Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

17.8.09

Número 200




Este é o Boletim de numero

Devagar e sempre, chegamos ao número 200, o que significa, com algumas semanas de interrupção, mais de dois anos no ar. Muitas mudanças foram efetuadas, mas persistiu sempre a vontade de oferecer um material que pudesse levar os leitores à reflexão, à descoberta de que existem outros olhares possíveis, tanto sobre a história mais antiga quanto a do tempo presente.
Para comemorar, temos 3 grandes colaborações, de leitores e colaboradores de sempre. Cristina Moreno de Castro, jovem jornalista, envia matéria de sua autoria sobre as brincadeiras infantis de ontem e de hoje; Helena Guimarães Campos mostra como a Cidadania pode e deve estar presente no ensino e Antônio de Paiva Moura discute a velha questão do Patrimonialismo na política brasileira.
Encerrando a parte dos artigos, matéria da Folha de São Paulo enviada por Vânia Facury, sobre a colaboração brasileira e norteamericana na derrubada de Allende, do Chile.
Na parte de livros, boas indicações: Antigos e modernos: diálogos sobre a (escrita da) História – Bolhas e depressão – Governadores Gerais do Estado do Brasil – A cidade na Geografia Contemporânea Global – Revista Fórum e Revista de História da Biblioteca Nacional.
Em Navegar é preciso, muitas novidades do Café Historia – Onde é mesmo que fica o Brasil? – Para Boaventura, política ambiental de Lula é um desastre – América Latina passo a passo – Governo mineiro: um elefante incomoda muita gente – Por que a vida no oriente Médio continua encalhada na Idade Média? – A crise está sendo superada? – Bolívia: a direita ainda não foi destruída economicamente – Documento de 1968 revela medo de que o Brasil virasse uma China.
Em Notícias: o Ereh – Concursos – Mestrados e doutorados – VII Jornada de estudos afrobrasileiros – Programa de formação de quadros profissionais para o CPDOC-FGV.
Um abraço e obrigado pela leitura.



Brinquem, crianças
Cristina Moreno de Castro (WWW.novae.inf.br)

As crianças dizem muito do tempo em que vivemos.
Estive durante algumas manhãs com crianças de 6 a 11 anos da periferia de São Paulo. Queria ouvi-las sobre um tema agradável: brincadeiras. Queria saber como gostam de brincar de todas aquelas invenções lúdicas que encheram minha própria infância: palmas, esconde-esconde, pega-pega, elástico, corda.
Mas elas contaram muito mais.
***
Quando eu era criança, adorava brincar de bater palmas. Era uma brincadeira sem perdedores, que só terminava quando a música acabava. A música era alguma coisa entre a incongruência e a inocência: “Ba-ba-lu, Babalu é Califórnia, Califórnia é Babalu...”. Nunca entendi essa letra.
As três meninas de 10 anos que batem palmas para eu ver como fazem, entoam, em vez disso, um funk. Entremeando as palmas, rebolam. A letra da música é uma versão de um clássico do folclore: “Se esta rua fosse minha (ai, mariquinha) eu mandava ladrilhar (re-bo-lar) com pedrinhas de brilhante (di-a-man-te) só pro meu amor passar (re-que-brar)”.
Antes do refrão, a letra remete à realidade das Casas Bahia: “Va-mos com-prar (disque-lá, disque-lá) na pres-ta-ção (cinco vezes no cartão)”. Acho que é uma letra muito mais inteligente que o Babalu e a Califórnia.
***
Um dos meninos adora soltar pipas. “Só lá na laje, que não tem fio elétrico”. Ele mesmo monta os papagaios: cinco varetas, papel, cola, tinta, e cerol. Ele mesmo cozinha o cerol. “Na panela velha, senão a mãe bate”. A maior diversão é cortar a rabiola das pipas dos amigos e pegá-las para si. “Só não brinca com cerol quando a mãe é muito brava e não deixa”.
Mas isso deve ser a maior diversão de todas as crianças de todas as gerações de todas as regiões do mundo. Menos quando apanha da mãe.
***
Muitas daquelas crianças moram com avós, tios, irmãos. Só com a mãe, só com o pai. Pergunto-me se é um retrato parecido com o das famílias de camadas mais ricas. Se não é, por quê.
“Ela apanha do pai, tia”, aponta uma menininha de nariz escorrendo. Afarol, ouvem. Eu não discordo, e aposto que a linda menina que apanha do pai também não.
que apanha não diz nada, mas não parece mais triste ou abatida. É como se a colega tivesse dito: “Ela não come verdura, tia”.
Muitas daquelas crianças trabalhavam nos semáforos recolhendo dinheiro para os “responsáveis”. Pode chegar a R$ 800 por mês, o que é uma renda extra que muita família não pode se dar ao luxo de perder. Mas as famílias daquelas centenas de crianças foram convencidas pela Casa do Zezinho a deixar que brinquem em vez de trabalhar, e estudem no resto do dia. Serão crianças muito melhores brincando do que pedindo esmola no ***

