Boletim Mineiro de História

Boletim atualizado todas as quartas-feiras, objetiva trazer temas para discussão, informar sobre concursos, publicações de livros e revistas. Aceita-se contribuições, desde que versem sobre temas históricos. É um espaço plural, aberto a todas as opiniões desde que não contenham discriminações, racismo ou incitamentos ilegais. Os artigos assinados são de responsabilidade única de seus autores e não refletem o pensamento do autor do Boletim.

28.4.10

Numero 232




Comecemos com a política.
Recebi um email de uma amiga, que ela enviou a toda a sua lista de contatos, do qual destaco um trecho que se refere ao que já está acontecendo. Aposto que vocês, leitores e leitoras, já estão recebendo emails falando das falcatruas, do passado, e de tantas outras coisas, especialmente sobre a Dilma e o Serra (afinal são os únicos que já estão declarados como postulantes ao cargo de presidente). Eu tenho respondido a alguns, mas confesso que está me cansando. Estava pensando em falar algo a respeito e eis que um trecho do email dela veio a calhar:



E, principalmente, solicito que confiem no meu discernimento em questão política. Neste ano vão nos entulhar a caixa de LIXO que querem que repassemos, nos fazendo de joguete de interesses eleitoreiros. Gente que quer prestígio, poder e dinheiro e para tanto quer eficientes cabos eleitorais que façam divulgar, a custo zero para eles, o que não ousariam nem sequer mencionar em debates sérios! Nós, simples pagadores de impostos, além de pedágios e outros, viramos otários!
Eu não vou aceitar ser usada para divulgar coisas que em sua maioria nem verdade são, ou, pior ainda: Verdades distorcidas ou meias verdades, o que é pior que a mentira. As coisas sérias e com algum grau de confiabilidade chegam à imprensa e se tornam depois objeto de debate. O resto é lixo!
Minha formação cidadã não necessita de informações "privilegiadas" de última hora: Leio livros, jornais, analiso também por mim mesma a realidade do dia a dia e faço consciente minhas escolhas, pois é assim que deve ser. Por favor, não me conte como uma pessoa ingênua a mais, você, amigo (a) que me conhece.


Feito isso, vamos a duas coisas importantes que ocorreram nesses dias passados. Uma pesquisa do DataFolha que, afinal, teve de ser “corrigida”. E, o que mais me preocupou: as declarações de Serra sobre o Mercosul, que no entender dele é uma “farsa”. Por que isso assusta? Porque o pensamento neoliberal, encarnado no tucanato, é amplamente (sempre foi) a favor da ALCA, que já foi rejeitada por essas bandas. Querer ressuscitar esse defunto é algo muito sério e comprometedor para nosso futuro. E liquidar com o Mercosul é mais estranho ainda, pois, se pensarmos bem, ele refletiu a mudança de relações do Brasil com seus vizinhos. A histórica rivalidade com os argentinos, por exemplo, deixou de existir no plano econômico. Vamos liquidar com ele?



Folha admite que ela e a coalizão demotucana fraudaram acusação contra a Sensus: usaram dados de um enquete feita em Santa Catarina para atacar outra, nacional, que deu empate técnico entre Serra e Dilma. Hoje a Folha reconhece: '...o PSDB encontrou cinco supostas irregularidades. A principal delas... é justamente a que se baseou em dados errados" Reconhecer o erro é ótimo, mas a seletividade da repetição sugere que o jornal se transformou em correia de transmissão do conservadorismo nativo. Fosse um veículo isento, antes de abraçar a acusação, a reportagem teria checado os dados. A má fé se confirma na retrospectiva de fatos recentes. A mesma manipulação usada contra a Sensus ocorreu no caso da ficha falsa contra Dilma, que a Folha diz ter recebido por email, e publicou como documento autentico --sem conferir a origem-- até ser desmascarada pelos peritos da Unicamp. Há poucos dias, atribuiu a Dilma uma frase não dita pela candidata que a indispunha contra exilados. Só reconheceu o erro em nota de rodapé, dias depois de ter repercutido a 'declaração' em manchetes e suites. O conjunto sugere que o critério de jornalismo predominante hoje no veículo da família Frias é o vale-tudo contra o governo Lula. A sucessão de fraudes criou uma cultura de redação do tipo 'quem dá mais'. A espiral declinante incentiva o profissional sem caráter desprovido de outro talento que não adaptar a realidade à linha do jornal. Cada vez mais a Folha se parece com a Veja . Com a agravante de ser diária.
(Folha, uma credibilidade em ruínas; Carta Maior, 22-04)



“Continuidade custa menos para eleitor”
César Felício e Maria Cristina Fernandes, de Belo Horizonte
15/04/2010
Num país de voto compulsório, a grande parcela do eleitorado desinteressada de política não quer ter trabalho de comparar biografias ou governos. Tende ao voto mais fácil. Se está satisfeito, opta pela continuidade. É assim que Marcos Coimbra resume suas convicções no favoritismo da candidata do PT – “Ela é favorita, o que não quer dizer que vai ganhar”.
No Vox Populi desde 1987, depois que concluiu o doutorado em Ciência Política na Universidade de Manchester, Coimbra hoje é seu diretor de pesquisas. E as realiza tanto para o PT de Dilma Rousseff quanto para o PSDB de José Serra.
Aos 59 anos, carioca radicado em Belo Horizonte, Coimbra transformou o amplo apartamento onde morava, no bairro de Serra, no escritório onde trabalha sozinho, longe do burburinho do Vox. Foi nesse apartamento, entre obras de Iran do Espírito Santo, Vik Muniz, Mario Cravo Neto e Cildo Meirelles, onde, na tarde de segunda-feira, falou ao Valor.

