/6/2009 (como ouvinte, com direito a um minicurso). Mais informações em http://www.cchn.ufes.br/depfil/viiieiem/.
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3. Revista/Chamada de artigos e lançamentoa
- A Revista Historia & Luta de Classes recebera' contribuições para o seu oitavo numero, que terá como tema a questão agrária e a reforma agrária. O prazo para encaminhamento de artigos e resenhas para o e-mail historiaelutadeclasses@uol.com.br se encerra em 30/3/2009. O numero 7 da revista (Dossiê Estado e Poder) será lançado no inicio de 2009.
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b - "Dilemas, revista de estudos de conflito e controle social" (NECVU/IFCS/UFRJ), lançou seu Vol. 1, referente ao período de Jul/Ago/Set, 2008. Mais informações em http://www.dilemas.ifcs.ufrj.br/.