E assim foram surgindo as brincadeiras, uma a uma, coincidindo com as que eu brincava na escola pública incrustada num bairro nobre de Belo Horizonte. Queimada, estátua (“duro ou mole”), corre-cotia, bolinha de gude, tapão, mãe da rua, escravos de Jó, amarelinha.
Já não há pião, Maria viola, bente-altas, rouba-bandeira e outras da geração do menino maluquinho. Mas a minha geração ainda está salva.
***
Até que chega polícia-e-ladrão. Eu adorava, brincava praticamente todos os dias na escola. Um grupo de umas dez crianças. Metade era polícia, metade era ladrão. Policiais corriam atrás dos ladrões, que fugiam. Se conseguissem pegá-los, metiam-nos numa prisão – da qual sempre podiam fugir, caso algum bandido camarada passasse a barreira da carceragem.
Eu sempre preferia ser o bandido, porque, como fora do faz-de-conta, fugir da cadeia era moleza. (Além disso, policiais nunca me inspiraram muita confiança.)
O menino de 9 anos que brinca de polícia e ladrão prefere ser a polícia. A polícia, nas regras dele, pode prender o ladrão e sentá-lo numa cadeira elétrica (qualquer banquinho serve). Assim, ladrão nenhum sai com vida da prisão – entrou, vira churrasquinho. Por outro lado, se o ladrão, munido de uma “bazuca, ou metralhadora” (bolinhas de papel), atirar na polícia antes, sua pele estará salva.

Peço um desenho da brincadeira e ele faz um menino atirando no outro, que cai, respingando sangue. Fico impressionada com a violência, nos dias de hoje, daquela minha brincadeira favorita: “Mas todo mundo brinca assim, ou você que inventou desse jeito?”. “Todo mundo, tia”. As crianças em volta acenam, confirmando. “É que no meu polícia-e-ladrão não tinha nem cadeira elétrica, nem bazuca”, defendo. Ele arregala os olhos: “Não tinha? Então como conseguiam brincar?!”
***
Quase todas as crianças, como em qualquer lugar do planeta, são lindas, alegres, vivazes, espertas. Um desses garotinhos lindos, de 7 anos, parece mais quieto que os colegas. Senta-se ao meu lado, tímido, e conta que gosta mesmo é de brincar de “pobres e ricos”, com seu irmão.
É assim, tia: “A gente sobe num barco (a cama), levando um moooonte de comidas (do faz-de-conta), e navega pelo mundo. Aí um dia a gente chega em uma cidade e fica rico”. “Mas fica rico como?” “Fica rico na cidade, tia (olha como se fosse a coisa mais óbvia do mundo).” “E depois?”. “Depois a gente volta pro barco e vira pobre de novo”.
Ele não diz isso com qualquer resquício de tristeza – mas tampouco de resignação, que não cabe naquele rostinho. Fala apenas com naturalidade. E ele adora brincar de ricos e pobres, porque, depois de navegar abarrotado de comidas, chega a uma cidade maravilhosa e, num passe de mágica, fica rico. Mesmo que o encanto dure pouco, e ele volte a ser pobre de novo, aquela é sua brincadeira favorita. E eu queria ser uma fada madrinha.


CONCURSOS DE MISS E EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Helena Guimarães Campos