Valor: Esta campanha vai ser uma disputa de biografias ou uma comparação de governos?
Marcos Coimbra: Esse é o cabo de guerra em que as duas principais forças políticas brasileiras estão envolvidas hoje. O Lula e o PT procurando trazer a eleição para essa comparação de projetos, enquanto a oposição e Serra tentando transformar a eleição numa guerra de biografias. Lula sabe que a grande maioria compara favoravelmente o governo dele em praticamente todos os aspectos e gosta mais dele do que do último presidente. Então, para o PSDB só resta a comparação da biografia, mas não acredito que se consiga mudar essa percepção ao longo da campanha. Acho muito pouco provável que tenha sucesso essa estratégia de convencer a população que tudo que há de bom, se é que há alguma coisa de bom no governo Lula, vem do antecessor.
Valor: Este terço que Serra obtém em pesquisas não embute uma comparação favorável ao PSDB?
Coimbra: Francamente não creio. Esse terço de Serra é a soma de várias razões. É um componente anti-Lula e anti-PT do eleitor que pode até ter uma avaliação razoável, satisfatória do atual governo, mas que não gostaria que o PT tivesse mais quatro anos. É um desagrado que iria para quem quer que fosse o adversário da continuidade. Tem outro componente que é a admiração pessoal por ele. E o peso de São Paulo que acompanha sua administração e já votou nele uma meia dúzia de vezes. Fora do Estado também há muita gente que admira o que ele fez na Saúde.
Valor: Mas isso é suficiente para a permanência de Serra nessa faixa de 30% a 40% há tantos anos?
Coimbra: O fato de Serra ser governador muito bem avaliado, com história antiga no maior Estado do país, é parte da explicação. São Paulo tem mais de 20% do eleitorado. E uma parte ainda vem do antipetismo que se encontra com frequência na classe média do Sul e do Sudeste. Tolera Lula porque aprendeu a conviver com ele, mas só o Lula.
Valor: São dois candidatos egressos da esquerda que combateu a ditadura e um terceiro nunca identificado ao conservadorismo. O que explica este divórcio com um eleitorado que, como qualquer outro, tem sua fatia conservadora?
Coimbra: Isso tem a ver com a experiência de uns tantos anos de ditadura que, ao terminar, tinha deslocado qualquer discurso que não fosse de esquerda. Isso aconteceu há muito tempo, mas parte da elite política ainda vem desse ciclo. O que o eleitor ainda tem para situar não é apenas a trajetória do candidato, mas uma visão mais ampla dos aliados . O PSDB tomou uma decisão, no início dos anos 90, de que a única maneira de chegar ao poder, dado que o PT tinha um candidato posicionado em torno de 40%, seria em aliança com a direita. Isso definiu a natureza do jogo político e ideológico. Passou a ser difícil olhar para os candidatos do PSDB e vê-los como egressos de uma prática de esquerda.
Valor: O eleitor não identifica claramente a aliança do PT com os partidos de direita?
Coimbra: Não, porque pela natureza do PT, pelo modo como entrou na política e foi objeto de tomadas de posições antagônicas, ocupou o território da esquerda.
Valor: O fato de Dilma ter se envolvido com a luta armada até que ponto agrega ou retira votos?
Coimbra: É um sentimento minoritário. A impressão que tenho, vendo pesquisas qualitativas, é que uma parte grande do jovem eleitor – e 30% do eleitorado tem menos de 30 anos – foi educada dentro de valores muito mais favoráveis a quem estava lutando contra a ditadura.
Valor: A classe média tradicional que paga mensalidades caras para o filho concorrer com cotistas, assiste o trânsito piorar com carros vendidos a 96 prestações e se vê espremida entre a base e o topo da pirâmide social, não é o germe desse conservadorismo?
Coimbra: O antipetismo da classe média tem mais a ver com valores políticos e ideológicos, e não com causalidade socioeconômica. Não sei avaliar o tamanho dessa insatisfação porque o desenvolvimento beneficiou de forma razoavelmente homogênea a sociedade como um todo. Pelo menos não vejo reflexo nas pesquisas. Parte da classe média não desgosta do PT porque perdeu dinheiro, status ou consumo. Apenas não gosta.
Valor: O eleitor pode ganhar mais?
Coimbra: Ganhar mais é sempre aposta de risco para o eleitor. Ele está acostumado a ouvir promessas. E em grande parte por isso às vezes se contenta com algo bem menos exigente, que é não perder. O que esta eleição tem de diferente é que agora esses dois lados não vão se contrapor em termos do que prometem, mas do que fazem quando chegam ao poder. O eleitor não vai mais olhar para o petismo e imaginar que tudo vai ser bom. Embora Lula tenha 80% de aprovação, quando você olha política por política percebe que a avaliação positiva não é homogênea.
Valor: Da disputa entre Serra e Aécio em Minas resiste um sentimento antipaulista?
Coimbra: Sim e não. Numa certa parte da elite política local sim, mas como um sentimento relevante no eleitorado, não.
Valor: A intenção de voto dos candidatos flutua muito de Estado a Estado. Os problemas regionais não influenciarão o resultado eleitoral?
Coimbra: Não acho que seja relevante. O fato de Dilma não ter candidatos fortes em alguns Estados não tem relação com a sua intenção de voto e a mesma coisa em relação ao Serra. O Serra tem problema no palanque gaúcho e lá tem vinte pontos a mais que a Dilma.
Valor: A situação no RS é muito diferente do quadro nacional, e não é de agora, por que isso?
Coimbra: No Rio Grande do Sul, o quadro é largamente favorável a Serra. No Paraná, nem tanto, em Santa Catarina, não são. Nos Estados onde há uma percepção de uma grande melhora nos últimos oito anos, há uma clara tendência na aposta à continuidade.