Responda, “na lata”: O que é mais superficial: um concurso de miss ou a educação brasileira?
Vacilou? Ficou na dúvida? Se você não consegue agir sobre pressão e necessita de mais alguns dados para fundamentar sua resposta, talvez possamos ajudá-lo a se decidir, recorrendo à Sandra Bulock, a eterna “Miss Simpatia”, de 2000, que revelou o grande sonho de todas as misses: a paz mundial. Discurso breve e simples, aprendido e repetido por 11 entre 10 candidatas, essa máxima sem dúvida expressa o que deveria ser o objetivo maior de qualquer sociedade planetária que se faz ou não representar por uma beldade.
E quanto à educação brasileira? Essa é fácil, pois é máxima presente nos discursos e documentos oficiais, nos livros didáticos, nos congressos e seminários da área, nos planejamentos escolares e na fala de cada professor: formar para a cidadania. Ou seja, formar cidadãos conscientes, críticos, responsáveis, aptos a interpretar a realidade social e a atuar de forma participativa e construtiva na vida social, segundo princípios éticos, democráticos, solidários, de justiça social...
E como pode uma miss e um educador, cada um, a seu modo, contribuir para tornar realidade essas tão propaladas máximas, considerando-se a história e a atual situação do conjunto da humanidade e dos resultados da educação brasileira?
Sobre o poder das belas mulheres influenciarem os diversos povos para promover a paz mundial, esperançosos lembramos que se a “beleza é fundamental”, certamente há de se descobrir como fazer uso dela para alcançar tão nobre meta. Ocupemo-nos, portanto, da educação brasileira e dos meios
ao nosso alcance, educadores da área de História, para retirar da esfera do discurso e transpor para a prática a formação de cidadãos.
Como pode o professor de História atuar como agente de construção de cidadania? Como articular os conteúdos escolares da História com a formação da cidadania? Que estratégias pedagógicas promovem essa articulação? Que aspectos da cidadania devem ser enfatizados?
A título de reflexão, apresentamos algumas considerações que podem nos orientar no trabalho com a formação da cidadania:
1. O que é cidadania? Esse é um conceito histórico. Os direitos e deveres dos indivíduos e sua forma de participar da vida social variaram e ainda variam em diferentes contextos históricos. É sobre a idéia de nação que se apóia a cidadania moderna, ou seja, cidadão é todo indivíduo membro de um estado-nação, isso é, nascido em um país ou naturalizado. Como tal, ele possui uma gama de direitos e de deveres em relação à sociedade nacional de que participa.
2. Quais são os direitos de cidadania? A tipologia clássica os divide em: a) Direitos Civis que são aqueles que asseguram a liberdade individual e reconhecem a igualdade entre os indivíduos. O reconhecimento desses direitos obriga o Estado a não interferir na vida do indivíduo, cuja liberdade só é limitada pelo direito alheio; b) Direitos Políticos que garantem a participação do cidadão no governo da sociedade; c) Direitos Sociais que são os que reconhecem as necessidades básicas do ser humano e procuram assegurar um mínimo de bem-estar social e econômico, protegendo da pobreza, da doença e de outros infortúnios. Eles são baseados nas idéias de dignidade e de justiça social e o seu reconhecimento exige que o Estado atue no sentido de diminuir as desigualdades sociais. Direitos econômicos e culturais podem ser considerados desdobramentos desses últimos. Já os direitos ambientais são recentes. O aluno deve ser levado a perceber que existe uma estreita relação entre todos os direitos de cidadania.
3. Que relação há entre História e Cidadania? Ambas são mutáveis. A História ampliou suas noções de sujeito histórico. Do sujeito personalista, heróico, patriótico, político, passou-se ao sujeito agente de ação social, quer seja indivíduo ou coletivo social. Da mesma forma, a cidadania moderna estendeu-se a novos sujeitos de direito. Não é só o homem, adulto, cumpridor de deveres cívicos e religiosos que é cidadão. Mulheres, idosos, portadores de deficiências físicas e mentais, crianças e adolescentes gozam de direitos, ainda que a cidadania plena não seja facultada a todos. Também os sujeitos coletivos - minorias étnicas, religiosas, famílias, etc. – e as futuras gerações detêm direitos. Igualmente a noção de fato histórico e de direito de cidadania mudaram, se ampliaram. A percepção e a aproximação da historicidade da História e da cidadania é importante para a construção das noções de sujeito e de fato histórico e de cidadão e de direito de cidadania, permitindo ao aluno perceber que essas mudanças refletem lutas, conquistas e transformações pautadas na idéia de inclusão operadas nos diversos contextos históricos.
4. Que estratégia pedagógica pode ser usada? A contextualização permite a (re)significação do conhecimento. É preciso trazer o conhecimento para a realidade do aluno para que ele estabeleça pontes entre os diferentes contextos estudados e seu próprio. A contextualização é eficiente quando considera as experiências do aluno em sua vida pessoal, em seu cotidiano e em seus espaços de convivência. É no mundo de relações sociais do aluno que o conhecimento escolar adquire significado, pois se associa à aprendizagem espontânea construída por meio da vivência para (re)elaborar significados e conhecimentos, relacionando, enfim, a teoria à prática, o conhecimento da sala de aula à vida. Identificar permanências e mudanças propicia ao aluno aprimorar sua visão de mundo e sua percepção do próprio protagonismo nas situações que vivencia, levando-o a assumir responsabilidades em relação à sua vida pessoal e à vida coletiva.
5. Exemplo de atividade didática para o trabalho com a formação de cidadania:




Usando a obra de Quino, podemos discutir o contexto histórico retratado pela tirinha e os direitos culturais em época de globalização. Questões a serem trabalhadas de forma contextualizada: Quais são as suas principais formas de lazer e de cultura? Elas são influenciadas pelo mercado cultural global? Que formas de lazer você adota que são típicas de sua cultura nacional e regional? Elas estão ligadas à indústria cultural? Que atividades culturais e de lazer você pode desfrutar sem gastar dinheiro?
Sabemos que não há receita de bolo para o trabalho pedagógico, mas se o professor é dotado de uma sólida base sobre o tema da cidadania e uma sensibilidade social, há de aproveitar e criar oportunidades para construir suas próprias estratégias que visem à formação de cidadãos e assim, contribuir para promover a paz mundial.