Valor: Aécio terá mais capacidade de puxar voto para o PSDB nacional em Minas do que em 2006?
Coimbra: Em 2006 ele era o candidato à reeleição, fez tudo que estava em seu alcance e quem ganhou em Minas foi o Lula. Acho que Lula tem mais força eleitoral que Dilma, mas quando o eleitor quer fazer uma aposta na eleição presidencial, dificilmente o entorno é tão relevante.
Valor: Minas hoje tende à continuidade ou à mudança?
Coimbra: Minas tende à continuidade nos dois planos, no estadual e no federal. Embora hoje quem esteja na frente na eleição para governador e para presidente represente mudanças.
Valor: E o que o leva a concluir isso?
Coimbra: O eleitor não conhece suficientemente nem Anastasia nem Dilma. A tendência é que a vantagem do Serra diminua em relação à Dilma e a do Hélio Costa em relação ao Anastasia também.
Valor: No caso de SP, o que explica os mais de 50% de Alckmin?
Coimbra: Alckmin foi o governador mais bem avaliado da história recente de São Paulo. Mais bem avaliado que o Serra e que o Covas. O voto no Alckmin tem uma densidade muito maior do que outros candidatos que têm o recall como sua explicação fundamental.
Valor: Ele extrapola a força do PSDB no Estado?
Coimbra: Várias vezes. Bem, a força do PSDB, como sabemos, não é uma coisa muito relevante nem mesmo em São Paulo.
Valor: Marina tem potencial para levar a eleição ao segundo turno?
Coimbra: Com todo o risco envolvido em uma resposta tão longe da eleição, diria que não.
Valor: Mesmo considerando os candidatos nanicos?
Coimbra: Os nanicos, mesmo se forem muitos, dificilmente vão passar de 2,5% dos votos. O cenário de crescimento da Marina é muito desfavorável. De um lado ela pode ser espremida por duas candidaturas que cedo polarizam. Se o Ciro disputar, aumenta o cenário de crescimento dela, porque deixa uma eleição menos polarizada. Sem Ciro, o horizonte dela é menor. Porque faz com que grande parcela do eleitorado pense que tem que resolver logo.
Valor: Ela tem um potencial menor do que Heloisa Helena em 2006?
Coimbra: O eleitor que olhou com interesse para a Heloísa Helena e acabou votando nela tinha um componente de protesto à esquerda contra o mensalão. Esse elemento na eleição deste ano não é significativo e Marina não expressa isso. Ela não se posiciona politicamente, mas em favor da agenda ambiental.
Valor: Ela tem a limitação de um candidato temático como o Cristovam em 2006?
Coimbra: Sim, mas ela pode ir um pouco além. O tempo de TV reservado à divisão igualitária é 30% do total. Se dividisse por quatro, daria um minuto e pouco para cada. Somado ao tempo do PV já seria expressivo, mas como deve haver muitos nanicos, ela vai acabar tendo um pouco mais que Eymael.
Valor: Lula tem aprovação maior entre as mulheres e Dilma um patamar de intenção de votos também mais baixo nesse eleitorado. Ela soma a rejeição das eleitoras pelo fato de ser mulher e apoiada por Lula?
Coimbra: Não, nem uma coisa nem outra. Ela tem uma menor participação no voto feminino porque é maior a proporção de desinformação e não envolvimento com temas políticos e administrativos nesse eleitorado.
Valor: Mas por outro lado é a mulher que leva o filho ao posto de saúde e luta por vaga em escola pública. Isso não lhe dá uma experiência de como funcionam os governos?
Coimbra: Sim, mas é uma experiência de cotidiano
Valor: Despolitizante?
Coimbra: Não é despolitizante, mas pode ser despolitizada. Essa experiência é uma fonte de politização, mas tem que ser politizada. E isso, lamentavelmente, não acontece na nossa sociedade.
Valor: Esse grau de desinformação ainda explica o voto num país onde as mulheres já são mais da metade em muitas universidades?
Coimbra: O diferencial de envolvimento e de participação política entre homens e mulheres continua a ser explicado pelo grau de informação no mundo inteiro. Essa diferença tende a desaparecer com o tempo, mas ainda é um elemento da cultura política brasileira.
Valor: O senhor quer dizer que o universo de mulheres bem informadas confrontado ao de homens bem informados não são diferentes?
Coimbra: Sim. E mulheres mais velhas, especialmente, tendem a ter uma maior dificuldade de participação política. Entre os jovens, as diferenças de intenção de voto por gênero são quase irrelevantes. Vão ficando mais significativas à medida que se avança na idade e na zona rural.
Valor: Só não fica claro por que isso prejudica Dilma e não Serra.
Coimbra: Porque isso está ligado à possibilidade de se estar mais familiarizado com alguém que já foi candidato a presidente e ministro da Saúde. O nível de conhecimento dele é mais alto em todas as faixas. Naquelas em que o nível de informação e de participação é muito baixo, o nível de conhecimento da Dilma é muito menor do que o do Serra.
Valor: A associação de Dilma com Lula também é mais baixa nesse estrato?
Coimbra: Sim, muito mais baixa que a média. E essa é a razão para o prognóstico favorável a sua candidatura. A vantagem do Serra vem quando se agrega a grande parcela que não conhece a Dilma. Quando se neutraliza o efeito desconhecimento, ela já está na frente. Claro que há a suposição de que quando todos os que não a conhecem se comportarem de uma maneira pior para ela do que os primeiros, ela cai, mas se eles se comportarem de maneira mais favorável, ela sobe. E a composição do eleitorado que a desconhece lhe favorece. Tem menor escolaridade, mais Bolsa Família e que está na periferia dos grandes centros e nas regiões menos desenvolvidas.