O Patrimonialismo é mais velho que a Serra da Moeda

Antonio de Paiva Moura

O conceito de patrimonialismo parte da classificação feita por Max Weber sobre três formas de dominação em uma dada contextualidade política. A forma racional-legal é a que predomina no Ocidente moderno. Funciona a partir da observância da legislação e das normas instituídas. O eleitor procura analisar os projetos e os meios mais adequados para realização dos objetivos. O valor predominante do candidato é a competência. A legitimidade carismática repousa nas qualidades excepcionais ou na sacralidade de uma pessoa. O eleitor vota em pessoas dotadas de excepcionais qualidades de oratória e de inteligência retórica. O eleitor fica encantado com tudo que o candidato fala e promete fazer sem saber que está sendo levado pela demagogia. Os exemplos mais expressivos de legitimidade carismática foram as eleições de Jânio Quadros e de Collor de Mello. O pastor Mário de Oliveira é uma figura carismática que em toda legislatura se elege deputado federal. A forma de legitimidade patrimonialista de dominação é um tipo de organização política em que as relações subordinativas são determinadas por dependência econômica e por sentimentos tradicionais de lealdade e respeito dos governados pelos governantes. É uma conduta mecânica na qual o indivíduo obedece inconscientemente a valores considerados evidentes. Na legitimidade tradicional e patrimonialista o eleitor vota no candidato pelo fato de ele ser de uma certa linhagem de família; por ser do partido; por ter uma postura de patriarca. Mesmo que seja de conhecimento público o eleitor não acredita que seu candidato seja corrupto ou desonesto. Os exemplos mais evidentes são as presenças das famílias de Antonio Carlos Magalhães e de José Sarney na política brasileira.

O patrimonialismo abriga, em tempos recentes e na atualidade, alguns resíduos do sistema feudal que se fundamenta na lealdade da vassalagem, embora no feudalismo não tenha existido a idéia de estado e nem o ideal de res pública. Senhores e vassalos obtinham vantagens mútuas, celebradas como se fosse um casamento. O patrimonialismo moderno no Brasil se funda na fidelidade e na lealdade da clientela, que forma a hoste ou o curral eleitoral, como vulgarmente é tratado no Brasil. Para Weber o patrimonialismo se configura quando a autoridade política, mantendo o modelo original do pater família, se projeta para fora do âmbito doméstico, abrangendo uma população e um território mais extenso, digamos, um município, um estado ou mesmo um país. Uma vez conquistado o domínio da instituição pública a facção vitoriosa passa a hostilizar os adversários e a cobrir os correligionários de benefícios. Usa as instituições públicas para fins particulares, ou seja, como se fossem patrimônios privados. Para que uma facção consiga o monopólio do usufruto do tesouro público e de outros privilégios ela precisa disputar e vencer. Diversos historiadores trataram estas facções vitoriosas como estamento, que é uma camada social semelhante à casta, porem mais aberta porque permite a mobilidade social ascendente. O que, na verdade continuam existindo até hoje sãos resíduos da cultura nascida nos estamentos do passado e constituem-se em obstáculo à busca da legitimidade racional-legal. O que são mais parecidos com estamentos, na atualidade, são as bancadas ruralistas e evangélicas que atuam no congresso. Na verdade são facções da classe proprietária dos meios de produção que querem continuar se apropriando dos bens públicos e da natureza. Quando não na forma de privatização, apelam para a forma de a apropriação indébita.
A ideologia do patrimonialismo que teve lugar na Primeira República, na chamada política dos governadores e vulgarmente conhecida como política do café com leite era um acordo das oligarquias que geriam as funções e fundos públicos como se fossem remunerações retiradas do tesouro público. Diz Barbosa Nery que uns faziam da política seu negócio e para outros a política nada mais era que um meio de melhorar seus negócios. Desta forma as disputas políticas giravam em torno da possibilidade de posse de riquezas: financiamento da lavoura cafeeira: atração de benfeitorias como pontes, estradas, ferrovias nas proximidades dos negócios ou no interior das fazendas; cargos públicos nos municípios, estados e união. A partir do Estado Novo até hoje acrescentam vultosos contratos de obras públicas por empreiteiras; os cargos de gerenciamentos das empresas e bancos estatais; a formação de infra-estrutura para benefício de empresas particulares
Passado quase um século da política dos governadores, os três níveis de poder na união, nos estados e nos municípios ainda são visíveis os resíduos do patrimonialismo. Basta lembrar a proteção que o presidente do Supremo Tribunal Federal ofereceu ao empresário Daniel Dantas no episódio conhecido como operação Satiagraha, em 2008. No legislativo, tanto a Câmara dos Deputados quanto ao Senado Federal, de 2007 a 2009 diversas CPIs culminaram com perda de mandatos pelos parlamentares envolvidos em corrupção. Vale observar que como característica do patrimonialismo, houve rigor na apuração de alguns casos e condescendência em outros, deixando transparecer as disputas ou as lutas das facções oriundas dos velhos estamentos. No Executivo da União houve os episódios do ministro Palocci e da CPI dos Correios que culminaram com demissões e nada mais. Nos estados e municípios nunca houve tanta denúncia de uso indevido do serviço público, desfalques, desvios e toda espécie de corrupção. De 2008 a 2009 três governadores estaduais perderam seus mandatos e 119 prefeitos foram afastados dos cargos para os quais foram eleitos.
Por um lado a Constituição de 1988 e o Ministério Público apontam para a legitimidade do tipo racional-legal, na orientação da vida social do Brasil, por outro palpitam os resíduos do passado patrimonialista que tentam manter os privilégios dos descendentes das velhas oligarquias, ainda enraizadas na cultura política do país.