Valor: Quem estaria então mais próximo do teto seria o Serra?
Coimbra: Sim, mas ele tem um piso muito alto.
Valor: O eleitorado no Brasil tem tido um descolamento entre escolaridade e renda. O que deriva disso?
Coimbra: A melhora no perfil do acesso à escola é muitas vezes mais acentuada do que a dos indicadores de desigualdade. Como houve nos últimos 20 anos uma melhoria grande no valor do salário mínimo, se a comparação é em termos de unidades de salário mínimo, pode-se ficar com um retrato inexato de que os pobres permaneceram nos mesmos lugares com a melhoria da renda, do poder de compra e a redução do preço de alguns produtos. O resultado é que todo mundo melhorou um pouco, mas mantendo a desigualdade.
Valor: Essa evolução da escolaridade favorece uma campanha mais temática, comparativamente a uma sucessão de ataques pessoais?
Coimbra: Essa evolução aponta para uma parcela cada vez maior de eleitores em condições de consumir informação mais qualificada e até esperando receber do jogo eleitoral mais do que uma dúzia de chavões e frases de efeito, mas é preciso atentar para o ritmo dessas mudanças sobre o resultado quando se tem o voto compulsório. Essas senhoras que não têm interesse, não têm informação, não se envolvem em questões político-eleitorais, vão votar. Em quase todos os países desenvolvidos do mundo, quem tem esse perfil não vota.
Valor: Essa evolução do grau de instrução não leva a uma decisão de voto que independe mais da classe?
Coimbra: Uma das coisas que aconteceram no Brasil nestes 25 anos de redemocratização é a formação de uma sociedade política em que as pessoas têm lado e partido. Eu sou isso, sou aquilo. E essa formação de identidade política atravessa essas dimensões socioeconômicas. Tem petista e tucano morando no mesmo prédio. O modo como se estruturam essas identidades não é clássico, não é em torno de partidos, não porque o brasileiro não goste de partido, mas porque não se permitiu que isso acontecesse.
Valor: Mas Lula insiste na estratificação entre pobres e ricos…
Coimbra: Ele sabe que isso não é a realidade. Você tem uma parcela não pequena das grandes fortunas brasileiras muito satisfeita com o atual governo. Dilma não vai ser votada pelos pobres e Serra pelos ricos.
Valor: Mas não foi isso que aconteceu entre Lula e Alckmin em 2006?
Coimbra: O mensalão estava muito presente. Cinco anos depois acredito que é um assunto vencido, não porque as pessoas tenham ficado satisfeitas com ele, mas porque foi digerido pela sociedade.
Valor: Por que o senhor vê Dilma como favorita?
Coimbra: Porque a maioria tem o sentimento a favor da continuidade, tem um envolvimento pequeno com a discussão política, com a comparação das propostas, das biografias e opta pelo modelo de decisão mais simples. Isso não é verdade no Brasil pelas nossas deficiências. Isso é verdade em todas as democracias. Ainda mais no regime de sufrágio universal e compulsório em que a parcela de eleitores de baixa ou pequena motivação é majoritária. Esses eleitores costumam preferir a escolha de custo menor que demanda menos tempo, menos stress e pode ser resumida numa pergunta tão simples como ” Você está satisfeito?”
Valor: A inércia pela continuidade será o determinante?
Coimbra: É claro que há brecha para mudança. Todo mundo lembra do que acabou de acontecer no Chile, onde uma presidente com 80% de aprovação não fez o sucessor, mas a Concertación estava há 20 anos no poder. No Brasil, o sentimento “está na hora de mudar” não comanda. Vide o PSDB que está há 16 anos no governo de São Paulo e tem um candidato que tem condições muito favoráveis. Vinte anos do PSDB no principal Estado da federação não causa espanto a ninguém. Por quê? Um candidato bom veio depois de um bom governo. No plano nacional, há um sentimento de que o outro lado teve décadas de poder. Em parte as pessoas acham que estes oito anos de PT ainda são pouco frente ao que a outra turma teve.
Valor: Mas a ideia da continuidade já teve grandes derrotas.
Coimbra: A ideia de continuidade funciona no Brasil em eleições municipais e estaduais. Agora vamos ter presidenciais. Não tínhamos tido em 1989 porque o Sarney não tinha candidato, em 1994 Itamar foi engolido pelo sucessor. Fernando Henrique perdeu porque não havia ali as condições que temos hoje, em que o desejo de continuidade é maioria. Serra era o candidato da continuidade numa eleição marcada pela mudança.
Valor: E agora ele é o candidato da mudança numa eleição marcada pela continuidade?
Coimbra: Sim, esse é o problema. Em 2002, 10% das pessoas diziam que o próximo presidente deveria manter tudo o que estava sendo feito e 40% diziam que o próximo deveria mudar tudo. Hoje esses números são inversos. Dilma é favorita por essa razão. Ser favorita não quer dizer ganhar, mas ter uma perspectiva muita positiva.
Valor: O discurso do pós-Lula, nessa análise, tem vida curta?
Coimbra: Quer dizer o quê? Vai manter ou vai mudar? Vai manter o que está certo e mudar o que está errado? Mas isso não quer dizer nada. Não convence.
Valor: Mas o slogan de ‘O Brasil pode mais’ não é uma tentativa de se contornar a continuidade?
Coimbra: Sim, para o eleitor atento. Essa proposta implica um elevado investimento pessoal no processo eleitoral. Você tem que aprofundar o conhecimento das propostas, o conhecimento minucioso do que foi feito e deixou de ser feito, identificar o que é realista e que pode ser feito no futuro, ou seja, exige um conjunto de características pessoais do eleitor que não são fáceis aqui nem em qualquer lugar do mundo.


Ruinas na cidade de Mariana



Serra quer fim do Mercosul e promete desmontar legado de Lula
Durante encontro com empresários em Minas Gerais, o pré-candidato tucano à presidência da República, José Serra (PSDB), apresentou seu ideário econômico: disse que o Mercosul atrapalha e quer acabar com a participação do Brasil no bloco, que não vai continuar com o PAC e que pretende revisar todos os contratos federais durante o governo Lula. O tucano disse também que pretende "rever o papel" do BNDES na economia do país.
Redação
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16543&boletim_id=682&componente_id=11417


Jornal argentino questiona posição de Serra sobre Mercosul
Ao qualificar o Mercosul como uma farsa, Serra parece desconhecer, diz o Clarín, que o grosso das exportações industriais do país tem como destinatários países da América Latina. “Segundo estatísticas oficiais, 90% das vendas de produtos manufaturados de Brasil no mundo ocorrem no Mercosul e em mercados latinoamericanos”, lembra o jornal. As declarações do ex-governador de São Paulo surpreenderam negativamente várias lideranças latinoamericanas pelo desprezo revelado em relação aos demais países da região.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16544&boletim_id=683&componente_id=11427



Serra repete discurso pró-ALCA da campanha de Alckmin
Ao caracterizar Mercosul como uma "farsa" e defender a "flexibilização" do bloco, o ex-governador José Serra repete discurso usado na campanha de Geraldo Alckmin em 2006. Menor peso para o Mercosul e retomada das negociações para uma Área de Livre Comércio nas Américas fazem parte da agenda política do PSDB. Senador tucano chegou a prever que "ALCA sairia com ou sem o Brasil". E o governador mineiro Aécio Neves enviou carta ao presidente Lula, em 2003, propondo que Belo Horizonte fosse a sede da ALCA.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16548&boletim_id=685&componente_id=11463

O que significa flexibilizar o Mercosul?
As críticas de José Serra ao Mercosul aliam preconceito ideológico e desinformação. Não há precedente de experiência integracionista mais exitosa da região, fruto do trabalho de sucessivos e diferentes governos democráticos nos últimos vinte anos. A idéia de flexibilizar o Mercosul por meio da regressão a uma área de livre comércio representa, na prática, uma maneira de reabrir a discussão sobre tratados de livre comércio e fomentar o retorno da Área de Livre Comércio das Américas (Alca). O artigo é de Renato Martins.
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=16547&boletim_id=685&componente_id=11464

Ouro Preto



Opus Dei não quer o juiz Garzón na mídia brasileira
Por Alberto Dines em 27/4/2010 (publicado no Observatório da Imprensa)
A Espanha rachou novamente e o protagonista é um de seus heróis. Não se trata do cineasta Pedro Almodóvar, nem do ex-tenor agora barítono Plácido Domingo, do piloto Fernando Alonso ou do tenista Rafael Nadal.
Aos 55 anos, traços de galã, precocemente grisalho, o juiz espanhol Baltasar Garzón é o novo tipo de herói num mundo dominado pela banalidade e pela complacência. Destemido, pertinaz, incorruptível, conseguiu colocar o ditador chileno Augusto Pinochet em prisão domiciliar, obteve altíssimas penas de prisão para dois facínoras da repressão argentina, tentou quebrar as imunidades do premiê Silvio Berlusconi, acusou formalmente o segundo maior banco espanhol, o BBVA, de lavagem de dinheiro, investiu contra os terroristas do ETA, contra o sistema de torturas do governo Bush, derrubou o seu próprio partido, o PSOE, e mais recentemente assumiu as investigações contra a alta direção do PP, Partido Popular, de direita, envolta numa incrível rede de corrupção.
Garzón está sacudindo a Espanha por causa de uma sangrenta conflagração encerrada há 71 anos. No sábado (24/4), em 21 cidades do país e em sete do exterior, entre 60 e 100 mil pessoas saíram à rua para protestar contra renascimento do furor fascista, 31 anos depois da morte do caudilho – parceiro de Hitler e Mussolini – Francisco Franco.
Falanges histéricas
Apesar do seu acervo de façanhas, o magistrado Garzón corre o risco de sentar no banco dos réus e ser destituído de sua função na Audiência Nacional (a mais alta corte criminal espanhola) justamente porque não reconhece os limites impostos pela Lei de Anistia e iniciou as investigações sobre os terríveis crimes praticados pelos fascistas espanhóis durante a Guerra Civil (1936-1939) e os 37 anos seguintes da ditadura de franquista.
Seu acusador, Luciano Varela, juiz de instrução do Tribunal Supremo, quer enquadrá-lo por "abuso de poder" porque não teria competência para iniciar essa investigação. A direita espanhola (que compreende um pool de interesses empresariais, ideológicos e religiosos) quer vingar-se de Garzón porque suas investigações sobre os escândalos do PP desmoralizam não apenas os projetos eleitorais do partido, mas a herança reacionária firmemente encastelada na sociedade espanhola.
Garzón alega que a Lei de Anistia e a Lei de Memória Histórica não impedem investigações de crimes de lesa-humanidade. O Ministério Público (Fiscalia) não endossa as acusações de prevaricação manifestadas pelos juízes franquistas. Mas o Partido Popular investigado por Garzón corre o risco de desaparecer se as investigações de corrupção forem adiante – e suas falanges estão histéricas.
Fantasmas do passado
O caso do Quixote togado ameaçado de punição por um judiciário infiltrado pelo totalitarismo dos anos 1930-40 está apaixonando a Espanha, comove a Europa, mexe com a América do Sul, porém não toca nem anima os álgidos "porteiros" de nossas redações.
Explica-se: mencionar a direita espanhola significa mencionar a Opus Dei. E a prelazia queridinha do papa João Paulo II, firmemente infiltrada na mídia brasileira, sobretudo nos escalões intermediários, abomina holofotes. Prefere operar na sombra.
A mídia européia e americana solidarizou-se com Balta Garzón: para o New York Times, The Guardian, The Economist, o Liberation e Le Monde investigar os desaparecimentos durante a Guerra Civil não é delito, delito é perseguir um juiz que vai às últimas conseqüências em busca da verdade.
O cerco a Garzón dificilmente empolgará nossa mídia e não apenas por causa do embargo da Opus Dei nativa, mas porque o recente imbróglio em torno do 3º Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3) foi resolvido com um acordo entre as partes: o governo retira do programa os itens que desagradam à mídia e esta não insiste na reabertura das investigações sobre as violências cometidas pelos órgãos de segurança durante o regime militar.
O franquismo estaria hoje esquecido na Espanha se o establishment direitista – ao contrário do que aconteceu na Alemanha – não teimasse em ressuscitar e reabilitar os fantasmas que criou no passado.
Escreva ao seu jornal ou revista, caro leitor. Cobre deles um mínimo de informações sobre a perseguição a Baltasar Garzón. Você tem esse direito. Pergunte por que razão o cidadão brasileiro deve ser narcotizado pelas irrelevâncias e mantido à margem das trepidações que estão mudando o mundo.
[Texto fechado à 0h35 de 27/4/2010]