Médici e Nixon planejaram derrubar Allende
Documento dos EUA revela que, em reunião com americano dois anos antes do golpe, brasileiro disse "estar trabalhando" para derrubar chileno
Relato da conversa mostra que foram tratados também temas como a instabilidade boliviana, a volta de Cuba à OEA e o Tratado de Itaipu
FABIANO MAISONNAVE
DE CARACAS
Em conversa com o colega americano Richard Nixon, o presidente Emílio Médici afirmou que "estava trabalhando" para derrubar o governo do socialista chileno Salvador Allende, revelam documentos liberados pelo Departamento de Estado dos EUA e compilados pelo instituto de pesquisa não governamental Arquivo Nacional de Segurança, aos quais a Folha teve acesso.
O encontro ocorreu no Salão Oval da Casa Branca, às 10h de 9 de dezembro de 1971. Do lado brasileiro, só Médici estava presente, deixando o Itamaraty de fora. Sem falar inglês, precisou da ajuda do general Vernon Walters, que tinha forte ligação com o Brasil -era o adido militar americano no golpe de 1964.
O outro participante foi o assessor de Segurança Nacional e futuro secretário de Estado Henry Kissinger, relator do encontro, revelado quase 38 anos depois. "É fantástico ver que Médici tenha mantido conversas no mais alto nível sem se fazer acompanhar por ninguém", diz o pesquisador Matias Spektor. "A Casa Branca e o Médici acreditavam que o Itamaraty estava tentando frustrar a visita presidencial. Os diplomatas brasileiros não gostavam da ideia de tanta proximidade entre os presidentes."
A visita de Médici ocorreu num momento em que o Brasil começava a ter uma política externa mais ativa, enquanto os EUA, embora preocupados com o avanço esquerdista na América Latina, estavam atolados na Guerra do Vietnã.
Anticomunistas convictos, os presidentes conversaram sobre ações para derrubar os regimes esquerdistas de Chile e Cuba e "evitar novos Castros e Allendes", como define Nixon.
Médici, quase dois anos antes do golpe de setembro de 1973 liderado pelo general Augusto Pinochet, prevê que Allende seria derrubado "pelas mesmas razões" que João Goulart.
A conversa também aborda a instabilidade boliviana. Médici diz que convenceu o ditador paraguaio Alfredo Stroessner (1954-1989) a vender a energia da futura usina de Itaipu aos bolivianos, sob o argumento de que, "se a Bolívia não fosse ajudada, sem dúvida se tornaria
comunista". O pré-acordo nunca foi levado adiante.
Em outro momento, eles mostram preocupação com as gestões do Peru para a volta de Cuba à OEA (Organização dos Estados Americanos). É quando ocorre a única intervenção de Walters, que diz que o presidente esquerdista peruano, Juan Velasco Alvarado (1968-1975) tinha um filho com uma ex-miss "muito de esquerda em suas opiniões e associações políticas" e que isso lhe seria um problema caso saísse a público.
Para continuar falando sobre esses temas, Nixon propõe a criação de um "canal" de comunicação fora dos meios diplomáticos e diz que seu homem de confiança seria Kissinger.
Médici concorda e diz que confiava no seu chanceler, Mário Gibson Barbosa, que tinha um "arquivo especial em que todos os itens eram manuscritos (...) de forma que nem os datilógrafos tinham conhecimento deles".
Na avaliação do ex-embaixador do Brasil nos EUA Roberto Abdenur, a conversa "não chega a ser uma surpresa". "O que os dois fizeram foi selar, no mais alto nível político, e em termos de organizada colaboração, algo em que ambos os lados já de há muito se vinham empenhando."
Leia documentos da visita
http://www.nsarchive.org/
E tem mais material sobre isso na Folhaonline de domingo passado. Olha lá!



VALE A PENA LER
Antigos e modernos - diálogos sobre a ( escrita da) história
Como pensar a história entre a tradição e a modernidade? Ou melhor, de que lugar social e por qual tempo histórico, discorriam os historiadores, antigos ou modernos, acerca dessa modalidade de conhecimento e conscientização de mundo em que vivem e se movem os homens, a história?
Este é um livro sobre as reflexões, sobre a história. Nos inúmeros artigos que compõem Antigos e modernos é possível tentar encontrar soluções para essas questões. Ao tratar dos diálogos de diferentes épocas temporais e modos de pensar, este livro nos abre um espaço primordial para aprimorar a compreensão desses diálogos tão distintos, mas que carregam o saber em diversas proporções. Isso é possível por meio de definições sobre a história, como a de Tucídides, segundo a qual seus escritos historiográficos constituiriam uma aquisição atemporal; ou as idéias de Políbio que proclamava que seria dever do historiador tecer o louvor da escrita da História, firmar e reiterar as virtudes e os benefícios que a consagram; ou mesmo dos escritos de Karl Marx que nos advertia sobre “a tradição” histórica, que seria antes “um pesadelo que oprime o cérebro dos vivos”. Podemos ainda pensar na filósofa Hannah Arendt que buscava renovar o fio do passado originário.
Neste livro, organizado por Francisco Murari Pires, resultado de um colóquio realizado em 2007 junto ao Departamento de História da Universidade de São Paulo, está reunido um time de historiadores que pensam juntos os modos porque intentamos, ainda nos dias de hoje, equacionar as diferentes maneiras de se compreender criticamente o diálogo entre antigos e modernos, entre a história de ontem e de hoje. Diálogos estes que envolvem a ideologia de nossas práticas científicas e acadêmicas.
Os autores deste livro: Pascal Payen , Luiz Costa Lima, Marcelo Rede, Marlene Suano, Miguel SoaresPalmeira, Marie-Rose Guelfucci, Cecília Helena de Salles Oliveira, Izabel Andrade Marson, Temístocles Cezar, Hugo Francisco Bauzá Francisco Murari Pires, Elias Thomé Saliba, Carlos Alberto de Moura Ribeiro Zeron, Lincoln Secco, Gabriella Albanese, André Malta, Luís Filipe Silvério Lima, José Otávio Guimarães, Solange Ferraz de Lima, Vânia Carneiro de Carvalho, Marcos Lanna , Íris Kantor, Mary A. Junqueira, Ana Lúcia Mandacarú Lobo
Edição: Alameda - Preço: R$ 60 (502 páginas)
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Bolhas e depressão: em busca das causas das crises do capitalismo