A nossa imprensa é realmente muito original!!! Olha só essas duas capas:







































Quer saber mais sobre isso? Sobre o significado das frases da revista brasileira(sic)?
Leia aqui:
http://www.observatoriodaimprensa.com.br/artigos.asp?cod=587IMQ002






JUÓ BANANÉRE - IRRISOR, IRRISÓRIO

Autor: Carlos Eduardo S. Capela
Editora: Nankin Editorial/Edusp
Quanto: R$ 80 (538 págs.)

Mais informações:
http://www.nankin.com.br/
Durante a década de 1910, Juó Bananére foi um dos nomes mais famosos da imprensa paulistana. O imigrante italiano criado por Alexandre Marcondes Machado era assunto tanto nas feiras e ruas quanto nos salões da alta sociedade.
Nomes ilustres não lhe pouparam elogios. Oswald de Andrade referiu-se a ele como "um mestre da sátira no Brasil".
O escritor António de Alcântara Machado não deixou por menos: o personagem teria sido "o melhor cronista" de São Paulo. Hoje, porém, o nome evoca uma interrogação: quem foi mesmo Juó Banan
ére?
Contra o esquecimento que se instaurou após a prematura morte de Alexandre, em 1933, aos 41 anos, Carlos Eduardo S. Capela, professor de teoria literária da Universidade Federal de Santa Catarina, lança "Juó Bananére - Irrisor, Irrisório". O livro traz uma análise crítica do personagem, além da antologia de textos que ele publicou, entre 1911 e 1917, em revistas humorísticas como "O Queixoso", "A Vespa" e "O Pirralho" Foi nesta última, criada por Oswald de Andrade e amigos, que Bananére "nasceu", em outubro de 1911, quando Alexandre tinha apenas 19 anos.
Era então o auge da tradição macarrônica, quando São Paulo era palco do "boom" da imigração europeia para o Brasil.
"Macarrônico" foi o termo cunhado para caracterizar uma linguagem mesclada, a meio caminho entre o português e um idioma estrangeiro.
No "italianês" que praticava, imitando um linguajar corriqueiro do convívio entre brasileiros e italianos, Bananére parodiou importantes autores (como Dante, Olavo Billac e Gonçalves Dias) e ironizou fatos históricos (leia trecho ao lado). Principalmente, narrou, com picardia, o cotidiano de imigrantes pobres no Brasil e as transformações pelas quais passava São Paulo no período.
"Ele faz uma crônica viva de um momento de redefinição, em que São Paulo deixa de ser provinciana para se transformar numa grande metrópole", afirma Capela.



No Café História desta semana:

MISCELÂNEA

Espionagem à moda antiga

Arquivo Público do Estado de São Paulo permite acesso a documentos sobre espionagem à sociedade civil após a ditadura militar. Métodos são semelhantes aos usados pelo DEOPS


CAFÉ EXPRESSO NOTÍCIAS

Homenageado, Tiradentes é esquecido pela população

Cristovam Buarque lembra as quatro grandes efemérides de abril

GALERIA CAFÉ

Tiradentes Esquartejado, 1893, de Pedro Américo.

ÚLTIMOS VÍDEOS

Ricardo Tosto - "O Processo de Tiradentes" (Programa do Jô -2007)

Animação de História: Tiradentes - "O descartável"

ÚLTIMOS FÓRUNS

Em sua opinião, Tiradentes ainda é visto como um herói ou essa imagem já mudou?

Acesse: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/em-sua-opiniao-tiradentes?xg_source=msg_mes_network

Como devo escolher um bom tema para monografia e não correr o risco de não se ter fontes necessárias para sua construção?

Acesse: http://cafehistoria.ning.com/forum/topics/como-devo-escolher-um-bom-tema?xg_source=msg_mes_network
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XX ENCONTRO REGIONAL DA ANPUH SÃO PAULO

História e Liberdade

UNESP/Franca - de 6 a 10 de setembro de 2010


Inscrições abertas para apresentação de trabalhos em SEMINÁRIOS TEMÁTICOS de 30 de março a 17 de maio.

Inscrições abertas nos MINICURSOS de 30 de março a 31 de agosto.


Informações e inscrições no site do Encontro: http://www.encontro2010.sp.anpuh.org






Saíram editais para diversas vagas de professor adjunto (Doutor) na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) para o curso de História, nas áreas de:

* História Antiga;

* História Medieval;

* Teoria da História;

* História do Brasil Colonial.

As inscrições vão até 24 de maio.Para maiores informações e instruções sobre a inscrição para o concurso:http://concurso.unifesp.br/php/main.php?inicio=1&pg=2&tipoEdital=1&edital=328/2010&edital_externo=326/2010

Aproveito e aviso que saíram também editais para o curso de História da Arte da Unifesp, em diversas áreas.