Em linguagem envolvente, cheia de metáforas e fabulazinhas, mas apenas em aparência acessível aos não iniciados, o laureado Paul Krugman repassa as últimas décadas da história capitalista em busca de culpados para a crise de hoje e para as anteriores. Sedução literária à parte, a história de Krugman contém lapsos formidáveis. O “lapso” maior é que Krugman dispensa em sua história certos personagens da economia política internacional, a questão do poder e da hegemonia, o caráter hierárquico do sistema monetário mundial. O artigo é de Leda Paulani, publicado no n° 4 do Jornal de Resenhas.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16115&boletim_id=582&componente_id=9852
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Revista de História da Biblioteca Nacional, numero 47.
Traz matérias especiais sobre Euclides da Cunha, entrevista com Alberto Venâncio Filho. Matérias sobre o padre Bartolomeu de Gusmão, o New Deal, by Vargas; passeata em Sorocaba pelo fim da proibição de beijos em público; João de Minas, o profeta pornopolitico; Anarquismo no currículo.
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Governadores gerais do Estado do Brasil (séculos XVI – XVII): ofício, regimento, governação e trajetórias

Francisco Carlos Cosentino (professor da Universidade Federal de Viçosa)

Editora AnnablumeFormato 16x23 cm, 366 páginas


O presente trabalho foi dividido em três partes. Inicia-se caracterizando a monarquia portuguesa no Antigo Regime e caracterizando o ofício de governador geral do Estado do Brasil. As cerimônias que cercavam a nomeação e posse dos governadores gerais são destacadas, assim como a forma de tratamento dispensada a eles e, principalmente, os seus poderes, funções e atividades desenvolvidas durante o exercício da governação. A segunda parte aborda a trajetória social e a carreira dos cinco governadores escolhidos para estudo, aqueles que trouxeram regimentos originais: Tomé de Sousa, Francisco Giraldes, Gaspar de Sousa, Diogo de Mendonça Furtado e Roque da Costa Barreto. Na terceira e última parte, é descrito o momento vivido pela América, pela monarquia e pelo império português, assim como a conjuntura na qual, cada um dos cinco governadores estudados, foram enviados para o Estado do Brasil caracterizando os regimentos que trouxeram. Por fim, o exercício cotidiano da governação nas terras do Brasil, suas relações com a monarquia portuguesa e com as outras jurisdições existentes.
Lançamento no dia 29 de agosto, as 10:30 horas, na Livraria Leitura do Pátio Savassi.
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Nas bancas a revista Fórum 77: entrevista exclusiva com Kabengele Munanga.

Confira também: O desafio sandinista
Ciro Gomes vem aí?
Em busca da igualdade
A arte de pifar
Lembranças da revolução - Nem o mundo nem o Ortega de hoje são os mesmos de trinta anos atrás. Mas entender o processo revolucionário é essencial para conhecer a Nicarágua de hoje.
E muito mais.
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A Cidade na Geografia Contemporânea Global.


A obra de Ricardo Carlos Gaspar fala sobre urbanismo e o futuro das cidades, e mostra, segundo palavras do arquiteto e urbanista Jorge Wilheim, que "ainda é possível pensar utopias, cidades onde existam esperança de justiça, qualidade de vida e equidade".





Convite para o lançamento, dia 22 de agosto, das 16 às 19:30hs, no Café com Letras, rua Antônio de Albuquerque 781, Savassi, Belo Horizonte.