Concurso na Universidade Federal do Triângulo Mineiro nas áreas de História do Brasil, História Antiga e Ensino de História.
link: http://www.uftm.edu.br/paginas/concursos/cod/34/t/EDITAIS

Divulgamos o edital de concurso da UERN. São duas vagas para História.
As informações a respeito do Concurso serão fornecidas através dos telefones: (84) 3315-2104 ou na ASSESSORIA PARA ASSUNTOS PEDAGÓGICOS E CIENTÍFICOS, localizada no Prédio da Reitoria, à Rua Almino Afonso, 478 – Centro, Mossoró-RN e na home page www.uern.br



LANÇAMENTOS

Lançamento do livro
A SEMENTE FOI PLANTADA- as raízes paulistas do movimento sindical camponês no Brasil, 1924 - 1964.
Debate com:
• Clifford A. Welch, historiador da UNIFESP,
• Zilda Iokoi, historiadora da USP,
• Edilene Toledo, historiadora da UNIFESP,
• Bernardo Mançano Fernandes, geógrafo da UNESP.
DIA: 6/5/2010
HORÁRIO: 14:00hs
LOCAL: Cátedra UNESCO de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial
Praça da Sé, 108. São Paulo

DIVULGAMOS O NOVO NÚMERO DA “FÊNIX – REVISTA DE HISTÓRIA E ESTUDOS CULTURAIS” ESTÁ DISPONÍVEL NO SITE www.revistafenix.pro.br
AGRADECEMOS PELO APOIO NA DIVULGAÇÃO DESTE PERIÓDICO CIENTÍFICO.



Colóquio Historiografia e história intelectual: diálogos e convergências
17 e 18 de maio, Universidade Federal do Espírito Santo.
Participação: Raquel Glezer (USP) - Marcelo Gantus Jasmin (PUC-RJ) - Valdei Lopes de Araújo (UFOP) - Pedro Caldas (Unirio) - Bernardo B. Coelho de Oliveira (UFES)
Antônio Carlos Amador Gil (UFES) - Fábio Muruci (UFES) - Julio Bentivoglio (UFES)


Curso de Especialização em Gestão do Patrimônio Histórico e Cultural
O curso tem como principal objetivo formar e capacitar sistemática e continuamente
gestores para o setor; contemplar um campo profi ssional emergente, fundamental para o Estado e o País, estabelecendo uma formação sistemática na área; abrir novas perspectivas temáticas, metodológicas e didáticas, que induzam inovações na ação junto aos espaços culturais e incrementem a área de pesquisa no âmbito dos Programas de Pós-Graduação de domínios afins.
O Curso de Especialização em Gestão do Patrimônio Histórico e Cultural está focado em três áreas de concentração: Gestão da Informação (GI); Gestão da Preservação (GP); Gestão de Projetos Culturais (GPC). O curso é dividido em 6 módulos, desenvolvidos em três semestres, em atividades presenciais (momentos de concentração) e semipresenciais (momentos de dispersão). Dessa forma, deseja-se atingir as diversas áreas de atuação que envolvem o trabalho junto ao patrimônio histórico e cultural e propiciar condições para que aqueles que não residem em Belo Horizonte

Inscrições 3 a 22 de maio de 2010
Pelo site da Fundep/cursos
http://www4.fundep.ufmg.br/cursos/index.asp

• A documentação necessária para a efetivação da inscrição deverá ser entregue de 8 às 12 e de 13 às 16 horas de segunda a sexta-feira na Secretaria do SCIENTIA FAFICH
Início das Aulas 5 de julho de 2010
Valores
inscrição r$ 20,00
especialização r$ 5.160,00
dividido em 12 parcelas de r$ 430,00
Locais das Aulas Presenciais
Belo Horizonte FAFICH UFMG
Tiradentes Casa da Câmara e Centro de Estudos da
Fundação Rodrigo Melo Franco de Andrade



Unifesp de Guarulhos procura docentes
27/4/2010
Agência FAPESP – A Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) abriu processo seletivo para contratação de 19 vagas para professor adjunto – nível 1, no campus de Guarulhos, em regime de trabalho de 40 horas semanais e dedicação exclusiva.
Os processos ocorrerão por meio de concurso público de títulos e provas. São quatro vagas na área de História, nas subáreas: história antiga, história medieval, teoria da história e história do Brasil colonial.
Na área de História da Arte, há dez vagas para as subáreas história da fotografia, história da arte do mundo árabe e do Islã, cinema contemporâneo (inclusive TV, vídeo e internet), design, fotografia, propaganda, história da arte antiga, história da arte contemporânea, história da arte da Ásia, história da arte do Renascimento, história da arte medieval e história da arte da África.
Já para a área de Letras, existem cinco oportunidades nas seguintes subáreas: língua espanhola (2), língua portuguesa, literatura portuguesa e literatura brasileira.
O concurso será constituído de prova escrita, prova didática e prova de arguição de memorial. As atribuições gerais do cargo são docência de nível superior do concurso e participação em atividades de graduação, pesquisa, extensão, assistência e administração da Unifesp.
Exige-se do candidato titulação mínima de doutor e a remuneração é de R$ 7.026,85. Para todas as vagas, as inscrições se encerram no dia 24 de maio.
Os candidatos devem preencher o formulário no site da Unifesp e entregar documentação no Campus Guarulhos, na Estrada do Caminho Velho, nº 333, Sítio Tanque Velho, Bairro Pimentas, em Guarulhos (SP), pessoalmente ou por procurador legalmente constituído.
Mais informações: http://concurso.unifesp.br/



Toda a poesia de Vinicius de Moraes para livre acesso na Internet
Quinze livros do Poetinha estão disponíveis no site da Biblioteca Brasiliana USP
Já está disponível no site da Biblioteca Brasiliana USP (http://www.brasiliana.usp.br/) o acervo completo de poemas de Vinicius de Moraes. A publicação foi autorizada pela VM Empreendimentos Artísticos e Culturais, que detém os direitos sobre a obra do autor.
O site reúne 15 livros do poeta, doados ao projeto pelo bibliófilo José Mindlin. Entre eles destacam-se "O caminho para a distância" (1933), primeiro livro publicado; a primeira edição de "Orfeu da Conceição" (1956), peça em três atos premiada no Concurso de Teatro do IV Centenário de São Paulo; e o "Livro de sonetos" (1957), uma das mais populares publicações do poeta.
Pela Lei de Direitos Autorais em vigor na época do falecimento de Vinicius de Moraes, esses poemas só entrariam em domínio público 60 anos após sua morte, ou depois da morte do último herdeiro direto, ou seja, apenas em 2040.
A morte de Vinicius completa 30 anos em 2010.







Boletim de atualização de Outras Palavras e Biblioteca Diplô - Nº 4 - 26 de abril de 2010

O planeta reage aos desertos verdes

No mês de mobilização do MST, revelamos uma face pouco conhecida da luta contra o latifúndio: o esforço internacional de conscientização que está denunciando a monocultura do eucalipto – e os desastres sociais e ambientais hoje associados a ela

Nórdica, discreta e... voraz! Retratos da Stora Enso
Por que a maior empresa mundial de papel cobiça o Brasil. Como o MST e uma jornalista finlandesa desmascararam uma de suas farsas (Por Hanna Nikkanen)

Adeus à era do "me-dá-um-emprego-aí"
Dois líderes dos sem-terra explicam oposição à monocultura do eucalipto. Eles querem outra relação entre a agricultura brasileira e a indústra papeleira (Por Mika Rönkkö)

Sob o signo da meada

Como o poder das elites matou Tiradentes duas vezes. Por que sua figura sobrevive e provoca (Por Theotonio de Paiva)

Brasília, Outros 50
Eles, os elos das cadeias -- eles, a farsa. Nós, as vozes que incendeiam -- nós, a força! (Por TT Catalão)

Pós-capitalismo, direitos humanos e liberdades

Por que conceitos e bandeiras que foram usados contra o velho socialismo estão trocando de sentido

BRICs, ruptura e continuidade

A periferia do planeta não está mais disposta a cumprir ordens — mas ainda ousa muito pouco, em termos de projetos alternativos…

ACTA: recuo, eufemismos e alternativas

Eliminação dos trechos mais brutos não apaga ameaças implícitas no acordo contra a livre circulação de conhecimentos e cultura. Possivel saída e rejeitá-lo e reforçar OMPI

Google X China: revelações sobre o ataque de hackers

Ação-relâmpago visou sistema de senhas. Revelações convidam a debater proteção de dados pessoais e papel de empresas web2.0

"Perderam tudo, menos a vontade de lutar"

Ocupação de terreno no Pantanal Leste de São Paulo denuncia obra “ambiental” que pode desalojar 10 mil moradores. Outras Palavras começa a publicar ampla reportagem sobre tema.





Concursos: Universidades


Rio de Janeiro
- UFF
Niterói, Campos dos Goytacazes, Macaé e Angra
Concursos para diversas áreas: História, Sociologia, Antropologia, Ciência Política, Turismo, Administração, Contábeis, Cinema e Vídeo, Geografia, Educação, Economia, etc

- UFRRJ: Vários campi.
Diversas disciplinas:
História da América Colonial, História Política e Econômica do século XX, Filosofia Medieval, Didática e Ensino de História, Didática e Ensino de Ciências Sociais, Didática e Ensino de Letras, Didática e Ensino de Filosofia, Didática e Ensino de Belas Artes, Didática e Ensino de Geografia, Relações Internacionais, Sociologia, Comunicação Social, Psicologia, Letras, Geografia, Turismo e Meio Ambiente, etc

- USS
História


Rio Grande do Sul
- UFPEL: História e Antropologia, Letras, Geografia, Economia, Artes Visuais, Música e Artes Cênicas, Administração e Turismo, etc


Rio Grande do Norte
- UFRN: Vários campi
Diveras áreas: Educação, Serviço Social, Letras, Contábeis, Administração, etc


Paraíba
- UFPB: 98 vagas
Ciências Sociais, Arquitetura e Urbanismo, Mídias Digitais, Música, Psicologia, Relações Internacionais, Economia, Geociências, Ciências Sociais Aplicadas (Administração), etc


Bahia
- UFRB: 81 vagas
Várias áreas: História, Museologia, Serviço Social, Letras, Políticas Públicas, Física, Matemática, etc


Pará
- UFPA: 185 vagas
Várias áreas: História, Geografia, Letras, Educação, Serviço Social, etc

E, ainda, continuam abertos
- ENTRE 1 E 30 DE ABRIL DE 2010, ESTÃO ABERTAS AS INSCRIÇÕES PARA 2° PRÊMIO TESE DE DOUTORAMENTO ANPUH.
- “CONCURSO DE MONOGRAFIAS DE HISTÓRIA DO PARANÁ”

ARGENTINA
Tercer Concurso de Tesis de Postgrado en Historia Económica Argentina (AAHE)

URUGUAI
- Beca FLTA para Docentes Uruguayos(Programa Fulbright Foreign Language Teaching Assistant Program)

Para maiores informações concernentes a esta lista de oportunidades e, ainda, a outras chances profissionais, acesse:
http://www.revistatemalivre.com/oportunidades.html


A REVISTA TEMA LIVRE está aceitando artigos para suas próximas edições. Para maiores detalhes, ver:
http://www.revistatemalivre.com/chamada.html