NAVEGAR É PRECISO
O que acha de ganhar em casa um livro de 542 páginas rico em informações e totalmente ilustrado sobre a Grécia Antiga? Imperdível, não é mesmo?Para concorrer a este super lançamento da Ediouro, entre no Café História e responda:"Na sua opinião, qual a maior contribuição da Grécia Antiga para o mundo? Por que?Quer conhecer mais sobre o lançamento? Então acesse: http://www.greciaantigaolivro.com.br/

No site, você ainda pode baixar um papel de parede, conhecer mais sobre o organizador da obra, o professor da Universidade de Cambridge, Paul Cartledge, e até mesmo ler um capítulo do livro!
Visite Cafe Historia em: http://cafehistoria.ning.com/
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Onde é mesmo que fica o Brasil?Para a maioria da imprensa estrangeira, se não estamos no melhor dos mundos, estamos fora do pior deles, pois o Brasil é um dos únicos países em que a pobreza está diminuindo, apesar das fragilidades e distâncias sociais continuarem de monta. Por outro lado, na imprensa brasileira, o presidente Lula ora aparece como um parvo, ora como um monstro, ora como apequenado. O caso Sarney - agora em vias de ser remetido a um sussurro obsequioso por ter se enredado no caso Arthur Virgílio - começa a ceder passo ao caso da ex-secretária da Receita Federal versus a ministra chefe da Casa Civil. O artigo é de Flávio Aguiar. > LEIA MAIS
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16113&boletim_id=581&componente_id=9843
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Para Boaventura, política ambiental do governo Lula é um desastre.Mesmo assim, o sociólogo e escritor Boaventura de Sousa Santos aponta as boas qualidades do Governo, fala sobre sua luta pela efetivação das terras dos quilombolas e revela sua opinião sobre a atuação do Ministro Gilmar Mendes.Leia a entrevista exclusiva, por Bruno Moreno: http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1323

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:: América Latina passo-a-passo[Raul Longo] O que nos aproxima no espaço e no tempo?http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1325

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:: Um elefante incomoda muita gente[José de Souza Castro] Pena que nossa imprensa não se interesse por apurar se é verdade tudo o que o governo mineiro diz. http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1321

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:: Por que a vida no Oriente Médio continua encalhada na Idade Média?[Robert Fisk] Por que esse mundo destroçado, tão rico em petróleo, tem, em tempos de computador, tantos milhões de analfabetos, mal nutridos, além de tantos corruptos? Sim, eu sei da história do colonialismo ocidental, as conspirações sinistras do Ocidente, o argumento árabe de que não se depõem xeiques e reis e autocratas, além de imans e emires, quando "o inimigo está à porta". Há verdade nisso, mas não suficiente verdade.

http://www.novae.inf.br/site/modules.php?name=Conteudo&pid=1319
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Debate
A crise está em crise?
Todos os dias, a imprensa corporativa divulga notícias animadoras de recuperações aqui e acolá. Estaria a crise sendo superada? De acordo com cinco especialistas ouvidos pelo Brasil de Fato, não. Não somente porque ela é estrutural, mas porque os gargalos que a originaram, em setembro de 2008, não foram solucionados, mas apenas amenizados, o que certamente não se sustentará por muito tempo.
Quem são os entrevistados:
Adriano Benayon é economista e foi professor da Universidade de Brasília (UnB) e do Instituto Rio Branco.
Fábio Bueno é economista e militante da Consulta Popular.
José Carlos de Assis é engenheiro de formação e presidente do Instituto Desemprego Zero.
Leda Paulani é professora do Departamento de Economia da Universidade de São Paulo (USP).
Sérgio Lessa é professor da Faculdade de Educação da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/a-crise-esta-em-crise/
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Bolívia: "A direita ainda não foi derrotada economicamente"

Em entrevista ao Le Monde Diplomatique da Bolívia, dirigido por Pablo Stefanoni, o vice-presidente Álvaro García Linera analisa o atual momento político do governo Evo Morales. Linera destaca as vitórias políticas e eleitorais do governo, mas adverte: "a direita sofreu um golpe político, perdeu o mando do Estado, perdeu a capacidade de seduzir estatalmente à sociedade, mas tem muito poder econômico ainda. É diferente a forma de consolidação do ponto de bifurcação quando é o setor popular o derrotado, política e materialmente, que quando se trata do setor empresarial". > LEIA MAIS Internacional
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Estados Unidos
Documento de 1968 revela medo de que Brasil virasse "nova China"
Um memorando enviado pelo então general Vernon A. Walters ao secretário de Estado norte-americano sugeria que os Estados Unidos deviam apoiar o regime militar brasileiro
Rui Ferreira
Leia em http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/internacional/documento-de-1968-revela-medo-de-que-brasil-virasse-nova-china/




NOTICIAS

O Encontro Regional dos Estudantes de História – EREH Sudeste será realizado na cidade de Seropédica, localizada na região conhecida como Baixada Fluminense. O evento acontecerá na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ, instituição que possui o maior campus universitário da América Latina e que conta com uma enorme estrutura para os estudos e a moradia de seus alunos, possibilitando assim o aproveitamento da estrutura e do espaço para a realização de um evento deste porte. O evento é uma articulação regional da FEMEH - Federação do Movimento Estudantil de História. O evento ira ocorrer entre os dias 4 a 7 de Setembro, visando aproveitar o dia de folga do feriado da independência do Brasil. A programação inclui conferências, mini-cursos e simpósios temáticos todos relacionados ao tema proposto. Ainda, grupos de trabalho – GTs, além de eventos culturais, abrangendo uma pluralidade cultural com oficinas,
Sobre o evento:

* Inscrição c/ alimentação: R$ 35,00

sem alimentação: R$ 20,00

Mais informaçoes: http://erehsudeste2009.blogspot.com/
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Concursos

Universidade Estadual de Ponta Grossa - PR

Concurso público para professor efetivo (adjunto) na Universidade Estadual de Ponta Grossa - Pr. - Departamento de História. 02 (duas) vagas na área de Teoria da História e 02 (duas) vagas em História e regiões. As inscrições serã realizadas no peíodo de 14 de julho a 24 de agosto de 2009.As informações completas estão no edital 16/2009, disponível em - http://www.pitangui.uepg.br/concurso/Editais/Edital162009%20-%20PDE.pdf Caso não consiga acessar tente - http://www.pitangui.uepg.br/concurso/

Universidade Federal de Ouro Preto

O Programa de Pós-Graduação (Mestrado) em História da Universidade Federal de Ouro Preto comunica que estão abertas as inscrições para o Processo Seletivo de 2010, Área de Concentração Estado, Região e Sociedade. As inscrições se encerram no dia 15 de setembro de 2009, e o Edital já está disponível na página do Programa (www.ichs.ufop.br/pgh) e na página da Universidade (www.ufop.br). Contamos com a colaboração de todos para ampla divulgação.
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Seguindo o cronograma de ações, em cooperação com o Memorial do RS, realizaremos a VII
Jornada Estadual de Estudos Afro-Brasileiros
, nesta edição com o tema “DIREITOS HUMANOS, PESQUISAS E EDUCAÇÃO”. As atividades estarão distribuídas em cinco dias constituindo-se em palestras, comunicações e atividades culturais artísticas.
Objetivos da Jornada: Debater e refletir sobre a história passada e atual da comunidade negra
tendo como referência às condições sócio-educacionais a luz da implementação de ações preconizadas pela Lei 10.639 que institui o Ensino de Historia e Cultura Afro-Brasileira e Africana nos currículos escolares.
Data e Horário: VII Jornada de Estudos Afro-Brasileiros - “DIREITOS HUMANOS, PESQUISAS E EDUCAÇÃO” realizar-se-á no mês setembro de 2009, na noite do dia 22 de setembro e nas tardes e noites dos dias 23, 24, 25 de setembro e na manhã e tarde do dia 26 de setembro de 2009.
VAGAS LIMITADAS
Local: Memorial do Rio Grande do Sul
Rua Sete de Setembro, 1020 – Praça da Alfândega – Porto Alegre
Informações: 00xx51-3286-6190 com Arilson dos Santos Gomes
00xx51-3224-7210 com Leandro Toral de Oliveira
arilson.memorial@uol.com.br
www.memorial.rs.gov.br

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Programa de formação de quadros profissionais para o CPDOC/FGV

O CPDOC selecionará até quatro pesquisadores recém-doutores para seu Programa de Formação de Quadros Profissionais, no Rio de Janeiro. Os candidatos devem ter obtido título de doutor nas áreas de História, Ciências Sociais (incluindo Antropologia, Ciência Política, Sociologia ou Relações Internacionais) ou Ciência da Informação no período compreendido entre janeiro de 2005 e setembro de 2009.
O Programa consiste num estágio de pós-doutorado com duração de um ano (janeiro a dezembro de 2010) e participação nas atividades de pesquisa, documentação e ensino desenvolvidas pelo CPDOC. Os selecionados receberão bolsa de pesquisa da FGV no valor mensal de R$ 5.000 e que não é compatível com outras bolsas ou vínculo empregatício. Durante o estágio, os bolsistas deverão residir no Rio de Janeiro e dedicar-se integralmente às atividades desenvolvidas no CPDOC.
As inscrições estarão abertas até 30 de setembro através do portal do CPDOC.
Mais informações e a íntegra do edital disponíveis em:http://www.cpdoc.fgv.br/programas.
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Seleção para Mestrado Acadêmico e Doutorado em História, Política e Bens Culturais (Rio)

Foram lançados os editais de seleção para os programas de mestrado acadêmico e de doutorado em História, Política e Bens Culturais, do CPDOC/FGV. As inscrições vão até 19 de outubro de 2009.
Inscrições: até 19 de outubro de 2009; Estrutura curricular dos cursos, editais e fichas de inscrição: http://www.fgv.br/cpdoc/cursos/pos
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Seleção para o Mestrado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais (Rio)

Foi lançado o edital de seleção para o Mestrado Profissional em Bens Culturais e Projetos Sociais, do CPDOC/FGV. As inscrições vão até 19 de outubro de 2009.
Inscrições: até 19 de outubro de 2009; Estrutura curricular, edital e ficha de inscrição: http://www.fgv.br/cpdoc/cursos/bensculturais
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Seleção para estágio no CPDOC (São Paulo)

O CPDOC em SP está selecionando um bolsista em nível de graduação, nas áreas de história e ciências sociais. O valor da bolsa é 350 reais. Os pré-requisitos são: estar cursando até o 6º semestre (inclusive) e ter o CR acima de 7.
Os interessados devem enviar currículo e histórico escolar entre os dias 17 e 21 de agosto para o e-mail leticia.nedel@fgv.br, identificando no assunto: Estágio no CPDOC.
Os classificados na primeira fase serão chamados para uma avaliação escrita e entrevista, em data a ser divulgada na terça-feira, dia 25 de agosto.
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